Próximo do lugar onde meus avós moravam no Estado do Espírito Santo, foi descoberto, há poucos anos, o segundo melhor lugar do mundo, como dizem, para certo tipo de voo livre. Inclusive uma etapa do campeonato mundial realiza-se ali. Este lugar é abundante de rochedos altos que aquecem com os raios solares. Quando a asa delta está a perder altura, simplesmente aproxima-se do rochedo e aproveita o vento quente ascendente que ali existe e ganha facilmente altitude para mais tempo de voo.

Em todos estes textos, nota-se bem a clareza da vocação, mas ao mesmo tempo a fragilidade do chamado. Por isso sempre foi necessário o dom da cooperação. No final do Evangelho de São Marcos diz que o Senhor cooperava com os Apóstolos: “Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.” (Mc 16,20)
Estamos em pleno ano sacerdotal, em que Nosso Senhor, mais uma vez escolhe a barca de Pedro para falar. Como no Evangelho de hoje, Jesus quer falar da barca dos Apóstolos. Que mais uma vez os ordenados, purificados pela brasa do altar, que é o Amor Misericordioso e Eucarístico de Cristo, sejam a Sua voz para a multidão como diz São Paulo no Capítulo 14 da Carta aos Coríntios, afirmando que depois da caridade, o dom da profecia deve ser buscado com ardor para a edificação da Igreja. Mas na nossa insuficiência, nós sacerdotes dizemos que precisamos não só da cooperação do Senhor, mas também da cooperação da “outra barca”, que pode muito bem representar o Apostolado dos leigos. Especialmente nos dias de hoje, a barca de Pedro não conseguiria resistir “na sua pesca” sem o precioso auxílio do Apostolado dos leigos. Se essas duas barcas forem bem unidas, com certeza a pesca do Apostolado será abundante e o Senhor repetirá tanto a nós ordenados como aos leigos que vivem o seu Baptismo: “«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» (Lucas 5,10)
Partilha uma experiência positiva em que notaste esta colaboração entre a graça de Nosso Senhor, o Apostolado dos fiéis leigos e o Apostolado dos ordenados?
Pe. Marcelo
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