quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Vagabundo


No dia 16 de fevereiro o Grupo de Teatro Pe. Andrzej Gladysz da paróquia do Santíssimo Nome de Jesus em Odivelas teve o grande prazer de apresentar no auditório Rainha dos Apóstolos em Patameiras o drama de Pe. Andrzej Gladysz ”O Vagabundo”.

A Alegria dos artistas como a do publico foi ainda maior pois o próprio Pe. Andrzej Gladysz estava presente.


Roma, ano 64 d.C.. Desta vez, o imperador Nero está decidido a imolar pelo fogo e em espectáculo público todos os cristãos que consiga capturar. Ao primeiro Papa não resta outra solução senão a de edificar uma Igreja na clandestinidade, unida e assídua na fracção do pão, mas naturalmente receosa de acolher eventuais espiões ou delatores infiltrados. Enquanto isto, o ex-Procurador Pôncio Pilatos, agora reformado, conta já 70 anos quando recebe a inesperada visita de um vagabundo que lhe reaviva uma inquietação antiga.


O misterioso visitante tinha sido afinal, uma cara bem conhecida e influente na Jerusalém de outros tempos, mas agora, pelo menos aparentemente, caído em desgraça. E uma surpresa ainda maior aguarda o atormentado Procurador: a sua mulher, Cláudia, só agora lhe revela um importante segredo antigo. Ela conhece a verdadeira causa da obsessão doentia do marido. E também a verdadeira cura.


O enredo de “O Vagabundo”, não é rigorosamente, uma obra de ficção, nem um capítulo novo e apócrifico dos Atos dos Apóstolos. O trágico incêndio de Roma, em torno do qual decorre a ação nesta peça teatral,é um facto histórico: deflagrou a 18 de Julho do ano 64 d.C., propagou-se rapidamente por uma malha urbana maioritariamente de construção de madeira e ruelas estritas, destruiu por completo 10 das 14 zonas do núcleo mais antigo da cidade e só foi considerado extinto ao fim de sete dias. Historicamente comprovado está também que, tendo-se disseminado a tese de fogo posto, os cristãos se tornaram o bode expiatório ideal,querpor motivos politicos, quer por motivos religiosos.


Facto histórico é também que milhares de cristãos foram crucificados pela máxima “culpa” da sua crença. Os seus restos mortais eram depois empalados e queimados ao longo das estradas que conduziam a Roma, iluminando-as, uma vez que os seus corpos eram mesmo usados como tochas. São Pedro e São Paulo foram, de facto, martirizados no onda de perseguições decretadas pelo imperador Nero. Acerca de Pôncio Pilatos, cujo nome por demais “famoso” entra no Credo cristão, os historiadores dividem-se: teimoso, inflexível, cruel, severo, insensível, para alguns; fraco, inseguro, inquieto e tolerante, para outros. Certo é que foi exonerado das suas funções de procurador no ano de 37 d.C. pelo seu superior hierárquico Vitélio, governador da Síria.

Outras personagens, ainda que naturalmente criadas ou ficcionadas pelo autor da peça, são de tal modo verospimeus, que bem podem ter sido mesmo reais atores da História da Humanidade. É o caso de Adonias, mas atmbém de Samuel, de Sara e de Apolónio.

Nenhum comentário: