Pe. José nasceu numa aldeia Lodygowice, localizada aos pés das montanhas no sul da Polônia, em 20 de setembro de 1933, como filho mais novo. Quando ia completar seus 6 aninhos da vida começou a Segunda Guerra Mundial. As vezes ele lembra os tempos em que passava fome e de como gostava quando ganhava um pedaço de pão de alguém. Por isso até hoje a sua maior alegria é dar refeição às crianças que a cada dia ficam na sua porta pedindo pão.


Como jovem sacerdote, com poucos anos de trabalho na Polônia, foi enviado à França. Continuou a mesma missão entre os jovens emigrantes poloneses. Entretanto queria algo diferente. Sendo assim, decidiu viajar ao Brasil para ser missionário na Amazônia.
Veio para Mato Grosso em 1971, onde trabalhou com os padres da Província de Santa Maria. Assim que aprendeu a língua, aproveitando as suas primeiras férias, viajou para a Amazônia. Passou dias viajando de barco até chegar em Manaus. Gostou tanto que logo procurou mais alguns aventureiros para assumir a missão em novos bairros de Manaus.

Mas o mundo das periferias de Manaus já não o atraía. Sendo assim, em 1973 começou a sua missão em Novo Airão, que na época era uma pequena localidade às margens do Rio Negro. Viajava em um bote com motor conhecido como voadeira. Bebia água do Rio Negro e dormia na rede pendurada nas capelas ou nas casas dos moradores locais.
Durante uma visita do provincial de Santa Maria, viajando pelo Rio Negro, encontraram um enorme peixe que ameaçou o bote. O Provincial ficou muito assustado com o fato e providenciou um barco maior para que pudessem morar.
Como reconhecimento dos seus méritos no campo de educação um dos prefeitos ofereceu um terreno às margens do Rio Negro. Vendeu a metade e com este dinheiro construiu, em 1976, a casa paroquial. A casa é de madeira bem parecida com a dos moradores locais.
Hoje, com seus 75 anos completos, já no 36º ano em Novo Airão, com mais de 20 malárias superadas, a sua maior felicidade é viajar de barco visitando as comunidades do interior sendo assim, comenta: “eu quero ficar aqui até a segunda vinda de Jesus para ser arrebatado”.
Pe. Jan Sopicki SAC
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