sexta-feira, 19 de setembro de 2008

25 anos da presença Palotina na Paróquia São Sebastião em Itaipu

A nossa Paróquia ficou por muito tempo numa situação de total abandono, com vidros quebrados, a vegetação invadindo o seu interior, havia goteiras por toda a parte, enfim, em total descaso, não havia celebrações. A comunidade somente tinha acesso à Celebração Eucarística na Capela Nossa Senhora da Conceição, na Fonte, quando vinha o pároco de Rio do Ouro. Não podemos falar sobre a Paróquia sem falar do Pe. Lúcio Pinho, este foi o desbravador e quem iniciou a luta para a reconstrução dela. Chegou aqui no ano de 1977 e através da ajuda de moradores conseguiu fazer algumas obras e reabrir a nossa Igreja com a Catequese, Batismo e Grupo Jovem.
No ano de 1983 os Padres Palotinos assumiram a nossa Paróquia. Tivemos como o nosso primeiro pároco o Pe. João Sopicki, este também encontrou muitas dificuldades e não foram poucas.Não havia movimentos e pastorais organizados, mas com a ajuda de algumas pessoas que pudessem se comprometer, verdadeiramente com o trabalho pastoral, ele desenvolveu um belo trabalho evangelizador, pois tinha e ainda tem a facilidade de unir, de tocar os corações das pessoas com as suas palavras e sua firmeza transparente. Por todo o período que ficou aqui, fez crescer a fé católica em nossa comunidade e unir as pessoas através de sua evangelização até o ano de 1992; não esquecendo que foi o criador do Boletim Informativo “A SEMENTE”. Como vigários, nesta época estavam os padres: Paulo e Lucas (quem celebrou o meu matrimônio há 18 anos atrás!), todos muito comprometidos e espiritualizados.

Do ano de 1992 a 1998, quem administrou a Paróquia foi o Pe. Estevão Lewandowski SAC, este foi um homem e sacerdote de muita garra, firmeza e sensibilidade e, infelizmente, muito mal entendido por algumas pessoas, visto ser muito dedicado e exigente, porém com um enorme coração. Durante o período que aqui ficou fez muitas obras em nossa Matriz e nas capelas, fez a casa paroquial, o salão, acomodações para os padres que periodicamente passavam por aqui, deu início ao noviciado Palotino na Paróquia, construiu cozinha, banheiros, acesso externo da Matriz e Obras Sociais nas capelas.
A catequese era a sua “menina dos olhos”. Foi com grande tristeza que nos despedimos do Pe. Estevão, eu particularmente, fui conquistada através do seu carinho e da sua compreensão para com as crianças, pois a minha filha Nathália o amava profundamente, ela não tinha mais que sete anos de idade e ele já a compreendia com a sua simplicidade de coração, com o seu olhar sério mas ao mesmo tempo, muito meigo. Aos domingos, a Igreja ficava abarrotada de jovens e estes tinham por ele um grande respeito e admiração, uma vez que colocava o limite necessário. Sabemos que o jovem precisa de alguém que o entenda e o respeite, o Pe. Estevão os conduzia como ninguém. Deixou muitas saudades e marcas profundas. Neste período estiveram por aqui como vigários os padres Tadeu, Paulo e João Francisco que também foram muito queridos pela nossa comunidade.

Em 1998, chegou o Pe. João Pedro Stawicki SAC com um carisma especial em se comunicar, por onde passava havia alegria. Eis um grande sacerdote, colocando os seus dons mais preciosos a serviço do Reino de Deus. Sempre se preocupando em unir a comunidade, as pastorais e os movimentos. A sua inquietação em colocar o povo de Deus trabalhando e confiando era incansável. Fez nascer e crescer o Centro Social São Vicente Pallotti, na Capela de Nossa Senhora do Bonsucesso, com a finalidade de ajudar às pessoas mais necessitadas da região.
A sua preocupação com as pessoas carentes sempre foi e é inquietante, pois tenho a certeza de que não mudou nada! Lutava sempre , fazendo campanhas incansáveis para conseguirmos leite para as crianças e mantimentos para as famílias assistidas pelos Vicentinos. Criou na Capela Nossa Senhora da Conceição, na Fonte, o Centro de Inclusão Digital , para os idosos e às demais pessoas que quisessem entrar na era digital. Foi ele com um grupo de casais que implantou o Natal Internacional, tendo como maior objetivo unir as pastorais e movimentos para que no fim de cada ano todos nós unificássemos a nossa festa de confraternização. Ampliou a Capela da Sagrada Família sob a liderança do Pe. Casimiro Pac SAC, que na época estava como nosso vigário. Fez muitas obras em todas as capelas. No ano 2000, o Arcebispo Dom Carlos Alberto, junto com a Prefeitura de Maricá colocaram a Pedra Fundamental na Capela de Nossa Senhora Aparecida. Na Capela de Nossa Senhora de Fátima , em Itaipuaçu, foram feitas salas para a catequese, torre e salas de atendimento social, tendo como responsável o padre Jacinto, nosso vigário na época. Foi iniciada a construção de outras capelas como a de São Camilo de Lélis e Santa Rita de Cássia, sob a atenção do Pe. Artur Karbowy SAC (nosso vigário).
No fim do ano 2007 , o Padre João Pedro foi eleito pelos membros da SAC (Sociedade do Apostolado Católico) para ser o Superior dos Palotinos na Região da Mãe da Misericórdia, no Rio de Janeiro, tendo assim de deixar a nossa Paróquia no início deste ano de 2008 , com isso Padre Casimiro Pac, tornou-se nosso pároco e por obra de Deus acumulou também a função de Vigário Episcopal do Vicariato Oceânico. O Padre Casimiro nos trouxe muita alegria, pois com sua simplicidade e humildade vem conduzindo o seu rebanho com sabedoria, respeitando e ouvindo a todos antes de tomar qualquer decisão . A sua facilidade de edificar vem colaborando com suas obras incansáveis como aconteceu na Capela de Nossa Senhora da Penha, no Jardim Imbuí e vem acontecendo na Igreja Matriz.
Enfim, creio que tenha passado despercebido algo mais que os nossos Padres Palotinos tenham feito por aqui, pois eles trabalham e já trabalharam muito para a Messe do Senhor e para o Reino de Deus e nós, enquanto Comunidade Paroquial , Irmãos em Cristo e também Palotinos de Coração, devemos reconhecer a dedicação, empenho e agradecer a Deus por cada um deles.
“O carisma de Pallotti é a ação evangelizadora de todo cristão na Igreja para a salvação do mundo. Despertar nos cristãos a consciência da sua vocação apostólica, missionária, evangelizadora. Motivar e formar apostolicamente os cristãos, estimulando-os a se empenharem com ardor e generosidade na evangelização do mundo. Trabalhar em função de uma Igreja cujos membros são possuídos e animados pelo espírito missionário de Cristo, o apóstolo ou o missionário do Pai.”(Vicente Pallotti um homem, um sonho – Ed. Pallotti-Porto Alegre,2002).

Queridos Padres, obrigada por tudo!
São Vicente Pallotti, rogai por nós e pelos nossos Padres!
Claudia A. Porto Costa

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