No dia 16 de novembro celebramos a
festa da Mãe da Misericórdia – padroeira da Região dos Padres Palotinos do rio
de Janeiro.
A Região Mãe da Misericórdia dos padres Palotinos no Rio de Janeiro
teve seu início no ano de 1974, quando os padres vindos da Polônia assumiram os
trabalhos na Cidade Maravilhosa. Em maio de 1974 o Conselheiro Geral, pe.
Henrique Kietlinski e o provincial dos padres palotinos italianos vieram de
Roma para o Brasil para fechar a Delegação italiana e abrir a Delegação
polonesa “Mãe da Misericórdia”. No dia 1 de junho de 2001, o Governo Geral
proclama a criação da Região Mãe da misericórdia e no dia 22 de janeiro é
inaugurada a Região Mãe da Misericórdia.
Celebração da festa da Mãe da
Misericórdia está ligada à imagem (ícone) de Maria que se encontra na cidade de
Vilna, capital da Lituânia, já desde o século XVI, em uma das entradas do
antigo muro construído no século XVI. Existe neste local o santuário de Ostra
Brama, ou seja, Portal da Aurora.
Milagres foram confirmados através
da veneração do povo a este quadro. No dia 04 de Setembro de 1993 o Papa João
Paulo II rezou o terço diante da imagem. A imagem deixa claro, pelo próprio
lugar onde se encontra, que Maria é a porta para a Divina Misericórdia - o seu
dia é celebrado em 16 de novembro.
Não por coincidência, mas por
Providência, a primeira vez que a Imagem de Jesus Misericordioso foi
publicamente venerada foi justamente neste local (Diário 417).
Maria é chamada, com muita justiça,
de Mãe da Misericórdia porque foi ela quem nos trouxe Jesus, a própria
misericórdia encarnada. Ao mesmo tempo, por ser nossa mãe, a quem foi confiada
a nossa proteção aos pés da cruz (cf. Jo 19,26ss), Maria está constantemente intercedendo
por nós, diante dos muitos perigos deste mundo, sendo portando uma verdadeira
Mãe de Misericórdia.
Estamos no tempo da Misericórdia,
última tábua de salvação para a humanidade, como Jesus revelou a Santa
Faustina. Quis o Senhor que esta misericórdia chegasse a nós por intercessão de
Sua Mãe, a quem Ele expressamente ordenou que recorrêssemos (D. 1560). A
própria Santa Faustina, em sua busca pela misericórdia para si e para toda a
humanidade, recorre a Nossa Senhora (D. 79).
Em sua Encíclica “Dives in
Misericórdia” (Deus é rico em Misericórdia), o beato Papa João Paulo II faz
notar que estamos em um tempo de implorar a misericórdia do Senhor:
“... em nenhum momento e em
nenhum período da história, especialmente numa época tão crítica como a nossa,
pode a Igreja esquecer a oração que é um grito de apelo à misericórdia de Deus,
perante as múltiplas formas de mal que pesam sobre a humanidade e a ameaçam
(...) a Igreja tem o direito e o dever de fazer apelo ao Deus da misericórdia”.
Já em outro texto, na Encíclica
“Redemptoris Mater” (Mãe do Redentor), o mesmo Papa faz notar que este tempo
difícil da humanidade tem a Mãe presente no seu centro:
“Maria, Mãe do Verbo
encarnado, está colocada no próprio centro dessa “inimizade”, dessa luta que
acompanha o evoluir da história da humanidade sobre a Terra e a própria
história da salvação.”
Por fim, o próprio Papa conclui: “Maria
intercede pelos homens. E não é tudo: como Mãe deseja também que se manifeste o
poder messiânico do Filho, ou seja, o seu poder salvífico que se destina a
socorrer as desventuras humanas, a libertar o homem do mal que, sob diversas
formas e em diversas proporções, faz sentir o peso na sua vida.”
Sabemos que o momento presente,
tanto para cada um pessoalmente, como para toda a família de Deus, é de grande
desafio. Nossas famílias estão sendo atacadas a todo momento, nossos jovens são
empurrados à droga, a impureza e a falta de sentido da vida. Mas, em tudo isso
somos mais que vencedores, pois nosso Deus é o “Pai das Misericórdias” e nossa
Mãe a “Mãe da Misericórdia”.