terça-feira, 3 de julho de 2018

VI Congresso Arquidiocesano da Divina Misericórdia

Mais uma edição do Congresso Misericórdia, aconteceu em nosso Santuário, no dia 23 de junho de 2018. Para ser mais exata, o VI Congresso.

Iniciamos pedindo a proteção maternal de Nossa Senhora, com a reza do terço mariano. A santa Missa que veio a seguir, foi celebrada por  Dom Orani João Tempesta,  que neste dia comemorava seu aniversário natalício. Contamos também com a presença do bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza, que celebrava neste mesmo dia, seis anos de ordenação episcopal. Padres palotinos, e de outras dioceses, participaram desta celebração.

Após a Missa foi servido bolo para todos os congressistas vindos de vários bairros do Rio de Janeiro, municípios vizinhos, e até de Minas Gerais , Pará e Rio Grande do Sul , em homenagem ao querido aniversariante. 
Padre Daniel Rocchetti, reitor do Seminário Maior Palotino abriu o Congresso com a palestra “O apostolado dos leigos na visão de São Vicente Pallotti”. Ele ressaltou, sobretudo, que todos são chamados à santidade, e temos diante de nós três preocupações: evitar o pecado; progredir no bem, e unir-se a Deus.
Padre Daniel nos apresentou  exemplos de cristãos, que hoje estão a caminho do altar. Nem deficiências físicas, pouca idade, estado civil, foram empecilhos para que eles fossem “sal da terra e luz do mundo”: as beatas Elisabetta Sanna e Alexandrina de Balasar; a juventude do Servo de Deus Guido Schäfer, o santo casamento de Luís Martin e Zelia Guerin (pais de Santa Terezinha) e Frederico Ozanam:  que em  sua profunda humanidade como o seu rigor moral, o levam a com apenas 20 anos,fundar, juntamente com seis companheiros, a Conferência de São Vicente de Paulo.

Padre Daniel Rochetti concluiu nos apresentando Rita de Paula Ribeiro, Coordenadora da Pastoral Social, que testemunhou o seu trabalho a mostrando como Deus vem modelando toda sua vida de cristã no serviço aos mais necessitados. E muitas vezes agir com misericórdia é dar atenção e carinho, alimentado assim a alma daquele que vem em busca de alimento para o corpo.

Paulo Diniz, fundador da “Comunidade Católica Santos Anjos”, fez a segunda palestra do dia: “O Espírito nos leva ao Encontro da misericórdia” pudemos vivenciar o trabalho do leigo em uma comunidade. Nos tempos em que vivemos hoje, cheio de novas ideologias, Paulo lembrou que também “os jovens precisam de misericórdia”. Muito tocante foi sua colocação de que “as folhas na bíblia são folhas da carne de Jesus”.



Seguiu-se a essa palestra, o testemunho de Marcelo Santos, da mesma “Comunidade Católica Santos Anjos”. Disse que aceitou o convite para estar no Congresso, por ter ouvido, em seu coração, Deus dizendo para que ele comparecesse para dar seu testemunho, porque se não fosse por Sua misericórdia, ele, não estaria vivo hoje em dia. Deus tem os seus próprios caminhos e, por isso, por sermos misericordiosos, nunca podemos dizer que uma pessoa está perdida.
Chegamos à terceira e última palestra ansiosos  para ouvir a abordagem que o Padre Alexandre Paciolli faria sobre o tema “Coração misericordioso e coração manso e humilde.” 
Padre Paciolli trouxe para nós questionamentos que suscitaram profundas reflexões: O que é mansidão? Você é manso quando entra no ônibus? Você é manso quando está no trânsito dirigindo seu carro?
Enumerou três segredos para obtermos a mansidão: 1º) Trabalhar a mansidão; 2º) Ter intimidade com o Espírito Santo e 3º) Silenciar. Acrescentou à esses três segredos, um quarto segredo de grande relevância para nós católicos: “A verdadeira devoção à Virgem Maria”. Disse que quem é devoto de Nossa Senhora é chamado por Deus a viver as virtudes de Jesus em Maria.

Terminada a palestra, Padre Daniel agradeceu o empenho e o carinho de Padre João para a realização desse Congresso e convidou- nos para participar do último ato da programação que seria uma encenação sobre os leigos como testemunhas da misericórdia. Antecipou que seria uma visita inesperada e conhecida por todos os presentes. Depois desse encontro cada um sairia dali certo de que a santidade é possível para todos.
A surpresa que nos aguardava não poderia ser mais intensa. Fomos agraciados pela grande alegria de conviver, por alguns minutos, com pessoas reconhecidas por nós por suas virtudes especiais e por sua dedicação em edificar o Reino de Deus. Pessoas cujas vidas servem de testemunho e de exemplo para nós. Todas elas obedientes, mansas e humildes de coração, que tiveram uma vida terrena como a nossa, mas que souberam dizer “sim”  a vontade de Deus em suas vidas. Mostraram-nos como é possível ser um amigo de Deus, viver perto Dele, renunciar a tudo por Ele.

Surgiu João Batista, pregando enquanto os congressistas jantavam: 
Ele dizia: "Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo". E ele os levava até os beatos, que estavam lá, “vivos” cada um em sua “cela”: Guido Schaffer, Elisabetta Sanna, Alexandrina de Balazar, Luís Martin e Zélia Guérin  e Frederico Ozanan.  Ao encontrar cada santo (paroquianos muito bem caracterizados), os congressistas reagiam com surpresa e muita emoção: choros, sorrisos, alguns até se ajoelharam diante daquele que estava ali para dizer: “Seja santo, você também pode”.
O caminho já nos foi dado, não nesse momento, mas, constantemente, pela presença de Jesus Cristo em nossas vidas. O olhar, agora, é que é novo já que a experiência de proximidade com os santos tocou-nos fortemente.

“A busca de santidade é para todos. Somos convidados a nos revestir das entranhas da Misericórdia”. (Padre Daniel Rocchetti, SAC)
Se tens Cristo no centro de tua vida, verticaliza-te! Busca tua santidade!
Marita Veiga