Oração e misericórdia
A carta do Papa Misericordiae Vultus de abertura do Ano Jubilar
coloca, logo, em evidência a forte relação entre Jesus Cristo – como semblante
misericordioso do Pai – e a nossa necessidade de contemplar continuamente o
mistério da misericórdia. Desde o início nos deparamos com uma estreita ligação
entre a misericórdia e a oração. Quando estudamos os escritos de São Vicente
Pallotti, somos encorajados e desafiados do mesmo inseparável binômio: oração e
misericórdia.
Quem estudou os escritos de São Vicente Pallotti, com certeza percebeu sua enfase sobre a importância que a oração e a Misericórdia Infinita de Deus tem na nossa vida: a prática da oração santa é muito importante. Um cristão sem oração é uma pessoa sem razão… Um missionário sem oração é um soldado sem a espada.
Quem estudou os escritos de São Vicente Pallotti, com certeza percebeu sua enfase sobre a importância que a oração e a Misericórdia Infinita de Deus tem na nossa vida: a prática da oração santa é muito importante. Um cristão sem oração é uma pessoa sem razão… Um missionário sem oração é um soldado sem a espada.
O modelo de uma vida de oração e de misericórdia é Jesus Cristo, que é
a verdadeira imagem da Misericórdia do Pai. Jesus transmite a misericórdia de
Deus na sua própria pessoa. E assim Pallotti se coloca diante de Deus em
oração, pedindo a graça de “ser como Jesus” nesta terra. “Em todas as minhas
ações que eu seja como Jesus Cristo, que vive e age em mim. Em união com Ele,
ofereço-te a fidelidade da sua mais santa humanidade”.
Este “viver em Jesus”, na dupla presença de oração contemplativa e
obras de misericórdia, direciona e plasma os aspectos específicos da nossa vida
cristã como se expressa em “Misericordiae Vultus”:
~ A
relação com Deus e com os outros;
~ Uma
fonte de alegria, de serenidade e de paz:
~ Um
lugar de encontro e uma ponte entre a pessoa e Deus, entre eu e o outro;
~ Um
sinal mais eficaz da ação de Deus em nossa vida;
~ Um
sinal da presença do Espírito Santo, que guia os passos de quem acredita, para
cooperar na obra de Cristo.
Todos estes elementos são familiares aos membros da União do Apostolado
Católico. A vida de Jesus, a mesma imagem da Misericórdia, constitui a “Regra”
dos membros da Família Palotina. O lugar de privilégio da oração é fundamental,
para aprofundar sempre mais a nossa relação com Deus e entre nós, uma relação
que, não só promove a paz e a alegria dentro de nós, mas em todo o mundo. São
Vicente Pallotti coloca em evidência a importância da fé na nossa oração,
porque tem a certeza que Deus responde generosamente aos nossos pedidos:
“Quando pedes uma graça ao Senhor por meio do Espírito, apresenta-te com
prontidão, confiança, humildade e gratidão de tê-la já alcançada, e faz aqueles
atos interiores, que farias se realmente tivesse alcançado tal graça, e não
duvidar, porque fazendo assim serás consolado, confiança, confiança,
humildade…” (OOCC, X pp. 112-113).
Podemos aplicar isto a nós na UAC, quando pedimos a de Deus a graça de
sermos pessoas de misericórdia e apóstolos do Senhor Jesus Cristo.
São Vicente com frequência fala do nosso ser “um testemunho da
misericórdia de Deus”, através da instituição, desta santa Sociedade que
respeita, venera, promove e propaga o Apostolado Católico. Em virtude desta
mesma fundação, somos chamados a ser apóstolos da misericórdia e imitadores de
Deus, atentos as necessidades dos filhos de Deus.
Ulteriormente São Vicente Pallotti, nos recorda que justamente pela
graça de Deus nossa vida, nossas palavras e ações serão obras da
misericórdia de Deus, e nós podemos acrescentar com certeza que estas serão
testemunho do Amor Divino que age em e através de nós por meio das obras de
misericórdia espirituais e corporais. Também, somos desafiados pelo nosso
Fundador a continuar com confiança incondicional neste Ano da Misericórdia.
Esforcemo-nos
para realizar grandes coisas para a glória de nosso Criador e lembremos que é a
graça divina que nos torna santos, e que o mesmo Deus pode dar-nos uma tão
grande graça, que pode fazer-nos os maiores Santos, maiores do que qualquer
outro Santo que já viveu na Igreja de Jesus Cristo. E com sempre mais firmeza
acreditamos que Deus nos dará tal graça.
Pontos para
reflexão:
1. De
que maneira podemos, como União – como pessoa, famílias, Cenáculos –
desenvolver ainda mais a nossa vida de oração, de tal modo que possa
conduzir-nos mais fortemente a realizar as obras de misericórdia espirituais e
corporais?
2. Vivendo
o carisma, transmitido a nós por Deus através São Vicente Pallotti, o que
devemos fazer para escutar melhor e responder à Palavra de Deus – nossa
Regra de Vida – para sermos testemunhas autênticas da Misericórdia como
imitadores de nosso Deus Misericordioso?
3. Quais
são as necessidades locais, às quais podemos responder como grupo da UAC,
levando em consideração a importância de rezar e projetar eficazmente durante
todo o processo?
4. O
que posso fazer pessoalmente, na minha vida de oração e ação concreta, para
acolher o desafio deste ano da Misericórdia de ser misericordioso como o Pai?
Irmã Carmel Therese Favazzo, CSAC
Congregazione Suore dell’ Apostolato Cattolico
Nenhum comentário:
Postar um comentário