Estamos em um novo Ano na Liturgia! Estamos
em um novo Tempo Litúrgico: estamos no tempo do Advento. É o tempo em que
preparamos através de uma perspectiva de vigilância na espera D’Aquele que está
para chegar: o Esperado das Nações, O Deus-Connosco, O Emanuel.
No Advento celebramos em um único rítimo ao
modo sentinela; porém, preparamos para vivenciar dois momentos de forma
simultânea! Da mesma medida em que buscamos a conscientizar a nossa vida em
actualizar aquilo que aconteceu no meio da história da humanidade: quando Deus
entra nos limites do nosso tempo cronológico e realiza o grande Mistério da
Encarnação; ou seja, em que o Verbo (a Palavra Divina) Fez-se Carne e habitou
entre nós. Estamos a falar do descrito momento em que houve a PRIMEIRA VINDA DO
SENHOR; buscamos também neste mesmo Tempo de preparação a disciplina para
mantermos a nossa vigília em aguardar O Mesmo (que veio pela primeira vez) e que
virá em uma segunda Vez (a Volta do Filho do Homem, a ‘Parusía’).
Assim, no Advento cultiva-nos a estarmos
atentos aos sinais dos tempos; a sermos sensíveis perante as cenas em que Jesus
dizia em seus ensinamentos que: a tudo aquilo que fizestes (ou não fizestes)
aos meus pequeninos, é a mim que fizeram (ou não fizeram). Portanto, o Advento
proporciona aos fiéis a serem mais atentos na práctica da caridade em relação
com os mais necessitados.
O desprendimento pelas coisas criadas (bens
materiais, sentimentos, emoções...) provoca no interior humano uma reflexão de
que o despojamento favorece com que o Cristo esteja mais visível em mim perante
ao próximo; ou seja, quanto mais tiver desapego na vida de um fiel cristão,
mais neste será visível o testemunho do Amor de Cristo Jesus; e quanto mais for
eficaz este testemunho, mais despertará perante a face do mundo que: Deus age
de forma deliberada, especialmente na virtude da humildade, da simplicidade de
coração. E isto é mostrado claramente no episódio do Natal de Nosso Senhor
Jesus Cristo: Ele despojou de toda sua riqueza e Glória para vir assumir a
condição mais limitada entre as criaturas: a natureza humana!
Deus ao escolher a natureza humana, para
manifestar o Seu Divino Rosto Misericordioso para com o mundo, quis mostrar que
a Sua finalidade é: REVELAR A SUA INFINITUDE DIVINA NA FINITUDE HUMANA; sendo
assim, aprendemos uma lição: nos pequenos, nos simples actos de generosidade,
de caridade ao próximo (ao necessitado, por exemplo na vida social) revela a
plenitude do Amor de Deus. Nisto, faz-se compreender os dois mandamentos em que
o Senhor Jesus deixou-nos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
a si mesmo; pois só amamos Deus verdadeiramente se amarmos os nossos
semelhantes através de atitude realmente concreta de amor e de caridade para
com o outro.
Um Santo Advento para que bem haja um Santo
Natal!
Pe. Juliano Guilherme
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