sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PARA QUE PRODUZAIS MUITO FRUTO

No Evangelho de hoje vemos claramente que Nosso Senhor Jesus Cristo faz passar o Reino de Deus do Povo Judeu para a Igreja, formada já não só por um povo, mas por povos de toda a terra. Se cumpre a profecia da Primeira leitura do profeta Isaías que predizia que a vinha predilecta do Senhor, que era a casa de Israel seria pisada pelas nações pagãs, pois Deus por algum tempo tiraria a mão que a protegia.
O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo falou desse tempo que perdura até os dias de hoje quando disse : “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis reunir os teus filhos como a galinha reúne os seus pintainhos sob as asas, e tu não quiseste! Pois bem, a vossa casa ficará deserta. Eu vos digo que não voltareis a ver-me até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.” (Mt 23,37-38) São Paulo Também escreveu sobre isso na Carta aos Romanos: “Que diremos, portanto? Que os gentios, que não procuravam a justiça, a alcançaram, mas, claro, a justiça que vem pela fé; Israel, ao contrário, que procurava uma lei que podia levar à justiça, não atingiu essa lei. Por que razão? Porque não foi pela fé, mas pelas obras, que a procuraram obter. Tropeçaram na pedra de tropeço, conforme o que está escrito: Reparai que ponho em Sião uma pedra de tropeço, uma rocha de escândalo, e só quem nela acreditar não ficará frustrado.” (Rm 9,30-33) Tropeçaram na Pedra Angular do cristianismo que é a própria Pessoa Divina e Humana de Nosso Senhor Jesus Cristo. A vida cristã é uma vida de confiança e de dependência cada vez maior Dele, de Jesus que é a Pedra Angular, rejeitada pelos construtores , mas amada e escolhida por Deus. Essa confiança e dependência de Deus em Cristo é que São Paulo vai ensinar na segunda leitura aos Filipenses quando escreve: “Por nada vos deixeis inquietar; pelo contrário: em tudo, pela oração e pela prece, apresentai os vossos pedidos a Deus em acções de graças. Então, a paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Fil 4,6-7)
Somos a Igreja de Deus, que o Senhor conquistou com o seu precioso Sangue. O que recebemos de Deus excede infinitamente o que recebeu o povo de Israel. Não sejamos nós uma vinha também infrutuoso no campo de Deus. Sobre isso exortava aos seu irmãos o primeiro sacerdote e mártir da Igreja Koreana, Pe. André Kim: “Se, pois, nesta vida de perigos e miséria, não reconhecermos o Criador, de nada nos servirá termos nascido e continuar vivendo. Já neste mundo pela graça divina, pela mesma graça recebemos o batismo, entrando no seio da Igreja e tornando-nos discípulos do Senhor. Mas, trazendo assim o precioso nome de cristãos, de que nos servirá tão grande nome, se na realidade não o formos? Seria inútil termos nascido e ingressado na Igreja se traíssemos o Senhor e a sua graça; melhor seria não termos nascido do que, recebendo a sua graça, pecarmos contra ele. Considerai o agricultor ao lançar a semente no campo: primeiro, prepara a terra com o suor do seu rosto e depois joga a preciosa semente; chegando o tempo da colheita, alegra-se de coração com as espigas cheias, esquecendo seu trabalho e suor, e dançando de alegria; se porém as espigas permanecem vazias não sendo mais que palha e casca, o agricultor deplora o duro labor com que suou, sentindo-se tanto mais desesperado quanto mais trabalhou. De modo semelhante, cultiva o Senhor a terra como seu campo, sendo nós os grãos de arroz; rega-nos com o seu sangue na sua Encarnação e Redenção para que possamos crescer e amadurecer; quando, no dia do juízo, vier o tempo da colheita, quem pela graça for achado maduro gozará o reino dos céus como filho adoptivo de Deus. Quanto aos outros, que não amadureceram, tornar-se-ão inimigos, punidos para sempre, embora também tenham se tornado filhos adoptivos de Deus pelo baptismo”.

Produzamos os frutos principais que Deus espera de nós: A fé de dependência e confiança em Nosso Senhor Jesus Cristo, e a caridade e a reconciliação com os irmãos. Era o que São Vicente Pallotti considerava como o principal objectivo da congregação que fundou: Reavivar a fé e reacender a caridade do povo cristão e propagá-las em todo o mundo.  O Senhor nos convida a esse grande “multirão”.
Para as células de Evangelização:
1-      Apoxima-se o retiro “Nasci para servir”. Como se prepara a minha célula para mais esta etapa de formação? Estou disposto a multiplicar a minha célula?
Pe. Marcelo

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