quinta-feira, 13 de abril de 2017

PÁSCOA 2017

Quando estava para iniciar a preparar a mensagem de Páscoa dirigida aos nossos membros, me deparei com as seguintes palavras do Beato Oscar Romero, contidas na sua primeira carta pastoral:

«A Igreja de Cristo deve ser uma Igreja da Páscoa, isto é, uma Igreja que nasce da Páscoa e vive para ser sinal e instrumento da Páscoa no mundo. Jesus, que realizou a nossa redenção através do signo pascal, queria prolongar a Páscoa na vida da Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo ressuscitado, e, através do batismo, todos aqueles que pertencem à Igreja vivem a tensão pascal, isto é, aquela passagem da morte para a vida, o caminho que nunca termina e que se chama conversão, e que nos pede de continuar a destruir tudo o que é pecado, para viver com maior vigor tudo o que é vida, renovação, santidade, justiça.
Noutras palavras, o Cristo da Páscoa continua a viver na Igreja da Páscoa. Não se pode fazer parte desta Igreja sem ser fiel à sua maneira de passar da morte para a vida, sem um movimento sincero de conversão e de fidelidade ao Senhor» (San Salvador, Domingo de Páscoa, 10 de abril de 1977).

Estas palavras do Beato Oscar Romero, mártir da justiça do nosso tempo, como nossos coirmãos argentinos assassinados em 4 de julho de 1976, estão em sintonia com o princípio espiritual de kenosis que o nosso Fundador viveu e praticou: “De fato, o inteiro processo do crescimento espiritual está baseado e modelado no mistério pascal, no qual o homem velho se torna crucificado com Cristo e o homem novo vem à luz com a ressurreição. O resultado desta experiência redentora é a transformação em Cristo” (Ratio Institutionis SAC, n. 140).

Esta é a única e autêntica forma de fazer da vida de Jesus a regra fundamental da nossa vida, como São Vincenzo Pallotti nos mostrou, e como a XXI Assembleia Geral da nossa Sociedade nos lembrou.
Desejo para vos a paz e alegria do Senhor ressuscitado. Que possam experimentar o poder da sua Ressurreição.

Jacob Nampudakam, SAC
Reitor Geral

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