sexta-feira, 17 de julho de 2009

JESUS, BOM PASTOR

A primeira leitura de hoje é da época da primeira deportação do povo judeu para a Babilônia. O profeta Jeremias insinua que tal deportação não foi simplesmente por causa do poderio bélico dos babilónios, mas porque o povo de Deus tinha se afastado da verdadeira justiça por causa dos seus governantes que eram chamados “pastores do povo”. Jeremias anuncia um novo Pastor, cujo nome será: “o Senhor é a nossa justiça”. Em oposição aos maus pastores, Jesus é o Bom pastor, que não dispersa o rebanho mas reúne-o: “Com efeito, Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz, e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade.” (Ef 2,14-16)
Que Jesus é o Bom Pastor , isso vem bem claro no Evangelho de hoje, que é a sequência do texto da semana passada: o envio dos Apóstolos em missão. Porém, entre este envio e o resultado, que é o Evangelho deste Domingo, ou seja, o povo a procurar por Jesus em massa, existe uma passagem que o Evangelista Marcos interpõe: Trata-se do martírio de São João Baptista. João Baptista não era inimigo do rei Herodes, mas tinha coragem de denunciar o que estava errado em sua vida: “Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.» (Mc 6,18) Recordamos bem as circunstâncias do seu martírio, quando a filha de Herodíades depois de ter dançado e agradado aos presentes, pediu a cabeça de João Baptista. As próprias pessoas que estavam ali, vendo aquele espectáculo, não suportaram mais aquele falso “pastor”, Herodes. Por exemplo, Joana, esposa de Cusa, alto funcionário de Herodes foi depois procurar em Jesus um outro Mestre.
A passagem que se segue é o povo que se sentia como ovelhas sem pastor indo a Jesus e aos seus discípulos. “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.” (Mc 6, 34) João Baptista foi morto por se opor a um modo imoral de vida do rei Herodes, que claro, pelo seu posto, causava escândalo no povo. Nos dias de hoje nos é pedido uma coragem redobrada, como a de João Baptista, pois não apenas alguns dos que governam querem viver como lhe apetecem, mas algumas vezes querem impor às nossas crianças, adolescentes e jovens este modelo de vida. Agora calo-me e deixo que fale um casal de pais cristãos sobre algo nesta linha:
“Como pais e educadores , preocupamo-nos com o ensino dado à nossas crianças. Entre as coisas que achamos que é da nossa competência, e que é algo basilar para futuros laços familiares sadios é a educação sexual. A escola é um complemento educativo para preparar para a vida e não destrutiva. Uma má interpretação desta disciplina pode levar a uma má formação da criança, como por exemplo, numa escola em Odivelas, ao fim de uma aula de educação sexual, em que inclusive ensinava-se concretamente a usar os preservativos, três miúdos entre os dez e os onze anos, tentaram assediar outro colega da mesma idade, ambos rapazes. A criança em questão defendeu-se e abriu-se com os pais, contando o acontecido. Na seguinte reunião dos pais com a directora de turma, constatou-se que não foi o único caso, mas até as próprias meninas começaram a pedir aos meninos a prática de ritos sexuais. No fundo despertam na criança uma malícia inconsciente. Resumindo, dos pais dos vinte e sete alunos da turma, vinte foram contra a continuidade da disciplina, e apenas cerca de sete foram a favor, diga-se de passagem, eram os pais das crianças mais problemáticas. Esta reunião ficou em acta e desde então, por coincidência ou não, tal disciplina foi suspensa. Sabemos entretanto que existe um projecto de lei para tornar obrigatória tal disciplina nos moldes desta minoria, o que consideramos contrária à opinião da maioria dos pais.” (Paulo e Fátima )
Foi criada uma associação composta de cidadãos e pais que se unem para fazer frente a essa realidade. Quem quiser se aprofundar, ir a: Plataforma de Resistência Nacional que tem o seu site em: http://www.plataforma-rn.com/ . Enquanto os maus pastores deste mundo dispersam o rebanho, Jesus o congrega e une. Isso não é notório na questão da unidade familiar?
Para as células de evangelização:
1- Compartilhe factos em tua vida em que Jesus se mostrou a ti como “Bom Pastor”.
Pe. Marcelo

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