terça-feira, 30 de novembro de 2010

sobre Morro do Alemão

O bairro foi construído sobre a serra da Misericórdia, uma formação geológica de morros e nascentes, quase toda destruída pela construção do Complexo. Restam poucas áreas verdes na região, apesar dos esforços de preservação empreendidos por determinadas organizações atualmente. 
Na década de 1920, o imigrante polonês Leonard Kaczmarkiewicz adquiriu terras na serra da Misericórdia, uma região rural da Zona da Leopoldina. O proprietário era referido pela população local como "o alemão" e logo a área ficou conhecida como Morro do Alemão. A ocupação no entanto, só começou em 1951, quando Leonard dividiu o terreno para vendê-lo em lotes. Ainda nos anos 1920, lá se instalou o Curtume Carioca e, na seqüência, muitas famílias de operários também se instalaram nas imediações. A abertura da Avenida Brasil, em 1946 acabou por transformar a região no principal pólo industrial da cidade. O comércio e a indústria cresceram e diversificaram-se mas a ocupação desordenada dos morros adjacentes, que teve seu boom no primeiro governo de Leonel Brizola, acabou por dar lugar às favelas do Complexo do Alemão.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os Palotinos estão presentes em Taiwan

Pe. Jesus Anthony John e Pe. Léo Antony da Província da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria (Bangalore - India) foram para a nova missão palotina aberta no dia 20 de outubro de 2010 em Taiwan. O Bispo de Taichung, Dom Martin Su Yao-wen, acolheu eles calorosamente. Agora os palotinos estão vivendo em duas paróquias diferentes da diocese. Pe. Jesus reside na paróquia "Cristo Salvador” que é a catedral da diocese, e Pe. Léo na paróquia de "São Paulo". Nestas comunidades eles estão aprendendo a língua que é essencial para se comunicar no trabalho pastoral cotidiano. Portanto, eles vão frequentar um curso de língua chinesa na Universidade de Providence, que durará dois anos. No caminho deles existem muitos desafios, não são pequenos, principalmente quando se trata de aprender a língua e a mudança de hábitos alimentares. No entanto, nossos irmãos sentem a mão de Deus que irá guiá-los e à necessidade de nossas orações, é essencial para apoiar a sua tarefa missionária.

sábado, 27 de novembro de 2010

Consagrar-te ei

Há mais de 10 anos é organizado na cidade do Rio de Janeiro pelo seminário maior Palotino o encontro: Consagrar-te ei. Este encontro tem como objetivo reunir todos os chamados para a vida consagrada ou para uma caminhada responsável dentro da igreja, além de ter um caráter ecumênico.
Durante o Encontro acontecem palestras, oficinas, celebrações, louvor, adoração ao Santíssimo Sacramento e muita musica com famosos cantores católicos convidados.
Neste ano o encontro terá a presença do Davidson Silva e da banda Haguideni.
Os convites custam R$ 4,00, podem ser comprados nas Paulinas.
O encontro acontecerá no colégio Santa Mônica, no bairro Bento Ribeiro, Rio de Janeiro. Sábado 4 de Dezembro às 08:00hs
Maiores informações: Tel: 021-24532915
Não deixem de participar!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Encontro Regional de Formação

A Solene celebração da liturgia no dia 16 de novembro, quando celebramos o dia de nossa padroeira Mãe da Misericórdia, deu inicio ao Encontro Regional de Formação.
Durante a celebração no Santuário da Divina Misericórdia no Rio de Janeiro, que foi presidida pelo Superior Regional Pe. João Pedro Stawicki SAC, o seminarista Saulo começou mais um etapa na sua formação tornando se leitor.
Pe. João Pedro lembrou que a imagem da Mãe da Misericórdia é muito ligada não só com a tradição cristã, mas também com nosso fundador São Vicente Pallotti que escreveu o “Poema da Misericórdia”. Explicando a imagem da Nossa Padroeira Pe. João Pedro citou o Beato Pe. Michal Sopocko que observou que no rosto da Mãe da Misericórdia vemos uma forte dor, que não chega ao desespero, porque esta dor esta assegurada pela submissão a vontade de Deus – SUBMISSÃO TOTAL!!! Por isso tem suas mãos cruzadas no peito, olhos virados para o chão e nestes olhos da para ver o raio de alegria, porque Maria neste momento esta dando a luz à humanidade inteira para o céu, no meio de insuperáveis dores do corpo e da alma.
No dia seguinte todos trabalharam sobre um texto de Instrumentum Laboris da XX Assembléia Geral da Sociedade do Apostolado Católico. No coração da fundação de Pallotti esta a intenção de um homem de Deus preocupado por este mundo e que sentiu que a melhor solução para os problemas do seu tempo era “reavivar a fé em Deus e reacender a caridade entre os povos deste mundo”. A pergunta que colocamos diante de nós mesmos nesta Assembléia Geral, foi, “neste mundo que muda, como podemos ser apóstolos que reavivam a fé em Deus e reacendem a caridade no mundo?”O  Documento não deu respostas para as  perguntas, mas permitiu que todos os membros da Região pudessem conhecer os temas e preocupações  que foram refletidas durante a Assembléia.
Quinta-feira  foram discutidos vários temas importantes da atualidade da Região. O Documento conclusivo da V Conferência de Aparecida, recordando o mandato do Senhor de “ir e fazer discípulos entre todos os povos” deseja despertar um grande impulso missionário na Igreja na América Latina e no Caribe. Pe. João Pedro explicou como nós palotinos podemos fazer missão continental no estilo de nosso Fundador. O elemento mais característico do Pallotti era certa estrutura que poderia ajudar na Missão Continental, certo tipo de sistemática, que pode ser chamada como a estrutura 12+1 dando a cada um o nome de um dos Apóstolos. Podemos constatar que esta visão das 13 procuradorias de Pallotti é uma visão completa, que tenta tocar em todos os níveis, as dimensões e os patamares do trabalho pastoral - missionário numa paróquia, forania,  vicariato ou diocese. Com alegria de todos os membros da Região foi dada a  notícia que a arquidiocese de Niterói iniciou o processo de reconhecimento do milagre realizado pela interseção de Elisabete Sanna, o vice-postulador deste processo é o Pe. Marcos Karny SAC. Nossa Região vai oferecer para Pe. Orides Giraldo relíquias do beato Pe. José Stanek SAC. A Relíquia será colocada no altar principial da igreja de Cristo Rei em Curitiba.
À noite assistimos na UFRJ um concerto da orquestra sinfônico da musica de Sibelius e La Falla.
O último dia do Encontro foi um dia de recreação comunitária na casa do noviciado. Para todos foi um tempo de oração, reflexão e aprofundamento do carisma palotino.
Pe. Artur Karbowy SAC

Terceira Idade em Bento Ribeiro

A Pastoral da Terceira Idade na Paróquia Santa Isabel (Bento Ribeiro – Rio de Janeiro) há anos tem diferentes atividades. Nosso Pároco  Pe. Lucas Kaczmarek SAC já algum tempo tinha o desejo de realizar algo melhor por nossos idosos.


E nesse ano tivemos a oportunidade de realizar um encontro com assuntos relacionados com a terceira idade, como: saúde emocional na terceira idade; direito do idoso e envelhecimento ativo; espiritualidade do idoso; saúde e qualidade de vida na terceira idade. Foi um sábado inteiro intercalado com essas palestras, almoço, dança e dinâmicas. Finalizando com a missa e benção especial para os idosos.


O retorno que tivemos após o encontro foi maravilhoso. Podemos assim perceber como o idoso é carente de atenção dentro das comunidades.


Pessoas que contribuíram muito na vida, e hoje por suas limitações físicas se sentem excluídas. Porque muitas vezes comparamos o idoso como uma criança, por causa, de sua dependência e acabamos esquecendo a experiência de vida deles. O que nos possibilita tirar daí grandes lições.
Carmen Simone

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Belém - Novembro de 2010, nº 55

Curso anual de formadores – testemunhos 

A primeira experiência vivenciada pelos participantes do curso anual para formadores(as) aconteceu em Perugia, onde permanecemos durante três meses para estudos da língua italiana. Éramos treze Palotinos de diversos países: quatro indianos, três brasileiros, dois ruandeses, um polonês, um tanzaniano, um congolês e Camaronês. Partimos da nossa Casa Geral em Roma, dia 04 de julho de 2010 e permanecemos em Perugia, na Casa São Felipe Neri. Alguns tinham seus quartos individuais e outros ficaram em duplas. 
O primeiro e maior desafio era a comunicação entre nós, pois falávamos línguas diferentes. A partir do dia 05 de julho, iniciamos, na Universidade para Estrangeiros, o nosso curso de italiano e, aos poucos, começamos a nos comunicar. A linguagem comum tem ajudado o grupo a ter uma maior coesão. Retornamos para Roma, no dia 01 de outubro, animados para enfrentar o Curso Anual de formação para formadores e formadoras palotinos.

Primeiro seminário sobre comunicação e vida fraterna
O primeiro curso ocorrido na Via Ferrari foi um Seminário sobre dinâmicas de grupo e sobre animação e vida fraterna, entre os dias 06 e 09 de outubro, ministrado pelo Pe. Romualdo Uzabumwana, SAC. Foram quatro dias de intenso estudo, sendo apresentado de maneira prática e concreta, os aspectos psicopedagógicos do processo vocacional, da dinâmica de grupo, da vida comunitária e da pertença à comunidade. O Seminário ajudou-nos a abrir nossos horizontes sobre a importância fundamental da mediação formativa, sobre a influência da vida comunitária e sobre o desenvolvimento do chamado feito por Deus. O curso ajudou-nos a perceber quão grande é o desafio que devemos enfrentar na missão formativa, especialmente o de nos deixarmos consumir por amor àqueles que Deus escolheu para seu serviço. Na verdade, nossa missão consiste em ser um instrumento de mediação entre o Senhor que chama e o ser humano que responde, ou quer responder ao seu chamado.

Retiro Espiritual, seguindo os passos de São Vicente Pallotti
Nós, Irmãs da Congregação do Apostolado Católico – Palotinas – tivemos a alegria de compartilhar a experiência "seguindo os passos de Pallotti", realizada com todo o grupo de formadores. Este caminho foi iniciado com uma Celebração Eucarística na Igreja de San Salvatore in Onda, presidida pelo Pe. Stanislaw Stawicki SAC, que nos desafiou a fazer uma primeira experiência real de oração: “Caminhar já é oração”. No percurso, ele comprometeu-se a ilustrar o compromisso apostólico e missionário de nosso santo fundador na cidade de Roma, revelando seu coração aberto a Deus e ao próximo. O caminho percorrido era uma luz em nosso caminho de mulheres consagradas, e despertou em nós, o desejo de aprofundar ainda mais a figura Pallotti, seu trabalho, seu carisma, sua espiritualidade e missão, que nos deixou como herança. Para nós, essa experiência foi uma grande oportunidade para “reavivarmos a fé e reacendermos o nosso amor”, e assim respondermos com mais fidelidade aos desafios de hoje, vividos pela nossa Igreja. Por isso, agradecemos a Deus por pertencermos à família Palotina.

Cursos e Aulas
Temos a alegria de contar com a presença de dezoito participantes do curso anual para os formadores e formadoras palotinos, onze sacerdotes e sete irmãs da Congregação do Apostolado Católico. As aulas são realizadas em Roma, no Centro “Cenáculo”, Via Giuseppe Ferrari, no “Claretianum" e na Pontifícia Universidade Urbaniana. O curso sobre o carisma e a espiritualidade palotina, que inclui a vida e a atividade de São Vicente Pallotti, é ministrada pelo Pe. Jan Kupka, Diretor do Instituto Histórico S. Vicente Pallotti; a história da fundação palotina, desde o fundador até os dias atuais, é ministrada pelo Pe. Franco Todisco, pela irmã Lilia Capretti e pela Ir. Isabella Swierad; a origem, desenvolvimento e o Estatuto do UAC é apresento pelo Pe.  Derry Murphy e Ir. Stella Marotta e outros membros da União Italiana; as etapas formativas, a figura e o papel do formador palotino segundo São Vicente, com alguns textos da fundação, são aprofundados pelo Pe.  Stanislaw Stawicki; a psicopedagogia da personalidade e a antropologia palotina são elaboradas e apresentadas pela Ir. Ignes Burin e por Pe. Jacob Nampudakam, atual Reitor Geral da Sociedade do Apostolado Católico.
O grupo também participa, todas as segundas-feiras, do "Curso Anual do Instituto de Teologia da Vida Consagrada Claretianum, para uma formação atualizada, global, e todas as quartas-feiras, aulas práticas de Teologia e de Direito para a Vida Consagrada, proposta pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, especialmente recomendada para aqueles que têm a responsabilidade de governo e formação nos próprios Institutos.
Para concluir, podemos dizer que, participar deste curso, na cidade de Roma, onde São Vicente Pallotti viveu, recebeu o dom de fundar a obra apostólica e de poder desenvolver o carisma da União do Apostolado Católico, é para nós formadores e formadoras palotinos uma experiência única.
Por isso, contamos com as orações de todos, para que sejamos capazes de corresponder com esta maravilhosa oportunidade de estarmos aqui nos preparando para melhor servir a Igreja com o carisma apostólico.

Palotinas e Palotinos do curso anual para formadores(as) – 2010/2011.

sábado, 20 de novembro de 2010

JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

Estamos a celebrar o encerramento do ano litúrgico com a solenidade de Cristo Rei. No Evangelho, usa-se a expressão “Reino de Deus” mais de uma centena de vezes; a maior parte delas, saem da boca do próprio Senhor Jesus. Porém, durante a sua vida pública quando o queriam fazer rei, Jesus sempre se esquivava e se retirava na solidão com o Pai para a oração. Só uma vez ele aceitou o título de Rei: Na presença de Pilatos, durante o seu julgamento, e mesmo assim disse que o seu reinado não era deste mundo.
Para percebermos e vivermos o mistério deste Reino vale a pena recorrer ao Antigo Testamento, pois é o que a primeira leitura de hoje o faz. Deus tinha feito uma promessa a David, que pareceu por muitos anos ter falhado. A promessa era a seguinte: Fiz uma aliança com o meu eleito, jurei a David, meu servo: ‘Estabelecerei a tua descendência para sempre e o teu trono há-de manter-se eternamente” (Salmo 89,4-5). Ora, sabemos que depois do ano de 587 AC, Israel perdeu a autonomia política. Mas Deus é fiel às suas promessas. Como então se deu essa fidelidade do Senhor? A Canaéia com a filha pocessa e o cego Bartimeu intuíram: “«Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!»” (Mc 10,47) Em Jesus, descendente de David segundo a carne, eles viram o Messias, Salvador. Jesus é Aquele, através do qual, Deus cumpria aquela promessa feita a David.
Já que “…não é deste mundo”, como disse Jesus diante de Pilatus, qual a característica do Reino de Deus? A segunda leitura de hoje nos fala: “Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados” (Cl 1,13). Certa vez, enquanto Santa Faustina, querendo que Jesus fosse realmente o Rei de toda a sua vida, estava a fazer uma entrega de si mesma, de suas boas obras, de seus sacrifícios, etc…, Jesus lhe disse que ela ainda não havia entregado o que realmente lhe pertencia. Santa Faustina estranhou e ficou a pensar o que ela ainda não havia entregado. Jesus então disse: “-Entrega-me a tua Miséria.”
 Se pensarmos bem é mesmo assim, pois a segunda leitura de hoje disse-nos que: “É Ele a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criatura; porque foi nele que todas as coisas foram criadas, no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, os Tronos e as Dominações, os Poderes e as Autoridades, todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. Ele é anterior a todas as coisas e todas elas subsistem nele” (Cl 1, 15-17).  Assim, quando oferecemos algo de bom ao Senhor ou aos irmãos, estamos a fazer uma coisa certa, meritória, e até necessária, mas no fundo é uma restituição e não uma verdadeira entrega, pois isto recebemos d’Ele. Ainda não estamos a oferecer algo de totalmente nosso, pois como diz São Paulo: “… quem te faz superior aos outros? Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias, como se não o tivesses recebido? (1 Cor 4,7).  Assim, quando queremos oferecer algo de realmente e totalmente nosso ao Senhor, devemos oferecer o nosso pecado. É justamente isso que o Senhor quer que nós o entreguemos, e, às vezes, é o que as pessoas não querem dar.
Pensemos nos feudos antigos onde toda a terra em volta do castelo pertencia ao rei. Imaginemos a situação: esse rei convidou, certa vez, os seus servos para uma grande festa. Na entrada do castelo, estava o porteiro. Os servos, pensavam então em trazer grandes presentes para poderem entrar nesta festa. O porteiro agradecia os presentes mas dizia: –“Nosso rei agradece os presentes de todo o coração e se alegra com a vossa generosidade. Mas sabem, no fundo o que vocês trouxeram já é dele, pois vocês trabaharam nas terras de sua majestade. Na verdade, a principal condição que sua majestade coloca para que vocês entrem na festa é dar a única coisa que realmente vos pertence, que são as vossas roupas velhas e sujas, tomar um banho e receber gratuitamente dele uma veste nupcial nova e entrar para a festa.” Mesmo sendo gratuita a recepção da veste nova, haverá alguns que, por orgulho ou outra razão, preferirão tentar entrar sujos e esfarrapados nas bodas. A consequência Jesus diz em uma passagem do Evangelho. “Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt22,11-13).
Assim,com relação aos bens desse mundo: o louvor a Deus e a partilha. Com relação àquilo que é verdadeiramente nosso, o pecado: entrega pronta àquele que morreu na Cruz para tirar os pecados do mundo. E dizemos ao coração agonizante de Jesus na Cruz: “Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino” (Lc 23,42). O Senhor nos responde: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43).
Para as células de Evangelização:
Esta semana tive conhecimento da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores: Cristãos empenhados em estabelecer o Reino de Deus com a lógica da caridade no mundo do trabalho. Mesmo o Reino de Deus “não sendo deste mundo”, que outros sinais vês do  “…venha a nós o Vosso Reino”?
Pe. Marcelo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

V EXPOSIÇÃO PALOTINA DE PRESÉPIOS - 2010

Com o mesmo gesto dos Reis Magos, vamos adorá-Lo!

           É com essa finalidade que a Paróquia São Benedito/Diocese de Campos, Pe. Estevão Lewandowski SAC e os Palotinos, mais uma vez, querem com alegria homenagear o Menino Jesus através da V Exposição Presepista, contribuindo assim para expandir o amor pela representação plástica do nascimento do Redentor.
         Tendo em vista o propósito de continuar incutindo nas comunidades paroquiais o resgate à tradição de montar Presépios em casa, provocando a reflexão e honra ao Menino Jesus, no dia do Natal.
           É um incentivo a arte presepista, pois armar um Presépio quer nos lembrar e indicar:
Que Deus habita o coração do homem;
Que Deus se tornou um de nós, fazendo-se modelo de Verdade, Caminho e Vida;
Que Cristo nasceu para todos, em qualquer época, independente da cor ou cultura.
           Esta é a mensagem.
           Portanto, o Presépio é um instrumento de catequese para expandir o amor pela representação do nascimento do Redentor.
           A idéia surgiu atendendo ao pedido do Papa João Paulo II em 2004, quanto ao resgate do simbolismo do Presépio e, também ao que Pallotti nos convoca ao sugerir que aproveitemos todos os meios como catequese para levar Deus ao coração de todos.
          E, justificada, pelos modelos de amor a imitar, deixados por Pallotti a SAC e a UAC: a Sagrada Família e cada membro da mesma.
           Através da arte Presepista, procuramos levar à reflexão de todo o mistério que envolve a Família de Nazaré, modelo de vida para todos!
           A 5º Exposição Palotina de Presépios terá início no dia 18/12, às 19h30min com Missa, presidida pelo Bispo Diocesano Roberto Gomes Guimarães, seguida da abertura oficial com a bênção dos presépios e cantigas natalinas por um coral infantil da paróquia.
            Demais noites até o encerramento no dia 26 de dezembro, haverá Praça de Alimentação com comidas típicas em cada noite e música ao vivo.
            A Exposição funcionará das 8h às 23 horas
            A todos que desejarem expor um Presépio ou mesmo visitar a Exposição é só entrar em contato com o endereço e telefone abaixo. Ou enviar, via correio, seu Presépio.
           Venha participar conosco desse evento em homenagem ao Menino Jesus, resgatando o sentimento natalino que é a paz e o amor que cada um pode despertar dentro de si e, ao mesmo tempo, apreciar a arte presepista!

Local do Evento: Rua Jaime Porto, ao lado da Igreja São Benedito no Bairro Niterói em Itaperuna/RJ – Brasil. Tel.: (22) 3822 0046.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mãe da Misericórdia Padroeira da nossa Região

No dia 16 de novembro a Igreja celebra a festa da Mãe da Misericórdia. A  Região do Rio de Janeiro da Sociedade do Apostolado Católico escolheu como sua padroeira Nossa Senhora com titulo de Mãe da Misericórdia.
Oficialmente a Igreja no dia 15 de agosto de 1986 aprovou o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia”, esse fato é importante marco para a história de sua veneração – sem nos esquecermos que a 30 de novembro de 1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (n. 9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica (1997) dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (n. 2677).
A invocação “Salve, Rainha Mãe de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade de Cluny. “Ego sum Mater misericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.
No mundo oriental podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental da Tiago de Sarug (+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto. Em Vilno, capital da Lituânia, se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de Aušros Vartai (Portal da Aurora) desde 1522, localizada numa das entradas do antigo muro. Em 1773 o Papa Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de Maria, Mãe de Misericórdia.
Em qual sentido podemos proclamar Maria como Mãe de misericórdia? Sem cometer o grave equívoco de pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos medievais chegaram a pensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de misericórdia” assim se justifica:
Maria é a mulher que experimentou de modo único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação e Pentecostes).
Ela é kecharitoméne, “cheia de graça”, ou seja, totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1,6).
Maria é a mãe que gerou a misericórdia divina encarnada – graça extraodinária que coloca a jovem Maria, a partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade com o próprio “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3). A partir do seu “eis-me aqui” e o seu “faça-se”, a misericórdia divina se faz carne e entra na história!
Mãe da Misericórdia, rogai por nós e intercedei pela nossa Região. Amém.

domingo, 14 de novembro de 2010

Juventude Palotina de Itaperuna-RJ e o DNJ

No dia 24 de outubro, a Juventude Palotina de Itaperuna-RJ participou e fez parte da equipe de organização do evento em comemoração ao Dia Nacional da Juventude (DNJ) a nível Diocesano.
O evento contou com a presença de 600 jovens do Regional da Diocese de Campos - RJ.
Este evento foi de grande valor para a JP, pois o movimento da Juventude Palotina e o carisma de São Vicente Pallotti ficou conhecido a nível Diocesano.
Cristiano Nino         
Coordenador da JP de Itaperuna-RJ

Nossa existência é breve, tão fugaz…

No Evangelho, Jesus nos recorda que nossa existência é breve, tão fugaz. Àqueles que se encantavam com o aspecto majestoso do Templo, o Senhor recordou que tudo passa. Isso vale ainda hoje: para a nossa casa bonita, para o nosso carro, para o nosso dinheiro, nossa profissão, as pessoas às quais amamos, os projectos que temos, a nossa própria vida: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído!”

Aqui, o Senhor não deseja ser um desmancha-prazeres, não nos quer arrancar o gosto de viver; deseja tão-somente recordar que nossa vida deve ser vivida na perspectivada eternidade, daquilo que é definitivo. Haverá um momento final, haverá um juízo do Senhor sobre a história humana e sobre a história de cada um de nós, quando, então, ficará claro o que serviu e o que não serviu, o que teve valor ante os olhos de Deus e o que não passou de ilusão e falsidade. Nunca esqueçamos disso: nossa vida caminha para esse momento final, o mais importante de todo nosso caminho existencial. Haverá, sim, um juízo de Deus: “Eis que virá o dia, abrasador como fornalha em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los… Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas”. Este juízo, portanto, será discriminatório: pode significar vida ou morte, salvação ou condenação!
Ante esta realidade, os discípulos perguntam a Jesus: “Mestre, quando acontecerá isso? Qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?” A curiosidade de ontem é a mesma de hoje… A resposta de Jesus contém dois significados. Primeiro: observemos que o Senhor dá sinais que se referem à natureza (“Haverá grandes terramotos… acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos nos céus.”), sinais que se referem à história humana (“Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país”) e sinais referentes à própria vida dos discípulos – vale dizer, à nossa vida (“Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ ou ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente”). Isto quer dizer que a manifestação final do Senhor vai marcar tudo: a história, a criação e a vida de cada um de nós; nada ficará fora do juízo de Deus que haverá de se manifestar em Cristo! Tudo será confrontado com o amor manifestado na cruz do Senhor. A história humana será passada a limpo e o que foi pecado, desamor, maldade será destruído; a criação será transfigurada: passará a figura deste mundo como é agora e, no Espírito do Cristo, haverá um novo céu e uma nova terra; os discípulos serão examinados pelo Senhor de acordo com sua perseverança na fé verdadeira, sem se deixarem levar pelas novidades religiosas, pura falsificação, como as que estamos vendo hoje em dia…

Há ainda um segundo significado: observemos que os sinais que Jesus dá, acontecem em todas as épocas: sempre houve e haverá convulsões na natureza, guerras e revoluções na história humana, hereges e falsos profetas, falsos pregadores e falsos pastores no caminho da Igreja. Tem sido assim desde o início… Então, por que o Senhor apontou esses sinais? Para deixar claro que cada geração deve estar vigilante, cada geração deve recordar sempre que haverá de estar, um dia, diante do Senhor e, portanto, deve levar a sério sua fé e sua adesão a Jesus. Sobretudo num mundo como o actual, que nos quer fazer perder de vista o essencial e nos quer fazer esquecer que caminhamos para o encontro com Cristo como um rio corre para o mar. Vale-nos, então, o conselho de São Paulo, a que vivamos decentemente, trabalhando pelo pão quotidiano, sem viver à toa, mas construindo a vida com a dignidade de cristãos. O Senhor nos previne que não é fácil: o mundo não nos amará, porque seus pensamentos não são os do Cristo – e isto mais que nunca é claro hoje, numa sociedade consumista, paganizada, amante do conforto e da imoralidade, onde cada um vive do seu modo, como se Deus não existisse… Ouçamos a advertência tão sincera e franca de Cristo: “Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão (= vos amarão menos, não vos terão entre seus amigos) por causa do meu nome… É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

Eis aqui! Vivamos fielmente a nossa vocação cristã, não tenhamos medo de ser fiéis e de dar o bom testemunho de Cristo, para que possamos ser aprovados ante o tribunal de Cristo. Nossa vida neste mundo é semente de eternidade; nossas escolhas e atitudes terão consequências eternas. Que o Senhor nos conceda a graça da perseverança que nos fará ganhar a vida. Amém.
Pe. Luiz Maurício
Para as Células de Evangelização
Perco tempo discutindo o “fins dos tempos” ou estou preocupado em caminhar para a santidade?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Presépio de são Vicente Pallotti na Praça de São Pedro

Na praça de São Pedro começou a construção do presépio. Trabalhadores do Governatorato da Cidade do Vaticano começaram a instalar a plataforma sobre a qual, como todos os anos, é construida uma gigante manjedoura de Belém.
O costume de fixar ao lado do obelisco o presépio com uma grande árvore de natal foi introduzido em 1982 com o desejo do Papa João Paulo II. Inicialmente esta iniciativa foi adotada com pouco entusiasmo, com o tempo ela se tornou uma grande atração para os moradores de Roma e turistas. As Imagens do presépio usadas  são as mesmas que foram feitas no século XIX. São Vicente Pallotti usava estas imagens para a celebração do Oitavário de Epifania. A árvore de natal, a cada ano, vem de um lugar do mundo. Primeiro, em 1982, veio das florestas perto de Roma, em 1997 da Polônia e ano passado da Bélgica.

Encontro de outubro de 2010 promovido pelo Instituto S. Vicente Pallotti

No dia 28 de outubro de 2010, na igreja SS. Salvatore in Onda, foi realizado o quarto encontro de estudo e de formação do Instituto S. Vicente Pallotti de Roma. O programa anual desses encontros tem como tema central "S. Vicente Pallotti, sacerdote e apóstolo". No contexto desse tema central, Ir. Carmela Coscia CSAC apresentou uma conferência sobre "A devoção mariana no Mês de Maio para os Eclesiásticos".
A conferencista organizou a sua apresentação em  três pontos: a presença mariana na vida de S. Vicente Pallotti, a devoção mariana no "Mês de Maio para os Eclesiásticos" e os programas palotinos da devoção mariana para os sacerdotes. A devoção mariana - destacou a conferencista - é o fio condutor da vida dos sacerdotes e, para Pallotti, o sinal luminoso que guia a sua caminhada para Deus, o Amor Infinito. O Mês de Maio, composto em três versões (para os religiosos, para os sacerdotes e para os fiéis leigos), era, para Pallotti, uma manifestação afetuosa de amor a Maria Santíssima, uma humilde homenagem à Imaculada, que se tinha dignado realizar o matrimônio espiritual com ele para cumulá-lo de dons e de graças.
O opúsculo "Mês de Maio para os Eclesiásticos" se distingue pela sua densidade de conteúdo. Os temas das meditações são tirados do Pontifical Romano. Pallotti convida os sacerdotes a percorrer, passo a passo, a própria preparação para a ordenação sacerdotal, a tomar consciência da dignidade sacerdotal e da exigência de uma vida santa para corresponder aos dons recebidos e a ser um instrumento eficaz de Deus. A devoção mariana é uma grande ajuda para o sacerdote; é um sustento eficaz no caminho de santificação; é um conforto constante nas provas, energia e força no apostolado. Há uma relação estreita entre Maria e o sacerdócio ministerial: Maria procurou penetrar com inteligência no coração do mistério de Deus e colaborou eficazmente com o seu desígnio salvífico até se tornar a Corredentora. Ela orienta os sacerdotes e os palotinos. O próprio Jesus, ao entregar seu discípulo amado à Maria, confiou a ela todos os apóstolos e os ministros do seu amor salvífico.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rezar com S. Vicente Pallotti

Sou indigno de rezar a ti, Senhor.
Por mim nada posso, com Deus posso tudo.

D.: Deus meu, sou tão sem juízo! Tantas vezes eu disse: não vou pecar nunca mais. Depois, voltei a pecar. Farei esse ou aquele ato de virtude, esta ou aquela boa obra. E, depois, não fiz nada. Agora, porém, Deus meu, ponho-me em tuas mãos. Por mim, nada posso, contigo posso tudo. A ti infinita glória, honra, amor, reverência; a mim desprezo, desonra, sofrimentos.

T.: Faze-me tomar conhecimento, com toda clareza, de que eu, o mais miserável e o mais pecador de todas as outras criaturas, sou indigníssimo, ao máximo, de rezar a ti.

D.: Ah, meu Deus, imprime no meu espírito para sempre, um elevadíssimo conhecimento da minha miséria e impiedade, pelo qual possa reconhecer com sinceridade, como realmente sou indigníssimo de por meus olhos nas pessoas e de tratar com elas, de vez que, entre elas, haverá muitos grandes santos, inclusive desconhecidos e desprezíveis aos olhos dos seres humanos. Faze, ó Senhor, que tudo isso eu não o diga somente da boca para fora. Eu sou o homem do pecado (2Ts 2,3). Meu Deus, eu sei que eu sou o homem do pecado. Mas não me entendo, não me compreendo, não me confundo, não me arrependo e não me humilho. Não sei suplicar-te, não devo ser atendido; mereço todas as tuas infinitas e eternas maldições. De qualquer forma, não quero desesperar-me: aí está Jesus Cristo.

T.: Ah, meu Deus, lança em mim, agora e sempre, o olhar da tua misericórdia.

D.: Deus meu, destrói, para sempre, também o pecado venial e, na medida do possível, também a imperfeição mais leve, e promove em todas as criaturas a tua glória. E, com tal dor de Jesus, queremos chorar e detestar todos os nossos pecados e os de todos e fazer deles penitência.

T.: Queres-me uma conversão sempre mais perfeita e de tal modo te sentes feliz, quando eu chegue a converter-me de verdade. Eu sou indigno de ter o dom da perseverança. Vês, se eu faço uma promessa e, depois, faço tudo ao contrário, é porque sou o homem do pecado. E Tu mesmo, ó meu Deus, és a minha perseverança. Tu és o meu bem eterno. Tu, o meu tudo.

D.: Confio que, por maior que seja a minha miséria e ingratidão e maldade, tanto mais Tu triunfarás sobre mim, com o teu infinito poder, sabedoria, bondade, clemência, misericórdia e com todos os teus infinitos atributos, no tempo e na eternidade. E creio que Tu me tenhas escolhido como instrumento das obras da tua maior glória e da maior santificação. Segundo o teu beneplácito, porque Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e o que o mundo julga fraco, Deus escolheu para confundir os fortes (1Cor 1,27-28).

T.: Sou infinitamente indigno, ó meu Jesus, de ter total participação em tua vida humilde, pobre. A vida de Cristo seja a minha vida, agora e para sempre. Por mim, não sou capaz nem de formar um desejo bom. Assim, até o mínimo bom pensamento é também dom teu (Rm 8,26). Assim, eu destruído, sê tudo Tu em mim.

D.: Contra ti, só contra ti pequei, fiz o que é mau aos teus olhos (Sl 50,6).

T.: Ah, Deus meu, destrói toda a minha vida passada, presente e futura. E dá-me a tua vida, a vida do teu Unigênito encarnado. Quão mais generosamente derramaste os teus dons sobre mim, tanto mais fui ingrato para contigo, tanto mais desconheci os dons que me deste e tanto mais desconheci os dons que me deste e tanto mais abusei deles! Oh, quantos vícios, hábitos pecaminosos e pecados veniais e mortais teriam sido destruídos ou impedidos! Ah, meu Deus, quem vai compreender os meus delitos?

D.: Creio que tu me ensinas o que devo fazer, consolas-me em minhas penas, advertes-me e repreendes-me das minhas faltas pela boca do meu padre espiritual, que encarregaste da minha conduta. Agradeço-te, ó meu Deus, pela bondade que tens tido em proporcionar-me um caminho tão útil, seguro e fácil para avançar nas virtudes. Peço-te as luzes necessárias, para conhecer a fundo o meu coração, como queres Tu, de acordo com a tua misericórdia. Esta, meu Deus, é a graça que te peço, juntamente com a de tirar proveito das diretivas que me serão dadas.

D.: Leitura bíblica (Fl 3,8-16). Deus nos faz sentir a miséria da nossa humanidade, para nos enriquecer mais abundantemente com suas misericórdias infinitas. Comentar o texto bíblico e os escritos de Pallotti.

domingo, 7 de novembro de 2010

Testemunho e Agradecimento da Ir. Cleusa

Queridos(as) amigos(as)
“As obras do Senhor são esplendor e beleza” (Salmo 111)
O Senhor se lembra sempre da aliança.
Eu agradeço a Deus, de todo o coração, junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosa são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.
Enviou libertação para o seu povo, confirmou para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.
Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor.
Com este salmo, elevo a Deus meu coração agradecido por mais esta chance de continuar vivendo. Também agradeço muito as orações que fizeram por mim. Foi uma experiência maravilhosa sentir interiormente a força desta corrente de oração. Mais adiante, quando estiver mais forte escreverei sobre isso.
O médico disse várias vezes que minha recuperação foi um milagre, e eu sei que foi, pois não consegue explicar de eu ter um AVC do porte que foi e não ter tido nenhum aneurisma.
Eu fiquei maravilhada e falei várias vezes ao médico e para as pessoas aqui, que eu não sabia que minha família espiritual fosse tão grande. De todo lado vinha “estão rezando por sua saúde”.  E eu agradeço muito!
Agora já estou em minha comunidade. Só preciso de muito repouso. Tenho que fazer tudo devagar. Canso facilmente. Não posso ter movimentos bruscos, pois fico tonta. Mas posso fazer o que é leve e por pouco tempo. Depois descanso e aí posso continuar. Mas, graças a Deus não tive mais dor de cabeça, apesar de senti-la um tanto pesada. O corpo está pesado. Mas me sinto melhor a cada dia e agora, também posso rezar por vocês todos.
Um grande abraço e minhas preces.
Ir. Cleusa

sábado, 6 de novembro de 2010

UMA ESPERANÇA QUE RELATIVIZA

Nesta vida temos muitos dons dados por Deus, pelos quais devemos louvá-lo continuamente: a vida, a família, os amigos, a natureza, os bens que trabalhando com os dons de Deus conseguimos adquirir… Tudo são coisas boas. A Palavra de Deus de hoje nos adverte, porém, que tudo isso é relativo e não absoluto. Tudo serve ao homem na medida em que o ajuda a atingir o seu fim último, que é a glória de Deus e a salvação da própria alma e a dos outros.
Por isso mesmo afirmava Santo Inácio no seu princípio e fundamento: “O homem foi criado para louvar, adorar e servir Deus nosso Senhor e salvar assim a própria alma; e as outras coisas sobre a face da terra foram criadas para o homem a fim que o ajudem no conseguimento do fim pelo qual foi criado. Disto vem que o homem deve servir-se destas coisas enquanto o ajudam para o seu fim, e ao mesmo tempo, deve se afastar destas se são impedimentos ao mesmo fim. Por essa razão é necessário tornar-se indiferente em relação a todas as coisas criadas em tudo aquilo que é consentido pela liberdade do nosso livre arbítrio e não lhe é proibido, de modo a não desejar da nossa parte mais a saúde do que a doença, mais a riqueza do que a pobreza, mais a honra do que a desonra, mais a longa vida do que uma breve, e assim por diante, desejando e escolhendo somente aquilo que leva ao fim para o qual fomos criados.”
A vida é um dom de Deus; aliais o mais precioso de todos os dons. No entanto, não vale mais do que o absoluto de Deus. Foi o que mostraram os sete irmãos mártires do livro dos Macabeus. Postos entre a hipótese de renegar a sua fé e morrer, preferiram a morte física, pois: «Do Céu recebi estes membros, mas agora menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.» (2 Mac 7,11)
No Evangelho aparecem mais sete irmãos. Os saduceus, que não acreditavam na ressurreição colocaram a Jesus a questão do matrimónio. Se os sete irmãos pela lei do levirato – lei que recomenda que um irmão case-se com a viúva de um irmão que não deixou filhos, para suscitar-lhe descendência –  poderiam tê-la por esposa, de quem ela será  mulher na ressurreição?  Jesus resolve a questão afirmando que embora o casamento seja um dom de Deus e uma vocação preciosa, “… aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres, porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.” (Lc 20,35)
Alguns são chamados desde agora a testemunhar este absoluto da Esperança, e ajudar seus irmãos a fazê-lo. É a vocação consagrada celibatária; coisa que o mundo não entende nem o pode entender, pois o próprio Jesus disse certa vez: “… há aqueles que se fizeram eunucos a si mesmos, por amor do Reino do Céu. Quem puder compreender, compreenda.» (Mt 19,12) Outros são chamados mesmo ao matrimónio, para construir neste mundo a matéria da ressurreição futura que somos todos nós.  Devemos discernir, à luz do Espírito a quê Deus nos chama. Não se trata aqui de escolher o mais fácil, mas aquilo a que Deus chama. Muitos, como o Abade Dom Roberto do Mosteiro do Rio de Janeiro, e alguns coirmãos palotinos, mesmo já tendo a vida alinhavada em um noivado, uma carreira humana promissora (no caso dele carreira de diplomacia), em meio a um momento de oração, discerniram que não era este o seu caminho. Outros como Márcio Mendes da Canção Nova, o contrário;  depois de iniciar como seminarista, discerniu na oração e na direcção espiritual que seu caminho era o matrimónio.
Seja qual for o caminho que tomamos, uma coisa é certa: temos uma vocação comum. É aquela da qual diz São Paulo na Carta aos Tessalonicenses: “Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão,…” (1 Tess 4,3) Muitos têm dificuldade de discernir o seu caminho de vida. Talvez se investíssemos mais nesta vocação comum à santidade, também a nossa vocação particular resultaria mais clara diante dos nossos olhos. Estamos, em sintonia com o arciprestado, a fazer vigílias em nossas comunidades, pedindo este dom das vocações. Neste Sábado dia 6/11, temos, na Praia de Mira.
Neste mês de Novembro, a Igreja que é mãe, vem socorrer com a Divina Misericórdia da qual é dispensadora, as almas dos fiéis defuntos, que não conseguiram, embora tendo morrido em graça, realizar plenamente a sua vocação e agora encontram-se no purgatório. Como filhos de Deus e da Igreja, somos também chamados, de modo especial neste mês, à “misericórdia espiritual”.
Para as células de Evangelização:
O que é absoluto e o que é relativo hoje nas nossas vidas?
Pe. Marcelo 

Senhora Eliyamma Mathew Nambudakam

No dia 3 de novembro, com 98 anos de idade, faleceu a Senhora Eliyamma Mathew Nambudakam, Mãe do Pe. Jacob Nampudakam, Reitor Geral da Sociedade do Apostolado Católico.
A Causa da morte foi parada cárdica. A Senhora Eli teve grande devoção a Nossa Senhora. Cada dia rezava o terço confiando a Mãe de Jesus a vocação do seu filho. O velório da Senhora Eliyamma Mathew Nambudakam aconteceu dia 5 de novembro em Little Flower Church, Ayyampara na Índia. Neste momento de dor estamos unidos em oração com o Pe. Jacob, pedindo a felicidade eterna para a Senhora Eli na Casa do Pai. Que Deus que é Senhor da vida e da morte seja fonte de toda consolação.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Apóstolos Hoje. Reflexão e oração - Novembro de 2010

São Vicente Pallotti  - “Deus Amor Infinito”
XIV MEDITAÇÃO
 “Da obrigação que temos de aperfeiçoar-nos meritoriamente, nós mesmos, como vivas imagens de Deus potência infinito.”
Oh Espírito Santo, doador do dom da sabedoria, iluminai-me.
Oh Espírito Santo, doador do dom da inteligência, instrui-me
Oh Espírito Santo, doador do dom do conselho, guiai-me.
Oh Espírito Santo, doador do dom da fortaleza, fortificai-me.
Oh Espírito Santo, doador do dom do conhecimento, dai-me o dom da perseverança.
Oh Espírito Santo, doador do dom do temor de Deus, libertai-me de todo pecado.
Oh Espírito Santo, doador do dom da paz, dai-me a paz.
Reflexão
Potência de Deus na obra da criação
Nesta breve reflexão, nosso Santo Fundador explica de maneira sintética o objetivo e o centro de nossa chamada à vida de fé.  O caminho de santidade no qual entramos no momento do batismo é um caminho cuja fonte e o fim último é Deus, o Onipotente Senhor e Criador. Sobre a onipotência de Deus, a Sagrada Escritura afirma: “nada é impossível a Deus” (Lc 1, 37) e no livro da Sabedoria  a potência de Deus é comparada à Sua bondade: “Senhor, de vossa força julgais com bondade e nos governais com grande indulgência, porque sempre vos é possível empregar vosso poder, quando quiserdes” (Sab 12,18). E, a vontade de Deus, que flui do Seu infinito amor, foi instrumento que concretizou a obra da nossa criação. Fomos chamados à existência porque ELE QUIS. Somos fruto do amor que Deus quer partilhar com as criaturas e é por isso que o nosso chamado à santidade passa através da via da perfeição e do seguimento a Cristo. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “O homem é, por natureza e por vocação, um ser religioso. Porque provém de Deus e para Ele caminha, o homem só vive uma vida plenamente humana se viver livremente sua relação com Deus. O homem é feito para viver em comunhão com Deus, no qual encontra sua felicidade…” (Cat. 44,45). São Vicente é convicto desta verdade quando nos recorda a necessidade de empenhar-nos para poder alcançar esta comunhão, empregando o dom do livre arbítrio e quando ele explica o objetivo de: glorificar a Deus, santificar a própria alma e aquela dos outros e vencer as tentações do corpo (AIDG, ASA, ADP): "... afim de que fortalecido e feito potente em Deus possa fazer todas as obras para o maior santificação de minha alma e do próximo e viva sempre longe de fazer, dizer ou pensar em tudo aquilo que se opõe à lei santa de Deus e da Igreja ... e não venha jamais a  enfraquecer-me de modo a ceder às tentações do demônio, às seduções do mundo enganador e a atração das paixões brutais ... "
“Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes” (Lc 1, 52)
A história da salvação nos apresenta muitos exemplos onde Deus manifesta a Sua Potência. Desde o momento da Criação do mundo, do nada, através do zelo para com o povo eleito, através dos Patriarcas e dos Profetas e enfim do próprio Filho Jesus Cristo (com os seus milagres, o seu ensinamento, a sua paixão, morte e ressurreição), Deus incessantemente mostra a grandeza de Sua infinita potência. Não é porém a atitude de um déspota que, aproveitando do seu poder oprime os seus súditos. O Senhor Deus é bom e paciente e a Sua potência se exprime na sua misericórdia como nos confirma numerosas vezes a Sagrada Escritura. O único desejo do Seu Coração é aquele pelo qual as criaturas que, por amor as chamou à vida, possam responder também com amor. O quanto esta tarefa, na vida prática, seja difícil, sabemos muito bem. Sempre que o nosso orgulho “vence” sobre a humildade, experimentamos um retrocesso em nossa fidelidade e ao Seu seguimento. Quando, ao invés, com humildade, procuramos olhar o mundo com olhos puros e simples, então começamos a ver as coisas assim como são realmente e aceitamos a nossa pequenez diante do Senhor. O verdadeiro sentido da humildade é, todavia, admitir os próprios limites e aceitá-los com serena confiança, abandonados nos braços potentes de Deus Pai. Este confiante abandono, é portanto, a mais eloqüente demonstração da Potência do Senhor que age em nós através de nós. Convictos desta verdade poderemos então exclamar com São Paulo: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10).
“Conhecer vosso poder é a raiz da imortalidade” (Sab 15, 3)
O homem de hoje compreende o significado de potência de uma forma muito diferente do que sugere o autor inspirado da Sagrada Escritura. No mundo de hoje, tão secularizado, as palavras: potência, força, energia, poder se apresentam à mente, de fato como imagens que destacam o domínio sobre os outros, em todas as áreas: psicofísica, intelectual, militar ou material. Deus, ao invés, através das palavras de São Vicente Pallotti, encoraja-nos a seguir um outro tipo de poder. Criados à imagem e semelhança de Deus, somos chamados a seguí-Lo na Sua potência e no seu agir através do perdão. Podemos percorrer este caminho, se continuarmos na graça santificante e se dela nos servirmos para vencer o pecado. E mesmo que caiamos em pecado, um sincero arrependimento e o perdão recebido mediante o Sacramento da Reconciliação nos dará a força para sermos novamente instrumentos da Sua misericórdia; e a mesma disposição de querer voltar para o Pai é já uma manifestação da Potência de Deus agindo em nós. Sozinhos, de fato, isto é, sem a Sua potente graça, não seremos capazes de nos levantar e de retomar o caminho.
O Beato Padre Michał Sopocko, padre espiritual de S. Irmã Faustina Kowalska, assim escreve sobre aquele extraordinário sinal da Potência de Deus: "A misericórdia de Deus...precede a justificação e dispõe o pecador à conversão. Ela acompanha o pecador em todos os seus atos e sustenta suas fracas forças, perdoando as culpas ... e derramando as suas graças. Ela dá força ao penitente na batalha contra as tentações e guia seus atos de penitência para que ele conquiste as virtudes necessárias. Ela, enfim  derrama sobre o penitente os dons do Espírito Santo para levá-lo a participar da vida Divina. Tendo o poder para destruir os pecadores, ou pelo menos puni-los severamente, ao contrário, Deus os sustenta, como se os levasse nos braços, os alimenta, os plenifica de alegria, pois permite que o sol os aqueça e a chuva caia sobre eles, “para perdoá-los no tempo oportuno”, derramar nas suas almas o Seu amor e colocá-los na mesma dignidade dos justos. Este é de fato o sinal da Sua sublime Potência.” Todos éramos pecadores e temos experimentado a Sua infinita Potência no perdão: de pecadores que éramos, nós nos tornamos santos, de malfeitores, em operadores do bem, de filhos rebeldes, a filhos adotivos de Deus e herdeiros do Seu Reino. Portanto, nós somos testemunhas das grandes obras do Senhor! Trazemos ao mundo a verdadeira imagem de Deus Potência infinita, na qual Ele nos criou e amou, perdoando-nos e predestinando-nos para a vida eterna com Ele.

Testos para reflexão e partilha:
Gn. 1,27;    Salmo 8;    Salmo 18(17),1-4,30.33-36;    Salmo27(26)  
Sab 12,18;   Lc 1,30-33,35.37;   Rm 1,16;   2 Cor 6, 2b-10
Oração final
Meu Deus, misericórdia minha, eu sou infinitamente indigno do Paraíso, mas a vossa misericórdia, pelos merecimentos infinitos de Jesus, pelos merecimentos e intercessão de Maria Santíssima, de todos os Anjos e Santos me asseguram o Paraíso, e, agora e sempre, em união com todas as criaturas passadas, presentes e futuras entendo de oferecer o Sangue preciosíssimo de Jesus Cristo em agradecimento como se já a mim e a todos tivésseis dado o Paraíso sem passar pelo Purgatório…
Meu Deus, operais em mim a modo vosso. Dai-me a graça de agir como quereis Vós. Meu Deus, tudo agora e sempre, infinitas vezes no supremo sofrimento, no infinito amor, na vossa graça sem usufruí-la, gozando somente que Vós sois infinitamente glorificado e eu infinitamente desprezado – este seja o meu Paraíso. Amém (OOCC X, 188-190).