quarta-feira, 27 de abril de 2016

Padre Edgar Xavier Ertl SAC nomeado bispo

O papa Francisco nomeou hoje, 27 de abril, padre Edgar Xavier Ertl como bispo da vacante diocese de Palmas-Francisco Beltrão (PR).
Até o momento, padre Edgar é superior da província “Nossa Senhora Conquistadora” dos Palotinos, na arquidiocese de Santa Maria (RS). Padre Edgar Xavier nasceu em 3 de setembro de 1966, natural de Nova Prata do Iguaçu (PR). 
Ingressou no seminário São Vicente Pallotti, dos Padres e Irmãos Palotinos, em 1985. Cursou Filosofia e Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia Santa Maria. Em 1991, fez o noviciado, no seminário Rainha dos Apóstolos, em Cascavel (PR). Foi ordenado diácono no dia 29 de junho de 1996 e presbítero, em dezembro, do mesmo ano. É mestre em Teologia Sistemática, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Na trajetória presbiteral, padre Edgar foi vigário da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Colorado D’oeste (RO); formador no Seminário Maior, em Santa Maria (RS); professor na Faculdade Palotina, das disciplinas de Antropologia Teológica e Moral Social. No período de 2005 a 2010, atuou como reitor do Colégio Máximo Palotino. Em 2014, tornou-se reitor provincial.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Gesto concreto no Ano da Misericórdia

Por ocasião do Ano da Misericórdia, na paróquia de São Benedito em Itaperuna, o pároco Pe. Estevão junto com comunidade, está oferecendo uma vez por mês um almoço para familias carentes.

Em cada  mês são distribuídos na paroquia 200 convites para os mais necessitados.









domingo, 24 de abril de 2016

Entrevista com Pe. Jan Korycki

Entrevista com Pe. Jan Korycki SAC - Postulador do processo da beatificação da Venerável Serva de Deus Elisabetta Sanna.
No dia 22 de janeiro de 2016 o Papa Francisco concordou com a beatificação da Venerável Serva de Deus Elisabetta Sanna, membro leigo da União do Apostolado Católico. A beatificação vai acontecer em 17 de Setembro de 2016 na Sardenha, onde nasceu a "mãe Sanna" - como é chamada a futura beata. Ao últimos  anos o Padre foi responsável pelo processo de beatificação de Elisabetta Sanna. Como começou a aventura com a futura beata?

Pe. Jan Korycki SAC: Meu grande interesse com a pessoa do Venerável Serva de Deus Elisabetta Sanna começou quando comecei ler a biografia dela e observei que o processo de beatificação começou quase imediatamente depois de sua morte. Exatamente quatro meses a partir da data da sua morte. Ela faleceu no dia 17 de fevereiro de 1857 e no dia 15 de Junho do mesmo ano, o Vigário de Roma nomeou o primeiro postulador da causa da beatificação, que foi Prelado da Basílica de Santa Maria Maior. Comecei a investigar e perguntar-se: por que tão rápido? E isso me levou a descobrir que Elisabetta Sanna, na verdade, na opinião dos habitantes de Roma daquele tempo, era realmente uma pessoa santa. A pessoa que atraí com a sua personalidade, mesmo que ela era analfabeta, mesmo que ela não falava bem italiano a consciência da sua santidade era muito grande.

Como manifestou-se a santidade da Elisabetta Sanna?

Pe. Jan Korycki SAC: A grandeza de Elisabetta Sanna é visível em suas virtudes, especialmente com a força da fé na vida cotidiana. Manifestou-se no fato de que o centro de sua vida foi a Eucaristia. Todos os dias, Ela participou na Missa, tanto na Sardenha como em Roma. Em Basílica de São Pedro – na época não teve a concelebração e por isso - na Basílica teve muitas celebrações da Santa Missa, e quando Ela poderia andava de altar para o altar e  de joelhos participava da Santíssima Eucaristia. Andava onde foi a exposição do Santíssimo Sacramento, onde teve a adoração de 40 horas, tudo em sua vida aconteceu em torno da Eucaristia. Para mim, é importante que o que o Concílio Vaticano II enfatizou, que a Eucaristia é o centro da vida cristã, vejo na vida pessoal de Elisabetta. Do culto da Eucaristia vem o culto da Nossa Senhora. Quando Elisabetta recebeu a imagem de Nossa Senhora Virgo Potens fiz em sua pequeno apartamento um tipo de pequeno santuário. Quando as pessoas vinham para Ela conversaram e Ela falou com eles sobre o culto e rezaram. Oração e as conversas sobre as temas espirituais foram sempre o assunto das reuniões. A devoção de Nossa Senhora foi o resultado do fato de que Maria é a Mãe do Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que por nós foi sacrificado e, portanto, a enorme experiência da Paixão. Especialmente durante a Quaresma. Durante a Semana Santa rompeu todos os contatos com as pessoas, a fim de capturar totalmente a devoção, a reflexão sobre o mistério do martírio, morte e ressurreição do Senhor. Esta é a fonte de sua grandeza espiritual. Esta grandeza manifestou-se em que Ela era a pessoa que tinha o dom de ver e lidar bem com outras pessoas e teve a prudência pessoal. Deixe-me lembrá-lo que antes de Ela decidiu ir em peregrinação à Terra Santa, sob a influência do pregador do retiro da Quaresma pregado pelo franciscano na Sardenha. Ele convenceu um monte de gente dizendo como é importante para o desenvolvimento espiritual a visitar os lugares sagrados. Ela falou com ele, conversou com seu confessor, mas não foi o suficiente. De Codrongianos onde Ela nasceu foi a 15 km para Sassari, para o pároco da Catedral, a quem apresentou seus assuntos tanto espirituais como a peregrinação e que, vendo a sua atitude disse que nestes assuntos deve consultar o seu confessor. Esta prudência, não só que eu to convencida, não só que o meu confessor me aconselhou, e não só que isso o missionária aconselha mas vou ainda perguntar uma outra pessoa, é a virtude da prudência.

Qual é a relação de família Palotina com a Venerável Elisabetta Sanna?
Pe. Jan Korycki SAC: Elisabetta foi muito apreciada por São Vicente Pallotti. Seu primeiro encontro com o Pallotti tem as características extraordinárias. Encontrou Ele num momento em qual Ela não sabia onde está, tava indo do Panteão, na direção da Praça de São Pedro, incapaz de perguntar às pessoas para direções, chorando do lado da igreja de São Agostinho e - de acordo com o seu testemunho - um sacerdote tão excepcionalmente olhou para ela, que, de repente recuperou a coragem, e, como mencionava, não sabe se a pé ou de outra forma, de repente já estava na Praça de São Pedro. Esse padre era o são Vicente Pallotti. Pouco depois desse acontecimento, Elisabetta encontrou-se com a Pallotti, que concordou em ser seu diretor espiritual. Pe. Francesco Vaccari, o primeiro sucessor de São Vicente Pallotti como Superior Geral da Sociedade do Apostolado Católico, lembrava para os coirmãos que a nossa Sociedade deve a sua própria existência e desenvolvimento a dois pessoas: Elisabetta Sanna e Cardeal Luigi Lambruschini. Por que Elisabetta? Ela através da oração, o sofrimento, a sabedoria - dava conselhos para aqueles que vieram com Ela. Testemunhas dizem que são Vicente Pallotti repetidamente aconselhava-se a Ela. Dizem que o Cardeal Giovani Solgia que, para dar a Ela o sustento dava para Ela trabalho, ele disse que, em questões pessoais, muitas vezes aconselhava-se com esta mulher. Vicente Pallotti em uma carta ao Pe. Valle escreveu que Elisabetta está progredindo no caminho da santidade de acordo com o plano de Deus. A sua proximidade com o Pallotti mostra o fato que quando Ela foi até a Basílica de Santa Maria Maggiore e caindo, quebrou o braço, quando Elisabetta estava no hospital notificaram sobre isso o Pallotti, mas naquele dia Ele não poderia estar com Ela, então Ele mandou imediatamente uma carta por uma mulher pedindo para Ela analisar como fica a situação e dizer que Ele não pode chegar hoje, mas amanhã vai visitar Ela. Vicente Pallotti a aceitou para o União do Apostolado Católico e ela ajudou Pallotti com oração, sofrimento, diferentes conselhos, e quando organizou a celebração do Oitavario da Epifania ela informou as pessoas, convidava, encorajava a participar. Sucessores de Pallotti também viram Nela uma grande pessoa, mesmo enviando os noviços quando eles tiveram dificuldades para falar com Elisabetta Sanna. Em família Palotina deste do começo teve um papel importante. Rezou em nossa igreja de SS. Salvatore in Onda, ajudava, devido a doença não podia levantar os braços, mas poderia fazer uma variedade as coisas assim como, por exemplo fazendo meias, e cuidava as vestes litúrgicas. Teve experiência de desenvolvimento inicial do Apostolado Católico.

Por que Elisabetta não voltar para sua família?

Pe. Jan Korycki SAC: Vicente Pallotti imediatamente fez contato com o irmão de Elisabetta, Antonio Luigi, que era um sacerdote, e apresentou-o à situação e enviou a Elisabetta para os médicos. Desde que Ela era muito fraca depois de viajem. Os quatro dias de navio a partir Porto Torres ao Genova foram muito cansativos e os médicos descobriram o fracasso do corpo. Pallotti sabendo sobre o assunto escreveu para irmão dela, que Elisabetta quer voltar para a Sardenha, para a família, mas no momento isso é impossível devido ao estado de saúde. Quando a situação melhora Ela vai embarcar em uma viagem de regresso. Sua condição estava continuamente piorando, até que um dos médicos emitiu um comunicado que se Ela vai de navio a Sardenha, outras possibilidades não teve, está arriscando a morte durante a viagem. Tinha um dom que, apesar de grandes dificuldades, não desanimou. Ela realmente queria voltar para a família. Ao longo dos primeiros cinco anos Ela chorou constantemente. Quando os médicos disseram claramente sobre o perigo da sua morte durante a viagem, o Pallotti disse a Ela: aparentemente, a vontade de Deus é fazer algo de bom aqui em Roma, e não se expor à morte durante a viagem. A família está em uma boa situação. Depois, quando chegaram para a família algumas dificuldades Ela e Pe. Vaccari, Pe. Melia organizaram ajuda. Há documentos sobre o envio de dinheiro, enviando coisas para a família, para ajudá-la. Apesar do fato de que havia muitos sofrimentos, as dificuldades, não desanimou e aceitou a situação, estava convencida de que Deus quer, que nesta situação servir a Deus e fazer o bem. Este tipo de vida levou a opiniões de santidade e rapidamente iniciar o processo de beatificação.
No século XIX, o apostolado foi reservado para o clero, o que estava fazendo a Elisabetta Sanna no campo da fé?

Pe. Jan Korycki SAC: Na Sardenha, ajudava especialmente as meninas, ensinando as o catecismo. Ajudava os pobres, as sofredores. Quando encontrou uma jovem, uma menina que estava enredada na vida imoral ajudou ela, embora ela teve um pequeno apartamento morava junto com ela, segurou aquela mulher em casa por um longo tempo, até que ele estava convencida, que encontrou a solução e que esta mulher poderia levar uma vida modesta. Em Roma, foi apreciada pelo fato de que Ela ajudava os pobres. O que recebeu do povo dava para os outros, ou para os dois orfanatos que Vicente Pallotti fundou e um deles, a Casa Pia de Carita existe até hoje, ou para pobres necessitados, ou foi para o hospital para doentes terminais, os doentes terminais. No hospital não podia fazer muito, mas a sua presença, conversa, oração impactava de forma positiva sobre as pessoas doentes que eles ansiosamente esperavam por Ela.

Durante o processo de beatificação de Elisabetta Sanna era um milagre por sua intercessão.

Pe. Jan Korycki SAC: Reputação sobre a santidade e de conhecimento da pessoa de Elisabetta Sanna em diferentes países, o que foi feito graças ao empenho dos nossos coirmãos se espalhou também para o Brasil. Foi lá o conhecimento da pessoa de Elisabetta Sanna entre as doentes que fizeram o milagre. Uma menina, Suzanna, quando teve 25 anos adoeceu. Como um resultado do um colapso ocorreu cancro do braço e do pulso. Apesar da cirurgia e o tratamento teve uma mão paralisada. Não podia mover o braço, antebraço e punho. Recebeu um santinho de Elisabetta Sanna de um palotino, Pe. Daniel Rocchetti, e ouvindo a conferência de Pe. João Pedro Stawicki SAC, que fala sobre a União do Apostolado Católico e sobre a Elisabetta e disse que Ela tinha as duas mãos paralisadas, a ponto de que Ela não podia levantar elas, Suzanna pensou: se Elisabetta, embora tendo as duas mãos doentes fez tanta coisa boa e eu tenho uma doente então também devo fazer algo de bom. Começou a rezar. Felizmente, que este livro sobre  Elisabetta Sanna: "Cooperadora leiga de são Vicente Pallotti" palotinos traduziram para o Português. Suzanna começou ler este livro e, juntamente com várias outras pessoas começaram a rezar pedindo a intercessão de Elisabetta Sanna. Em maio de 2008, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Niterói, na capela do Santíssimo Sacramento, antes da reunião do grupo de jovens Suzanna orou junto com a amiga. Suzanna se aproximou para o Sacrário, colocou a mão paralisada no altar, e depois de um momento deu os gritos de alegria. Ele sente que a mão se endireita e grita: minha mão é curada! Levanta a mão para cima. Vem os jovens, vem o sacerdote, e estão vendo que, de fato, aquela que durante cinco anos, apesar de a diferentes tratamentos, que foi considerada completamente incapaz para o trabalho, recebeu uma pensão de invalidez, essa pessoa começou completamente mover a mão paralisada. Os médicos descobriram que esta súbita cura de uma forma sustentável, com total mobilidade a mão é medicamente inexplicável. Isso foi em 2008 e em 2011, depois terminarem o processo diocesano os médicos confirmaram a cura completa. Também a comissão de médicos em Roma e teólogos e cardeais, olhando para a cura súbita, afirmaram que é um milagre.

Elisabetta Sanna é pouco conhecido no mundo, como mudar isso?

Pe. Jan Korycki SAC: Vicente Pallotti reconheceu Elisabetta Sanna como uma santa. A beatificação de Elisabetta Sanna é uma graça que Deus dá para a nossa geração, e é um desafio para voltar às raízes, ao aquilo que queria São Vicente Pallotti. Elisabetta Sanna era uma filha espiritual de São Vicente Pallotti. Ela nos mostra que tudo devemos confiar em Deus, em Eucaristia e que todos somos chamados a testemunhar a fé, o amor e a esperança cristã. Portanto, precisamos fazer mais e mais pessoas conhecer a pessoa de Elisabetta Sanna através de santinhos, artigos, livros, publicações. Para vê-la como colaboradora laica de São Vicente Pallotti, que tinha uma grande consciência da vocação ao apostolado e cuja vida toda foi a realização da vocação. Também o Bispo de Sassari, na Sardenha, me pediu para preparar uns pequenos artigos sobre a vida de Elisabetta Sanna e cada semana até a beatificação será publicado um artigo sobre Ela na imprensa local. Isso vai ser italiano, mas também outros países estão interessados. Na Polônia vai ser lançado o livro, no Brasil, na Alemanha já existem publicações. Se houver mais interesse em santidade e vocação ao apostolado com base na santidade pessoal assim a Elisabetta Sanna vai ser melhor conhecida.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dia 21 de abril de 2016 - Aniversário do nosso fundador São Vicente Pallotti

Toda a Comunidade Palotina da Região Mãe da Misericórdia, num encontro festivo e alegre, se fez presente no Santuário da Divina Misericórdia – Vila Valqueire – Rio de Janeiro – para festejar o aniversário de Pallotti. São 221 anos do nascimento até a data de hoje.



Fomos recebidos pelos padres Palotinos José Rodrigues Filho, Superior da SAC e  João Sopiki, Reitor do Santuário. Foram feitas as apresentações de toda a comunidade palotina presente. O Seminarista José Luiz fez minucioso retrospecto da vida de nosso fundador, fundamentando a Misericórdia Divina na vida de Pallotti. Além disso, os jovens apresentaram uma dramatização mostrando a Misericórdia de Jesus para com o pobre cego Bartimeu. Também tivemos momentos de oração e várias oportunidades de encontro fraterno e colaboração. Foram dois momentos culminantes do nosso encontro: Adoração ao Santíssimo e a Celebração Eucarística. Nós, leigos da UAC, desenvolvemos nosso apostolado como colaboradores da obra evangelizadora. Sendo assim, todos os anos, nesta mesma data, para felicitar São Vicente, festejamos o seu aniversário com a renovação do nosso Compromisso Apostólico.



Importa dizer que Pallotti defendia que todo cristão leigo pode trabalhar na obra evangelizadora, e tinha como centro de sua vida o projeto de Deus que o impulsionava a “ reavivar a fé e a reacender a caridade”. A relíquia de São Vicente esteve presente durante todo o dia para lembrar que cada um de nós pode ser santo. “ São Vicente Pallotti, rogai por nós.

Zeneida Muniz – UAC-Itaipu

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Vídeo sobre a Venerável Elisabetta Sanna

No dia 22 de janeiro de 2016 o Papa Francisco anunciou a beatificação da Venerável Serva de Deus Elisabetta Sanna, que acontecerá no dia 17 de setembro de 2016 em Sardenha, onde nasceu a “mãe Sanna” – como é chamada a futura beata. Responsável pela Agência Palotina de Notícias, Pe. Artur Karbowy, decidiu fazer um vídeo para focar alguns aspectos deste evento importante para toda a família Palotina.
Para fazer isso, ele decidiu entrevistar  o Pe. Jacob Nampudakam, Reitor Geral, Pe. Jan Korycki, Postulador da Causa e Sra. Donatella Acerbi, Presidente do Conselho de Coordenação Geral da União do Apostolado Católico, pedindo-lhes para falar sobre o significado que tem um evento como esse e que aspectos da vida da Venerada são  mais importantes.
O vídeo, feito com a colaboração do Pe. Venceslao Grynevych, SAC, estudante Ucrâniano do Colegial Internacional, tem áudio em italiano com legendas em inglês, polonês, português e ucrâniano. Desta forma, ele pode ser usado por qualquer pessoa que queira saber e aprender mais sobre Elisabetta Sanna.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Apóstolos Hoje Abril de 2016

Viver a Misericórdia de Deus com Toda a Criação

O tema desta reflexão está muito no meu coração e ligado com as minhas raízes culturais. Eu cresci em contato direto com a natureza e com os frutos da terra me alimentei. Sempre admirei a sua diversidade e beleza. Recordo-me de que, quando pela primeira vez vi o oceano Atlântico, não pude manter a emoção, e disse: Deus te fez! Semelhante experiência aconteceu-me, quando me encontrei como missionário no interior do maior “santuário da biodiversidade” do planeta: A Amazônia!
Hoje vivo na belíssima cidade de Roma, carregada de vida, de história, de belezas, culturas, turistas e peregrinos, mas ao mesmo tempo caótica e poluída que recebe milhares de irmãos imigrantes e refugiados. Fugidos das guerras provocadas muitas vezes por interesses econômicos e pela exploração humana. Estamos também espantados pela ameaça do terrorismo que assume dimensões sempre mais drásticas em todo o mundo.
Dentro deste panorama somos chamados, como família palotina na Igreja, a viver a misericórdia de Deus e cuidar de todo o criado. Tema que ocupa o centro das reflexões do Papa Francisco e é também motivo de preocupação para a ONU, para as organizações não governativas, para cientistas, teólogos, igrejas, famílias e indivíduos. Trata-se da justa preocupação pela nossa casa comum.
A mensagem bíblica sobre a criação é fundamentalmente positiva. A criação é o primeiro ato de amor de Deus. Tudo brota desta fonte do ser e da vida que é Deus mesmo, como o seio de uma mãe. Sete vezes é dito que o que Deus fez é bom e bonito: “Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31) e o primeiro canto ao amor misericordioso do Senhor nasce da contemplação da obra da Criação: “Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia” (Sl 117,1).
Deus criou o homem e a mulher e com eles entrelaçou o diálogo da amizade. Nas mãos deles colocou toda a criação para que a protegessem e a cultivassem. E uma das coisas mais belas, alegres e libertadoras, que nos deu para fazer, é contemplar a obra da criação e a nossa pessoa no interior da mesma. Sentir-nos “criaturas”, objeto do interesse amoroso e providente do Criador que nos coloca em lugar certo frente a Deus, em verdadeira humildade alegre, cheia de gratidão e capaz de assumir as responsabilidades que Ele nos entrega com o dom da vida.
A vocação humana será, pois, compreendida em termos de cultivação e conservação de uma realidade preciosa e amada por Deus. De outra parte, “«guardar» significa proteger, cuidar, preservar, velar”. Neste sentido, cada comunidade pode certamente “tomar da bondade da terra aquilo de que necessita para a sua sobrevivência, mas tem também o dever de a proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras” (Laudato Sì (LS) n.67).
É este, portanto, um âmbito privilegiado para o exercício de uma senhoria misericordiosa sobre o criado por parte de nós e de toda a humanidade; para uma administração expressa em práticas de cuidado; para tornar concreto aquele bonito anúncio pela terra e pela própria humanidade que está no coração do Evangelho.
Como imagem e semelhança de Deus, somos chamados a ser a manifestação da glória de Deus no mundo e os interlocutores de Deus sobre a terra diante da criação. Somente nós podemos assumir na consciência uma atitude de respeito pela natureza. Somente em nós pode emergir uma consciência ecológica integral e misericordiosa.
Pela primeira vez, nos encontramos diante de uma crise ecológica de dimensão planetária causada principalmente pela ação humana. Além disso, estamos convencidos de que quanto aos recursos naturais essenciais para a vida e a dignidade humana, pesa “uma hipoteca social universal” (Cf. João Paulo II, Sollicitudo Rei Socialis n. 42), já que a terra é essencialmente uma herança comum cujos frutos devem estar em benefício de todos. A terra contém recursos que são limitados, mas que são suficientes para toda a humanidade.
A tutela do ambiente é um desafio para todas nós que somos chamados a escutar o grito da terra e dos pobres desesperados. A técnica e os progressos científicos podem contribuir muito para a humanização do mundo, mas podem também ser instrumentos de destruição e de morte. Se ao progresso técnico não corresponde um progresso de formação ética e de crescimento integral do homem, acaba de ser progresso e torna-se uma ameaça para o homem e para o mundo. A ecologia integral requer uma coneção do progresso técnico e científico com a ética. Quando o homem se aproxima da questão ambiental, deve afirmar o primado da ética sobre a técnica, e disto nasce a necessidade de salvaguardar sempre a dignidade humana.
O consumismo e o esbanjamento de recursos, que deixam na miséria grande parte da população humana, opõem-se a qualquer opção ética ecologicamente integral correta. A eliminação da miséria é um dos primeiros passos que o homem pode fazer para resolver os problemas ecológicos. Para que isto possa acontecer, se requere uma “conversão ecológica” dos indivíduos e dos povos, especialmente daqueles que têm grande abundância de riqueza.
A destruição do ambiente e os problemas ecológicos sofrem em grande parte de uma ofuscação da consciência ética do homem. Por isso, alguns elementos desta crise ecológica revelam o seu caráter moral.
Assim, a crise ecológica nos dá a ocasião de uma crítica radical de como nós estamos organizando a produção dos bens e a convivência humana. Além disso, nos indica um novo paradigma na relação entre a natureza e os seres humanos. É necessário apontar a um novo modo de viver e de pensar, não se limitando a conceber a natureza somente como um recurso a explorar. Quanto a isso, é necessário que haja uma conversão ecológica mediante a qual o ser humano cesse de se compreender como indivíduo separado, a fim de ser visto como parte de um conjunto, capaz de inter-relações naturais e sociais. Tal compreensão de si leva a uma conversão ética e espiritual que gera o comportamento e a atitude de respeito, auto-limitação,
justa medida e solidariedade para com a natureza e os seres humanos.
Daqui vem a consciência de que as soluções devem ser geradas e desenvolvidas, no íntimo de nós mesmos, já que o modo melhor de respeitar a natureza é aquele de promover uma “ecologia humana integral” aberta à transcendência. O respeito pelo homem e pela natureza tem uma reciprocidade complementar. A primeira ecologia a defender é a “ecologia humana”. Se a “ecologia humana” vai bem, toda a criação será também beneficiada. De fato, a crise ecológica nasce quase sempre dos nossos desertos espirituais e sociais.
A ecologia integral e misericordiosa exige uma mudança efetiva de mentalidade que nos impele a adotar novos estilos de vida. Tais estilos de vida devem ser inspirados pela sobriedade, pela temperança e pela auto-disciplina pessoal e social. É necessário sair da lógica de simples consumo e promover formas de produção que respeitem a ordem da criação e que satisfaçam às necessidades de todos. Uma atitude semelhante favorece uma consciência renovada da inter-dependência que liga juntos todos os habitantes da terra. Esta nos convida a ser agentes de mudança das causas estruturais que geram tal comportamento. Nesta direção, a formação da consciência e de uma espiritualidade integral tem um papel fundamental.
Somos chamados a renunciar a um estilo de vida agressivo e a adotar, ao contrário, a gentileza, o cuidado das relações e o valor da dignidade do outro. A ecologia humana integral não revela somente a relação entre o homem e o ambiente, mas também a relação do homem consigo mesmo e com o Criador. Os deveres para com o ambiente derivam daqueles para com a pessoa, considerada em si e em relação com os outros.
Tudo isto requer também uma resposta no nível da espiritualidade, inspirada pela convicção de que a criação é um dom que Deus colocou nas mãos responsáveis do homem, para o seu uso, reconhecimento, gratidão e amoroso cuidado. A natureza apresenta-se aos olhos do homem como uma marca de Deus, como um lugar em que se revela a sua potência criadora, providente e redentora. Para que isto seja possível , devemos ajudar-nos a achar novamente a sua conexão com Deus e a missão que lhe foi dada de ser “custode e pastor” de si mesmo, dos outros e de toda a criação. A nova criação em Cristo e a criação contínua revela que nada do que existe neste mundo é indiferente ao desígnio criador e redentor de Deus.
Certamente, como família inspirada em S. Vicente Pallotti, que põe o fundamento de nossa vocação comum, no sermos criados à imagem e semelhança de Deus, somos convidados a pôr em ação um novo estilo de vida e novas prospectivas missionárias e cantar a misericórdia de Deus com todas as criaturas.
Do nosso fundador São Vicente Pallotti:
« Ó, meu Deus, a fé me recorda que Vós sois bondade infinita e como tal sois infinitamente difusivo, e com amor infinito deste toda a eternidade havias misericordiosamente decretado a obra inefavel da criação de todo o universo para propagar, nas vossas criaturas, todo Vós mesmo eterno, infinito, imenso, incompreensível. [...] Ó, meu Deus, a fé nos recorda que realizastes o amoroso designo da criação, e que, antes de criar o homem, criou o céu, a terra, e no céu os Anjos, e na terra todo o visível: os Anjos que são espíritos bem-aventurados para assistir os homens nas suas necessidades da alma e do corpo, pondo toda a criação a serviço do humano, a fim de que provisto todo o necessário para a sua vida presente e, para usá-las tanto quanto fosse necessário, para chegar ao último e único bem-aventurado fim» (OOCC XIII, pp. 30-31).
« O homem foi criado, como nos ensina a sagrada fé, à imagem e semelhança de Deus. Deus é caridade por essência, portanto, o homem, segundo a essência da sua criação é uma viva imagem da caridade divina: Deus, sendo caridade por essência, nas suas ações externas, é sempre solicitado em vantagem do homem e o foi desde quando mandou o seu Unigênito para redimir o gênero humano, com sua morte de cruz. Assim, o homem deve, dentro de suas possibilidaes, imitar Deus amando, com a eficácia de suas obras, o seu próximo que comprende a cada um na sua condição, ambiente, nação etc. Capaz de conhecer Deus, o homem, segundo a essência da sua criação, não pode viver sem o preceito da caridade» (OOCC IV, pp. 172-3).

Para reflexão pessoal e comunitária:
« L’ambiente è un bene collettivo, patrimonio di tutta l’umanità e responsabilità di tutti. Chi ne possiede una parte è solo per amministrarla a beneficio di tutti. Se non lo facciamo, ci carichiamo sulla coscienza il peso di negare l’esistenza degli altri. Per questo i Vescovi della Nuova Zelanda si sono chiesti che cosa significa il comandamento “non uccidere” quando «un venti per cento della popolazione mondiale consuma risorse in misura tale da rubare alle nazioni povere e alle future generazioni ciò di cui hanno bisogno per sopravvivere » (LS n. 95).
       Consideramos que todas as coisas criadas por Deus são boas e que nós as temos como seu dom e que somos chamados a partilhá-las e usá-las para o bem de todos?
       De que forma e em que medida estamos vivendo as consequências disso em nosso dia-a-dia, como indivíduos, famílias e comunidades?
       Que passos práticos nos dispomos a assumir como indivíduos, famílias, comunidades, CCN e CCL, para ajudarmos a construir uma sociedade capaz de cuidar de toda a criação?
Pe. Gilberto Orsolin SAC,
Roma

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Festa da Misericórdia no Santuário - Rio de Janeiro

Esta foi uma Festa muito especial. Estamos no Ano Santo da Misericórdia, e os muitos devotos vieram ao Santuário da Divina Misericórdia louvar, e agradecer ao Senhor as graças recebidas.
A festa popular no sábado foi animada por  Rodrigo Sobrinho.


Já no domingo, Dom Orani Tempesta,  Cardeal da Arquidiocese do Rio de Janeiro, celebrou Missa das 10h, com Pe. Adenilson Pereira SAC e Pe. Jan Sopicki SAC. Logo, foi iniciada a festa popular, com um delicioso almoço.


Os ônibus com os peregrinos vindo das paróquias cariocas e de outros municípios, (Itaipuaçu, Cabo Frio, Niterói) começaram a chegar para a Missa das 15h, que foi presidida por Dom Paulo César Costa, Pe. Gilmar Simplício SAC e Pe. João Antônio Baraniecki SAC. A multidão se comprimia na igreja. 


Em seguida saímos para a procissão que como nos outros anos, era bastante extensa, e passou por diversas  ruas do bairro de Vila Valqueire.


E era bonito ver janelas e muros enfeitados para homenagear a Jesus Misericordioso!
Na volta, mais musica, e festa popular, com as famosas bandas do EAC e Shekinah.
Está de parabéns a comissão da Festa da Misericórdia.

Marita M.C.Veiga

domingo, 3 de abril de 2016

Hoje a UAC fundada por São Vicente Pallotti completa 181 anos

A experiência de Deus Amor e Misericórdia abre os olhos de São Vicente Pallotti para as necessidades da Igreja do seu tempo e estimula-o a dar-lhes uma resposta. Nos sinais dos tempos, ele é capaz de ler a vontade de Deus. A sua resposta à iluminação do dia 9 de janeiro de 1835 é a Obra do Apostolado Católico. O Espírito Santo lhe faz intuir uma obra em que os batizados participam da missão da Igreja, quando se unem na realização de um objetivo comum.
São Vicente Pallotti expressa esta sua intuição com as palavras: “O Apostolado Católico, isto é, universal, como pode ser comum a toda classe de pessoas, é cada qual fazer quanto pode e deve, pela maior glória de Deus e pela eterna salvação própria e alheia”.
A data oficial do nascimento da Obra de São Vicente Pallotti é 4 de abril de 1835, quando o Cardeal Vigário de Roma, Cano Odescalchi, concede à “pia União do Apostolado Católico toda bênção”. Em maio de 1835,São Vicente Pallotti lança o primeiro apelo ao povo romano, no qual expõe a ideia e o objetivo da “Pia Associação do Apostolado Católico“, convidando sacerdotes e leigos a participarem da mesma. No dia 11 de julho do mesmo ano, chega a aprovação do Pontífice Gregório XVI. A União do Apostolado Católico é constituída, portanto, na Diocese de Roma como Associação com personalidade jurídica pública e existe na Igreja universal constituída como uma União, composta de Comunidades e de pessoas, e reconhecida pela Santa Sé (Lei SAC, Roma 1981, n. 1,4, 201-205).


Enquanto vive o Fundador, a União do Apostolado Católico tem um desenvolvimento constante, ainda que agitado. A multiplicidade dos membros da União impeliu São Vicente Pallotti a pensar em diversas formas de pertença e em diversas estruturas de organização. Com a sua União, o Fundador não procurava criar novas instituições na Igreja, mas, antes, vivificar as já existentes e tornar mais eficaz o seu apostolado, servindo com amor incansável, onde é possível, trabalhando junto com outros no apostolado e promovendo a unidade. Segundo São Vicente Pallotti, a unidade da União funda-se sobre o empenho do amor vivido e do zelo apostólico; por isso o seu vínculo é, antes de tudo, a caridade competitiva com um mínimo de organização. A União do Apostolado Católico, constituída já no seu primeiro núcleo por sacerdotes, religiosos e fiéis leigos, tem, nos anos sucessivos, um desenvolvimento mais orgânico e articula-se na Comunidade dos Padres e dos Irmãos, nas Comunidades das Irmãs e numa vasta Comunidade composta de fiéis leigos de qualquer estado de vida e de condição. Hoje a União do Apostolado Católico conserva substancialmente a mesma fisionomia e permanece aberta a todos os membros do Povo de Deus. Ela acolhe em todo o mundo aqueles que se inspiram nos ideais apostólicos do Fundador: os membros dos Institutos fundados por São Vicente Pallotti ou surgidos mais recentemente em tempos diversos e um amplo número de fiéis leigos, empenhados individualmente ou organizados em grupos ou comunidades. Todos formam uma só família, tendem a um estilo comum de vida e se dedicam a responder juntos aos desafios modernos do apostolado universal. Para levar à plena realização a visão original de São Vicente Pallotti e torná-la atual, a União do Apostolado Católico se empenha em viver o Estatuto Geral para favorecer a unidade de toda a Fundação Palotina e revelar a sua profética expressão.