quinta-feira, 12 de março de 2015

APÓSTOLOS HOJE - MARÇO 2015


A inclusão social dos pobres (EG 186-216)

A preparação espiritual para o Congresso Geral da União em julho de 2015.

Espiritualmente, o termo "pobre" é muito rico e amplo, que vai além da capacidade humana de compreender plenamente. É parte do mistério da economia da salvação. No Evangelho de Mateus, Jesus disse: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mt 5,3).

No senso comum, os pobres não são abençoados. "Pobre", neste contexto é um estado de bênção e refere-se a um espírito de total desapego das coisas do mundo para ser livre para Deus e para o seu povo. Qualquer pessoa que tenha sido tocada por essa bênção, amará aqueles que sofrem com a pobreza, devido à privação de necessidades básicas (comida, abrigo, oportunidades de desenvolvimento, etc.), e se colocará a servi-los com alegria. Podemos observar que São Vincente desenvolveu um sentimento de desapego tão profundo dos bens, que desde criança privou-se de coisas (casaco, sapatos, alimentos, etc.) para o benefício dos necessitados. Este amor e preocupação é o que Deus quer daqueles que o amam. Deus mesmo se preocupa muito com os pobres e necessitados. (Is. 41,17). A verdadeira justiça é partilhar sua comida e roupa com os necessitados (Is. 58,7) e Deus abençoa e fortalece as mãos de quem executar tal serviço aos pobres (Is. 58,10-12). O amor aos pobres será a medida usada no julgamento final (Mt 25,34-40).
Há outras dimensões da pobreza na vida dos homens. A oferta de Caim era pobre e inaceitável diante de Deus (Gn 4.5), uma vez que ele era cheio de si e arrogante (Gn 4.9). Ele queria ser aceito em seus próprios termos. Deus mostrou-lhe o caminho para se tornar aceitável em seus olhos (Gn 4,7). No entanto, Caim não só se recusou a amar e cuidar de seu irmão, como até o matou.
Deus vem a ele com grande preocupação: "Onde está o teu irmão? O que você fez? "(Gn 4,9-10). Caim não mostra nenhum remorso por suas ações, atraindo a ira de Deus sobre si mesmo. Esta é a pobreza daqueles que têm muito e estão centrados em si mesmo e impulsionados pela ganância de poder, glória pessoal e posse. Nós encontramos essas pessoas em todos os lugares; muitas vezes eles são a causa da privação de direitos e necessidades legítimas sofridas por outros, e legitimam sistemas sociais humanos e injusto. Isso acontece em famílias, clero, comunidades religiosas, paróquias, organizações e nações.
Em seu tempo, Pallotti viu que também na Igreja se preocupavam com a própria glória e deixavam o povo em grande miséria. Ele fundou a UAC como uma oportunidade para as pessoas de todas as condições e estado de vida sentir-se em casa e amados, em levar alegria e felicidade para todos, sem se preocupar com eles mesmos; e com o único propósito da glória infinita de Deus.

Familiar com pessoas de estilo de vida peculiar. Uma tal lembrança Eu conheci grupos da UAC em várias partes do mundo, que têm encontrado, maneiras diferentes de criar comunidades que tenho é de 2000, caminhar com nossos membros da UAC em Berlim, em uma noite fria com sopa quente e cobertores para os pobres que dormiam nas ruas; lembro-me ainda quando eu estava com os membros da UAC em Calicut, no estado indiano de Kerala: eles reuniram 3 milhões de rúpias (cerca de 49.500 euros, US $ 56,000) para construir uma casa para pessoas abandonadas. Essas pessoas da UAC pertencem à categoria "dos pobres abençoados."
Quando os membros da UAC se recusam a cooperar com os outros membros da União, de alguma forma, revivem a mesma atitude de Caim e revelam a falta de espírito da UAC.
Para Reflexão
"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mt 5,3).
"Eu estava com fome e me destes de comer ..." (Mt 25,35-36).
"O Apostolado Católico, [...] como comum a todas as classes de pessoas, está fazendo o que cada um pode e deve fazer para a maior glória de Deus e para a salvação eterna seus próprios e de outras pessoas" OOCC III, p. 143).
As pessoas são todas bem-vindas e felizes em nossos grupos e associações?

Oração
Senhor, que as comunidades da UAC onde quer que estejam, tornem-se lugares de ação de graças exaltando tuas maravilhas no meio de nós e glorificação do Seu nome. Que possamos sempre lembrar nossa miséria e o nosso pecado e rezar, para a sua infinita misericórdia, nos chamar ao Apostolado Católico juntamente com os nossos irmãos e irmãs de qualquer estilo de vida. Perdoe-nos pelas vezes em que não O recebemos com amor sincero e não oferecemos nossa plena cooperação. Em sua infinita misericórdia, acolhê-nos entre os "pobres abençoados" em Teu reino, como nós acolhemos todos com amor desinteressado e não voltado sobre si mesmo, para que Cristo habite em nós, e assim arraigados e alicerçados no amor, possamos conhecer a magnitude, o comprimento, a altura e profundidade do amor de Cristo (Ef. 3,17-19). Inflama os nossos corações com o mesmo amor de Cristo, e tranforma todos os membros da UAC zelosos apóstolos de Jesus, Apóstolo do Pai Eterno. São Vicente, nosso inspirador e modelo, e Maria Rainha dos Apóstolos, nossos padroeiros intercedam por nós, para que desprovidos de orgulho e autosuficiência sejamos repletos do amor que flui do Cenáculo. Amém.

Fr. Thomas Vijay SAC, 
Promotor da Formação Nacional, 
Índia

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