SÃO VICENTE PALLOTTI NOS DIZ:
AGIR AGORA – HOJE MESMO!
AGIR AGORA – HOJE MESMO!
(Reflexão sobre a Homilia do Papa Paulo VI em sua
visita a Frascati para venerar o corpo de São Vicente Pallotti exposto na
Catedral no dia 01de Setembro
de 1963)
"A todos possibilitou dar uma
contribuição positiva de ação e de testemunho cristão. Vinde com a vossa
compreensão das necessidades urgentes que nos circundam com a vossa genialidade
em descobrir os novos caminhos pelos quais se pode levar a mensagem de Cristo.
É hora de trabalhar. É preciso trabalhar hoje, hoje, porque esta é lei da
consciência cristã. Quando se descobriu um dever a fazer, não se pode dizer:
vou fazê-lo amanhã. É preciso fazê-lo hoje. Este imperativo do fazer hoje e
logo, é dado pelas necessidades que são verdadeiramente grandes para quem sabe
vê-las. Não se diz a alguém que está com fome: “vem amanhã ou depois de
amanhã!” É preciso dar o pão imediatamente. E todos estes movimentos que nos
cercam, que são talvez fatais para a vida da nossa história e do nosso país,
têm uma necessidade imensa de alguém que se torne apóstolo, que os desiluda dos
erros, que os moveram e que ainda os fascinam e que saiba dizer às almas boas e
generosas do nosso povo: “Não este caminho, mas o caminho de Cristo”. É
necessário trabalhar hoje, porque amanhã poderá ser tarde. Os momentos são
graves e sem que o sintamos lhes proclamamos com solenidade. Podem ser
decisivos. Cuidemos para não sermos encontrados filhos preguiçosos, lerdos e
ausentes do Evangelho e da Igreja. Procuremos, antes, ser fiéis que levam à
Igreja o seu contributo de adesão, de palavra, de oferta e, sobretudo, de ação,
porque esta é a fórmula que a Igreja quer adotar hoje e que o Senhor no seu
espírito quer sugerir para a salvação do mundo: trabalhar para que Cristo ainda
seja o nosso Mestre e o nosso Salvador” (Paulo VI)
São Vicente Pallotti nos chama para trabalhar, a sermos apóstolos
desde o momento de nosso Batismo quando somos ungidos e nos tornamos
sacerdotes, profetas e reis e devemos agir como tal. "Ai de mim se eu não
anunciar o Evangelho" (1Cor 9, 6). Mas é hoje que a evangelização tem
necessidade de homens e mulheres que se comprometam seriamente, confiantes de
si mesmos através do poder que vem do Espírito de Deus. É necessário usar novos
métodos e não devemos por preguiça de nossa parte, permitir que outros trabalhem
no nosso lugar. Durante a sua vida terrena Jesus não deixou ninguém sem ser
socorrido, mas foi ao encontro de todos, dos que se alegravam no casamento em
Caná até os que estavam em luto e chorando pela morte de seu amigo, curou o
paralítico, multiplicou os pães para alimentar as multidões...
Possa
ser esta a nossa atitude, agora e sempre, como seguidores de Cristo, do Cristo
vivo que nos é oferecido na Eucaristia todos os dias. "Enquanto
for dia, cumpre-me terminar as obras daquele que me enviou. Virá a noite, na
qual já ninguém pode trabalhar. Por isso, enquanto
estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9, 4-5).
(O
que segue em negrito evidencia as
idéias de São Vicente, a sua oração à Maria Rainha dos Apóstolos)
A Palavra de Deus é clara e concisa, luz do dia,
já aqui e agora, que nos permite alcançar a salvação vivendo o mandamento do amor para conosco e para com o próximo. A
vocação de seguir Jesus Cristo é a principal missão do cristão - seguindo
seus passos e imitando a sua obra. Existe a urgência de realizar tudo isto demostrando
que o nosso testemunho de fé é autêntico, um verdadeiro testemunho d'Aquele que
nos enviou para continuar a sua missão
de salvação
No caminho de evangelização somos
chamados a colocar toda a nossa fragilidade nas mãos de Deus e de nossa Mãe,
tendo confiança de que ela protegerá a nossa missão, que é aquela que Jesus nos
confiou e Ele mesmo renovará nossa vida
pessoal e nosso apostolado.
A nossa vida de oração que
sustenta e orienta nossas ações será sempre plenificada pelo Espírito de Deus, do
mesmo Espírito que pairava sobre as águas desde o início da criação. Como não
sentir a sua presença quando temos a certeza de que é Maria mesma que interce ao Pai para que envie o Espírito
como o fez para os Apóstolos, reunidos no Cenáculo com Ela?
Tendo confiança na sua materna intercessão podemos
oferecer cada dia com alegria a nossa vida e todo dom da natureza e da graça, ajudando
aqueles que estão na dor, doentes, na prova e que caíram no caminho. A
todos somos chamados a levar misericórdia e conforto, partindo do pressuposto
que também nós mesmos somos necessitados.
Desejamos trabalhar na Obra do Apostolado Católico
para reacender a fé, reavivar o amor e conduzir todos os homens à unidade em
Cristo.
Este é o tempo de pensar e de agir sem esperar que Deus faça milagres, mas colocando-nos
a serviço e ajudando os outros a entender a sua mensagem, tornando-nos um sinal
da radical e definitiva salvação que Jesus trouxe ao mundo, um sinal de sua
presença no mundo, uma manifestação do Reino de Deus.
As obras de
misericórdia e de solidariedade realizadas pela Igreja através dos seus membros,
como aliviar a fome dos pobres e o sofrimento dos doentes, devem ser realizadas
de modo rápido e preciso, porque existem pessoas que sofrem fome, estão doentes
e estes devem despertar a nossa compaixão e nos impelir à ação como Jesus na
multiplicação dos pães. Deve prevalecer em nós o desejo de partilhar a nossa fé
no único Senhor, mas também partilhar o nosso pão.
E quando não pudermos
mais trabalhar para tal fim, não
cessaremos de rezar para que haja um só rebanho sob um só pastor, sem ficar
esperando que Deus magicamente resolva todos os nossos problemas. A Palavra de
Deus que ouvimos todos os dias continua a realizar os sinais que vão além das
nossas possibilidades, mas mesmo assim, para resolver os problemas reais do
mundo, Ele conta com a nossa participação ativa e confiante.
Desta forma a nossa
vida cristã pessoal e comunitária torna-se um sinal profético que multiplica o
bem e fala eloquentemente da presença de Cristo, Apóstolo do Eterno Pai em
nosso meio.
Para a reflexão, oração pessoal e comunitária:
Percebes que a Palavra de Deus, a ciência e a tecnologia aumentam o teu
conhecimento de acordo com teus talentos e oportunidades, tornando-te mais
humano a fim de colocar-te a serviço dos outros?
Nosso relacionamento
com Deus corresponde à necessidade de sermos solidários com os outros e de
trabalharmos pela justiça e pela paz na família humana, levando-nos a estarmos
em harmonia com toda a Criação?
Recordamos de que somos
enviados para a salvação dos outros não por nossos méritos, mas pelos méritos
de Jesus Cristo que morreu por todos?
Estou cooperando com
Deus que me escolheu para que a promessa divina seja realizada: "Haverá um
só rebanho e um só pastor" (Jo 10,16)?
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