Sou indigno de rezar a ti, Senhor.
Por mim nada posso, com Deus posso tudo.
Por mim nada posso, com Deus posso tudo.
D.: Deus meu, sou tão sem juízo! Tantas vezes eu disse: não vou pecar nunca
mais. Depois, voltei a pecar. Farei esse ou aquele ato de virtude, esta ou
aquela boa obra. E, depois, não fiz nada. Agora, porém, Deus meu, ponho-me em
tuas mãos. Por mim, nada posso, contigo posso tudo. A ti infinita glória,
honra, amor, reverência; a mim desprezo, desonra, sofrimentos.
T.: Faze-me tomar conhecimento, com toda clareza, de que eu, o mais miserável e
o mais pecador de todas as outras criaturas, sou indigníssimo, ao máximo, de
rezar a ti.
D.: Ah, meu Deus, imprime no meu espírito para sempre, um elevadíssimo
conhecimento da minha miséria e impiedade, pelo qual possa reconhecer com
sinceridade, como realmente sou indigníssimo de por meus olhos nas pessoas e de
tratar com elas, de vez que, entre elas, haverá muitos grandes santos,
inclusive desconhecidos e desprezíveis aos olhos dos seres humanos. Faze, ó
Senhor, que tudo isso eu não o diga somente da boca para fora. Eu sou o homem
do pecado (2Ts 2,3). Meu Deus, eu sei que eu sou o homem do pecado. Mas não me
entendo, não me compreendo, não me confundo, não me arrependo e não me humilho.
Não sei suplicar-te, não devo ser atendido; mereço todas as tuas infinitas e
eternas maldições. De qualquer forma, não quero desesperar-me: aí está Jesus
Cristo.
T.: Ah, meu Deus, lança em mim, agora e sempre, o olhar da tua misericórdia.
D.: Deus meu, destrói, para sempre, também o pecado venial e, na medida do
possível, também a imperfeição mais leve, e promove em todas as criaturas a tua
glória. E, com tal dor de Jesus, queremos chorar e detestar todos os nossos
pecados e os de todos e fazer deles penitência.
T.: Queres-me uma conversão sempre mais perfeita e de tal modo te sentes
feliz, quando eu chegue a converter-me de verdade. Eu sou indigno de ter o dom
da perseverança. Vês, se eu faço uma promessa e, depois, faço tudo ao
contrário, é porque sou o homem do pecado. E Tu mesmo, ó meu Deus, és a minha
perseverança. Tu és o meu bem eterno. Tu, o meu tudo.
D.: Confio que, por maior que seja a minha miséria e ingratidão e maldade,
tanto mais Tu triunfarás sobre mim, com o teu infinito poder, sabedoria,
bondade, clemência, misericórdia e com todos os teus infinitos atributos, no
tempo e na eternidade. E creio que Tu me tenhas escolhido como instrumento das
obras da tua maior glória e da maior santificação. Segundo o teu beneplácito,
porque Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e o
que o mundo julga fraco, Deus escolheu para confundir os fortes (1Cor 1,27-28).
T.: Sou infinitamente indigno, ó meu Jesus, de ter total participação em tua
vida humilde, pobre. A vida de Cristo seja a minha vida, agora e para sempre.
Por mim, não sou capaz nem de formar um desejo bom. Assim, até o mínimo bom
pensamento é também dom teu (Rm 8,26). Assim, eu destruído, sê tudo Tu em mim.
D.: Contra ti, só contra ti pequei, fiz o que é mau aos teus olhos (Sl 50,6).
T.: Ah, Deus meu, destrói toda a minha vida passada, presente e futura. E dá-me
a tua vida, a vida do teu Unigênito encarnado. Quão mais generosamente
derramaste os teus dons sobre mim, tanto mais fui ingrato para contigo, tanto
mais desconheci os dons que me deste e tanto mais desconheci os dons que me
deste e tanto mais abusei deles! Oh, quantos vícios, hábitos pecaminosos e
pecados veniais e mortais teriam sido destruídos ou impedidos! Ah, meu Deus,
quem vai compreender os meus delitos?
D.: Creio que tu me ensinas o que devo fazer, consolas-me em minhas penas,
advertes-me e repreendes-me das minhas faltas pela boca do meu padre
espiritual, que encarregaste da minha conduta. Agradeço-te, ó meu Deus, pela
bondade que tens tido em proporcionar-me um caminho tão útil, seguro e fácil
para avançar nas virtudes. Peço-te as luzes necessárias, para conhecer a fundo
o meu coração, como queres Tu, de acordo com a tua misericórdia. Esta, meu
Deus, é a graça que te peço, juntamente com a de tirar proveito das diretivas
que me serão dadas.
D.: Leitura bíblica (Fl 3,8-16). Deus nos faz sentir a miséria da nossa
humanidade, para nos enriquecer mais abundantemente com suas misericórdias
infinitas. Comentar o texto bíblico e os escritos de Pallotti.
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