segunda-feira, 29 de junho de 2009

Procissão flutuante pelo Rio Negro

No dia 29 de junho, quando a igreja celebra a solenidade de São Pedro e São Paulo, em muitos lugares do Brasil acontece a procissão flutuante em honra do santo padroeiro dos pescadores. Como Novo Airão fica na beira do Rio Negro, ás cinco horas da tarde muitas pessoas reuniram- se no porto para começar a procissão com o quadro de São Pedro.

No maior barco as pessoas com velas nas mãos e com oração nos lábios cercaram o quadro do Santo protetor dos pescadores. De vários lugares começaram a chegar canoas, lanchas e barcas com muitas pessoas para acompanhar a procissão. Barcos enfeitados com faixas, bandeiras, percorreram parte do Rio Negro.

Pescadores pediram a São Pedro ajuda e proteção durante a pesca e muitas pessoas pediram que Deus sempre esteja junto com eles durante todas as vezes que percorrerem o Rio Negro. Pois do rio não só tiram a comida, mas também ele é o principal caminho de saída da cidade e acesso para várias comunidades.

Entre as barcas não podia faltar a barca “Santa Maria do Rio Negro” com Pe. Artur a bordo.

Terminando a procissão flutuante todos à pé, fomos para igreja e com grande alegria celebramos a Missa em honra de São Pedro.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

JESUS RESSURREIÇÃO E VIDA

Certa vez, quando foi visitar a casa de seu amigo Lázaro, Jesus disse a sua irmã: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre.” (Jo 11,25-26) Jesus chama-se a si mesmo de “Ressurreição e Vida”. E Jesus é ressurreição e vida na sua essência. Ou seja, por onde Jesus passa acontece sempre ressurreição e vida porque o agir segue o ser (agere sequitur esse). Assim como onde há luz do sol, há também o calor desta luz, assim também onde Jesus passa acontece ressurreição e vida. Compreende-se, desta forma a queixa de Nosso Senhor aos fariseus: “Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida!” (Jo 5,40) Aqueles que de Jesus se aproximam, recebem dele a ressurreição para o seu corpo e a vida da graça para a sua alma. Vemos isso claramente no Evangelho de hoje com a cura da mulher com hemorragia e a ressurreição da filha de Jairo. E a morte física, que é um facto inegável e que tanto intriga o género humano? Tanto Nosso Senhor Jesus Cristo como São Paulo chamam-na de “sono”. Por exemplo, no caso da morte de Lázaro, seu amigo, ele disse: “«O nosso amigo Lázaro está a dormir, mas Eu vou lá acordá-lo.» (Jo 10,11) No Evangelho de hoje: “«Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.» (Mc 5,39) São Paulo aos Tessalonicensses diz: “De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram.” (1 Tess 4,14) Ou seja, a morte física, para quem está em na graça de Deus é algo que nem merece ter o nome de morte, mas de “sono”. O que, na Sagrada Escritura, é considerado mesmo como morte é a segunda morte. Dela fala o livro do Apocalipse de São João: “O que vencer receberá estas coisas como herança; Eu serei o seu Deus e ele será meu filho; mas os covardes, os infiéis, os depravados, os assassinos, os impúdicos, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos terão como herança o lago ardente de fogo e enxofre, o qual é a segunda morte.” (Ap 21,7) A primeira leitura fala dessa realidade e quem é o seu causador: “A morte entrou no mundo pela inveja do Demónio, e os seus partidários sentem-lhe os efeitos.” E pelo contrário: “Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem do que ele é em si mesmo.” Jesus Nosso Senhor vem restaurar essa realidade original do ser humano. Isto realizar-se-á em toda a sua plenitude quando o Senhor vier, mas já agora através da Igreja Jesus começa a manifesta-lo. Diz o Catecismo da Igreja Católica no nº1508 e 1509: “ O Espírito Santo dá a algumas pessoas um carisma especial de cura para manifestar a força da graça do ressuscitado. Todavia, mesmo as orações mais intensas não conseguem obter a cura de todas as doenças. Por isso, São Paulo deve aprender do Senhor que "basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo o seu poder" (2Cor 12,9)… «Curai os enfermos!» (Mt 10, 8).

A Igreja recebeu este encargo do Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como pela oração de intercessão com que os acompanha. Ela "crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e de modo muito especial da Eucaristia, pão que dá a vida eterna e cuja ligação com a saúde corporal é insinuada por São Paulo”. Entre outros, no nosso opúsculo “Cura e libertação pelo terço da Divina Misericórdia” (Cf.), temos o seguinte testemunho: “Depois da Santa Missa, uma jovem ubaense (RJ), que estava lá com a sua mãe, a rezar com ela, e que estava com um problema sério no ovário, sentiu um forte calor no local atingido durante a passagem do Santíssimo Sacramento exposto no hostensório. Durante o ultra-som pré-operatório, na semana seguinte, o médico que a examinou ficou perplexo, pensando que tinha trocado os exames. Disse-lhe depois que não sabia o que acontecera, pois não conseguia mais encontrar a referida doença. Algum tempo depois esta mãe foi convidada para ser ministra da Eucaristia em sua comunidade.” Como a Misericórdia é uma estrada de dois sentidos, a Misericórdia recebida de Deus deve ser também oferecida. Neste sentido entendemos a preocupação de São Paulo nas colectas que promoveu, para que as necessidades dos pobres fossem supridas, e os cristãos pudessem se exercitar na partilha dos bens.

Para as Células de Evangelização:
1- Em que factos da vida , Jesus foi para ti “Ressurreição e Vida”?

Pe. Marcelo

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Abertura do Ano Catequético do Vicariato Oceânico

Foi com grande alegria, que no dia 21 de junho, nos reunimos com os catequistas e coordenadores da catequese do Vicariato Oceânico, para abrirmos o Ano Catequético Nacional em nosso vicariato.
Começamos participando da Santa Missa presidida pelo Vigário Episcopal, Pe. Casimiro Pac SAC, onde fez uma linda celebração, valorizando o trabalho da catequese, que é um serviço feito voluntariamente com muito amor, para a evangelização de crianças, jovens e adultos. Afirmando que nós catequistas, embora com todos os trabalhos que já temos no dia a dia, paramos para preparar os encontros, que todas as semanas nos comprometemos a levar aos nossos catequizandos, além de participar, junto com eles da Santa Missa. É um trabalho de evangelização e dedicação a tantas crianças, jovens e adultos.



Após a missa fomos recebidas para um delicioso café da manhã, que nos foi servido com muito carinho, pelas pastorais do Batismo e Familiar. O lanche foi partilhado, cada paróquia se prontificou de levar alguma coisa, e no final, havia muita fartura, e todos saíram muitos satisfeitos. Mas o principal, que todas nós notamos, foi o imenso sorriso nos lábios de cada catequista, todos estavam muito felizes por estarmos ali, nos conhecendo, e podendo assim,partilhar experiências e trocar informações.

...Como catequista, posso afirmar, fomos chamados por Deus, capacitados por Ele, e sem Ele, nada somos.... Se hoje estamos aqui, habilitados a catequizar, é por que dissemos esse Sim a Deus, e nos dispusemos a colocar uma boa parte de nosso tempo para estudar, nos capacitar, a rezar . Mas o principal disso tudo é a capacidade que descobrimos em nós mesmos de AMAR... De partilhar esse amor, com nossos catequizandos e seus familiares, mas sempre lembrando que foi o próprio Cristo, quem primeiro nos amou. Sendo assim, esse encontro, não poderia ser de outra forma, e pela primeira vez conseguimos nos encontrar, estavam presentes TODAS as coordenadoras das paróquias do vicariato, a coordenadora do Vicariato Oceânico Rita de Cássia e a Irmã Inês, que é a coordenadora de Catequese da Arquidiocese de Niterói.
Agradeço a Deus, por esse encontro tão bonito e feliz, e poder declarar a todo o mundo.... “Foi o Amor de Cristo que nos uniu” e sou muito feliz por ser CATEQUISTA!
Catari Viana do Espírito Santo Santos

quarta-feira, 24 de junho de 2009

UNIDADE PAROQUIAL III

Decorreu nos dias 19, 20 e 21 deste mês a UP III - O que é a UP III?

Muito simples. Durante 3 dias, todas as atividades da Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus em Odivelas decorrem num recinto aberto. Juntar para Unir é talvez a frase que mais me ocorre sobre este evento.Este ano o Tema da UP foi : JESUS EU CONFIO EM VÓS

Depois de lançado o desafio pela equipe de equipe de coordenação - Pe José Filho SAC, Ana Isabel e Manuel - as equipes puseram mãos à obra e o sonho mais uma vez se tornou realidade.
7 tendas divididas por temáticas:
- Tenda da Eucaristia
- Tenda da Reconciliação

- Tenda da Adoração


- Tenda Mariana

- Tenda Infantil
- Tenda Juventude
- Tenda das Vocações

Uma praça de alimentação com um palco sempre animado. E finalmente o palco grande para os concertos noturnos.
As tendas ofereceram-nos programas variados com palestras e palestrantes de renome. Contamos com a presença da imagem peregrina de Fátima na tenda Mariana.
Muitas Bandas Católicas marcaram presença nas 3 noites de concertos e também durante o dia no palco da gastronomia.
O Rancho folclórico de Odivelas também marcou presença com as suas danças populares Portuguesas. No domingo decorreu a cerimônia de Crisma que contou com a presença do sr. Bispo Auxiliar de Lisboa D. Tomás.
Como balanço destes dias fica o registo da União de todos quantos trabalharam para que tudo estivesse montado em tempo útil, da União entre todos os paroquianos que pertencem a núcleos diferentes e que só eventos como este, permitem que se conheçam e trabalhem em perfeita comunhão. Os nossos sacerdotes que lançaram mãos à obra e juntamente com os leigos foram "sujar" as mãos. Até o imenso calor que se fez sentir serviu para unir mais as pessoas...pois tivemos sessões de riso, por causa do chuveiro que o nosso querido pároco mandou montar para refrescar os cérebros de todos...

Foram 3 dias muito intensos, muito cansativos, contudo muito profícuos...sei que a UPIII dará frutos...muitos e bons frutos!

Tudo isto só foi possível porque JESUS, NA SUA INFINITA MISERICÓRDIA se fez presente em cada irmão, que nos abraçou, que nos deu a mão para rezar..ou simplesmente sorriu!
Raquel Xavier

terça-feira, 23 de junho de 2009

Juventude Palotina em Novo Airão

Dando continuidade aos trabalhos da Juventude Palotina do Brasil; aconteceu no último dia 22.06.2009 o primeiro encontro da Juventude Palotina de Novo Airão-AM.

O encontro, que contou com a participação do coordenador nacional da Juventude Palotina do Brasil, teve como objetivo essencial revelar aos jovens daquela cidade um pouco mais do carisma palotino que, apesar de ser muito bem trabalhado pelos padres palotinos da Região Mãe da Misericórdia (Pe. José e Pe. Artur); o palestrante enfatizou tal tema em referencia aos trabalhos da juventude, revelando assim desde a parte histórica e institucional da JP até seus trabalhos e objetivos da instituição no Brasil e no mundo.
“Para mim foi mais do que gratificante estar na cidade de Novo Airão-AM, uma realidade totalmente diferente da que vivo: costumes, cultura, modo de vida, etc... tudo contribuiu para que o desafio fosse ainda maior, mas que ao final fui contemplado com a grande alegria e aceitação por parte dos jovens daquela cidade quanto aos trabalhos da Juventude Palotina do Brasil.
Ao final desses dois encontros no Amazonas, saio com a grande certeza de que realmente estamos avançando cada dia mais na missão evangelizadora de Cristo, no reconhecimento da grande obra de nosso Santo fundador São Vicente Pallotti e na expansão da Juventude Palotina por todos os cantos que estamos trabalhamos, isso tudo porque a UNIÃO de TODOS os jovens que dela participam faz com que este trabalho seja reconhecido não por o trabalho de um só indivíduo, mas sim pelo conjunto de todos os irmãos em Cristo, que com o carisma palotino que carregam no coração, podem levar a qualquer parte do mundo a certeza que somente através da “caridade de Cristo que nos impele” poderemos tornar o mundo cada vez melhor.
Ao povo do Amazonas, das cidades de Manaus e Novo Airão, em especial aos Padres Palotinos, fica o meu muito obrigado pela maravilhosa acolhida”.
Participe VOCÊ TAMBÉM da Juventude Palotina do Brasil. Fiquem atentos aos próximos encontros...
Abraços e fiquem com Deus!!!
Marlon José Higino da Rosa

Congresso da Juventude Palotina do Amazonas

Aconteceu no último dia 21.06.2009 em Manaus-AM, o I Congresso Estadual da Juventude Palotina do Amazonas. Participaram do encontro muitos jovens de diversas paroquias palotinas das cidades de Manaus e Novo Airão.

O encontro teve como objetivo a iniciação da Juventude Palotina no Estado do Amazonas, em especial nas cidades citadas anteriormente.
Como palestrante do encontro, os jovens contaram com a presença do coordenador nacional da Juventude Palotina do Brasil, o jovem Marlon José Higino da Rosa, que com muita alegria saiu da cidade de Curitiba-PR para ajudar os jovens do Estado Amazonense a darem seus primeiros passos como jovens palotinos.

O encontro subdividiu em três etapas: no primeiro momento os jovens tiveram uma breve reflexão sobre a vida e obra de São Vicente Pallotti e sobre a União do Apostolado Católico; no segundo momento puderam entender toda a parte histórica e institucional da Juventude Palotina do Brasil; e no terceiro e ultimo momento, a palestra foi a respeito dos trabalhos nacionais da Juventude Palotina do Brasil, terminando com o convite a todos eles para a caminhada nacional da Juventude Palotina do Brasil, já com integração como jovens palotinos nesta empreitada de nossos trabalhos missionários.
“Em termos gerais, tal encontro foi maravilhoso, saio com a sensação que as sementes foram lancadas e os jovens já estão empolgadíssimos para continuar e cultiva-las fazendo com que estas sementes brotem com grande potencia para colher ótimos frutos em um futuro muito próximo”.
E desta forma que chegaremos lá (“passo a passo o caminho se faz”); trabalharemos com todo amor de Cristo que nos impele para que cada jovem possa conhecer um pouco mais do carisma palotino e assim poder ajudar na construção da Nova Civilização do Amor.
A você de sua cidade fica o convite: VENHA, PARTICIPE!!! Seja um jovem palotino você também!!! Teremos o maior prazer em ter mais um irmão em Cristo, para que possamos alcançar a plenitude do amor infinito que São Vicente Pallotti nos deixou como um de seus ensinamentos.
Marlon José Higino da Rosa

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Missão em Itaperuna

Olá Pessoal!!!

Aconteceu no ultimo feriado de Corpus Christi (dias: 11 a 14 de junho) a Missão Jovem Palotina – 2009 na cidade de Itaperuna-RJ.

Participaram cerca de 80 jovens das cidades de: Arapongas-PR, Cachoeira do Macacu-RJ, Cambe-PR, Curitiba-PR, Itaperuna-RJ, Londrina-PR, Marilia-SP, Praia Grande-SP e da Argentina (Corrientes-CH).

Os jovens foram divididos em 04 grupos para realização dos trabalhos missionários na: Paróquia São Benedito (Matriz), Capela São Paulo (bairro: Fiteiro), Capela Divina Misericórdia (bairro: São Francisco), Capela Santa Rita (bairro: Frigorífico).

Foram visitadas cerca de 200 famílias dessas quatro comunidades. Apesar das dificuldades existentes, os jovens missionários saíram satisfeitos e com a sensação de missão cumprida.

Diversos foram os testemunhos dos jovens participantes a respeito do sucesso deste trabalho missionário; aqui alguns deles: Miguel Angel Lugo - Argentina: “Muchos moros, mas la ciudad es muy acolledora y muy rica para el trabajo misionero” (Muitos morros, mas a cidade é muito acolhedora e muito boa para qualquer trabalho missionário); Jefferson Luiz - Itaperuna-RJ: “Tudo foi ótimo, pena que passou tão rápido”; Grazielly Cristine Ferreira – Curitiba-PR: Melhor coisa que poderia ter acontecido a todos que lá estiveram, aprendemos muito”.

Cabe destacar que pudemos contar com a presença do Vice-Delegado da Região Mãe da Misericórdia, o reitor Pe. Francisco da cidade do Rio de Janeiro-RJ, que inclusive celebrou missa em uma das capelas.

A Juventude Palotina do Brasil está muito feliz com a realização de mais este trabalho, e espera que mais jovens de todo Brasil possam caminhar em conjunto nas próximas missões.

Participe você também da Juventude Palotina do Brasil!!!

Obs.: Próxima atividade da Juventude Palotina do Brasil: 38º Encontro (1º Fórum Nacional) da Juventude Palotina do Brasil (Londrina-PR).

Abraços a TODOS e fiquem com Deus,

Marlon
Coordenação Nacional da Juventude Palotina do Brasil
marlon_civilizacao@hotmail.com

Missão Jovem Palotina

Foi um grande sucesso a Missão Jovem Palotina realizada nos dia 11 a 14 de junho na Paróquia de São Benedito em Itaperuna-RJ. Tivemos a presenças de jovens de Curitiba-PR; Londrina-PR; Cambé-PR; Araponga-PR Praia Grande-SP; Marília-SP, Cachoeiras de Macacu-RJ; um jovem da Argentina e claro os jovens de Itaperuna.

Somamos um total de 90 jovens com o espírito de evangelizar a comunidade com o carisma palotino. A Missão se dividiu em 4 parte: Matriz São Benedito, Capela Santa Rita; Capela Divina Misericórdia e Capela São Paulo.

Agradeço a Deus por ter derramado benções nesta Missão, a todos os familiares que acolheram os jovens, ao padre Estevão pelo apoio e a toda equipe, meu muito obrigado.

Cristiano Nino

quinta-feira, 18 de junho de 2009

JESUS, EU CONFIO EM VÓS

Quando lemos no Evangelho passagens como a do Domingo de hoje, recobramos a nossa confiança no Senhor, pois podemos exclamar como os Apóstolos: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” (Mc 4,41) Ainda mais quando ouvimos o que a carta aos Hebreus nos fala: “Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade.” (Hebreus 13,8)

Na vida dos santos da Igreja, esta frase se torna ainda mais evidente. Vale a pena citar um relato do Diário de Santa Faustina que trata sobre o terço da Divina Misericórdia: “Hoje fui acordada por uma grande tempestade. Desencadeou-se uma ventania e caía uma chuva torrencial, com raios e trovões a todo o instante. Comecei a rezar, para que a tempestade não causasse nenhum dano; então ouvi estas palavras: – Recita o Terço que te ensinei, que a tempestade cessará. Logo comecei a recitar esse Terço, e nem cheguei a terminá-lo quando a tempestade, de repente cessou, e ouvi estas palavras: - Por ele conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha Vontade. (Diário 1731) Voltando ao Evangelho, vemos que ele é uma continuação do da semana passada. Nosso Senhor estava sobre a barca de Pedro e dai, fez um longo ensinamento em forma de parábolas, comparando a sua Palavra a uma semente que tem por si mesma, a força de gerar uma grande árvore no qual as aves do céu podem fazer os seus ninhos. Era uma parábola acerca do Reino de Deus. Depois de terem escutado bastante a Palavra de Deus, Jesus deu uma ordem aos Apóstolos: “«Passemos para a outra margem.» (Mc,4,35) Jesus mandou os Apóstolos irem “mar a dentro”. Na Bíblia, o mar é uma imagem desta vida terrena. O mar, como a nossa vida neste mundo, tem coisas boas, mas também perigos. Podemos pescar os peixes, mas também pode-se perder a vida nos mares.

No livro do Apocalipse de São João é profetizado que o mar já não existirá: “Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido e o mar já não existia.” (Ap 21,1) Sim, o mar desta vida com todos os seus percalços, preocupações e perigos já não existirá. No entanto, enquanto estamos nesta vida, não devemos ter medo de enfrentar este mar com a presença de Jesus. Depois de terem escutado bem as suas palavras, Nosso Senhor ordenou: “«Passemos para a outra margem.» (Mc,4,35) É como se Jesus nos dissesse: “Ide para a vida. Eu vou convosco. Não temais. Não tenhais medo da vida. Ainda que por vezes eu pareça adormecer na vossa barca, sempre podeis acordar-me pelas vossas orações. Ide para a vida. Eu vou convosco.” A Expressão “não temas” aparece dezenas de vezes na Bíblia. Há uma semana, tive a graça de almoçar em casa de um pescador que exerce a sua profissão num barco pesqueiro no canal da Mancha, entre Inglaterra e França. Contou como tantas vezes tiveram que enfrentar o mar revolto sem nunca parar de pescar. Dizia ele: “Não tenho medo do mar, mas o respeito”. Não obstante tantos que já perderam a vida no mar, essa é a postura que Nosso Senhor quer de nós. Hoje em dia, muitos jovens tem tido medo de ir “mar a dentro” na vida, de ter compromissos estáveis. Permanecem na praia do egoísmo, do hedonismo. Sintomas disto são inúmeros casais que ao invés de contraírem o matrimónio, preferem uma relação de facto sem um compromisso estável. O problema de não quererem ir “mar a dentro” é justamente que não passaram pela primeira fase. A primeira fase acontece na praia, com tranquilidade: Trata-se de ouvir a voz de Jesus; escutar em profundidade a sua Palavra, saber que se tem Jesus no seu barco mesmo que, por vezes, Ele pareça estar a dormir.

Precisamos escutar com o coração as palavras de São Paulo na segunda leitura de hoje: “O amor de Cristo exerce pressão sobre nós, ao pensar que um só morreu por todos e que todos portanto, morreram. Cristo morreu por todos, para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles.” (2 Cor 5 14-15) São Vicente Pallotti foi um exemplo de alguém, que depois de ter escutado profundamente a Palavra de Deus e de permanecer na sua presença, não teve medo do mar da vida. Seu lema era justamente esse: A caridade de Cristo nos impele.” Durante a vida ele foi “mar a dentro”, na actividade apostólica em muitos sectores, porque sabia que o Senhor estava com ele. Hoje, ele já se encontra na “outra margem”.

Para as células de Evangelização:
1- Tens consciência de que Jesus está “na tua barca”? Em que isso faz diferença na coragem dos esforços e decisões da tua vida e da tua comunidade? Em que, confiados em Jesus, precisamos ir mais “mar a dentro”?

Pe. Marcelo

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Capítulo Geral de cem anos atrás

Quando o Pe. Kugelmann convocou o III Capítulo Geral para setembro de 1909, em São Silvestre in Capite – Roma, a Sociedade olhava para uma realidade difícil da sua breve história. Após a morte de Pallotti, muitos dos poucos membros fiéis que permaneceram em Roma pensavam que a comunidade não conseguiria sobreviver pelos próximos dez anos. Havia muita tensão entre eles. Uma constante luta em torno das Constituições e a pessoa do Pe. Carlos Orlandi fizeram com que os primeiros trinta anos, depois de 1850, não tivessem nenhum impulso de crescimento em Roma.
A sorte foi que o próprio fundador teve uma ampla visão de enviar alguns confrades para Londres. Lá, surgiram as primeiras vocações, pois, por muitos anos, Faá di Bruno trabalhou incansavelmente com a fundação da casa de formação de Masio, que teve um papel fundamental para o futuro da então chamada “Pia Sociedade das Missões”. Desta casa, os primeiros confrades deram seus primeiros passos, com muita coragem, para um “mundo novo”, a América do Norte e a América do Sul (Argentina, Brasil, Uruguai). O Pe. Vieter foi chamado do Brasil em 1890, para coordenar a missão na África, ou seja, os trabalhos pastorais em uma colônia alemã, em Camarões. Com este trabalho, abriu-se a possibilidade de se entrar também na Alemanha, que nos anos 90, ainda estava imersa em uma atmosfera anticatólica do “Kulturkampf”.

Há cem anos, a nossa comunidade se manifestou cheia de vida nova e de esperança para se expandir em todo o mundo. Por isso, precisava de novas estruturas. O II Capítulo Geral, em outubro de 1903, pedira ao Conselho Geral para que preparasse a separação da Sociedade em províncias. Devido a muitas dificuldades até então, não fora possível fazê-lo. O Capítulo tinha a missão não muito fácil de desenhar um novo mapa que sustentasse a expansão nos anos seguintes.

No primeiro volume da “Analecta PSM” (01/01/1910), lemos que a Sociedade devia ser divida em quatro províncias. Cada membro assumiu esta unidade no seu campo de atuação. A província alemã criou várias casas na própria Alemanha, em Camarões, na Austrália e também em São Bonifácio, em Londres, para atendimento pastoral dos imigrantes alemães. Surgiram algumas dificuldades em relação à composição da província italiana, pelo fato de terem poucos membros. Mesmo assim, a província foi composta de três casas na Itália (o Noviciado em Rocca Priora, o estudantado na Via dei Pettinari em Roma e o Santuário em Montagna Spaccata em Gaeta) e três nos Estados Unidos da América. As casas na Inglaterra, Argentina, Chile, o Colégio Palotino em Thurles na Irlanda, e a casa romana em São Silvestre in Capite compunham a província irlandesa; e, finalmente, as fundações no Brasil, em Montevidéu e em Másio na Itália compunham a província latinoamericana. Diretamente do Regime Geral de São Salvador in Onda, dependiam a Casa Generalícia, a Casa em Florença e duas casas na Polônia (Jajkowce e Wadowice). Durante o III Capítulo, no dia 07 de outubro de 1909, Pe. Carlos Gisler, que estava em Montevidéu, foi eleito o novo Reitor Geral. Com a sua eleição e a conferência feita pelo Pe. Vieter, da missão em Camarões, o Capítulo demonstrou sinais de colaboração internacional.

Pe. Paul Rheinbay, SAC
Vallendar

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A BOA SEMENTE

Na primeira leitura de hoje, temos o profeta Ezequiel, que viveu em tempos difíceis exilado na Babilônia com o povo de Israel. Através dele, Deus diz que retirará um “ramo novo” do “grande cedro” (Povo de Israel) e transplantá-lo-á para formar um novo e majestoso cedro. “Nele habitarão todas as espécies de aves; à sombra dos seus ramos repousarão todas as espécies de voláteis.” (Ez 17,23) Ai vemos prefigurada a Santa Igreja, que acolhe em si todas a nações, mesmo tendo um começo humilde, com os doze Apóstolos. “E todas as árvores dos campos saberão que sou Eu, o Senhor, quem humilha a árvore elevada e eleva a árvore humilhada, quem faz secar a árvore verdejante e florescer a que está seca.” (Ez 17,24)

A realização dessa profecia se tornou clara em Nosso Senhor Jesus Cristo em todo o seu ministério, em fatos como o convite que fez o fariseu Simão para que Ele fizesse uma refeição em sua casa. Durante aquela refeição, inesperadamente, vencendo todo o respeito humano, uma pecadora pública lançou-se aos pés de Jesus. Enquanto chorava, banhava os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxugava com os seus cabelos, cobrindo-o de beijos. Naquele momento, Simão começou a julgar não só a mulher, pois era já conhecida por ser uma pecadora pública, mas o próprio Jesus pensando: “Se este homem fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!” (Lc,7,39)

Jesus muda toda a situação fazendo ver a Simão a sua falta de amor. Ambos tinham sido perdoados, mas a mulher, a quem muito tinha sido perdoado, inclusive, fazendo com o seu gesto quase que uma confissão pública, mostrava muito amor, ao passo que o fariseu ao qual não se tinha perdoado tanto, mostrava-se frio no amor. Tinha convidado Jesus para uma refeição, mas não tinha demonstrado amor naquele “mais” que era inclusive mostra de boa educação, naquela época, como dar água para se lavar os pés, um beijo de saudação, etc...

A Igreja, novo povo de Deus, representada por aquela mulher, quer corresponder à Divina Misericórdia de seu Senhor. Porém a maturação da vida cristã e seus frutos, muitas vezes não são imediatos. Requerem paciência. É o que Jesus nos diz no Evangelho de hoje. Diante da tentação de desanimar por muitas vezes não se ver os frutos imediatos da Palavra semeada, Jesus contrapõe o exemplo da semente lançada no campo. Do semear até a maturação dos frutos demora tempo, mas é Deus quem faz a obra. Se somos fiéis e constantes em semear a Palavra de Deus em nós mesmos e nos outros, esta Divina Palavra produzirá os seus frutos. Embora seja Deus quem faça crescer, o cultivo não dispensa os trabalhadores, como afirma São Paulo: “Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento. Assim, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus, que faz crescer. Tanto o que planta como o que rega formam um só, e cada um receberá a recompensa, conforme o seu próprio trabalho.” (1 Cor 3,6-9) Esta palavra é de estímulo especialmente para as pessoas que semearam a Palavra em seus filhos na infância e agora vê-los afastados de Deus. Façamos a nossa Parte: Semeemos com abundância a Palavra de Deus em nós e nos demais. Reguemos com a oração. Nosso Senhor com certeza não deixará de ser fiel fazendo-a germinar no tempo propício.

Não só a alma fiel, individualmente, mas a Igreja como um todo, com as suas associações de vida de oração, educação, formação e solidariedade social, é essa árvore que começou como pequena semente mas que se tornou grande ,e as aves do céu vem nela fazer os seus ninhos. Ousemos semear. Como diz uma canção: “Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupes a colheita, plantas para o irmão….”

Para as células de Evangelização:
1- Em que o Evangelho de hoje pode servir de ânimo e estímulo para os nossos evangelizadores e catequistas?

Pe. Marcelo