domingo, 9 de outubro de 2011

MÊS DO ROSÁRIO

As leituras da Palavra de Deus do 28º Domingo do Tempo Comum trazem, de um lado, o convite para entrarmos no Banquete definitivo do Reino de Deus, que é prefigurado e já antecipado, no nosso tempo, pela Eucaristia. Há, no entanto, o perigo de trocarmos, como diz o Pe. Cantalamessa, o “importante” pelo “urgente”.
Como nos dispormos a garantir que quando o Senhor vier, nos encontrará revestidos da veste nupcial da graça baptismal e não despidos no pecado mortal? Um meio que a Igreja sempre incentivou  para ajudar a nos revestir de Cristo, da sua graça e da sua Vida é o santo Rosário, do qual estamos a viver o seu mês. Vale a pena citar a palavra de alguns papas:
“ A dar maior actualidade ao relançamento do Rosário temos algumas circunstâncias históricas. A primeira delas é a urgência de invocar de Deus o dom da paz. O Rosário foi, por diversas vezes, proposto pelos meus Predecessores e mesmo por mim como oração pela paz. No início de um Milénio, que começou com as cenas assustadoras do atentado de 11 de Setembro de 2001 e que regista, cada dia, em tantas partes do mundo novas situações de sangue e violência, descobrir novamente o Rosário significa mergulhar na contemplação do mistério d'Aquele que « é a nossa paz », tendo feito « de dois povos um só, destruindo o muro da inimizade que os separava » (Ef 2, 14). Portanto não se pode recitar o Rosário sem sentir-se chamado a um preciso compromisso de serviço à paz…
Análoga urgência de empenho e de oração surge de outra realidade crítica da nossa época, a da família, célula da sociedade, cada vez mais ameaçada por forças desagregadoras a nível ideológico e prático, que fazem temer pelo futuro desta instituição fundamental e imprescindível e, consequentemente, pela sorte da sociedade inteira. O relançamento do Rosário nas famílias cristãs, no âmbito de uma pastoral mais ampla da família, propõe-se como ajuda eficaz para conter os efeitos devastantes desta crise da nossa época”. (João Paulo II)
 “Para levar a cabo empresa tão difícil como é reconduzir a família à lei do Evangelho, um dos meios mais eficazes é a reza do terço em família.” (Papa Pio XII)
“… “É a oração oportuna para honrar a Deus e a Virgem, como para afastar para bem longe os iminentes perigos do mundo.” (Sisto IV)
“O terço é a minha oração predilecta.” (João Paulo II)
Isso  sem falar na própria palavra da Mãe de Deus que recomendou insistentemente o Rosário quando apareceu em Fátima:
13 de Maio: “Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz no mundo e o fim da guerra.”
13 de Junho: “Quero que rezem o terço todos os dias.”
13 de Julho: “Quero que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para alcançar a paz no mundo e o fim da guerra, porque só ela vos poderá valer. Quando rezais o terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, principalmente as que mais precisarem.”
19 de Agosto: Quero que continueis a rezar o terço todos os dias.
13  de Setembro: “Continuem a rezar o terço para alcançarem o fim da guerra. “
13 de Outubro: “Sou a Senhora do Rosário. Quero que continuem sempre a rezar o terço todos os dias.”
 Porque tal insistência? São quatro as razões principais:
1- A Salvação. No terço dizemos: Rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte.” Nossa Senhora é tão boa que não pode deixar de ouvir quem lhe pede, 50 vezes por dia durante toda a vida,  uma boa morte. Ou como diz São João: “Esta é a plena confiança que nele temos: se lhe pedimos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele ouve-nos.” (1 Jo 5,14)
2- Graças temporais -  Na terceira aparição de Fátima, Lúcia pediu para curar alguns doentes. Nossa Senhora respondeu que deviam rezar o Terço para alcançarem as graças durante o ano.
3- Paz no mundo e na célula da sociedade que é a família: Disse Nossa Senhora em Fátima: “Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo.
4- Indulgências: Além do aumento da graça e do Amor de Deus que é o principal, o terço tem também estas indulgências: “Concede-se indulgência plenária a quem rezar o terço na Igreja, ou em Capela pública ou em família, em comunidade religiosa ou em piedosa associação. Nas outras circunstâncias concede-se indulgência parcial.
Modo de rezar:
Antes de tudo com uma cadência ritmada e não como uma metralhadora até comendo palavras. “Dá pena como reza o terço a maior parte da gente; rezam com uma pressa vertiginosa e às vezes comem-se palavras. Não se atreveriam a falar deste modo ao último dos homens”. (São Luís de Montfort)
Em segundo contemplar os mistérios. “Sem esta contemplação dos Mistérios, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o risco de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas”. (Paulo VI)*

Para as células de evangelização:
1- Qual a tua experiência da recitação do Santo Rosário em família? Que sentimentos e disposição de alma experimentou-se após a recitação do mesmo?
2- Qual o maior inimigo, hoje, da oração em família?
Pe. Marcelo

Nota: Citações sobre o Rosário tirado do livro: “Santos de cada dia”, Editorial A. O.- Braga, Vol. III e WWW.paginaoriente .com

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