quinta-feira, 5 de junho de 2014

3 Dia do Tríduo à Rainha dos Apóstolos


Comentarista: Neste terceiro dia do tríduo em preparação para Festa da Rainha dos Apóstolos, Padroeira da União do Apostolado Católico, veremos que Pallotti procurou sempre adorar a Jesus no Santíssimo Sacramento e adorou o Deus Uno e Trino. Como cristão, adorou e contemplou Deus fundado na rocha de Cristo. Ele sempre colocava sua alma no lado aberto de Jesus Cristo e no seio de sua mais que enamoradíssima Imaculada, Humilíssima Mãe Maria, e colocava os sentidos do seu corpo nas chagas do mais que enamoradíssimo Esposo de sua alma, Jesus (cf. OO CC X, 526).
“Imaginarei estar eu no Seio de Deus, nas chagas de Jesus, onde recebo abundância grandíssima de graças para a santificação, e imaginarei estar ainda no seio de Maria Santíssima, minha mais que enamoradíssima Mãe, que tais graças, estou certo, me impetrará”.
Que o exemplo do Cenáculo, deixado pelo nosso Fundador, seja para nós o motivo de estarmos reunidos aqui, hoje, para melhor servirmos o Senhor. Coloquemos a vida da nossa comunidade e as nossas atividades apostólicas no coração de Jesus e de Maria, para que, iluminados por eles, sejamos fieis anunciadores do Reino.
Canto: Brilhou no céu da Igreja...
Sinal da cruz
D: Vem Espírito Santo.
T: Enche os corações dos teus fiéis e acende neles o fogo do teu amor.
D: Envia o teu Espírito e tudo será recriado.
T: E renovarás a face da terra.
D: - Para vivermos o espírito do Cenáculo, proposto por nosso santo fundador Vicente Pallotti, é preciso entender o que ele representou, no passado, e como podemos experimentá-lo no presente. Cenáculo significa a sala da ceia, da refeição. (Lc 22, 8-13).
T: - O Cenáculo, além de ser o lugar da Ceia, foi também o local em que a Igreja teve o seu início, pela ação do Espírito Santo.

L: - O cenáculo pode ser visto também como o lugar do testemunho de quem conviveu com Jesus. Ali a Igreja nasceu pela força do Espírito que os enviou em missão. Ali adquiriram uma fé mais lúcida e madura, fortemente marcada pelos ensinamentos do Filho de Deus. O clima era de oração e de busca de conhecimento da verdade revelada, pois neles ainda pairavam muitas dúvidas.
T: - A lição deixada pelo Cenáculo é que todos recebem o mesmo Espírito e cada um, conforme as suas habilidades, desenvolverá a sua missão. O trabalho missionário não se encerra quando as pessoas abraçam a fé.
L: - Pallotti se entusiasmou com a experiência do Cenáculo, porque percebeu que ainda hoje o Espírito continua a se manifestar nas comunidades, enquanto permanece unida em torno de um objetivo comum.
T: - O ambiente do Cenáculo proporcionou, aos participantes, a unidade e o encorajamento mútuo. Lá não era somente um lugar de oração, mas um lugar onde se partilhavam as experiências. Todos ouviam e meditavam a Palavra, para descobrir os apelos de Deus feitos à humanidade. Lá, eles puderam interpretar as Escrituras.
L: - No Cenáculo, criou-se uma nova espiritualidade, a espiritualidade do amor, amor que transbordou em Pentecostes e que os encorajou para assumirem a missão até as últimas consequências.
T: - O Cenáculo dá mostras de que quem estava ali tinha uma missão a cumprir, e aguardava ansioso por um conhecimento mais profundo das realidades divinas. Tinha consciência da missão recebida, mas não sabia como concretizá-la, nem força para realizá-la.
L: - No Cenáculo, temos representantes de todos os segmentos da Igreja. Estavam presentes os apóstolos, Maria, a mãe do Senhor, algumas mulheres que acompanhavam e serviam Jesus e os discípulos (Lc 8, 1b-3).
D: - Com São Vicente Pallotti não foi diferente. Ele sempre viu a figura do Cenáculo como lugar de encontro com Deus à espera de uma missão.
L: - A cena do Cenáculo foi tão marcante na vida dele, que pediu para que fosse pintado um quadro de Maria, juntamente com os apóstolos e algumas mulheres, pois, para ele Maria era a Rainha dos Apóstolos.
T: - O Cenáculo se tornou um lugar de rever a história, a caminhada feita com o salvador, os acontecimentos presenciados pelos apóstolos. Ali eles aprenderam a ler, a interpretar as Escrituras e a conhecer-se melhor. Puderam compreender melhor a missão que o Senhor lhes confiara.

L: - O evangelho não fala muita coisa da Mãe de Jesus. Uma das poucas coisas que diz, além do maravilhoso anúncio feito pelo anjo Gabriel de que seria a Mãe do salvador, é que ela guardava todos os acontecimentos em seu coração. Maria transformava tudo em oração. Portanto, a sua presença no Cenáculo deve ter sido de incessante intercessão, para que o Paráclito prometido viesse iluminar a todos, o mais rápido possível. Ela recordava de tudo com muito carinho e fé, pois nela jamais houve qualquer dúvida a respeito da manifestação de Deus em favor de seu povo, porque o poderoso fez nela maravilhas (Lc 1,49).
T: - A comunidade dos discípulos que participou da escola do Mestre de Nazaré, no Cenáculo, teve a assistência de uma grande pedagoga, Maria. Ela foi quem, por primeiro, experimentou a força do altíssimo. Por isso, nela não havia espaço para dúvidas angustiantes, mas a certeza da concretização do Reino, ainda que não fosse de maneira muito clara.
L: - A experiência que os discípulos fizeram no Cenáculo levou-os a ter uma nova postura diante das pessoas. Homens e mulheres anunciavam destemidamente aquilo que viram e ouviram de Jesus (1Jo 1,3; Jo 3, 11). O testemunho que davam da ressurreição de Cristo contagiava a todos, e até mesmo os pagãos abraçavam a fé (At 10,44-48; 11,19-21). Cada um que recebia o batismo se sentia impelido a levar adiante o anúncio feito pelos apóstolos. Colocavam também à disposição os dons recebidos de Deus. Todos os batizados se sentiam missionários (1Cor 12,27-31).
T: - Olhando para o Cenáculo, Pallotti descobriu que, somente unido pela oração, a comunidade pode prosperar. Percebeu ainda que os apóstolos, sem a confirmação do Espírito, permaneciam amedrontados e não conseguiam olhar para um novo horizonte. Mas a espera confiante do Paráclito prometido, com a presença de Maria, tomou uma nova dimensão. Saíram de lá restaurados e com uma coragem jamais vista antes. Muitos se perguntavam de onde vinha tanta sabedoria. Percebeu-se, ainda, que a presença da Mãe foi indispensável para manter unida a comunidade. Por isso quis que a Mãe de Deus protegesse a União do Apostolado Católico.
L: - Maria é a cheia de graça, a filha predileta do eterno Pai, a Mãe que Deus Filho escolheu entre todas as mulheres para tornar-se homem, a Esposa única na qual o Espírito Santo infundiu a mais pura virgindade e exuberante maternidade. Nenhuma criatura, pela sua pessoal excelência, pode ser amada e honrada como foi amada e honrada Maria, porque ela foi infinitamente amada e honrada por Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Deus criou o homem à sua imagem e Maria, Mãe de Jesus, fez Deus à sua imagem. Não existe uma criatura comparável à Maria, porque sua beleza é irrepetível. Por esta admirável excelência, Maria merece admiração, louvor, amor, mais do que todas as coisas criadas. Maria é também a corredentora.

Em silêncio, adoremos o Senhor em espírito e verdade
L: - Deste-lhe pão do céu.
T: - Que, em si, contém toda doçura.
D: - Ó Deus, sob as espécies deste admirável sacramento, deixaste-nos o memorial da tua paixão. Concede-nos venerar os santos mistérios do teu Corpo e Sangue, a fim de que possamos colher sempre em nós os frutos da tua redenção. Tu que vives e reinas nos séculos dos séculos. Amém.
Leitura bíblica e momento de reflexão (Lc 22, 8-13).
L: - Maria não ocupou nenhum cargo e, no entanto, superou, em méritos, todos os Papas, Bispos e sacerdotes. Maria cooperou na propagação da santa Fé mais que os apóstolos. Ela sustentou, com sua oração, o ânimo dos apóstolos e fez com que superassem as suas fadigas. Assim escreve Pallotti: “A santa Igreja, não por um simples título de honra, mas por motivo de plenitude de méritos, saúda Maria com o augusto título de Rainha dos Apóstolos e, com isto, todos, sacerdotes e leigos, todos, de ambos os sexos, de todo estado, posição e condição social, se animarão a imitar a nossa Imaculada Mãe Maria Santíssima, em todos os empreendimentos da maior glória de Deus e em todas as obras de misericórdia corporal e espiritual para o bem dos próximos”.
D: - Consagração a Jesus por Maria, de S. Vicente Pallotti.
T: - Imaculada Mãe de Deus Rainha do céu, Mãe de Misericórdia, advogada e refúgio dos pecadores, iluminado e confortado pelas graças que a tua materna benevolência me conseguiu do tesouro divino, quero entregar, agora e sempre, o meu coração em tuas mãos, para que o consagres a Jesus. Sim, ó Maria, perante os anjos e santos eu te entrego e tu, em meu nome, o consagras a Jesus. Pela confiança filial que deposito em ti, sei com certeza, que haverás de fazer, agora e sempre, quanto puderes para que o meu coração seja todo de Jesus, à imitação dos santos, em especial de são José, teu castíssimo esposo. Amém!
D: - Façamos também a nossa consagração ao Espírito Santo.
CONSAGRAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO
T: - Espírito Santo, Espírito divino de luz e de amor, a ti consagro a inteligência, o coração, a vontade e toda a minha pessoa, no tempo e na eternidade. A minha Inteligência siga sempre as celestes inspirações e a doutrina da Igreja católica, da qual és guia infalível; a minha vontade concorde sempre com a vontade divina e toda a minha vida seja uma fiel imitação da vida e das virtudes do Senhor e Salvador nosso Senhor Jesus Cristo, ao qual juntamente com o Pai Eterno e contigo seja a honra e glória por toda eternidade. Amém.
Oração final
Oremos: Ó Deus, que enviaste o Espírito Santo aos teus Apóstolos, enquanto rezavam em companhia de Maria, Mãe de Jesus, concede-nos, por intercessão dela, a graça de te servir fielmente e difundir, com a palavra e o exemplo, a glória do teu nome. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo. Amém.
Bênção final
Canto

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