O Magos do oriente representam todos os povos pagãos que fazem um percurso de fé, desde a observação dos sinais de Deus nas criaturas, como foi o caso da estrela, passando pela Divina Revelação escrita e transmitida, até chegar ao Menino reclinado no colo de sua Mãe no qual reconhecem o Messias e Senhor. A postura comodista dos sábios e letrados nas Escrituras de Jerusalém também tem algo a dizer-nos. Eles sabiam muito bem onde deveria nascer Jesus, pois eram herdeiros das Escrituras: “E, reunindo todos os sumos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades da Judeia; porque de ti vai sair o Príncipe que há-de apascentar o meu povo de Israel.” (Mt 2,4-6) Eles mais do que os Magos sabiam onde deveria nascer o Messias, mas não se dispuseram para ir adorá-lo. Nós que pertencemos a um país cristão e recebemos uma educação cristã devemos escutar com um santo temor as palavras que o próprio Jesus pronunciou a respeito de um pagão que manifestou grande fé Nele: “«Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.»” (Mt 8,10-12)
Neste ano que se inicia queremos também nós fazer, como os Magos, um percurso de fé e dizer como eles: “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.» (Mt 2,2)
Sobre isso citando São Basílio dizia o saudoso João Paulo II: “Ao apenas verem a estrela, os magos sentiram uma grande alegria. Acolhamos também nós, em nosso coração, aquela grande alegria…. Adoremos o menino juntamente com os Magos….Deus, o Senhor, é a nossa luz.: não na forma de Deus para que a nossa debilidade se atemorize, mas na forma de servo, para trazer a liberdade àquele que jazia na escravidão. Quem teria uma alma tão insensível, tão ingrata, a ponto de não sentir alegria de exprimir com dons a própria exultação?... As estrelas se apresentam no céu, os Magos deixam o próprio país, a terra toda está recolhida numa gruta. Não haja ninguém que não leve algo, ninguém que não seja grato.’ Os Magos sejam para nós guia, para que o nosso quotidiano caminho tenha sempre como meta e como objectivo a Jesus, eterno Filho de Deus, e, no tempo, filho de Maria.”
Para as células de Evangelização:
Os Magos do Oriente vieram adorar o Menino. Que experiência tens de que, como os Magos, voltaste para casa mais contente e fortalecido depois de adorar o Senhor?
Pe. Marcelo
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