sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pe. José Maslanka, 75 anos de uma vida dedicada à Deus!

No sábado, 20 de setembro o Pe. José Maslanka completou 75 anos de vida. Este aniversário foi especial, porque era o aniversário jubilar. Para comemorar o seu aniversário veio o Pe. Estanislao Krajewski SAC de Manaus e trouxe o Dom Eloi – bispo palotino de Borba. Tivemos um almoço solene.

No mesmo dia havia o encontro dos representantes das comunidades do interior. Os primeiros que chegaram foram os índios das comunidades do Rio Cuieiras. Houve também a participação de muita gente de Novo Airão. Depois da Missa da noite celebrada na capela de N. Sra Auxiliadora tivemos as apresentações dos diversos grupos em homenagem do Pe. José: poesias, músicas e teatros com algumas cenas da sua vida. A festa foi muito agradável. As crianças fizeram a encenação dos momentos quando algumas delas tentavam vender as frutas apanhadas em nosso jardim. Foi muito engraçado.Na segunda-feira a festa continuou com a presença dos padres palotinos das paróquias em Manaus. Tivemos a visita de 6 padres. Padre José ficou muito feliz com todas estas comemorações. Não faltaram as cartas com votos dos amigos e superiores da França e da Polônia. Pe. José diz que terminando 75 anos já está começando os seus 80 anos de vida...

Abraço para todos

Pe. Jan Sopicki SAC

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O que é Sociedade do Apostolado Católico?

A Sociedade do Apostolado Católico é uma comunidade internacional de padres e irmãos, fundada pelo sacerdote romano Vicente Pallotti (1795-1850). Do nome do fundador deriva o nome popular “palotinos”. O título oficial em língua latina é “Societas Apostolatus Cattolici”. As iniciais do título latino formam a abreviação “SAC” que se acrescenta ao nome dos “Palotinos”.

A Sociedade foi fundada em Roma no ano de 1835. Comparando com as tradições seculares de outros Institutos religiosos a história da Sociedade do Apostolado Católico – com somente 170 anos – é relativamente breve. Os primeiros colaboradores de Pallotti eram representantes de diversas nações (Itália, França e Portugal). Este grupo emitiu pela primeira vez as promessas. Atualmente conta com mais de 2300 membros em todo o mundo, que vivem em mais ou menos 300 Comunidades Locais, espalhadas em 40 países em todos os continentes. Segundo o número de membros os Palotinos ocupam o 17° lugar entre as comunidades religiosas masculinas da Igreja.
Os sacerdotes e irmãos da Sociedade são provenientes de mais de 40 nações, por isso, para a comunicação interna usam-se sete línguas oficiais: italiano, inglês, alemão, português, polonês, espanhol e francês. Da Sociedade fazem parte sacerdotes e irmãos que, por toda a vida, prometem à mesma: castidade, pobreza, obediência, perseverança, comunhão de bens e espírito de serviço.

O lema da Sociedade são as palavras do Apóstolo São Paulo: “Caritas Christi urget nos” (A caridade de Cristo nos impele). A padroeira da Sociedade é Maria, Rainha dos Apóstolos.

Como em cada instituição na Igreja Católica, também a Sociedade do Apostolado Católico tem um fim específico pelo qual foi fundada. No decurso dos 170 anos, os objetivos originais da obra de São Vicente Pallotti foram atualizados de acordo com as exigências e situações da Igreja e do mundo. Depois do Concílio Vaticano II (1962-1965) a Sociedade redefiniu os seus fins, levando em consideração a idéia original do Fundador, o desenvolvimento histórico e as exigências atuais da Igreja. Uma apresentação simples e breve dos objetivos, compreensível a todas as pessoas, não é nada fácil. Para uma melhor compreensão apresentamos uma hierarquia de fins que a Sociedade procura realizar. A primeira “razão de ser” da Sociedade condiz com a missão de Jesus Cristo e da Igreja, isto é, “reavivar a fé e reacender a caridade em todos os membros do Povo de Deus e propagá-las em todo o mundo, a fim de que haja o quanto antes um só rebanho e um só Pastor”. Tal fim que deve ser realizado por toda a Igreja, concentra-se, para a Sociedade, no conceito de apostolado “católico”, ou seja, “universal”, que para São Vicente Pallotti tornou-se a idéia guia da sua atividade e dos seus escritos teológicos. Este conceito pressupõe que todos os batizados, cada um segundo suas possibilidades individuais e únicas, são autorizados e obrigados a aderirem à missão apostólica. De maneira geral podemos dizer que o fim da Sociedade é o de promover a colaboração entre os membros da Igreja, isto é, entre o clero diocesano, religiosos, religiosas e leigos para desempenhar com mais eficácia as atividades apostólicas.Esta finalidade, em muitos casos, realiza-se de forma concreta e institucional na União do Apostolado Católico. A União é uma associação de fiéis que vive segundo o carisma de São Vicente Pallotti e que se empenha em promover a colaboração entre leigos, clérigos e religiosos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

25 anos da presença Palotina na Paróquia São Sebastião em Itaipu

A nossa Paróquia ficou por muito tempo numa situação de total abandono, com vidros quebrados, a vegetação invadindo o seu interior, havia goteiras por toda a parte, enfim, em total descaso, não havia celebrações. A comunidade somente tinha acesso à Celebração Eucarística na Capela Nossa Senhora da Conceição, na Fonte, quando vinha o pároco de Rio do Ouro. Não podemos falar sobre a Paróquia sem falar do Pe. Lúcio Pinho, este foi o desbravador e quem iniciou a luta para a reconstrução dela. Chegou aqui no ano de 1977 e através da ajuda de moradores conseguiu fazer algumas obras e reabrir a nossa Igreja com a Catequese, Batismo e Grupo Jovem.
No ano de 1983 os Padres Palotinos assumiram a nossa Paróquia. Tivemos como o nosso primeiro pároco o Pe. João Sopicki, este também encontrou muitas dificuldades e não foram poucas.Não havia movimentos e pastorais organizados, mas com a ajuda de algumas pessoas que pudessem se comprometer, verdadeiramente com o trabalho pastoral, ele desenvolveu um belo trabalho evangelizador, pois tinha e ainda tem a facilidade de unir, de tocar os corações das pessoas com as suas palavras e sua firmeza transparente. Por todo o período que ficou aqui, fez crescer a fé católica em nossa comunidade e unir as pessoas através de sua evangelização até o ano de 1992; não esquecendo que foi o criador do Boletim Informativo “A SEMENTE”. Como vigários, nesta época estavam os padres: Paulo e Lucas (quem celebrou o meu matrimônio há 18 anos atrás!), todos muito comprometidos e espiritualizados.

Do ano de 1992 a 1998, quem administrou a Paróquia foi o Pe. Estevão Lewandowski SAC, este foi um homem e sacerdote de muita garra, firmeza e sensibilidade e, infelizmente, muito mal entendido por algumas pessoas, visto ser muito dedicado e exigente, porém com um enorme coração. Durante o período que aqui ficou fez muitas obras em nossa Matriz e nas capelas, fez a casa paroquial, o salão, acomodações para os padres que periodicamente passavam por aqui, deu início ao noviciado Palotino na Paróquia, construiu cozinha, banheiros, acesso externo da Matriz e Obras Sociais nas capelas.
A catequese era a sua “menina dos olhos”. Foi com grande tristeza que nos despedimos do Pe. Estevão, eu particularmente, fui conquistada através do seu carinho e da sua compreensão para com as crianças, pois a minha filha Nathália o amava profundamente, ela não tinha mais que sete anos de idade e ele já a compreendia com a sua simplicidade de coração, com o seu olhar sério mas ao mesmo tempo, muito meigo. Aos domingos, a Igreja ficava abarrotada de jovens e estes tinham por ele um grande respeito e admiração, uma vez que colocava o limite necessário. Sabemos que o jovem precisa de alguém que o entenda e o respeite, o Pe. Estevão os conduzia como ninguém. Deixou muitas saudades e marcas profundas. Neste período estiveram por aqui como vigários os padres Tadeu, Paulo e João Francisco que também foram muito queridos pela nossa comunidade.

Em 1998, chegou o Pe. João Pedro Stawicki SAC com um carisma especial em se comunicar, por onde passava havia alegria. Eis um grande sacerdote, colocando os seus dons mais preciosos a serviço do Reino de Deus. Sempre se preocupando em unir a comunidade, as pastorais e os movimentos. A sua inquietação em colocar o povo de Deus trabalhando e confiando era incansável. Fez nascer e crescer o Centro Social São Vicente Pallotti, na Capela de Nossa Senhora do Bonsucesso, com a finalidade de ajudar às pessoas mais necessitadas da região.
A sua preocupação com as pessoas carentes sempre foi e é inquietante, pois tenho a certeza de que não mudou nada! Lutava sempre , fazendo campanhas incansáveis para conseguirmos leite para as crianças e mantimentos para as famílias assistidas pelos Vicentinos. Criou na Capela Nossa Senhora da Conceição, na Fonte, o Centro de Inclusão Digital , para os idosos e às demais pessoas que quisessem entrar na era digital. Foi ele com um grupo de casais que implantou o Natal Internacional, tendo como maior objetivo unir as pastorais e movimentos para que no fim de cada ano todos nós unificássemos a nossa festa de confraternização. Ampliou a Capela da Sagrada Família sob a liderança do Pe. Casimiro Pac SAC, que na época estava como nosso vigário. Fez muitas obras em todas as capelas. No ano 2000, o Arcebispo Dom Carlos Alberto, junto com a Prefeitura de Maricá colocaram a Pedra Fundamental na Capela de Nossa Senhora Aparecida. Na Capela de Nossa Senhora de Fátima , em Itaipuaçu, foram feitas salas para a catequese, torre e salas de atendimento social, tendo como responsável o padre Jacinto, nosso vigário na época. Foi iniciada a construção de outras capelas como a de São Camilo de Lélis e Santa Rita de Cássia, sob a atenção do Pe. Artur Karbowy SAC (nosso vigário).
No fim do ano 2007 , o Padre João Pedro foi eleito pelos membros da SAC (Sociedade do Apostolado Católico) para ser o Superior dos Palotinos na Região da Mãe da Misericórdia, no Rio de Janeiro, tendo assim de deixar a nossa Paróquia no início deste ano de 2008 , com isso Padre Casimiro Pac, tornou-se nosso pároco e por obra de Deus acumulou também a função de Vigário Episcopal do Vicariato Oceânico. O Padre Casimiro nos trouxe muita alegria, pois com sua simplicidade e humildade vem conduzindo o seu rebanho com sabedoria, respeitando e ouvindo a todos antes de tomar qualquer decisão . A sua facilidade de edificar vem colaborando com suas obras incansáveis como aconteceu na Capela de Nossa Senhora da Penha, no Jardim Imbuí e vem acontecendo na Igreja Matriz.
Enfim, creio que tenha passado despercebido algo mais que os nossos Padres Palotinos tenham feito por aqui, pois eles trabalham e já trabalharam muito para a Messe do Senhor e para o Reino de Deus e nós, enquanto Comunidade Paroquial , Irmãos em Cristo e também Palotinos de Coração, devemos reconhecer a dedicação, empenho e agradecer a Deus por cada um deles.
“O carisma de Pallotti é a ação evangelizadora de todo cristão na Igreja para a salvação do mundo. Despertar nos cristãos a consciência da sua vocação apostólica, missionária, evangelizadora. Motivar e formar apostolicamente os cristãos, estimulando-os a se empenharem com ardor e generosidade na evangelização do mundo. Trabalhar em função de uma Igreja cujos membros são possuídos e animados pelo espírito missionário de Cristo, o apóstolo ou o missionário do Pai.”(Vicente Pallotti um homem, um sonho – Ed. Pallotti-Porto Alegre,2002).

Queridos Padres, obrigada por tudo!
São Vicente Pallotti, rogai por nós e pelos nossos Padres!
Claudia A. Porto Costa

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

São Vicente Pallotti

São Vicente Pallotti (1795-1850) foi um sacerdote romano que com a sua profunda vida espiritual, suas múltiplas atividades apostólicas e a realização profética do apostolado, influiu de modo relevante na história da Igreja no século XIX. Ele viveu num tempo em que foram impostos fundamentos do mundo moderno e de uma nova ordem sócio-política. As idéias do iluminismo, as turbulências do período napoleônico, o surgimento da questão operária, que culminou no “manifesto comunista”, as tendências liberais, os movimentos nacionalistas na Europa e o desenvolvimento da imprensa são algumas vozes que caracterizaram os tempos de São Vicente Pallotti.
Pallotti confrontava-se com os problemas que dificultavam a vivência da fé e o crescimento das tarefas ligadas ao anúncio do Evangelho nas terras de missão. Diante de tais problemas que a Igreja devia afrontar, Pallotti voltava sua atenção sobre a necessidade urgente de reavivar a fé e de reacender a caridade entre os católicos para anunciar a todos os homens a boa notícia da salvação.
No território da cidade de Roma ele, com um grupo de colaboradores, desenvolveu uma notável célula de atividades apostólicas e ao mesmo tempo ocupou-se em unir e coordenar tais atividades. Disto nasceu a idéia de fundar uma nova instituição, ou seja, a “União do Apostolado Católico”, para unir todas as iniciativas apostólicas.Nos múltiplos escritos Pallotti desenvolveu a visão global da obra na Igreja, a fim que a boa notícia pudesse ser levada a todos os homens de maneira ordenada e sistemática.São Vicente Pallotti morreu no dia 22 de janeiro de 1850 sem ter visto o pleno desenvolvimento da sua obra. Seus colaboradores mais próximos continuaram sua missão, assegurando à Sociedade um posterior desenvolvimento. Vicente Pallotti foi beatificado em 1950 e canonizado em 1963 durante o Concílio Vaticano II.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pe. João Janik

O dia 1º de junho de 2008 marcou muito a minha vida. Este era exatamente o primeiro dia das minhas férias na Polônia. Estava sentado na beira do lago com a criação de peixes, junto a minha casa natal, quando recebi a notícia da morte do Pe. João Janik. Foi difícil para acreditar que esta notícia fosse verdadeira. Ainda poucos dias antes planejamos passar juntos alguns momentos das minhas férias.
Nos conhecemos em setembro de 1969, quando ele terminara o noviciado em Zabkowice Slaskie, na Polônia. Eu dava os meus primeiros passos na vida religiosa na Sociedade do Apostolado Católico. Depois ficamos no mesmo Seminário Maior Palotino até 1975, quando então ele foi ordenado padre e assumiu a primeira função como vigário paroquial em Karczówka, Kielce. Um ano depois, ele viajou para o Brasil, e eu no dia seguinte da sua viagem fiquei morando no mesmo quarto e continuando a mesma missão durante três anos. Em setembro de 1979 cheguei ao Brasil e nos encontramos na Paróquia de Santa Isabel Rainha de Portugal, no Rio de Janeiro. Durante vários anos trabalhamos juntos, ou eu assumia os postos de trabalho que ele deixava. Assim foi em Bento Ribeiro, em Pendotiba - Niterói, ou como Delegado Provincial no Rio de Janeiro. Em 1992 ele viajou para Portugal para assumir a Paróquia em Odivelas. Em 1999 de novo eu estava junto com ele assumindo a mesma Paróquia e ele começando o seu trabalho de cirurgião de almas, assim ele chamava a sua função de capelão no Hospital de Santa Maria em Lisboa, onde ficou até a sua morte.
Mesmo que tivéssemos diferentes modos de trabalhar enquanto sacerdotes, de certo modo nos completávamos, principalmente quando estivemos na mesma paróquia. Era extraordinário na solução dos problemas materiais da paróquia. Mas quando havia os encontros dos grupos de oração, que organizavam as vigílias noturnas, ele não queria perturbar o descanso de Jesus dizendo para deixarmos Jesus descansar durante a noite. Por isso estes encontros os deixava comigo.
Ele tinha muita sensibilidade com as necessidades do próximo. Quantas vezes o vi distribuir os seus presentes pessoais para alguns dos seus amigos ou outras pessoas necessitadas. Ele contava que certa vez queria retornar de trem suburbano da Central do Rio de Janeiro para Bento Ribeiro. Mas percebeu que não tinha nenhum dinheiro no bolso. Foi pedir a um dos mendigos que lhe emprestasse uma moeda para pagar o trem. Este ficou muito feliz por encontrar alguém ainda mais pobre do que ele. Não só deu lhe o dinheiro, mas ainda ofereceu-lhe um cafezinho. Isso gerou uma amizade com este mendigo, para quem o Pe. Joãozinho sempre oferecia cafezinho nas suas idas para estação da Central do Brasil. Por outro lado não perdoava quando alguém queria explorar o outro, para não desperdiçar nada do que lhe pertencia. Ele fazia tudo para quebrar esta esperteza obrigando o espertalhão a fazer alguma doação involuntária ou uma caridade forçada.
Tinha um jeito todo especial de tratar as pessoas, com um tom de brincadeira. Esta é a lembrança que ele nos deixa de modo especial. Desde o início da sua vocação palotina tinha alguns fatos cheios de humor. Ele contava que conheceu os Padres Palotinos quando, certo dia, cansado de ficar na escola para matar as aulas, foi para um bosque, fora da cidade de Kielce. Lá encontra-se o antigo convento sob os cuidados dos Palotinos. Foi naquele dia que encontrou um padre que lhe sugeriu a participação no encontro vocacional. Este foi o primeiro encontro com os Palotinos. Dizia brincando: “se não tivesse naquele dia matado as aulas, talvez nunca seria um padre Palotino”.
Mas o fato mais famoso no tempo do seminário foi o de ter emprestado umas calças velhas de um dos colegas, e depois de ter lavado e passado à ferro, conseguiu vender a mesma calça para o próprio colega, com uma grande satisfação como aquele que fez um bom negócio, até descobrir que a calça era dele mesmo.
Quantas brincadeiras ele fazia conosco, mas nunca vi que fizesse alguma maldade para alguém. Sempre fazia isso de maneira que não ofendesse ninguém, a não ser a sua estupidez. Certa vez em Portugal, ele estava para fazer um enterro, iniciando a celebração na capela mortuária, a zeladora lhe disse que não daria para fazer o funeral porque não havia chegado ninguém dos familiares. Ele logo lhe respondeu: “não se preocupe, você chora um pouquinho, eu vou rezar e tudo vai dar certo”. Outra vez andou em ritmo de dança para acompanhar o passe dos africanos que levavam o caixão dançando. Ele logo entrou em sintonia com todos os participantes. Ainda em outra oportunidade, quando uma senhora chorava exageradamente, não lhe deixando continuar a celebração do funeral, ele disse: “senhora, coloca o seu celular dentro do caixão e depois mostra o seu desespero chorando no ouvido do seu marido, mas agora deixa-nos continuar o enterro”.
Muitos gostavam de participar das suas Missas. Não eram prolongadas, as suas homilias sempre transmitiam algumas verdades em tom simples e alegre. Quando uma senhora que compreendia bem o seu sotaque porém queixava-se que não entendia as suas mensagens, ele lhe perguntou qual era a sua profissão. Ela disse que era feirante. Pois é, como pode compreender a linguagem teológica, se a senhora usa somente a linguagem da feira?
Em 2001 quebrei a perna quando parei de moto na rua para não matar um cachorro. Logo as senhoras piedosas da Paróquia choravam dizendo: que tristeza. O nosso prior fraturou a perna. Como vai ficar agora? Ele logo consolava: “não precisa chorar. Ele quebrou só uma perna. A outra está toda boa”.
Também em tom de brincadeira conseguia resolver alguns problemas pastorais. Certa vez alguém lhe fez a reclamação de que a casa por ele abençoada havia sido assaltada. Ele imediatamente encontrou a justificativa: Quando a casa foi abençoada, vocês deram alguma gratificação ao padre? Não, responderam. Pois é, como a benção poderia pegar?
Quando ele ainda estava no noviciado, certa vez ele fez a Via Sacra ajoelhando-se três vezes em cada estação. Um dos padres observando este noviço fervoroso comentou: Nunca vi um noviço com tanto zelo. Mas ele logo respondeu: Isto não é zelo, não. É que eu ganhei três Vias Sacras como penitência e fiz tudo de uma só vez.
Poucos dias antes de sair de Portugal viajamos juntos para Ávila, com o irmão dele, que também é sacerdote. Tentamos subir as muralhas, mas uma moça nos explicou que teríamos que pagar. Mas quanto é?, perguntou Pe. Joãozinho. Dois euros para as crianças, 3 para idosos e 5 para adultos, respondeu ela. Ele, logo percebendo que era desnecessário falar todos estes preços, já que não havia entre nós nem idosos e nem crianças, respondeu-lhe: então nos dê três bilhetes para crianças, porque assim fica mais barato.
Estes e muitos outros fatos pitorescos poderiam ser contados. Mas estes poucos são suficientes para mostrar o seu tom de brincadeira. Gostaria ainda de dizer algo que me marcou bastante. Em todos os ambientes ele criava um clima de alegria. Todos gostavam de estar ao seu lado. Na comunidade criava um clima descontraído, o que o ajudava a superar as diferenças. Fiquei muito surpreendido com a maneira como ele repassou para mim a paróquia de Odivelas. Fez isso com toda delicadeza ao transmitir a administração da paróquia. Logo no primeiro dia convidou-me a comprar um carro novo para mim. Sempre servia-me com conselhos nos momentos difíceis, ou orientando -me como conduzir o trabalho pastoral. Ele mesmo dizia que a mais fácil forma de resolver os problemas era com o governo comunista. Ele dizia para as autoridades do município: eu sei, que os dirigentes do partido não lhes permitem acreditar em Deus, mas em Nossa Senhora temos que acreditar. Quando eles afirmavam, ele logo dizia: Pois é. É para Ela que eu quero construir uma igreja. Temos que resolver todos os problemas. Não adianta para nós discutirmos sobre o comunismo, porque tudo isso já conheço da Polônia. Realmente ele conseguiu solucionar rápido os problemas e iniciar as obras da construção da igreja da Rainha dos Apóstolos, onde hoje funciona uma linda paróquia na localidade de Ramada, em Odivelas.
Sentimos muito a sua falta e o seu jeito de solucionar os problemas pastorais em tom de brincadeira. Ele ficará nas nossas lembranças sempre com seu lado positivo e alegre. Espero que ele agora esteja alegrando a vida dos santos no céu, lembrando que a vida de Deus tem que ser sempre alegre.

Pe. Jan Sopicki SAC




JOVEM MOSTRA SUA CARA!!!!!!!!!!!!!!!!!

No dia 7 de setembro aconteceu na cidade de Itaperuna o Congresso Nacional da Juventude Palotina e no dia 6 ocorreu o 18° festival Palotino... (Um final de semana MARAVILHOSO) primeiramente antes de começar a escrever quero agradecer aos paroquianos de São Benedito(Itaperuna) que nos acolheu maravilhosamente em suas casas...UM GRANDE IMENSO OBRIGADO....
Foram dias cativantes e bastante informativo, estavam presentes no congresso, jovens de Itaperuna, do Rio de Janeiro (Vila Valqueire, Niterói e Maricá) e de Curitiba, o presidente da juventude palotina (Marlon).O dia começou com a santa missa presidida pelo Padre João Pedro Stawicki SAC ( Superior palotino). Logo após tivemos um apetitoso café da manhã, assim já alimentados, corpo e espírito, podemos iniciar o excelente dia.
Essencialmente iniciamos falando sobre São Vicente Pallotti com slides (aonde viveu e por onde andou) palestrada pelo Pe. João Pedro. Em seguida tivemos um momento musical, onde brincamos, partilhamos e rimos muito!!!! Após tivemos um breve intervalo para voltarmos a calma e prosseguimos com a palestra do Marlon que apresentava a “História e gestão da JP”, donde aprendemos várias iniciativas e não receitas prontas de iniciar uma JP, posteriormente tivemos um saboroso almoço, e em seguida continuamos com o assunto da gestão, onde apresentamos alguns minutos de “tirar dúvidas” , que foi abundantemente proveitoso.E já quase encerrando tivemos o terço da Misericórdia e a 2° palestra de Marlon, “Missão social da JP” que conseqüentemente nos encheu de gás , para principiar a juventude na nossa paróquia, e para fechar com chave de ouro tiramos muitas fotos para ficar registrados em nossas memórias, pois em nossos corações prontamente estavam gravados....Há não posso esquecer do agradável churrasco de despedidas......


Essa é uma mensagem que deixo para nós juventude de todos os lugares: “Deus não se limita em nossa pobreza, mas utiliza o pouco que temos para fazer grandes obras em nossas vidas e a do nosso próximo”... Que a Nossa Mãe Rainha dos Apóstolos permaneça intercedendo por todos nós família Palotina.

Juliana Rodrigues

Festival Palotino

Dia 6 de setembro de 2008, aconteceu o 18 ° Festival Palotino de música. E com sempre cada ano em uma comunidade palotina diferente, este ano foi realizado na paróquia palotina de São Benedito em Itaperuna.
Esta edição do evento teve como tema das musicas o serviço ao próximo, o que proporcionou a composição pelas bandas participantes de músicas muito bonitas
Tivemos a participação de 6 bandas que representavam as paróquias , do Rio de Janeiro foram São Roque , Divina Misericórdia e S. Isabel, de Niterói N. S. De Fátima, e de Itaperuna S. Benedito e S. Rita.
Com muita alegria viajamos rumo a Itaperuna e o clima de união amizade e festa já reinava mesmo dentro do ônibus. Chegamos e logo tivemos uma recepção muito acolhedora e um delicioso café da manha, e as 10hs nos dirigimos para a igreja e começou a missa de abertura do evento. Celebrada por nosso querido Pe. João Pedro e concelebrada pelos padres Estevão, Stefan, Zeca, Josiel e Francisco.
Depois da missa voltamos ao colégio para o almoço e logo depois a apresentação das bandas. Foram ótimas apresentações com musicas lindas com ritmos diferentes. As bandas se empenharam bastante com suas composições inéditas sobre o tema proposto,e em ordem se apresentaram através de um sorteio. Primeiro apresentaram uma música já conhecida e depois a música a ser avaliada pelos jurados. Ao fim das apresentações, tivemos um momento de descontração bem animado com músicas e coreografias feitas por nós jovens, enquanto os jurados definiam quem seriam os vencedores do festival.

Após um tempo e em clima de suspense a comissão apresentou os resultados. E para nossa grande alegria a banda vencedora foi a Banda de Niterói, da paróquia de N.S de Fátima, que ficou muito feliz por ter ainda o premio de melhor interprete . O 2° e o 3° Lugar ficaram com as bandas de Itaperuna.

Foi um encontro maravilhoso que nos proporcionou a conhecer melhor o carisma do nosso fundador S.Vicente Pallotti, através da alegria dos jovens e das musicas cantadas por eles. Mostrando que ser palotino é ser alegre, unido e que os ensinamentos de Pallotti nos leva a ter ainda mais intimidade com Deus. Amor União e Respeito ao próximo.

Camille do Espírito Santo Santos