sábado, 7 de dezembro de 2013

Noticiário UAC – novembro de 2013

Queridos irmãos e irmãs da União

Temos alegria de apresentar neste boletim uma síntese da vida da Venerável Paulina Maria Jaricot, preparado pelo Pe. Jan Kupka, juntamente com outras notícias vindas da UAC.
 
 1. A VENERÁVEL PAULINA MARIA JARICOT (1799-1862):
 
Em 2012 foi celebrado o 150º aniversário da morte de Paulina Maria Jaricot, fundadora da Obra da Propagação da Fé. A ligação de São Vicente Pallotti com Paulina Jaricot revela a ampla visão das necessidades da Igreja que tiveram estes dois protagonistas e a sua total dedicação na realização das obras inspiradas por Deus.
Paulina Maria Jaricot nasceu em 22 de julho de 1799 em Lião (França). Transcorreu sua infância na prosperidade. Na família recebeu boa educação religiosa. O ano de 1816 marcou uma mudança na vida de Paulina. Tocada pela pregação de Giovanni Würt, pároco de Santo Nizier, começou uma vida de profunda união com Deus. Dedicou-se aos pobres e aos trabalhadores nas fábricas da sua família. Instituiu um grupo de “Reparadores do Sagrado Coração” com as quais iniciou várias obras caritativas. Sensibilizada pelo irmão Philéas, deixou-se envolver na ajuda aos missionários franceses da China. Em 1819 surgiu na sua mente a ideia de uma metódica organização de coleta para as missões. Em 1820 lançou o Movimento para recolher ofertas em favor de todas as missões da Igreja. Teve assim início a obra da Propagação da Fé que no dia 03 de maio de 1822 passou sob a direção dos leigos empenhados na ajuda às missões. Em 1826 promoveu o Rosário Vivente para reavivar a oração do Santo Rosário. Para o sustento dos trabalhadores instituiu em 1830 o Banco do Céu com finalidade social. Durante estes anos de intensa atividade, junto às suas mais íntimas colaboradoras reunidas por ela em 1831 na Congregação das Filhas de Maria, confiou-se à Virgem Maria.
Em 1834 Paulina Jaricot teve uma crise cardíaca. Não obstante as condições precárias de saúde, empreendeu uma viagem em direção à Roma, onde chegou no fim de maio de 1835. Em Roma foi acolhida pelas Irmãs do S. Cuore di Trinità dei Monti”. Recuperadas as forças físicas, foi para “Mugnano del Cardinale” (AV). No dia 10 de agosto de 1835, participou da bênção eucarística no Santuário dedicado a Santa Filomena: deu-se conta que alguma coisa de misterioso aconteceu nela: pode caminhar e sentiu-se curada. Depois de ter visitado Nápoles retornou à Roma, onde permaneceu até março de 1836. Durante aquela estadia visitou a cidade de Roma e encontrou diversas pessoas.
Silvio Beltrame afirma: resulta que em Roma, Jaricot se encontrou com o Beato Vicente Pallotti o qual, através do seu projeto de Apostolado Católico tinha em vista o mesmo objetivo da obra da Propagação da Fé. Sabe-se que Pallotti iniciava em 1836 em Roma a sua obra, que por vontade do Papa, em 1837 unificava com a Obra de Propagação da Fé. Além deste encontro, devemos reconhecer que não aconteceu nenhuma relação entre esta viagem na Itália e o início da Obra (Id., Obra da Propagação da Fé em Itália, Roma 1961, p.49). O mesmo parecer apresenta Francisco Amoroso SAC: “Paulina em Roma tomou a dianteira em “SS. Trinità dei Monti” e ali encontrou o Santo e lhe falou da sua iniciativa. Sim, era 1835 e Pe. Vicente reconhece na obra de Jaricot algo do seu plano de mobilização universal” (Id. São Vicente Pallotti romano, Roma 1962,p. 128).
Nos escritos de Pallotti relativos aos primeiros anos da União do Apostolado Católico encontramos o chamado a obra da Propagação da Fé. Daqui emerge que Vicente Pallotti conhecia os detalhes da Obra de Lião: a sua estrutura organizativa, o seu método de recolher donativos para as missões e a difusão em todo mundo. Vendo grandes vantagens para a propagação da Fé, Pallotti se empenhou em promovê-la. Escreveu: “No ano 1836, com insistência de alguns e com a aprovação do eminentíssimo Cardeal Vigário (Carlo Odescalchi) abriu-se sem publicidade no venerável Colégio Urbano (e em alguma outra comunidade), a Associação para as ofertas para a propagação da fé sob a Regra da Associação da França” (obras completas V, p. 193). Quando foi implantada a Obra da Propagação em Roma em 30 de julho de 1837, Vicente Pallotti tornou-se membro do Conselho 
Romano. Naquele momento se empenhou com todo o coração em promover a Obra pela Propagação da Fé em Roma.
Em 1839 Paulina Jaricot retornou à Roma para a canonização de Alfonso Maria de Ligório (26 de maio de 1839). Não temos notícias se naquela ocasião Pallotti havia encontrado Paulina Jaricot para transmitir-lhe que efeitos haviam produzido o seu empenho em promover a Obra da propagação da Fé. De fato, com o decreto de Propagação da Fé de 30 de julho de 1838 a sua obra do Apostolado Católico foi declarada “Associação de tudo inválida e superficial” e por isso supressa. Os seus membros foram enviados a unir-se com a obra francesa. Refletindo sobre este fato, Pallotti escreveu que isto “era bem necessário até que a Obra de Deus trouxesse a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado” (Obras Completas III, p. 24).
Em junho de 1839 Paulina Jaricot retornou de Roma a Lião e retomou a sua atividade. Sensível às misérias da classe operária, em 1845 fundou a obra dos Operários e conseguiu montar uma oficina que se tornaria em breve uma obra modelo. Na realização desta última iniciativa Jaricot foi enganada por um avalista e a oficina faliu. Desde aquele momento, Paulina viveu anos de Via Sacra. Em outubro de 1856 fez uma viagem a Roma com a esperança de receber ajuda, mas não encontrou solução aos seus problemas. Abandonada pelos homens encontrou refúgio só em Deus. 
Paulina Maria Jaricot morreu na miséria no dia 09 de janeiro de 1862, escrita na lista dos pobres da cidade, mas de todos respeitada. A causa de sua beatificação foi iniciada em 10 de junho de 1930. Desde 1935 o seu túmulo encontra-se na Igreja paroquial de Santo Nizier. Com o decreto de 25 de fevereiro de 1963, um mês depois da canonização de São Vicente Pallotti, o Papa João XXIII reconheceu a heroicidade das suas virtudes proclamando-a “Venerável”. Rezemos pela sua beatificação, de modo que o exemplo de Paulina Maria Jaricot inspire tantos cristãos a envolver-se na missão evangelizadora até que todos os homens e as mulheres de hoje descubram em toda terra o Amor infinito manifestado por Jesus Cristo Nosso Senhor.
 
  1. KERALA, INDIA
Aconteceu um encontro de jovens das paróquias e escolas palotinas nos dias 13 e 14 de outubro passado na escola central São Vicente Pallotti, Ollukara, Trichur. Participaram em torno de 125 jovens provenientes das diversas paróquias e escolas palotinas no estado do Kerala. Neste encontro de dois dias refletiu-se sobre o envolvimento dos jovens e escolas, a vocação missionária juvenil, uso e abuso dos meios de comunicação social, celulares e os crimes da informática. Constitui-se um órgão executivo para cada paróquia/escola com o fim de contribuir para a realização de um plano de ação local elaborado durante o Encontro e para desenvolver ulteriormente o trabalho da Juventude Palotina.
 
  1. ENCONTRO DOS RESPONSÁVEIS DA UAC EM OŁTARZEW
De 8 a 10 de novembro deste ano, sob o convite de Pe. Marek Chmielnik, SAC e Ir. Anna Ozon, SAC, presidente e secretária da União na Polônia, respectivamente, lideres das comunidades UAC e as pessoas responsáveis da formação se encontraram a Ottarzew. Participaram 47 pessoas: 5 sacerdotes palotinos, 9 Irmãs palotinas e 33 leigos representantes de 18 comunidades UAC da Polônia, Ucrânia e Bielorussia. Além dos membros UAC, havia duas jovens de um grupo que se reúnem em Konstancin em preparação a adesão na União e 4 pessoas de uma comunidade de famílias provenientes da Starogard Gdanski, que expressaram o desejo de iniciar a formação na UAC.
No sábado pela manhã, o tema principal foi sobre a Formação. Num primeiro momento os participantes tomaram o tempo para partilhar como se situa a formação em cada comunidade, sobre os temas afrontados e como organizar os seus exercícios espirituais e as jornadas de retiro. Em um segundo momento do encontro, Ir. Bárbara Rohde, SAC, diretora do instituto São Vicente Pallotti em Konstancin, apresentaram os fundamentos e princípios da formação na UAC.  Por fim foi dada oportunidade de falar das dificuldades, modo de resolvê-las, as exigências e as expectativas das comunidades de base da UAC foi dado particular responsabilidade ao interno da União, também no setor da formação.
À tarde foi dedicada a colaboração na União à nível local. Dos trabalhos de grupo surgiram frutos de iniciativas concretas que serão assumidas num futuro próximo. Este encontro foi ocasião para conhecer pessoas que vivem perto entre elas e o que podem fazer juntas. Foi uma tentativa prática de criar os Conselhos de Coordenação local e de demonstrar que sua existência tem sentido.
A terceira e última parte, domingo pela manhã, foi dedicada a família e tomou a forma de workshoop conduzido por Iza Owczaruk, um membro leigo da UAC e uma psicóloga. Entre outros fatos, a sessão contribuiu para delinear as exigências da família e ter uma compreensão de como cada comunidade e a União como um todo, podem e devem sustentar as famílias.

Os encontros à noite foram ocasião para integração e interação, além de fornecer informações relativas à vida da União na Polônia e no mundo. Todos os participantes sublinharam por fim que tal troca de experiências, conhecer-se reciprocamente e estabelecer relações, foi muito importante e permitiu a eles  de experimentar que a UAC é uma verdadeira União onde todos os membros são “um”. Também expressaram desejo e esperança que tais reuniões possam acontecer no futuro ao menos uma vez ao ano.
 
4. REZEMOS POR
·      todos aqueles que foram atingidos pelo desastre natural, recentemente, nas Filipinas, Vietnam, nos Estados Unidos, Sardegna e outros;
·      todos aqueles que sofrem os efeitos da guerra e da violência, também na Nigéria, Moçambique, República Democrática do Congo, República Centroafricana, Egito, Síria, Líbano, Iraque, Terra Santa e Afeganistão;
·     por todos aqueles que promovem e participam dos diversos Oitavários da Epifania nos vários países, incluindo Alemanha, Brasil e Itália, e por uma crescente e fecunda resposta concreta às convicções de São Vicente que  recomenda: “onde ecoar os desígnios de Deus e as intenções da S. Igreja - é próprio do nosso santo instituto celebrar este sacro Oitavário com toda a possível solenidade... não só na Igreja onde é instituída a União, mas se fosse possível em  todo mundo, em todas as comunidades de qualquer espécie e em todas as famílias católicas.” (OOCC I, p. 339).

Nenhum comentário: