terça-feira, 11 de junho de 2013

Visão de leigo


Qual é a visão que o leigo tem de São Vicente Pallotti? A resposta a esta pergunta foi dada, pelo Pe. Ângelo Lôndero, SAC à comunidade da União do Apostolado Católico em Portugal. Na segunda-feira, dia 10 de Junho, quando a liturgia celebra o Santo Anjo da Guarda de Portugal, no auditório Rainha dos Apóstolos, em Odivelas, reuniram-se membros da UAC da Unidade Paroquial em Febres e de Odivelas.
Chegaram também várias outras pessoas que queriam conhecer um pouco mais sobre a vida, obra e espiritualidade do fundador da família palotina. O encontro de formação começou com as boas vindas dadas pelo prior de Odivelas, Pe. João Francisco Pietrus SAC. É sempre bom reunirmo-nos para aprender um pouco mais, ainda melhor quando temos a oportunidade de aprender com um homem apaixonado por São Vicente Pallotti. 


O Pe. Ângelo, que é Professor de Teologia Sistemática na Faculdade Palotina de Santa Maria, Formador do Colégio Máximo Palotino e Diretor do Instituto Sul-Americano de Estudos Palotinos – ISEP, preparou uma palestra sobre “O fiel leigo na visão de São Vicente Pallotti”. Apresentou a visão dos leigos no tempo de Pallotti e como essa visão e papel mudaram com o Concilio Vaticano II. Uma melhor compreensão da eclesiologia de Pallotti fará com que os fiéis leigos possam assumir aquilo que são: a força e a esperança da Igreja no mundo. Sem a participação permanente de todos os fiéis leigos, a Igreja jamais conseguirá realizar plenamente a sua missão.

No tempo de Pallotti a Igreja apresenta-se como uma articulação de relações piramidais, com uma radical distinção entre hierarquia e laicato e o predomínio do poder clerical. Diante dessa realidade, Pallotti, mais que incentivador do apostolado dos fiéis leigos, foi promotor do apostolado universal. Como o conceito de apostolado era pouco compreendido pela hierarquia e quase desconhecido dos fiéis leigos, a intenção de Pallotti foi a de aclarar o verdadeiro conceito teológico de apostolado. Para ele, todo o batizado, não somente tem o dever, mas também o direito de participar no apostolado.

A novidade em Pallotti está no modo como ele concebia a natureza da ação apostólica dentro de uma Igreja dominada pela hierarquia. Nesse contexto, ele sustentava que todos, independentemente da sua função na Igreja, têm o direito de participar ativamente na sua ação apostólica. Como exemplo e modelo do apostolado leigo, Pallotti mostrava a figura de Maria Santíssima, leiga e apóstola com o título de Rainha dos Apóstolos. A reflexão deu a cada um de nós a certeza de que o mais urgente é despertar a consciência de missão em todos os batizados e recuperar a laicidade eclesial.

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