sábado, 2 de março de 2013

Noticiário UAC – Fevereiro de 2013

Caros irmãos e irmãs da União 

Temos a alegria de apresentar-lhes a partir deste boletim algumas obras e lugares significativos na vida de São Vicente Palotti. Neste noticiário apresentamos o texto sobre a “Pia Casa de Caridade” elaborado pela Ir. Lilia Capretti, CSAC, bem como notícias referentes ao encerramento do Ano Jubilar de Canonização.


PIA CASA DE CARIDADE DE ROMA

A raiz geradora de toda ação e obra de S.V. Pallotti foi sempre a Caridade de Cristo à luz da qual leu a bondade de Deus e percebeu as necessidades humanas.

Vicente Pallotti viveu na Roma de 1800, conheceu suas necessidades e seus valores e afrontou, como sacerdote apóstolo, os problemas, os desafios e as solicitações e procurou dar respostas possíveis.
Já em 1835 com os seus colaboradores tinha colocado provisóriamente as meninas abandonadas em boas famílias; mas crescendo o número delas, procurou uma casa apta perto de “S. Maria Maggiore”. Com a doença do cólera de 1837, o número de meninas órfãs e necessitadas de assistência, cresceu ainda mais; Vicente em 1838, depois de ter feito o pedido ao Papa Gregório XVI, obteve uma parte do palácio do Mons. Antonio Fuccioli, no bairro “Monti”. Terminados os trabalhos de adaptação, no dia 05 de Junho, Vicente acompanhando em procissão 37 jovens tomou posse da Pia Casa e com uma cerimonia sugestiva introduziu as meninas, confiando-as à Elisabetta Cozzoli; após a bênção da casa, colocou as meninas sob a proteção de Maria SS. Rainha dos Apóstolos, de S. Francisco de Assis e de santo Stanislao Kontska. Pe. Vicente foi nomeado Reitor da Obra. Giacomo Salvati foi o Procurador e a alma da Pia Casa. Para a administração foi instituída uma Comissão de 05 membros, nomeados por toda vida, cada um com seu encargo. A Pia Casa foi também o berço na qual nasceu a Congregação das Irmãs do Apostolado Católico - Palotinas, que com alternados fatos, também dolorosos, se firmou e se espalhou nas várias comunidades italianas e no exterior. Pe. Vicente, desde o início confiou às Irmãs, chamadas então de “mestras”, a tarefa de ocupar-se das meninas, para seu crescimento e instrução, mas sobretudo para a educação, porque Vicente nesta tarefa via o futuro daquela geração, da Igreja e da sociedade. Pallotti queria fossem boas cristãs e fiéis cidadãs. 
 
Vicente queria que este lugar de acolhida das meninas, fosse chamado de “Pia casa de caridade” e não mais Conservatório ou Refúgio como era costume naquele tempo. E é claro que a nova denominação deveria ser plena significado. Em 1839, por motivos de saúde, Vicente teve que ir para Camáldoli, perto de Frascati e alí permaneceu aproximadamente um ano. Enquanto isso, escreveu “As regras da Pia Casa”. Sua ausência foi fortemente sentida especialmente pelas Irmãs e meninas. Não foi sempre fácil entender-se com os administradores, os quais,  às vezes não concordavam nem com o Pe. Vicente. Mas ele, via tudo à luz do mistério pascal e acreditava que as obras de Deus deveriam trazer o “selo da cruz”.  Vicente empenhou-se para que fosse aberta também uma escola na qual deveria acolher igualmente alunas externas à obra e que esta fosse gratuita. Infelizmente S. Vicente morreu cedo e não obstante a boa vontade de todos, os problemas, as dores, mas também as graças não faltaram e por isso a Escola foi aberta e funcionou por longo tempo.
Em 1862 foi modificada a estrutura administrativa com a passagem da jurisdição dos Padres Palotinos ao Cardeal Vigário: (Vicariato de Roma). A partir daqui houve muitas variantes: Gioachino Carmignani, que podemos dizer co-fundador da Pia Casa, trabalhou para reconhecer a Pia Casa como “Ente moral” com “Regio Decreto” (R.D.) com data de 19 de Julho de 1874. O Ministério do Interior constituiu em IPAB (Instituto Público de Assistência e Beneficiência) a Pia casa, ou seja, “Ente de assistência e de beneficiência”. Entre os vários Monsenhores do Vicariato que se alternaram na presidência da Pia Casa, grande mérito deve-se ao Bispo Valeriano Sebastiani que, por aproximadamente 20 anos, foi o verdadeiro homem da Providência, sobretudo no apoio à jovem Congregação das Irmãs. Depois de alguns anos, o Cardeal Luigi Traglia passou a presidência aos Padres Palotinos: o primeiro a ter o cargo de presidente foi o Pe. Guglielmo Molher, ex-Superior Geral da SAC, que ocupou o cargo até 1977. Depois dele, o Cardeal Ugo Poletti nomeou como sucessor Pe. Domenico Pistella, Provincial da Província Italiana dos Padres Palotinos.

 Durante este tempo a Itália estava  mudando a legislação e entre as muitas inovações houve também uma mudança de estrutura para os Colégios que acolhiam crianças e jovens. Em lugar de “Colégio” projetaram, e successivamente realizou-se novas estruturas de assistência: casa família, gruppo apartamento, Comunidade de habitação. Não paremos para dar explicações, mas é necessário dizer que com a aprovação da  Comissão da Região Lazio, a Pia Casa foi inscrita entre as pessoas jurídicas do tribunal de Roma, com um novo Estatuto e novo Conselho. O primeiro presidente da nova estrutura foi Pe. Mario Proietti e colaboraram mais cinco outros conselheiros.
Hoje, a “Pia casa de caridade” acolhe ainda meninas necessitadas, principalmente provindas de povos em imigração. Diminuiu o número das meninas devido à nova estrutura. As Irmãs Palotinas continuam dando assistência às meninas com uma educação integral e estão totalmente à disposição da Obra; é preciso dizer que as Irmãs continuam fazendo o bem doando suas vidas na formação das hóspedes e ajudando muito as suas famílias.
  
2. Celebrações de encerramento do Ano Jubilar
Polônia: dia 20 de Janeiro, a família Palotina, em comunhão com todos os membros da UAC, reuniu-se em Gniezno para celebrar o 50º aniversário da canonização de nosso Fundador. Aproximadamente 500 pessoas provenientes de diversas comunidades reuniram-se na Catedral para participar da Celenbração Eucaristica presidida pelo Primaz, Arcebispo Jozef Kowalczyk juntamente com outros bispos ligados ao mundo Palotino e numerosos outros sacerdotes. Após a Missa, o ágape fraterno na casa das Irmãs Palotinas Missionárias, onde 350 pessoas partilharam as alegrias e uma refeição. Com esta celebração foi concluído o Ano Jubilar, durante o qual, a família palotina local reuniu-se uma vez por mês, cada vez em uma das 13 “estações” ao redor de Gniezno. Cada celebração foi acompanhada pela Cruz-relíquia de São Vicente Pallotti, com um lema diferente para cada “estação”, o último dos quais foi “Santidade para o Apostolado”. É possivel ver as fotos em: http://www.pallotyni.pl/galeria/2013-01/2013-01-20-GNIEZNO-MSZA-ZAKONCZENIE-OBCHODOW-50-LECIA-KANONIZACJI/index.html

Brasil: O Secretário Geral da União, Padre Rory Hanly SAC, a convite do CCN brasileiro, participou das celebrações de encerramento do Ano Jubilar no Brasil, durante o qual, houve um grande número de eventos significativos. De 18 à 21 de Janeiro foram realizadas as celebrações na região de Santa Maria, com um tríduo de Missas nas paróquias palotinas de Faxinal do Soturno, Santa Maria e Vale Veneto.
Sábado, dia 19 foi um dia de reflexão no Centro Mariano de Schoenstatt, Santa Maria, incluindo também o depoimento de padre Aguinelo Burin SAC, testemunha ocular da canonização de São Vicente Pallotti, o discurso do padre Ângelo Londero SAC sobre "Os fiéis leigos na visão de São Vicente Pallotti”, a partilha de vários membros da família Palotina representando diferentes vocações respondendo a pergunta: “O que São Vicente Pallotti me sugere?” e a mensagem do Pe. Rory. As comemorações do Ano Jubilar em Santa Maria foram concluídas com uma solene Celebração Eucarística no Santuário de “Nossa Senhora Medianeira” no dia 21 de Janeiro com transmissão televisiva ao vivo para todo o país. O Ano Jubilar oficialmente foi encerrado no Santuário Nacional de “Nossa Senhora Aparecida” no sábado, dia 26 de Janeiro com a solene Celebração da Eucaristia, mais uma vez em transmissão televisiva direta ao vivo para todo o Brasil – esta foi presidida pelo Bispo Julio Akamine, SAC, com a participação de membros da Família Palotina que, junto a outros peregrinos viajaram de longe e com a Basílica repleta, juntos glorificaram ao Senhor.

No mesmo dia foi realizado um encontro no auditório do Santuário com uma apresentação audiovisual sobre a Canonização de São Vicente, bem como um filme sobre a vida de São Vicente preparada pelos palotinos jovens do Rio de Janeiro, uma mensagem do Pe. Rory e a bênção final do Bispo D. Julio. Neste tempo transcorrido no Brasil, Pe. Rory também teve a oportunidade de visitar vários grupos Palotinos, casas, seminários, paróquias e escolas: em Porto Alegre, Santa Maria, Londrina, Arapongas, Cambé, São Paulo, Niterói no Rio de Janeiro participando de várias celebrações, incluindo também o Jubileu de Prata de Ordenação Sacerdotal de D. Julio. Muito obrigado a todos pela grande bondade, generosidade e acolhida - foi um grande privilégio experimentar em primeira pessoa a alegria, a hospitalidade, a fé, o entusiasmo e compromisso da Família Palotina no Brasil e o amor de tantas pessoas jovens e anciãos pelo Carisma de São Vicente. A visita foi regada também pela profunda tristeza após o terrível incêndio na discoteca de Santa Maria, domingo, 27 de Janeiro, onde 239 jovens morreram. Continuamos a rezar por todos aqueles que perderam a vida, pelos gravemente feridos, por suas famílias e amigos.

3. Rezemos de modo especial:
Pelo Bento XVI e para o próximo conclave que elegerá o novo Papa para que possa conduzir a Igreja com sabedoria e  com fé nestes tempos desafiadores.

Pela população de Santa Maria, pelo Brasil e por todos aqueles que sofreram tragédias nos últimos tempos.

Pela população da República Democrática do Congo e da Síria e por todos aqueles que continuam sofrendo os efeitos da guerra, da violência, da injustiça e perseguição.

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