Quando estava para iniciar a preparar a
mensagem de Páscoa dirigida aos nossos membros, me deparei com as seguintes
palavras do Beato Oscar Romero, contidas na sua primeira carta pastoral:
«A Igreja de Cristo deve ser uma Igreja da Páscoa, isto é, uma Igreja
que nasce da Páscoa e vive para ser sinal e instrumento da Páscoa no mundo.
Jesus, que realizou a nossa redenção através do signo pascal, queria prolongar
a Páscoa na vida da Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo ressuscitado, e,
através do batismo, todos aqueles que pertencem à Igreja vivem a tensão pascal,
isto é, aquela passagem da morte para a vida, o caminho que nunca termina e que
se chama conversão, e que nos pede de continuar a destruir tudo o que é pecado,
para viver com maior vigor tudo o que é vida, renovação, santidade, justiça.
Noutras palavras, o Cristo da Páscoa continua a viver na Igreja da Páscoa. Não se pode
fazer parte desta Igreja sem ser fiel à sua maneira de passar da morte para a
vida, sem um movimento sincero de conversão e de fidelidade ao Senhor» (San Salvador, Domingo de Páscoa, 10 de abril
de 1977).
Estas palavras do Beato Oscar Romero,
mártir da justiça do nosso tempo, como nossos
coirmãos argentinos assassinados em 4 de julho de 1976, estão em sintonia
com o princípio espiritual de kenosis
que o nosso Fundador viveu e praticou: “De fato, o inteiro processo do
crescimento espiritual está baseado e modelado no mistério pascal, no qual o
homem velho se torna crucificado com Cristo e o homem novo vem à luz com a ressurreição.
O resultado desta experiência redentora é a transformação em Cristo” (Ratio Institutionis SAC, n. 140).
Esta é a única e autêntica forma de fazer
da vida de Jesus a regra fundamental da
nossa vida, como São Vincenzo Pallotti nos mostrou, e como a XXI Assembleia
Geral da nossa Sociedade nos lembrou.
Desejo para vos a paz e alegria do Senhor
ressuscitado. Que possam experimentar o poder da sua Ressurreição.
Jacob
Nampudakam, SAC
Reitor
Geral
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