Na quarta-feira (30 de março) as forças republicanas, ex-rebeldes que apóiam o presidente eleito Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional, entraram na capital da Costa do Marfim Yamassoukro, onde na basílica de Nossa Senhora da Paz trabalham os palotinos.
Nem na capital, nem na proximidade da basílica ocorreram batalhas. Forças de segurança, que permanecem fiéis ao presidente que deve deixar o cargo, Laurant Gbagbo saíram dos seus postos. “Operação de ocupar foi feita já há muito tempo e forças republicanas escolheram o melhor momento para entrar” comenta o Ir. Zbigniew Kłos SAC, que trabalha em Yamassoukro. “Com toda certeza a mais importante cidade é Abidzan, capital econômica do país e São Pedro, segunda depois do porto Abidzan são nessas cidades onde têm maiores conflitos” explica o irmão. Em todos esses lugares trabalham os palotinos. “Estamos seguros, mesmo que a situação é tensa. Viajar pelo país é difícil. Entre Abidzan e São Pedro tem mais ou menos 60 pontos de controle. Temos 25 kg de arroz e é assim que vamos agüentar esse tempo difícil. Às vezes falta energia, água e não funcionam os telefones” fala o irmão Zbigniew.
Mais de cem pessoas procuravam abrigo na casa dos palotinos em Graand Bereby, que fica 40 km de São Pedro. A cidade esta nas mãos do antigo presidente Laurant Gbagbo e esta se preparando para uma batalha com as forças republicanas. “A Cada dia chega mais pessoas e nós não temos comida para tanta gente, só para dois dias. Falta energia, água, e os próximos dias serão muito difíceis” explica o irmão palotino. A cidade está nas mãos dos bandos jovens que estão roubando tudo o que é possível.
Na quarta-feira (30 de março) o papa Bento XVI lançou um apelo urgente diante do conflito em curso há semanas na Costa do Marfim. No momento das saudações, ao concluir a audiência geral na Praça de São Pedro, o Papa dirigiu aos peregrinos de língua francesa e disse que, "há muito tempo", acompanha os acontecimentos neste país africano. "Meu pensamento se dirige muitas vezes à população da Costa do Marfim, traumatizada pelos dolorosos conflitos internos e graves tensões sociais e políticas", disse ele.
O Papa lançou um "apelo urgente" para que "se leve a cabo, o mais rapidamente possível, um processo de diálogo construtivo para o bem comum". "A dramática oposição torna mais urgente a restauração do respeito e da convivência pacífica. Não devem ser poupados esforços neste sentido. Também quis expressar sua proximidade a todos àqueles que perderam um ente querido e sofrem a violência".
Finalmente, anunciou sua decisão de enviar ao país africano em seu nome, o cardeal Peter Kodwo Turkson, presidente do Conselho Pontifício "Justiça e Paz", "para que ele expresse a minha solidariedade e a da Igreja universal às vítimas do conflito e incentive a reconciliação e a paz".
O país está envolvido em um conflito armado entre partidários do presidente eleito Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional, e os do presidente que sai Laurent Gbagbo, que não reconhece a vitória da eleição presidencial anterior, de novembro de 2010.
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