segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Apóstolos Hoje - Setembro de 2016

Oração e  misericórdia
A carta do Papa Misericordiae Vultus de abertura do Ano Jubilar coloca, logo, em evidência a forte relação entre Jesus Cristo – como semblante misericordioso do Pai – e a nossa necessidade de contemplar continuamente o mistério da misericórdia. Desde o início nos deparamos com uma estreita ligação entre a misericórdia e a oração. Quando estudamos os escritos de São Vicente Pallotti, somos encorajados e desafiados do mesmo inseparável binômio: oração e misericórdia.
Quem estudou os escritos de São Vicente Pallotti, com certeza percebeu sua enfase sobre a importância que a oração e a Misericórdia Infinita de Deus tem na nossa vida: a prática da oração santa é muito importante. Um cristão sem oração é uma pessoa sem razão… Um missionário sem oração é um soldado sem a espada.
O modelo de uma vida de oração e de misericórdia é Jesus Cristo, que é a verdadeira imagem da Misericórdia do Pai. Jesus transmite a misericórdia de Deus na sua própria pessoa. E assim Pallotti se coloca diante de Deus em oração, pedindo a graça de “ser como Jesus” nesta terra. “Em todas as minhas ações que eu seja como Jesus Cristo, que vive e age em mim. Em união com Ele, ofereço-te a fidelidade da sua mais santa humanidade”.
Este “viver em Jesus”, na dupla presença de oração contemplativa e obras de misericórdia, direciona e plasma os aspectos específicos da nossa vida cristã como se expressa em “Misericordiae Vultus”:
~     A relação com Deus e com os outros;
~     Uma fonte de alegria, de serenidade e de paz:
~     Um lugar de encontro e uma ponte entre a pessoa e Deus, entre eu e o outro;
~     Um sinal mais eficaz da ação de Deus em nossa vida;
~     Um sinal da presença do Espírito Santo, que guia os passos de quem acredita, para cooperar na obra de Cristo.
Todos estes elementos são familiares aos membros da União do Apostolado Católico. A vida de Jesus, a mesma imagem da Misericórdia, constitui a “Regra” dos membros da Família Palotina. O lugar de privilégio da oração é fundamental, para aprofundar sempre mais a nossa relação com Deus e entre nós, uma relação que, não só promove a paz e a alegria dentro de nós, mas em todo o mundo. São Vicente Pallotti coloca em evidência a importância da fé na nossa oração, porque tem a certeza que Deus responde generosamente aos nossos pedidos: “Quando pedes uma graça ao Senhor por meio do Espírito, apresenta-te com prontidão, confiança, humildade e gratidão de tê-la já alcançada, e faz aqueles atos interiores, que farias se realmente tivesse alcançado tal graça, e não duvidar, porque fazendo assim serás consolado, confiança, confiança, humildade…” (OOCC, X pp. 112-113).
Podemos aplicar isto a nós na UAC, quando pedimos a de Deus a graça de sermos pessoas de misericórdia e apóstolos do Senhor Jesus Cristo.
São Vicente com frequência fala do nosso ser “um testemunho da misericórdia de Deus”, através da instituição, desta santa Sociedade que respeita, venera, promove e propaga o Apostolado Católico. Em virtude desta mesma fundação, somos chamados a ser apóstolos da misericórdia e imitadores de Deus, atentos as necessidades dos filhos de Deus.
Ulteriormente São Vicente Pallotti, nos recorda que justamente pela graça de Deus nossa vida, nossas palavras e ações serão obras da misericórdia de Deus, e nós podemos acrescentar com certeza que estas serão testemunho do Amor Divino que age em e através de nós por meio das obras de misericórdia espirituais e corporais. Também, somos desafiados pelo nosso Fundador a continuar com confiança incondicional neste Ano da Misericórdia.
Esforcemo-nos para realizar grandes coisas para a glória de nosso Criador e lembremos que é a graça divina que nos torna santos, e que o mesmo Deus pode dar-nos uma tão grande graça, que pode fazer-nos os maiores Santos, maiores do que qualquer outro Santo que já viveu na Igreja de Jesus Cristo. E com sempre mais firmeza acreditamos que Deus nos dará tal graça.
Pontos para reflexão:
1.     De que maneira podemos, como União – como pessoa, famílias, Cenáculos – desenvolver ainda mais a nossa vida de oração, de tal modo que possa conduzir-nos mais fortemente a realizar as obras de misericórdia espirituais e corporais?
2.     Vivendo o carisma, transmitido a nós por Deus através São Vicente Pallotti, o que devemos fazer para escutar melhor e responder à Palavra de Deus – nossa Regra de Vida – para sermos testemunhas autênticas da Misericórdia como imitadores de nosso Deus Misericordioso?
3.     Quais são as necessidades locais, às quais podemos responder como grupo da UAC, levando em consideração a importância de rezar e projetar eficazmente durante todo o processo?
4.     O que posso fazer pessoalmente, na minha vida de oração e ação concreta, para acolher o desafio deste ano da Misericórdia de ser misericordioso como o Pai?

Irmã Carmel Therese Favazzo, CSAC

Congregazione Suore dell’ Apostolato Cattolico

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