sábado, 17 de março de 2012

Obra social Elisabetta Sanna

São VicentePallotti foi conhecido pelos cidadãos da Eterna Cidade como Apóstolo de Roma.Sempre fazia tudo para aumentar a fé e reacender a caridade entre os católicos e propagá-la em todo o mundo. A expressão mais alta e mais característica da espiritualidade de Pallotti é a sua experiência de “Deus amor infinito”.

Desta experiência decorre o carisma que lhe é próprio:evangelizar é fazer chegar aos evangelizados a caridade, o amor, para que possam crer. Neste ano quando celebramos o jubileu de 50º Aniversário da Canonização de Vicente Pallotte Pe. João Francisco Pietrus SAC olhando para o exemplo da vida do santo, quer mostrar a caridade para o próximo como caminho mais perto para aproxima-se de Deus. Por isso na paróquia do Santíssimo Nome de Jesus de Odivelas no dia 17 de março 2012 foi inaugurada a “Obra social  Elisabetta Sanna”.

As salas da Conferência dos Vicentinos de Santo Eugênio que atua na Igreja Matriz foram ampliadas e adaptadas para receber pessoas que necessitam de ajuda. Como destacou Pe. João Francisco as pessoas precisam ser acolhidas com dignidade e qualidade. A “Obra social Elisabetta Sanna” foi criada pensando sobre aqueles que não têm abrigo ou vivem em lugares precários, por isso quem chega vai poder tomar banho, lavar e passar suas roupas, receber nova roupa tudo em um ambiente agradável, limpo para lembrar que todos têm o mesmo valor aos olhos de Deus.


Na abertura participaram varias pessoas que atuam na paróquia e representantes da Câmara Municipal de Odivelas. Depois da benção da “Obra social Elisabetta Sanna” fomos para o salão paroquial para participar de um pequeno convivo, no qual todos elogiaram a nova Obra da paróquia. Como padroeira da obra foi escolhida a venerável Elisabetta Sanna, que sendo uma deficiente física tornou-se apóstola, seja estímulo para viver com maior fidelidade e vigor o carisma que são Vicente Pallotti nos deixou como herança. Durante a solene abertura da Obra, foi apresentada a vidada padroeira.


No dia 23 de abril de 1788em Codrongianos numa pequena cidade da Sardenha nasceu Elisabetta IgnaziaGertrude Sanna filha de Salvatore Sanna-Campus e de Maria Domenica Lai. Elisabetta foi a única menina que sobreviveu, nesta família numerosa. Em 1788,a epidemia tirou a vida da maior parte das crianças de Codrongianos e as que não morrera tiveram deficiências ou ficaram deformadas. Elisabetta ficou com os braços bamboleando, uma deficiência gravíssima, numa sociedade camponesa, na qual a mulher trabalhava principalmente com os cotovelos.

Com dezenove anos Elisabetta casou com Antônio Maria Porcu. Deu à luz sete filhos, dos quais sobreviveram cinco. Desde muito jovem que Elisabetta se destacava, pela sua humildade e caridade. No dia 25 de janeiro de 1825 Antônio Maria morreu. Durante todo o tempo na Sardenha Elisabetta vivia uma intensa vida de oração e ensinava aos outros os caminhos para aproximar-se de Deus. O grande sonho dela era poder visitar a Terra Santa e beijar as pegadas Divinas do Salvador. Pelo fato de se encontrar viúva e de um dos irmãos (sacerdote) se ter prontificado a cuidar dos filhos, em 1831 Elisabetta inicia a viagem para Roma, para posteriormente partir para o seu destino de sonho. Esta viagem decorre com várias tribulações, o que lhe agrava profundamente a saúde, já de si frágil.Assim, não podia regressar à sua terra natal, nem continuar a viagem para a Terra Santa, pelo que tem de permanecer em Roma. Elisabetta viveu 26 anos em Roma!

E é em Roma que trava conhecimento com o sacerdote Vicente Pallotti e imediatamente coloca-se ao seu dispor para servir na sua obra. Elisabetta Sanna foi uma das primeiras cooperadoras da União do Apostolado Católico. Para Pallotti a vida de Elisabetta foi assim: uma doente, uma pobre, uma analfabeta,que vivia para o apostolado. Apostolado da oração, da caridade, da pobreza, do sofrimento e principalmente apostolado da imitação de Jesus Cristo e do amor infinito de Deus. Viveu na pobreza, distribuiu pelos pobres de Roma tudo o que possuía. Foi conselheira de muitos sacerdotes, amada por todos, sem distinção de condição social, pois as senhoras da alta sociedade aconselhavam-se com Elisabetta.

Mesmo sofrendo grave doença dedicava-se a oração, foi conhecida como uma mulher de fé. Cuidava do decoro da Igreja do Santíssimo Salvador in Onda e a provia de paramentos. Teve grande devoção a Paixão de Cristo e Nossa Senhora das Dores. Morreu no dia 19 de fevereiro de 1857 e foi sepultada na Igreja do Santíssimo Salvador in Onda em Roma.
Pe. Artur

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