Na sala, está
sentada muita gente de bem, e alguma deveras importante, especialmente para nós.
Trata-se, por exemplo, de todos os sacerdotes da Paróquia de Odivelas, do Rev.
Padre Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima, do Rev. Padre Nuno Fernandes, Director
do Jornal Voz da Verdade, do Patriarcado de Lisboa, e de uma jovem muito
especial, franzina e alegre, a Irmã Ãngela, Postuladora para a Beatificaçao dos
Pastorinhos.
Entra a Comadre
Maria Rosa para participar à Olímpia e ao Manuel Marto que a sua filha Lúcia, a
mais nova de oito irmãos, vai começar a tomar conta do rebanho porque a sua
Carolina, que já fez doze anos, vai aprender costura ou tecelagem – já está tão
crescida! O compadre Manuel diz que os seus dois mais pequenos, a Jacinta e o
Francisco, também querem ir guardar o gado, e chegam a conclusão que e para
poderem estar sempre juntos, já que estes primos são inseparáveis.
Corre o ano de
1916. Estas crianças de quem se fala são… (já adivinhou de certeza!...) os
Pastorinhos de Fátima. Viagem ao passado? De certo modo, sim. Trata-se da peça
de teatro que estreou no passado dia 5 de Maio no Auditório Rainha dos
Apóstolos, Patameiras, Odivelas, Os
Pastorinhos de Fátima. Trata-se de um Drama/Oratória, da autoria de
Eurico Lisboa Filho.
«Não conheço esse
noma», dir-me-á. Mas eu explico quem foi este grande Senhor do Teatro em
Portugal. Foi director da secção de teatro do Conservatorio Nacional, tendo
atravessado aí épocas especialmente conturbadas, como por exemplo a II Guerra
Mundial, tendo-se aposentado já bem velhinho alguns anos depois da revolução de
1974.
Foi professor de várias gerações de actores portugueses, e foi Professor
toda a vida. Daqueles Professores com maiúscula. Era também filho de Eurico
Lisboa, medico, um dos primeiros crentes incondicionais das Aparições de
Fátima. Foi este Dr. Eurico Lisboa, então Director do Hospital da Estefânia,
que trouxe a Jacintinha para Lisboa, sendo aí que a vidente veio a falecer.
Este e um
espectáculo que foi muito rezado, e que convida à oração. Como alguns
espectadores disseram no fim, “dei comigo a rezar”. Apela a oração, à
conversão, ao conhecimento da Mensagem de Fátima, para assim melhor caminharmos
para Deus. Mostra-nos como Fátima é profundamente litúrgica, e profundamente
evangelica. E revela-nos o segredo que Nossa Senhora depositou à guarda destas
crianças heróicas. E convida-nos também a conhecer o melhor remedia de vida: a
Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados.
Para quem puder,
próximas actuações dias 12 e 26 de Maio às 21h 30, e 27 de Maio às 17horas.
Porque não há
melhor caminho para Deus do que o coração da Mãe.
Margarida
Athayde
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