O
Oitavário da Epifania foi criado por São Vicente Pallotti, com o intuito de
que, assim como os Reis Magos que saíram do Oriente para contemplar e adorar o
Menino Jesus, a fé católica pudesse chegar aos povos pagãos e também àqueles
que se viam afastados da Igreja, fazendo com que todos os povos fossem chamados
de volta à unidade cristã.
A
Epifania é a festa da vocação dos povos ao cristianismo e à salvação.
O
Oitavário da Epifania, idealizado por São Vicente Pallotti por volta de 1840,
foi inspirado no vasto estilo de ritos litúrgicos e nacionalidades existentes
em Roma e tinha por objetivo fazer com que cada uma delas compreendesse e
revelasse como se manifesta o encontro dos Reis Magos com o Deus Menino.
São Vicente
queria antes de tudo salvar almas e tudo fazia para atrair os homens para Deus,
não media esforços para atrair não apenas os cristãos fiéis, mas também os
indiferentes e curiosos. O templo era iluminado e enfeitado ao máximo. Um
maravilhoso presépio em tamanho natural mostrava a infinita misericórdia de
Deus profundamente sensível na Encarnação e Nascimento do Salvador.
Era um convite fortíssimo para, à imitação dos pastores e dos magos, irem todos reconhecer e adorar o Verbo de Deus feito carne e salvação. No final do Oitavário, era apresentado para o beijo amoroso de todos, a bela imagem de Jesus Menino conservada ainda hoje na igreja palotina de São Salvador in Onda.
Era um convite fortíssimo para, à imitação dos pastores e dos magos, irem todos reconhecer e adorar o Verbo de Deus feito carne e salvação. No final do Oitavário, era apresentado para o beijo amoroso de todos, a bela imagem de Jesus Menino conservada ainda hoje na igreja palotina de São Salvador in Onda.
Em
primeiro lugar, a Oitava era uma festa das liturgias. Em cada manhã, celebravam-se
missas solenes, nos diversos ritos da Igreja católica. Não só nos diversos
ritos da Igreja latina, mas também nos chamados orientais. Durante ao
Oitavário, havia pregações especiais nos principais idiomas europeus: francês,
inglês, alemão. Espanhol, polonês.
Pela
tarde, a Oitava assumia o caráter de uma grande missão popular, com sermões em
italiano, pronunciados pelos mais célebres oradores sacros da Itália.
Concluíam-se os ofícios, todas as tardes, com uma grande procissão e bênção do
Santíssimo Sacramento. Era presidida por um cardeal, ajudado pelos alunos dos
grandes colégios e seminários de Roma, cada um no seu turno.
As
cerimônias dos ritos orientais atraíam a muitos turistas. Mas Vicente Pallotti
não queira preparar um espetáculo para deleitar os curiosos. A sua intenção era
unir na oração litúrgica todos os fiéis, para demonstrar, em forma de drama, a
unidade do catolicismo, no conjunto das suas curiosidades históricas. São as
formas vivas em que os diversos povos cristãos adoram o Deus universal. Os
sermões nas diversas línguas eram muito mais que uma homenagem às culturas
encerradas nesses idiomas.
Vicente
Pallotti queria que os estrangeiros, os turistas e os peregrinos tivessem a
possibilidade de escutar, cada um em sua língua, a mensagem evangélica de todos
os tempos, durante sua estadia na cidade universal. A missão popular pregada ao
povo de Roma refletia o seu intenso espírito missionário que exigia que a
conversão dos corações fosse precedida pela apresentação das verdades da fé. E
as grandes procissões cardinalícias manifestavam a glória e a dignidade que
deve sempre cercar o culto público que os fiéis tributavam à divindade.
O
oitavário insistia no tema da renovação da fé e da caridade como fatores
imprescindíveis para o progresso da religião entre os homens. A fé é comunicada
e aprofundada nos corações humanos pela comunicação da Palavra. A caridade
cresce, quando a mola da vontade é movida pela graça aceite pelos que escutam,
de boa vontade, a eterna mensagem divina. Essa é a mensagem que os célebres
pregadores, por mais de um século, proclamaram desde o púlpito do grande templo
de Santo André della Valle, onde se desenrolavam as cerimônias do Oitavário.
Finalmente, o oitavário ilustrava a cooperação entre o clero, pois os prelados,
o clero secular, as ordens religiosas, os seminaristas e membros dos colégios
eclesiásticos se uniam para simbolizar não só na teoria mas na realidade
concreta, a unidade de ação que devia existir na Igreja de Deus entre todas as
ordens do clero.
O
Oitavário foi celebrado, pela primeira vez, no ano de 1836, e desde então, só
foi omitido em duas ocasiões: uma por causa da revolução romana de 1848 e outra
por causa da inundação de Roma em 1871.
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