sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CONFIANÇA EM DEUS

O ensinamento de Jesus para nós neste domingo tem dois aspectos :
Por um lado, acentua a impossibilidade de se servir a dois senhores, e por outro lado, realça a atitude do cristão diante das preocupações e trabalhos da vida.
Por um lado, o reino de Deus não admite divisões; por outro, a opção pelo reino exige uma suprema e depreendida  liberdade interior diante de tudo mais…
Os bens materiais, embora importantes e necessários como meio de subsistência, não devem transformar-se em fins, aos quais tudo se submete. Para o crente, acima de tudo está o Reino de Deus e os valores sublimes e insubstituíveis da justiça, da paz, do amor e da liberdade. O cristão não pode, sob pena de profunda incoerência, cair no culto da riqueza que domina e escraviza, mas praticar e promover a justiça social, ser generoso, colaborar na dignificação de todo o ser humano. Tal é, em traços gerais, a mensagem do Evangelho que hoje vamos escutar, evangelho que nos coloca perante uma opção decisiva e definitiva.
É um convite a arrancar-nos do culto do dinheiro(riquezas deste mundo), que é a nossa idolatria moderna, e troca-la pela confiança em Deus, cuja a activa solicitude para com seus filhos nos é descrita. Esta mesma solicitude nos é descrita na leitura de Isaías, com uma linguagem de ternura comovente e ilimitada:
“Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequenino, a ponto de não ter pena do fruto do seu ventre? Se ela se esquecer, Eu, porém, não esquecerei de ti”.
O motivo para se confiar a Deus está na fidelidade divina. Mesmo que uma mãe esquecesse seu filho, por causa de sua fidelidade, Deus não nos esquecerá jamais (1ª leitura). É a fidelidade do amor divino, que se assemelha a uma rocha, que nos leva a confiar nele plenamente (salmo responsorial). Assim como a rocha permanece inalterada pelo tempo, assim é inalterada a fidelidade divina a quem nele deposita sua confiança. A comparação Bíblica fundamenta-se na dedicação maternal de Deus. Assim como uma mãe, que todos os dias veste e alimenta seus filhos pequenos, assim, todos os dias, Deus veste os lírios do campo e alimenta as aves do céu; e nós, homens e mulheres, valemos mais que aves e plantas (Evangelho). Se Deus é assim, então podemos confiar, porque nele nossa vida estará sempre em segurança. É também pela confiança que testemunhamos nossa pertença a Jesus como administradores dos mistérios de Deus (2ª leitura).
O cristão evita , ao mesmo tempo, a concepção ingénua e mágica dos que confiam em Deus passivamente, eu rezo e tudo acontece….?????
A confiança do cristão é total e sem reservas, mas não passiva e alienada. Mais muito pelo contrário, desta confiança nasce uma atitude, porque sabe que seu trabalho é a continuação da obra criadora de Deus. Somos colaboradores de Deus, como Ele, “co-construtores para a eternidade”. Por isso trabalhamos como se tudo dependesse do nosso trabalho, e confiamos, pois sabemos que tudo depende realmente Dele, pois é a Sua Graça que faz frutificar as “nossas” obras.
                                                                                                                               Pe. Luiz Maurício

Para as Células de Evangelização
A minha confiança em Deus esta há ser muito passiva? Ou tenho sido “colaborador” de Deus na construção de um mundo melhor?

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