sexta-feira, 15 de abril de 2011

PAIXÃO DE CRISTO, FONTE DE MISERICÓRDIA E ENSINO

Chegamos finalmente ao Domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso, neste Domingo, teremos o “Enconto Arciprestal da Juventude”. Ao contrário do que alguns pensam, a juventude não é o tempo de se viver com ligeireza. Com alegria sim, e muita; mas não com superficialidade. É o tempo onde se tomam decisões das quais dependerão todo o encaminhamento da vida adulta. A Palavra de Deus nos afirma: “Ele dirige os passos dos seus santos, mas os ímpios perecerão nas trevas; porque homem algum vencerá pela sua própria força.” (1 Sm 2,9) E ainda: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos e ensina-me as tuas veredas.  Dirige-me na tua verdade e ensina-me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em ti confio sempre.” (Sl 25,4-5)
O Jovem, Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu plenamente este caminho de discipulado, deixando-se guiar pelas mãos providentes e amorosas do Pai: “Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei.” (Is 50,4-5) O deixar-se guiar por Deus nos caminhos da vida, não isentou Jesus dos sofrimentos, e não isenta os seus discípulos. Porém, garante que a nossa vida será um caminho com sentido e que, guiada por Deus, mesmo se humilde e escondida aos olhos do mundo, produzirá  um fruto que permaneça. (Cf. Jo 15) Neste sentido, o mistério da Cruz e Ressurreição do Senhor é caminho de discipulado de toda vocação cristã, e por isso, devemos pensar nela com muita frequência, de modo especial nesta semana. Sobre isso escreveu Santo Afonso de Ligório:
        “…O mesmo deve ser dito daqueles católicos que crêem, como fazem eles na Paixão de Cristo, mas não pensam nela. Oh, se todos os homens pensassem no amor que Jesus Cristo nos demonstrou na Sua morte, quem seria capaz de não amá-lo? Foi com esse objectivo, diz o Apóstolo Paulo, que nosso amado Redentor morreu por nós, para que, pelo amor que nos demonstrou na sua morte, Ele pudesse tornar-se o possuidor dos nossos corações… Portanto, quer vivamos ou morramos,  é apenas porque pertencemos inteiramente a Jesus que nos salvou por um preço tão alto.”
As graças que se obtém, meditando a Paixão do Senhor são incomensuráveis. Estes benefícios ficaram resumidos em uma frase que São Vicente Pallotti colocou no seu quarto: “A Paixão de Cristo mão é somente leito de morte (por isso fonte de Misericórdia), mas também cátedra de ensino.”
Experimentou isto vivamente uma jovem de Odivelas, cujo testemunho foi publicado na revista “Mensageiro da Divina Misericórdia”:
“Sou uma jovem de 23 anos que durante muitos anos sofreu de depressão. Apesar de ser católica desde sempre, procurei ajuda na psiquiatria, mas sempre me senti insatisfeita.
Sentia um enorme vazio dentro de mim e invejava os que me rodeavam porque me pareciam ser todos mais felizes do que eu. Foram seis longos anos de sofrimento, até ao dia em que redescobri Deus na minha vida. Foi quando assisti a esse magnífico filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson. Senti que me tinham aberto os olhos e me tinham dado a ver o que Jesus sofreu por mim! A minha vida deixou de ser vazia e sem sentido quando redescobri até que ponto Jesus me ama realmente! Agora lamento apenas os anos que perdi, esquecendo-me desta verdade. Agora procuro ir à Missa e comungar sempre que posso, todos os dias, se me for possível. É este encontro com Cristo na Eucaristia que me tem dado vida e felicidade, apesar das grandes dificuldades que tenho enfrentado. Tem sido também uma fonte de bênçãos extraordinárias, algumas tão maravilhosas que eu nem as imaginava possíveis. Hoje posso dizer que sou uma pessoa nova e há já dois anos que a depressão me abandonou, sem qualquer recurso a psiquiatras ou medicação. Cristo foi a minha cura e libertação! Apelo a todos os que lerem o meu testemunho, que publico tal como prometi, que se aproximem cada vez mais de Jesus Misericordioso e que O procurem na Eucaristia, o maior tesouro da Igreja. É o Deus vivo que espera por nós, para nos salvar, e fora d’Ele não existe felicidade.
É Ele mesmo que nos fala na mensagem da Divina Misericórdia: “A alma que confiar na Minha Misericórdia há-de ser a mais feliz, porque sou Eu mesmo quem dela cuida”. 
 Sara Rodrigues

Para os grupos de partilha das células:
1-      Que lição já tiraste para tua vida de alguma parte da paixão do Senhor?
Pe. Marcelo

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