terça-feira, 29 de novembro de 2016

A viver o Advento na perspectiva da caridade com o necessitado

Estamos em um novo Ano na Liturgia! Estamos em um novo Tempo Litúrgico: estamos no tempo do Advento. É o tempo em que preparamos através de uma perspectiva de vigilância na espera D’Aquele que está para chegar: o Esperado das Nações, O Deus-Connosco, O Emanuel.
No Advento celebramos em um único rítimo ao modo sentinela; porém, preparamos para vivenciar dois momentos de forma simultânea! Da mesma medida em que buscamos a conscientizar a nossa vida em actualizar aquilo que aconteceu no meio da história da humanidade: quando Deus entra nos limites do nosso tempo cronológico e realiza o grande Mistério da Encarnação; ou seja, em que o Verbo (a Palavra Divina) Fez-se Carne e habitou entre nós. Estamos a falar do descrito momento em que houve a PRIMEIRA VINDA DO SENHOR; buscamos também neste mesmo Tempo de preparação a disciplina para mantermos a nossa vigília em aguardar O Mesmo (que veio pela primeira vez) e que virá em uma segunda Vez (a Volta do Filho do Homem, a ‘Parusía’).
Assim, no Advento cultiva-nos a estarmos atentos aos sinais dos tempos; a sermos sensíveis perante as cenas em que Jesus dizia em seus ensinamentos que: a tudo aquilo que fizestes (ou não fizestes) aos meus pequeninos, é a mim que fizeram (ou não fizeram). Portanto, o Advento proporciona aos fiéis a serem mais atentos na práctica da caridade em relação com os mais necessitados.
O desprendimento pelas coisas criadas (bens materiais, sentimentos, emoções...) provoca no interior humano uma reflexão de que o despojamento favorece com que o Cristo esteja mais visível em mim perante ao próximo; ou seja, quanto mais tiver desapego na vida de um fiel cristão, mais neste será visível o testemunho do Amor de Cristo Jesus; e quanto mais for eficaz este testemunho, mais despertará perante a face do mundo que: Deus age de forma deliberada, especialmente na virtude da humildade, da simplicidade de coração. E isto é mostrado claramente no episódio do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele despojou de toda sua riqueza e Glória para vir assumir a condição mais limitada entre as criaturas: a natureza humana!
Deus ao escolher a natureza humana, para manifestar o Seu Divino Rosto Misericordioso para com o mundo, quis mostrar que a Sua finalidade é: REVELAR A SUA INFINITUDE DIVINA NA FINITUDE HUMANA; sendo assim, aprendemos uma lição: nos pequenos, nos simples actos de generosidade, de caridade ao próximo (ao necessitado, por exemplo na vida social) revela a plenitude do Amor de Deus. Nisto, faz-se compreender os dois mandamentos em que o Senhor Jesus deixou-nos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo; pois só amamos Deus verdadeiramente se amarmos os nossos semelhantes através de atitude realmente concreta de amor e de caridade para com o outro.
Um Santo Advento para que bem haja um Santo Natal!      
Pe. Juliano Guilherme

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