Em 19 de janeiro de 1937, nasceu o primeiro filho do casal Antônio Zajac e Marianna Glab. Os pais do menino, já falecidos, eram pequenos agricultores, no sul da Polônia (como se fosse o sul de Minas, aqui no Brasil).
O batizado ocorreu no dia 07 de fevereiro daquele mesmo ano, na igreja de São Adalberto, padroeiro da Polônia. Ele era bispo e missionário, de origem Checa, que evangelizava os plusianos no norte da Polônia. Ainda grávida, a mãe do menino resolveu visitar o Santuário de seu país, chamado Monte Claro, para entregar a criança à especial proteção de Maria. Penso, que este fato, mais o batismo, realizado na igreja do grande missionário São Adalberto, selaram o destino do menino Ceslau. O nome a mim dado, também é de um grande missionário dominicano, que evangelizava os silesianos e boêmios, oitocentos anos atrás. O clima muito religioso da minha casa, criado principalmente pela mãe, cristã fervorosa, colaboraram para o despertar da vocação sacerdotal e missionária. Não posso também esquecer o pároco do povoado, verdadeiro pai da comunidade, piedoso e culto. Tinha uma grande biblioteca, bem variada, que criou o gosto pela leitura, como também para o aprofundamento religioso do futuro Pe. Ceslau. Aos 17 anos entrei no Seminário Diocesano. Aqui vale a pena lembrar que o meu primo, também Ceslau, me chamava de “bispo” e os colegas do colégio do segundo grau falavam que eu tinha cara de padre. O Seminário onde iniciei preparava para o clero diocesano da área. Isso não era a ‘’minha praia’’. Com vinte anos, aproveitei uma determinada ocasião para entrar na Sociedade Palotina, com o sonho de trabalhar como missionário no Brasil. Procurava qualquer notícia sobre o Brasil. Os outros colegas só se interessavam pela África. No ano de 1960 quase vim a este país, ainda como seminarista, junto com o Pe. Romano, recentemente falecido (25.06.2011). Naquela época, o governo comunista não nos liberou os passaportes. No dia 04 de junho de 1961, fui ordenado então como sacerdote palotino, junto com mais 17 colegas do curso. O Brasil, aparentemente, ficou unicamente como sonho. De repente, no ano de 1972 me foi feita a proposta de vir para cá. A documentação, passaporte, visto de entrada demoraram um ano. Em janeiro de 1973 recebi, junto com dois colegas, a luz verde para viajar para o Brasil. Sendo devoto de Santa Terezinha, acho que alcancei isto como presente, no mês e ano do centenário do seu nascimento. No dia 05 de abril daquele ano cheguei então a esta terra, junto com Pe. Tadeu Korbecki, promotor do culto à Divina Misericórdia e construtor da igreja, agora Santuário, em Vila Valqueire. Junto conosco chegou também o Pe. Jan Jedraszek, que não ficou muito tempo por aqui. Começaram a chegar vários padres da Polônia e iniciamos a formação dos seminaristas brasileiros. Assumimos sempre novas frentes de trabalho. O então superior geral dos Palotinos, Pe. Freeman, agora bispo, falava que a nossa missão brasileira é uma jóia na Sociedade Palotina. Desde 2002 ganhamos autonomia, por conta da criação da Região Mãe da Misericórdia. “A minha alma engrandece ao Senhor”!
Jesus eu confio em Vós, Jesus nós confiamos em Vós!!!
Pe. Ceslau Zajac, SAC
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