Obediente ao mandato de Jesus Cristo a Igreja - como uma comunidade de crentes em Cristo - é missionária.
A Igreja tem claramente designada
por Cristo a tarefa: fazer-se presente, apoiar e complementar
a obra missionaria da salvação. A primeira palavra do mandato missionário de Cristo, dirigida aos
discípulos é "ir", e não
"venham para os meus discipulos e eles vão evangelizar vocês”. Sem ser missionaria a
igreja perde a sua razão de ser.
No contexto desta tarefa que Cristo
confiou à Igreja, e melhor
compreendemos a missão e o trabalho dos missionários, para que as pessoas que não conhecem o
Evangelho por quase dois mil anos estão se aproximando da fé e do amor. Graças a esforços e fadigas deles o Cristo é melhor e mais
amplamente conhecido. Eles constroem uma Igreja aberta para a salvação de todos os povos. O Beato João
Paulo II em Carta Encíclica Redemptoris
Missio sobre a validade permanente do mandato missionário escreve: “A missão é um
problema de fé, é a medida exata
da nossa fé em Cristo e no Seu amor por nós” (RM 11). Portanto, a motivação mais profunda da atividade
missionária deve fluir a partir
das demandas profundas de Deus em
nós. Cada missionario é primeiramente autentico testemunho do Evangelho, em
fundamento da ação dele é a profunda fé em Jesus Cristo.
Quando o século
XIX estava terminando um dos pensadores
católicos, disse: “O século XX será
a tempo de fé ou não vai existir”. O fato de que ele foi
o tempo de fé, poderiamos testemunhar ultrapasando o portão
do terceiro milênio. O Santo Padre Bento XVI proclamou para o
dia de 11 de outubro o inicio do Ano da Fé. “A porta da fé, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma” indica o Santo Padre “somente na
fé, se fundamenta e compreende a missão (RM
4).
Não se pode olhar para a missão de outro ponto de vista do que a perspectiva da fé. No centro da fé é Cristo quem salva, e através de nós quer salvar todas as pessoas do terceiro milênio. Por isso como lembra o beato João Paulo II “Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus.A causa missionária deve ser para cada crente, tal como para toda a Igreja, a primeira de todas as causas, porque diz respeito ao destino eterno dos homens e responde ao desígnio misterioso e misericordioso de Deus” (RM 86). Às vezes pessoas perguntam: onde deve-se fazer missão? O lugar da missão esta nos dando o mundo moderno, onde o medo esta reinando, onde têm estupros, perseguiçãos,
conflitos, guerras, pobresa, confrontos
armados. Onde quer que tais fenômenos ocorram onde falta em pratica o ensinamento do Messias, há um amplo campo de ação aberto
para a missão. Falando sobre a missão não falamamos sobre o
aumento do número de católicos, mas
da qualidade do seu catolicismo:
não "quantos", mas "como".
Missão, não é só longe de nós.
Missão que é questão de fé deve ser feita em cada lugar, pois “a missão renova a Igreja, revigora a sua fé
e identidade, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece!” (RM 2).
Muita gente que vive do nosso lado precisa ser
evangelizada. Ainda hoje são vivas as palavras de são Vicente Pallotti que na sua carta escrita ao Pe. Gaspar del Búfalo, no dia 26 de maio de 1818, dez dias após sua ordenação sacerdotal escreve: “A fé está quase morta em muitos cristãos do nosso tempo”. Pallotti não estava só reclamando a qualidade da fé entre os cristãos, ele com exemplo da sua vida queria aproximar todos para Jesus Cristo. “Nos meus atos de rezar, ensinar, vigiar, estudar, tentarei imaginar como nessas ações se teriam comportado Jesus, Maria, os anjos e santos, e tentarei agir com a mesma perfeição com a qual agiriam eles mesmos”. Pallotti queria seguir os passos do Cristo apóstolo, do Cristo missionário, o que ele procurou fazer em Roma e arredores.
“Ai de mim se eu não
anunciar o Evangelho”! (1 Cor
9,16) Nós nos perguntamos constantemente como hoje falar sobre Deus, sobre Jesus, sobre a salvação. À primeira vista, as palavras ditas por São Paulo
parece ser óbvia, clara e inequívoca. Eu não acho que o mundo é
um cristão que teria dúvida
sobre o fato de que ele tem a responsabilidade sobre o anúncio do Evangelho
com a sua vida e palavra.
O anúncio do Evangelho não é o
anúncio da idéia, mas a
transmissão da vida, que nasceu
na cruz. Não é, portanto, apenas de uma
simples entrega do exemplario gratuito do Novo
Testamento, embora seja uma forma de promoção da mensagem do Evangelho. O Evangelho não é tanto de escrita memória de um certo Jesus de Nazaré, mas
a idéia de estilo, um modo de ser
e de viver. No entanto, para contar aos
outros sobre Jesus, precisa-se primeiro ouvir sobre Ele. Não se pode dar algo que você mesmo não tem. Então no inicio do Ano da Fé
inevitavelmente levantam-se questões: eu conheço Jesus Cristo? Sou bom
disicipulo Dele? Minha vida testemunha o Evangelho? Nenhum de nós vive em um vácuo. Com o desenvolvimento
da comunicação e da tecnologia o mundo
tornou-se uma aldeia global. Ver crianças
famintas na África ou notícias
sobre a perseguição de cristãos em
outras partes do mundo, afeta a todos nós. Cristo nos chamou só
para fazer de nós as suas testemunhas só do nome. Bento XVI salienta que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos.
“O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é
decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este 'estar com Ele' introduz
na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é
um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que
se acredita”. Devemos ser missionários para nossa família, amigos,
pessoas com quem nos encontramos
regularmente, eles devem ser os primeiros a beneficiar -
se do nosso desejo de anunciar o
Evangelho. São Vicente Pallotti, a quem no dia 6 de abril de 1963, o beato João
XXIII procramou Patrono Principal da Pontifícia união Missionário do Clero,
fundou a União do Apostolado Católico para propagar, promover e multiplicar dos
meios espirituais e temporais necessários e oportunos para reavivar a fé e
reacender a caridade entre os católicos e propagá-la em todos os recantos do
mundo.
Neste sentido se orientam todos os trabalhos no campo da pregação, da catequese, das missões populares, retiros e do testemunho da vida cristã. Através do exemplo e orações
que podemos chegar a aqueles com quem
não temos a oportunidade de falar.
Nossa alegria vai trazer muitos a Cristo, que já ficou à distância,
ou eram indiferentes. Levando para
o coração as palavras de São Paulo: “Ai
de mim se eu não anunciar o
Evangelho”, devemos sempre lembrar que Deus tem os seus caminhos e os meios para alcançar as pessoas.
Pe. Artur Karbowy SAC
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