Na
quinta-feira, 21 de abril de 2016, completaram-se 221 anos do nascimento de São
Vicente Pallotti (1795), fundador da Família Palotina – A União do Apostolado
Católico (UAC), em Roma em 1835. E um dos membros da UAC, uma colaboradora no
apostolado de Pallotti, será beatificada no mês de setembro. Vamos conhecê-la,
mesmo que em brevidade.
Elisabetta Sanna nasceu no
dia 23 de abril de 1788, na Ilha da Sardenha, Itália. Era de família de
camponeses distintos e bem de vida. O pai era prefeito da cidadezinha; um dos
irmãos de Elisabetta, Antônio Luiz, foi sacerdote e vice-pároco de
Codrongianos. A avó, a mãe e o pai viviam profundamente a fé católica.
Elisabetta recebeu uma profunda educação cristã na família. Da atmosfera
religiosa da família fala claramente seu irmão o Pe. Antônio Luiz: “Assim como
nossa mãe era uma senhora muito piedosa, depois de terminadas as lides
domésticas, rezávamos juntos as orações, recitando também o Santo Rosário
(...). Minha irmã Elisabetta era muito piedosa e devota, praticava obras de
piedade e frequentava a Igreja”. Na juventude foi catequista, liderava romarias
e apaixonada por cânticos litúrgicos.
Elisabetta, com três anos,
foi atingida por uma epidemia difusa de varíola; conseguiu sobreviver, mas não
pode mais levantar os braços; movia os dedos e os pulsos, mas não podia levar a
comida à boca; não podia fazer o sinal da cruz, nem pentear-se, nem lavar-se o
rosto, nem mudar de roupa; mas podia fazer o pão, colocá-lo e tirá-lo do forno.
Casou-se e criou 05 filhos. Seu esposo homem justo, faleceu em 1825. Viúva,
fez-se leiga consagrada com votos.
Em 1831 chegou a Roma, conheceu
o Pe. Vicente e confiou-se à sua direção espiritual. À sombra do Pe. Pallotti,
alcançou uma autêntica santidade, vivendo no mundo uma constante vida de oração
e praticando, na pobreza, uma caridade
heróica e evangélica, noutras palavras: uma
vida dedicada ao apostolado de Jesus Cristo, vivendo em primeira pessoa o Evangelho.
Anuncio-o com a vida de caridade em favor dos pobres, doentes, aos mais
necessitados e às meninas órfãs, acolhidas na “Pia Casa de Caridade”. Totalmente
integrada na participação e crescimento da fundação da União, tornando-se uma
especial promotora da fundação e se mostra uma mãe dedicadíssima pelo bem
espiritual dos membros da obra palotina.
Elisabetta
Sanna a “serva de Deus e discípula” de São Vicente Pallotti, será beatificada,
no dia 17 de setembro de 2016, sábado, às 11h, durante a Celebração
Eucarística, presidida pelo Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para
as Causas dos Santos, em Codrongianos, Sardenha, Itália, junto à Basílica da
Santíssima Trindade de Saccargia. O comunicado fora
feito pelo Papa Francisco, no dia 21 de
janeiro de 2016. E no dia 22 de janeiro
de 2016, na festa de São Vicente Pallotti, durante a Eucaristia, na Igreja São
Salvador In Onda, em Roma, foi
oficialmente anunciado o Decreto de beatificação da Elisabetta.
Depois
de Pallotti, ela será a primeira pessoa leiga, portadora de deficiência física e
viúva, na Família Palotina, não mártir que será beatificada. Elisabetta foi
testemunha da fundação da União do Apostolado Católico e acompanhou o seu
desenvolvimento por 22 anos, até sua morte em 17 de fevereiro de 1857. Seu
corpo fora sepultado na Igreja São Salvador em Onda, em Roma, na mesma Igreja
onde repousa o corpo de São Vicente Pallotti.
Pe.
Jacob Nampudakam Reitor Geral da SAC e Assistente Eclesiástico da União do
Apostolado Católico disse que “A beatificação do primeiro membro da União do
Apostolado Católico é, sem dúvida, um acontecimento histórico para toda a
Família Palotina! Trata-se de uma especial bênção que recebemos. A nossa
presença, à beatificação, de um modo ou de outro, representa uma forma de
agradecer a Deus pelo dom do carisma que herdamos de São Vicente Pallotti e que
se concretiza na nossa história em tantos modos diferentes”.
Pe. Edgar Xavier Ertl SAC
bispo eleito da diocese de Palmas – Francisco Beltrão