Quando o Pe. Kugelmann convocou o III Capítulo Geral para setembro de 1909, em São Silvestre in Capite – Roma, a Sociedade olhava para uma realidade difícil da sua breve história. Após a morte de Pallotti, muitos dos poucos membros fiéis que permaneceram em Roma pensavam que a comunidade não conseguiria sobreviver pelos próximos dez anos. Havia muita tensão entre eles. Uma constante luta em torno das Constituições e a pessoa do Pe. Carlos Orlandi fizeram com que os primeiros trinta anos, depois de 1850, não tivessem nenhum impulso de crescimento em Roma.
A sorte foi que o próprio fundador teve uma ampla visão de enviar alguns confrades para Londres. Lá, surgiram as primeiras vocações, pois, por muitos anos, Faá di Bruno trabalhou incansavelmente com a fundação da casa de formação de Masio, que teve um papel fundamental para o futuro da então chamada “Pia Sociedade das Missões”. Desta casa, os primeiros confrades deram seus primeiros passos, com muita coragem, para um “mundo novo”, a América do Norte e a América do Sul (Argentina, Brasil, Uruguai). O Pe. Vieter foi chamado do Brasil em 1890, para coordenar a missão na África, ou seja, os trabalhos pastorais em uma colônia alemã, em Camarões. Com este trabalho, abriu-se a possibilidade de se entrar também na Alemanha, que nos anos 90, ainda estava imersa em uma atmosfera anticatólica do “Kulturkampf”.
Há cem anos, a nossa comunidade se manifestou cheia de vida nova e de esperança para se expandir em todo o mundo. Por isso, precisava de novas estruturas. O II Capítulo Geral, em outubro de 1903, pedira ao Conselho Geral para que preparasse a separação da Sociedade em províncias. Devido a muitas dificuldades até então, não fora possível fazê-lo. O Capítulo tinha a missão não muito fácil de desenhar um novo mapa que sustentasse a expansão nos anos seguintes.
No primeiro volume da “Analecta PSM” (01/01/1910), lemos que a Sociedade devia ser divida em quatro províncias. Cada membro assumiu esta unidade no seu campo de atuação. A província alemã criou várias casas na própria Alemanha, em Camarões, na Austrália e também em São Bonifácio, em Londres, para atendimento pastoral dos imigrantes alemães. Surgiram algumas dificuldades em relação à composição da província italiana, pelo fato de terem poucos membros. Mesmo assim, a província foi composta de três casas na Itália (o Noviciado em Rocca Priora, o estudantado na Via dei Pettinari em Roma e o Santuário em Montagna Spaccata em Gaeta) e três nos Estados Unidos da América. As casas na Inglaterra, Argentina, Chile, o Colégio Palotino em Thurles na Irlanda, e a casa romana em São Silvestre in Capite compunham a província irlandesa; e, finalmente, as fundações no Brasil, em Montevidéu e em Másio na Itália compunham a província latinoamericana. Diretamente do Regime Geral de São Salvador in Onda, dependiam a Casa Generalícia, a Casa em Florença e duas casas na Polônia (Jajkowce e Wadowice). Durante o III Capítulo, no dia 07 de outubro de 1909, Pe. Carlos Gisler, que estava em Montevidéu, foi eleito o novo Reitor Geral. Com a sua eleição e a conferência feita pelo Pe. Vieter, da missão em Camarões, o Capítulo demonstrou sinais de colaboração internacional.
Pe. Paul Rheinbay, SAC
Vallendar
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