sábado, 15 de novembro de 2014

Consagração Perpétua


"Seja destruída a minha vida e a vida de Jesus Cristo seja a minha". 
S. V. Pallotti.      
    
A família palotina estava em festa para celebrar a Consagração Perpétua do nosso seminarista Denis Alves Campos, na belíssima paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes em Bonsucesso/Rio de Janeiro.

A Santa Missa foi celebrada pelo superior regional  Pe. José Rodriguez, e também estavam presentes padres da família palotina, irmãos beneditinos, seminaristas, noviços, membros da O.V.S. e da U.A.C. familiares do Denis e amigos.


Todos  reunidos para louvar a Deus pela sua vocação, entrega a Deus.

Que Nossa Senhora Mãe de Misericórdia o abençoe e que ele seja um religioso de acordo com a vontade de Deus. 

Mãe da Misericórdia


Nós, palotinos da Região Mãe da Misericórdia, iremos celebrar no dia 16 de novembro a nossa padroeira. Deste modo, apresentamos os motivos de honrarmos a Mãe de Deus com o Título de Mãe da Misericórdia.
 

Há uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia. Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e do demônio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção – está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos (especialmente pelos pecadores e sofredores).
A invocação “Salve, Rainha Mãe de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericirdiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de Misericórdia” Se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+ 942), abade de Cluny. “Ego sum Mater misericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho. Relação com a Mensagem da Divina Misericórdia.

Em Vilna, capital da Lituânia, se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de Aušros Vartai (Portal da Aurora) desde 1522, localizada numa das entradas do antigo muro. Em 1773 o Papa Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de Maria, Mãe da Misericórdia. Sua festa é celebrada a 16 de novembro.

Em nossos tempos, Santa Faustina Kowalska, mística polonesa, nos repropõe a centralidade da Divina Misericórdia para a fé e a vida da Igreja, recorrendo a Maria Santíssima como Mãe da Misericórdia. Por Providência divina, a primeira vez em que a imagem de Jesus Misericordioso foi publicamente venerada foi justamente em Vilna (cf. Diário, 417).

Em qual sentido podemos proclamar Maria como Mãe de Misericórdia? Sem cometer o grave equívoco de pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos medievais chegaram a pensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de Misericórdia” assim se justifica:

Maria é a mulher que experimenta de modo único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação e Pentecostes). Ela é “cheia de graça”, ou seja, totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1, 6).
Maria é a mãe que gerou a misericórdia divina encarnada – graça extraordinária que coloca a jovem Maria, a partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade com o próprio “Pai das misericórdias” (2Cor 1, 3). A partir do seu “eis-me aqui” e o seu “faça-se”, a misercórdia divina se faz carne e entra na história!
Maria é a intercessora incansável do povo de Deus – elevada aos Céus em corpo e alma, Maria não deixa de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho, a quem rogou pelos esposos de Caná, quando vivia na terra (cf. Jo 2, 1 ss). Ela “continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna”, ensina o Concílio Vaticano II (Lumem gentium, n. 62), praticando assim a misericórdia, sobretudo para com os que padecem dos males da alma (pecadores), mas também do corpo (todos que sofrem).
A Mãe de Jesus e nossa merece, portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia e Mãe de Misericórdia! Ó Maria, Mãe que experimentastes e gerastes a Misericórdia, Mãe que proclamais e exerceis a misericórdia, fazei de nós autênticos apóstolos deste mesmo mistério de amor em nossos tempos. Amém.
Pe. Akácio

domingo, 9 de novembro de 2014

Apóstolos Hoje - Novembro de 2014


Preparação Espiritual para o Congresso Geral da União em julho de 2015

"Se alguma coisa deve santamente inquietar-nos e preocupar a nossa consciência é que muitos dos nossos irmãos vivem sem a força, a luz e consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolhe, sem um horizonte de significado e vida . Mais do que o medo do fracasso espero que nos mova o temor de fechar-nos nas estruturas que nos dão uma falsa segurança, nos padrões que se nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nossentimos tranquilos,  enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus nos repete incessantemente: "Dai-lhes vós mesmos de comer" (Marcos 6,37)" Evangelii Gaudium, 49.
Neste mês de novembro, enquanto continuamos o caminho de preparação espiritual para o Congresso Geral, iluminados com o tema "Jesus, uma alegria que se renova e se comunica", convido-vos a aceitar o desafio proposto anteriormente pelo Papa Francisco "Dai-lhes vós mesmos de comer". As pessoas estão famintas; estão à procura de "alimento" em muitos lugares, entre as pessoas que se conhecem ou não se conhecem, usando uma variedade de métodos e meios para encontrar-se. 
Procuram a razão de sua existência e, às vezes, estão conscientes de sua busca de Deus, mas não tiveram quem lhes falasse de Cristo.
O Papa Francisco encoraja a nós,o Povo de Deus, a Igreja, aencontrar precisamente essas pessoas e dar-lhes as razões para viver e crescer, objetivo último pelo qual trabalhamos. Como fazemos? Através da evangelização: "Ide, pois e fazei discípulos todas as nações ... ensinando-as a observar tudo o que avos tenho ordenado" (Mt 28,19a, 20a).
A Evangelização pode ser tão complexa como preparar discursos e retiros para enriquecer os outros ou tão simples como falar com alguém, revelando o amor de Deus para cada um e introduzir os conceitos básicos da fé e da Igreja. AIgreja tem necessidade (nós precisamos) estar abertos a todos aqueles que estão à procura, independentemente de suas escolhas passadas e de sua situação atual.
Temos um presente único e especial a compartilhar com o resto do mundo - a pessoa de Jesus Cristo. Ele é a mensagem a ser entregue a todos com quem entramos em contato, a mensagem que foi confiada à Igreja para ser espalhada até os confins da terra. Não é a nossa mensagem, mas a mensagem de Jesus.
Neste núcleo fundamental o que brilha é a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado. (EG 36)
No passado, ir em missão poderia significar ir para terras distantes como missionários; hoje, não é necessário ir muito longe para encontrar os famintos e sedentos: basta olhar ao nosso redor, em nossas famílias, nossos vizinhos e talvez até mesmo em nossas paróquias para encontrar aqueles que não conhecem a Jesus, sua mensagem de amor, ou que O tornaram inútil em suas vidas.
E quem deve evangelizar? Nós. Como acreditava São Vincente e como disse o Papa: Todos somos chamados (EG 20) em virtude do Batismo. Nós somos aqueles que acolhem a missão de "seguir em frente", confiada aos Apóstolos e, por meio deles, a nós. Ao final de cada celebração Eucarística, somos convidados a dar testemunho de Cristo com a nossa vida. Embora esses compromissos podem nos distanciar de nossas conmodidades, há uma alegria que vem do saber de  plantado a semente do Evangelho. E tal alegria se renova na celebração da Eucaristia.
A Igreja evangeliza e é evangelizada com a beleza da Liturgia, que é também a celebração da ação evangelizadora e fonte de um renovado impulso a doar-se (EG 24). Além disso, Jesus nos diz: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28,20b).
O Papa Francisco, embora deseja que focalizemos sobre a mensagem, ele também compreende que énecessária uma estrutura que permita que a mesma mensagem seja levada a outros. Tal como acontece para a UAC, os Centros de Coordenação Local são centros animadores de encontro, de oração, de formação e de colaboração para sustentar a espiritualidade comum e promover as diversas iniciativas apostólicas (Estatuto Geral 60), assim a paróquia, como parte específica da Igreja a qual pertencemos, é a Igreja encarnada em um determinado espaço, equipada com todos os meios de salvação dada por Cristo, mas com um rosto local (EG 30). A União como Associação éuma riqueza para a Igreja que o Espírito suscita para evangelizar todas as áreas e setores que foi pedido para não perder o contato com essa realidade tão rica da paróquia local,e integrar-se com prazer no plano pastoral da Igreja particular (EG 29). São Vicente Pallotti fundou a União para servir a Igreja ... Os membros da União, portanto, comprometem-se a permanecer em comunhão com o Papa e os Bispos (EstG 21).
Não nos é pedido que evangelizemos sozinhos ou sem preparação: é na paróquia que somos nutridos pela  mesa Eucarística, com o Corpo de Cristo através da Eucaristia, com a Palavra de Deus, através da oração e pregação, e da própria comunidade. Fomos abençoados para sermos membros da UAC: Podemos aprender mais sobre Jesus, o Apóstolo do Eterno Pai (formação), podemos compartilhar nossa caminhada de fé com os outros, podemos juntos orar e celebrar a Eucaristia, para sermos mais incentivados e apoiados em nosso compromisso com a evangelização.
E, embora as enormes e rápidas mudanças culturais exigem que prestemos constante atenção para tentar expressar sempre a verdade em uma linguagem que permite reconhecer a sua permanente novidade(EG 41), deve-se notar que todo ensinamento da doutrina deve situar-se na atitude evangelizadora que acorda a adesão do coração com a proximidade, amor e testemunho (EG 42). Quando nos comprometemos a imitar o amor de Cristo para o Pai e para todas as pessoas, e desejamos hoje realizar, no modo mais completo, o Seu estilo de vida e de apostolado (EstG 19), e nos entregamos ao serviço e cumprimento Sua vontade, revelada especialmente através da Sagrada Escritura, o ensinamento da Igreja e os Sinais dos tempos (EG 18), estamos vivendo a evangelização, à vista de todos.
No entanto, como precisamos de tempo para crescer em nossa fé e esperamos misericórdia e paciência por parte de Deus e do homem para as nossas dúvidas e nossas falhas, devemos também dar aos outros o tempo necessário que precisam para crescer. A todos deve chegar a consolação e encorajamento do amor salvífico de Deus, que trabalha misteriosamente em cada pessoa, além de seus defeitos e suas quedas (EG 44). Somos chamados a viver a reconciliação como um caminho de conversão permanente (EstG 23e).
Evangelização significa "sair", mas também para viajar juntos com nossas dificuldades e sofrimentos, nossos medos e as nossas alegrias. Ousamos um pouco mais para tomar iniciativas! Como consequência, a Igreja sabe  "envolver-nos" (EG 24).
Nossa recompensa é a alegria.  

Questões a considerar
         Quem eu encontrei no mês passado, que estava precisando de meu testemunho no que diz respeito ao amor de Deus?
         Como estou nutrindo os famintos?

Ação concreta:
Não temos todas as respostas para as necessidades e exigências daqueles que procuram a nossa ajuda. Esperamos encontrar tempo neste mês para identificar centros em nossa diocese, setores que possam nos ajudar e para que possamos oferecer ajuda.
Maria Domke
Promotor da Educação Nacional
Edmonton, Alberta, Canadá