terça-feira, 24 de março de 2009

Posse do Pároco da PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA em Itaipuaçu

Hoje, 21 de março de 2009, um sábado do período da quaresma, a Igreja se reúne para, ao redor da Mesa Eucarística, celebrar algo que já estava esboçado em nossos corações há bastante tempo: ser Paróquia.


Alegria, esta é a palavra central da liturgia de hoje. Esta é também a palavra que define o sentimento de cada fiel da comunidade de Itaipuaçu, cada membro de pastoral, por viver este momento tão importante para esta região.


São 42 anos de história. E, numa ocasião como esta, não poderíamos deixar de relembrar alguns momentos.


Em 1968, com a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima, em numerosa procissão vinda de Inoã, o então Arcebispo de Niterói, Dom Antônio de Almeida, assim exclamou: “Somente o poder de Deus poderia juntar tantas pessoas de espírito elevado em uma região tão bela, porém de aparência desértica. Antevejo um futuro promissor de progresso e de paz diante desta recepção magnífica que está tendo a Virgem de Fátima neste lugar.”À época pertencíamos à Paróquia N.S. do Amparo em Maricá, já sob o comando do padre Manuel.


Muitos anos se passaram até que, em 1996, nosso então arcebispo Dom Carlos Alberto Navarro anexou a comunidade de Itaipuaçu à Paróquia de São Sebastião de Itaipu, que à época tinha como pároco o padre Estevão Lewandowski. Com a chegada dos padres palotinos, iniciou-se um tempo de grande fertilidade na comunidade. Os bancos velhos e as paredes castigadas pelos anos foram dando lugar ao que podemos ver hoje. São inegáveis o zelo, a dedicação e a boa administração dos palotinos nas comunidades por onde passam. Isto, é claro, sem deixar de lado o essencial que é a espiritualidade.



Em julho de 1999, já tendo como pároco o Padre João Pedro, iniciamos o aumento da capela e a construção das salas de catequese. No altar passaríamos então a ter JESUS NO SACRÁRIO. Crescíamos, com a ajuda do Senhor, em número de fiéis e de pastorais, em espiritualidade e em graça, diante de Deus e dos homens.

No dia 17 de julho de 2004, juntos choramos por causa de um ato de vandalismo: nossa capela fora invadida e houve a profanação do Santíssimo Sacramento. Jesus experimentou mais uma vez, diante de nossos olhos, a ingratidão humana e foi ferido. À época estava conosco o Padre Jacinto. Mas este fato viria seguido de uma grande graça. No ano seguinte, estaríamos matriculando na catequese um número recorde de 250 crianças. Este terá sido mais um sinal de que a Igreja está com sua perpetuação garantida e que as portas do inferno nunca hão de prevalecer sobre Ela, apesar dos obstáculos.



Os homens se agitam, mas é Deus quem governa. E por isso, aqui estamos, cumprindo a vontade de Deus e fazendo o que fomos chamados a fazer, exercendo nossa missão de batizados e filhos de Deus e escrevendo esta bonita história da doravante PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA. Somos a Igreja militante nesta paróquia, mas, neste chão, está a marca do suor de muitos irmãos que possivelmente já fazem parte da Igreja Padecente ou Triunfante e que, conosco, com os Santos, Santas e os Anjos do céu, louvamos e agradecemos a Deus por tudo isso.

Dom Roberto, obrigado por sua dedicação à Igreja de Jesus e ao seu rebanho. Obrigado por nos confiar esta Paróquia, juntamente com nosso querido Dom Alano. Estamos certos de que, imbuídos do desejo de evangelizar e movidos pelo Espírito Santo de Deus, conseguiremos, ao final desta jornada, prestar contas daquilo que nos foi confiado e demonstrar como fomos capazes de multiplicar nossos talentos, sempre fiéis e obedientes à voz da Santa Mãe Igreja.



Padre Casimiro, Padre João Pedro, Padre Acácio, Padre Artur e tantos outros padres que nos trouxeram, pelo poder do Espírito Santo, o Cristo Eucarístico nesta Sagrada Mesa: A Igreja não se divide com o advento de uma nova Paróquia, ao contrário, demonstra Unidade e crescimento. Unidade porque somos e sempre seremos a Igreja de Cristo na Terra, sob o comando infalível do Sucessor de Pedro. E crescimento porque mais uma comunidade demonstrou estar madura para assumir o compromisso de evangelizar orientados pelos sucessores dos Apóstolos de Cristo, nossos queridos Bispos, os quais confiam ao pároco a missão de auxiliá-los. Sua contribuição para que hoje estivéssemos aqui foi muitíssimo valiosa. Seus ensinamentos, a cada homilia, em cada confissão, foram capazes de nos conduzir enquanto rebanho pelos caminhos do evangelho e vivermos com a tranqüilidade de quem tem pais presentes, atuantes. A história desta comunidade que hoje tem a alegria de ser Paróquia é escrita especialmente pelas mãos de cada um dos senhores e, por tudo isso, somos gratos e pedimos ao nosso bom Deus que os ilumine sempre, para que continuem transformando pequenas comunidades em promissoras Paróquias.



Padre Jacinto, nosso querido Pároco. Como é bom para nós podermos chamá-lo assim. Agradecemos a Deus por isso. Agradecemos a Deus por sua família, na Polônia, que nos possibilitou tê-lo, aqui no Brasil, como pároco. Aliás, a Polônia já nos parece muito familiar, afinal, ela nos presenteou com o Papa João Paulo II, com inúmeros Santos e Mártires, e com os muitos padres palotinos que por aqui passaram, inclusive o senhor. Pedimos a São Jacinto, nascido perto da Cracóvia, que interceda por sua vida e por seu trabalho missionário na Igreja. De agora em diante, juntos, trabalharemos incansavelmente pela causa evangélica e, atentos aos comandos da Santa Mãe Igreja, buscaremos realizar a vontade de Deus em nossas pastorais e movimentos e em nossas vidas pessoais, a fim de chegar ao ponto de dizer como São Paulo: “Viver para mim é Cristo e morrer é lucro.”



Por fim, pedimos a NOSSA SENHORA DE FÁTIMA QUE INTERCEDA POR TODOS NÓS NESTA NOSSA CAMINHADA RUMO AO CÉU, REZANDO: Ave Maria...



Que Deus nos abençoe a todos. Comunidade de leigos.



JORGE PAES

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