sexta-feira, 26 de junho de 2009

JESUS RESSURREIÇÃO E VIDA

Certa vez, quando foi visitar a casa de seu amigo Lázaro, Jesus disse a sua irmã: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre.” (Jo 11,25-26) Jesus chama-se a si mesmo de “Ressurreição e Vida”. E Jesus é ressurreição e vida na sua essência. Ou seja, por onde Jesus passa acontece sempre ressurreição e vida porque o agir segue o ser (agere sequitur esse). Assim como onde há luz do sol, há também o calor desta luz, assim também onde Jesus passa acontece ressurreição e vida. Compreende-se, desta forma a queixa de Nosso Senhor aos fariseus: “Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida!” (Jo 5,40) Aqueles que de Jesus se aproximam, recebem dele a ressurreição para o seu corpo e a vida da graça para a sua alma. Vemos isso claramente no Evangelho de hoje com a cura da mulher com hemorragia e a ressurreição da filha de Jairo. E a morte física, que é um facto inegável e que tanto intriga o género humano? Tanto Nosso Senhor Jesus Cristo como São Paulo chamam-na de “sono”. Por exemplo, no caso da morte de Lázaro, seu amigo, ele disse: “«O nosso amigo Lázaro está a dormir, mas Eu vou lá acordá-lo.» (Jo 10,11) No Evangelho de hoje: “«Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.» (Mc 5,39) São Paulo aos Tessalonicensses diz: “De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram.” (1 Tess 4,14) Ou seja, a morte física, para quem está em na graça de Deus é algo que nem merece ter o nome de morte, mas de “sono”. O que, na Sagrada Escritura, é considerado mesmo como morte é a segunda morte. Dela fala o livro do Apocalipse de São João: “O que vencer receberá estas coisas como herança; Eu serei o seu Deus e ele será meu filho; mas os covardes, os infiéis, os depravados, os assassinos, os impúdicos, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos terão como herança o lago ardente de fogo e enxofre, o qual é a segunda morte.” (Ap 21,7) A primeira leitura fala dessa realidade e quem é o seu causador: “A morte entrou no mundo pela inveja do Demónio, e os seus partidários sentem-lhe os efeitos.” E pelo contrário: “Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem do que ele é em si mesmo.” Jesus Nosso Senhor vem restaurar essa realidade original do ser humano. Isto realizar-se-á em toda a sua plenitude quando o Senhor vier, mas já agora através da Igreja Jesus começa a manifesta-lo. Diz o Catecismo da Igreja Católica no nº1508 e 1509: “ O Espírito Santo dá a algumas pessoas um carisma especial de cura para manifestar a força da graça do ressuscitado. Todavia, mesmo as orações mais intensas não conseguem obter a cura de todas as doenças. Por isso, São Paulo deve aprender do Senhor que "basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo o seu poder" (2Cor 12,9)… «Curai os enfermos!» (Mt 10, 8).

A Igreja recebeu este encargo do Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como pela oração de intercessão com que os acompanha. Ela "crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e de modo muito especial da Eucaristia, pão que dá a vida eterna e cuja ligação com a saúde corporal é insinuada por São Paulo”. Entre outros, no nosso opúsculo “Cura e libertação pelo terço da Divina Misericórdia” (Cf.), temos o seguinte testemunho: “Depois da Santa Missa, uma jovem ubaense (RJ), que estava lá com a sua mãe, a rezar com ela, e que estava com um problema sério no ovário, sentiu um forte calor no local atingido durante a passagem do Santíssimo Sacramento exposto no hostensório. Durante o ultra-som pré-operatório, na semana seguinte, o médico que a examinou ficou perplexo, pensando que tinha trocado os exames. Disse-lhe depois que não sabia o que acontecera, pois não conseguia mais encontrar a referida doença. Algum tempo depois esta mãe foi convidada para ser ministra da Eucaristia em sua comunidade.” Como a Misericórdia é uma estrada de dois sentidos, a Misericórdia recebida de Deus deve ser também oferecida. Neste sentido entendemos a preocupação de São Paulo nas colectas que promoveu, para que as necessidades dos pobres fossem supridas, e os cristãos pudessem se exercitar na partilha dos bens.

Para as Células de Evangelização:
1- Em que factos da vida , Jesus foi para ti “Ressurreição e Vida”?

Pe. Marcelo

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