Qual é a visão que o leigo tem de São Vicente Pallotti? A
resposta a esta pergunta foi dada, pelo Pe. Ângelo
Lôndero, SAC à comunidade da União do Apostolado Católico em Portugal. Na
segunda-feira, dia 10 de Junho, quando a liturgia celebra o Santo Anjo da
Guarda de Portugal, no auditório Rainha dos Apóstolos, em Odivelas, reuniram-se
membros da UAC da Unidade Paroquial em Febres e de Odivelas.
Chegaram também várias
outras pessoas que queriam conhecer um pouco mais sobre a vida, obra e espiritualidade
do fundador da família palotina. O encontro de formação começou com as boas
vindas dadas pelo prior de Odivelas, Pe. João Francisco Pietrus SAC. É sempre
bom reunirmo-nos para aprender um pouco mais, ainda melhor quando temos a oportunidade
de aprender com um homem apaixonado por São Vicente Pallotti.
O Pe. Ângelo, que é Professor
de Teologia Sistemática na Faculdade Palotina de Santa Maria, Formador do
Colégio Máximo Palotino e Diretor do Instituto Sul-Americano de Estudos
Palotinos – ISEP, preparou uma palestra sobre “O fiel leigo na visão de São
Vicente Pallotti”. Apresentou a visão dos leigos no tempo de Pallotti e
como essa visão e papel mudaram com o Concilio Vaticano II. Uma melhor compreensão da
eclesiologia de Pallotti fará com que os fiéis leigos possam assumir aquilo que
são: a força e a esperança da Igreja no mundo. Sem a participação permanente de
todos os fiéis leigos, a Igreja jamais conseguirá realizar plenamente a sua
missão.
No tempo de Pallotti a Igreja
apresenta-se como uma articulação de relações piramidais, com uma radical
distinção entre hierarquia e laicato e o predomínio do poder clerical. Diante
dessa realidade, Pallotti, mais que incentivador do apostolado dos fiéis
leigos, foi promotor do apostolado universal. Como o conceito de apostolado era
pouco compreendido pela hierarquia e quase desconhecido dos fiéis leigos, a
intenção de Pallotti foi a de aclarar o verdadeiro conceito teológico de
apostolado. Para ele, todo o batizado, não somente tem o dever, mas também o
direito de participar no apostolado.
A novidade em Pallotti está no modo como
ele concebia a natureza da ação apostólica dentro de uma Igreja dominada pela
hierarquia. Nesse contexto, ele sustentava que todos, independentemente da sua
função na Igreja, têm o direito de participar ativamente na sua ação
apostólica. Como exemplo e modelo do apostolado leigo, Pallotti mostrava a figura
de Maria Santíssima, leiga e apóstola com o título de Rainha dos Apóstolos. A
reflexão deu a cada um de nós a certeza de que o mais urgente é despertar a
consciência de missão em todos os batizados e recuperar a laicidade eclesial.
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