O fato de ser um apóstolo já é uma dádiva, e muito mais especial ela se torna se quem a exercita tem a possibilidade de usar a voz ou instrumentos musicais para embelezar, aos olhos e ao coração de quem os escuta, a mensagem que deseja transmitir.
No último encontro palotino de que participei tive a oportunidade de escutar um número muito significativo de cantores. No final do encontro, tendo ciência das suas caminhadas palotina e cristã, convidei-os para dar seu depoimento, a fim de que eu pudesse oferecer aos leitores de Revista Rainha palavras especiais, de quem já encanta pela voz. Convidei-os a responder a questão “Como você vê e utiliza o dom da música em seu apostolado”.Veja as maravilhas de suas respostas.
Cantar e tocar um instrumento é uma forma de transmitir sentimentos e emoções. O dom da música é maravilhoso e essencial para a vida de todos nós. Basta olharmos para a natureza, a criação, toda ela canta. Melhor ainda quando o dom é unido à oração, ao louvor a Deus Criador. Quando canto a Deus, estou em sintonia e intimamente ligada a Ele. Transmitir esse sentimento aos irmãos por meio do dom que Deus me concedeu me deixa feliz e realizada. Gosto muito da minha missão e agradeço a Deus por esse dom maravilhoso e também agradeço a todos os outros músicos, amigos, pois juntos transmitimos o amor de Deus a todos por meio da música.
Camille; Niterói - RJ
Os dons são sempre graças e bênçãos que Deus nos dá gratuitamente, não apenas para a própria edificação, mas para a do próximo. Quanto ao dom de cantar, posso dizer, é um dos mais preciosos que Deus dá ao homem. Porém é necessário saber usá-lo: pode ser conversão e salvação de uma pessoa, ou ser perdição. Uso esse dom na minha comunidade, cantando nos grupos de oração, nas celebrações de missas e sempre que necessário. Como um apóstolo de Cristo, busco, pelo canto, tocar o sentimento das pessoas e trazê-las para perto de Deus. Dificuldades aparecem, mas elas servem para o crescimento próprio. Sei que jamais poderei pagar a Deus por esse dom que ele me deu com amor. O mínimo que posso fazer é usá-lo na construção de uma sociedade onde reinem a paz, o amor e a igualdade.
Romário; Codó-MA
“Cantarei para sempre o amor do meu Deus, seu louvor não deixará os meus lábios” (Sl 88 e 33). Acredito que Deus me chamou e consagrou antes do meu nascimento. Tive a graça de nascer em um lar católico, numa família de músicos. Sinto-me agraciada pelo dom que recebi de Deus, dom esse que jamais guardei. Desde os nove anos canto nas celebrações eucarísticas e, hoje com 19, canto também nos grupos de jovens, nos retiros de espiritualidade, em encontros de formação, evangelização, nas escolas e universidades. Muitas vezes fui convidada a cantar em bares e eventos sociais, mas rejeitei, recusando assim boas quantias de dinheiro, pois digo que sou inteiramente do Senhor. É para Ele o meu canto, o meu louvor. Creio que minha voz já foi paga pelo sangue do Cordeiro, e seria ingratidão da minha parte não usá-la para a salvação de todos. A música é minha vida, com ela elevo minha alma até o céu e busco incessantemente a humildade para sempre ser instrumento de Deus. Só cantar, porém, não basta. Mais do que um bom músico, é necessário ser um bom cristão, dando testemunho não apenas com a voz, mas com a vida. Agradeço a Deus pelo dom da vida, por Ele confiar a mim e a tantos outros os seus dons, que enriquecem cada dia a nossa Igreja.
Juliana; Cascavel - PR
O dom de cantar é uma dádiva maravilhosa dada por Deus, é o mesmo que acontece com o dom de tocar. Mas esses dons apenas realizam o seu fim se forem usados para um bem maior, para doar-se a um propósito, tal como o de fazer pessoas se alegrarem e cantar juntas a nosso Senhor Jesus Cristo. Eu uso o meu dom exatamente para isso, para levar “luzes onde existem trevas”, animo as liturgias nas missas de domingo e nos cultos aos sábados. Enfim, sempre que pego o violão para tocar, faço questão que as pessoas ouçam ao menos uma música cristã. Sou muitíssimo grato a Deus e a minha família, que me apoiou desde o início.
Alessandro; Fátima do Sul - MS
Gosto de colocar o meu dom de cantar à disposição da comunidade. Comecei a fazê-lo em 1997, quando recebi a minha primeira comunhão, ocasião em que descobri essa graça com que Deus me presenteou. A partir desse momento, todas as minhas canções são para Deus e para os meus irmãos. Cantar para os outros é uma forma de auxiliá-los a meditar e refletir, pois sei muito bem que a música chega até a alma.
Samuel; Durazno-Uruguay
Samuel; Durazno-Uruguay
Desde criança a música é algo importante na minha vida; sempre gostei de cantar. Lembro que quando pequeno ficava perto ou próximo do rádio escutando e cantando as músicas que eram apresentadas. Na minha juventude entrei no seminário de Vale Vêneto (seminário menor palotino), onde tive a oportunidade de aprender a tocar violão. Desde então, a música faz parte da minha vida. Tocar violão e cantar são coisas que me deixam muito feliz. Creio que a música é um dom e esse dom eu sempre busco colocar a serviço dos outros, na animação de celebrações, encontros e retiros. Além disso, ensino outros a cantar, o que é gratificante, pois sinto que estou retribuindo o que outros um dia me ensinaram.
Algir Facco da Silva; Santa Maria – RS
Algir Facco da Silva; Santa Maria – RS
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