segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Arrecadação de brinquedos

A Juventude Palotina de Itaperuna-RJ promoveu uma campanha de arrecadação de brinquedos no mês de dezembro/2010 durante as Missas na Paróquia de São Benedito, com objetivo de alegrar as crianças carentes neste Natal.

Tais brinqueros foram entregues no dia 24, véspera de Natal, à creche Padre Tomás Maria Fusco.
Cristiano Nino

VI Oitavário da Epifania - CONVITE

A União do Apostolado Católico fundada sob a especial proteção de Maria SS Rainha dos Apóstolos, vai celebrar, de 02 a 09 de janeiro de 2011 na Paróquia de São Sebastião de Itaipu as 19 h sábado e domingo e as 20 h de segunda a sexta, o tradicional Solene Oitavário da Epifania de Nosso Senhor Jesus Cristo para aumento, defesa e propagação da piedade e da fé católica. Na oportunidade, com a voz da caridade e do zelo, convida todos os filhos da Igreja  a redobrarem de humildes e fervorosas preces de sacrifícios do coração e de santas ações, para obter da divina misericórdia mais copiosos os seus dons sobre todo o mundo, a fim de que não haja senão um só rebanho e um só Pastor.


O que é o Oitavário da Epifania e o seu objetivo?

O Oitavário da Epifania, celebração instituída por S. Vicente Pallotti, era uma espécie de missão popular que acontecia em Roma, de 06 a 13 de Janeiro de cada ano.
O objetivo era celebrar a unidade da fé católica na diversidade. Era uma expressão celebrativa de seu Apostolado Católico.
Pallotti considerava a Epifania como a festa da vocação cristã dos povos.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Missa de Encerramento da Novena de Natal na Paróquia Santo Ângelo

Dia 23 de dezembro! Estamos próximos à celebração da Grande Festa da nossa Fé cristã. Mas, como toda Festa, é necessário muita preparação. Porém, esta é uma Festa diferente, cuja preparação principal é aquela que atinge o mais profundo de nossos corações e o sagrado recanto de nossas famílias – Presépio Vivo, onde Jesus quer renascer e permanecer. É neste clima que, em nossa Paróquia de Santo Ângelo, aqui em Novo Airão - AM, foram formados diversos grupos, espalhados pelos bairros da nossa cidade, para realizar a Novena de Natal em família.
À noite do dia 23 de dezembro, todos os grupos se reuniram na Capela Jesus Misericordioso para o encerramento da Novena de Natal, participando da Celebração Eucarística que estava muito bonita e bem preparada pela equipe. A Missa foi presidida pelo nosso Pároco, Pe. Artur Karbowy SAC. Luis Vinhorte cantou o Salmo do dia e revelou seu grande dom musical. No ofertório, foram trazidas até o altar roupas e alimentos não perecíveis para partilhar com famílias mais pobres. Participar desta Campanha “Natal sem Fome” foi o gesto concreto da Novena! A generosidade foi grande, pois muita coisa foi oferecida. Após a Missa, fizemos uma confraternização, no Galpão da Pastoral.

Foi a hora da Mesa da Partilha. As pessoas que participaram da Novena trouxeram alimentos para partilhar: bolo, refrigerante, salgados... Pusemos tudo em cima de uma grande mesa, para ser repartido entre todos. Havia bastante gente, pessoas vindas das três Comunidades de Novo Airão! Todos comeram e ainda sobrou e alguns até levaram para casa! Havia chovido muito. No início da Missa havia pouca gente. Logo, a Igreja ficou cheia! No momento da partilha, no início, havia pouquinha coisa. De repente, a mesa ficou cheia. Não sabemos como! Este momento nos fez lembrar o acontecimento da multiplicação dos pães e foi possível confirmar que, quando existe partilha e organização, todos são servidos e não falta para ninguém! As crianças do Projeto de Músicalização Infantil da nossa comunidade deram o tom à Festa!
Sob a orientação do professor Luis Vinhorte, participante da comunidade da Capela Jesus Misericordioso, tocaram algumas músicas de Natal. Os presentes contemplaram com alegria e mostraram seu reconhecimento com seus aplausos. O Projeto de Música Infantil, foi iniciado, em nossa Capela Jesus  Misericordioso, no mês de agosto. Ele tem como objetivos principais: Proporcionar o conhecimento da música e da arte como elementos de formação em valores; Oferecer às crianças oportunidade para que possam se desenvolver integralmente, através da música, do canto e da prática instrumental; Descobrir novos talentos artísticos que possam vir a contribuir no meio social; Investir em formas alternativas de formação humana e cristã que preparem as crianças para uma relação humana e social em que prevaleça sua dignidade e, enfim, Ocupar as crianças com atividades educativas e de formação, na área da música, do canto e da arte, como medida preventiva contra a marginalidade infantil, em favor da vida, direito humano fundamental.


Graças ao apoio de algumas pessoas que acreditaram nesse Projeto, o grupo pode concretizá-lo. O material utilizado foi todo doado e o professor ministrou as aulas de forma totalmente voluntária, recebendo como pagamento a imensa alegria de ver as crianças tocando Noite Feliz e Então é Natal. São gestos como este que nos revelam que Jesus continua renascendo no coração das pessoas, na comunidade de fé, na generosidade daqueles e daquelas que sabem partilhar! Então, é Natal! Todo dia é Natal! Feliz Natal para todos!
Ir. Sandra Ede

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

“O nascimento pobre e humilde de Jesus Cristo fez de mim um filho de Deus, amigo de Deus, herdeiro de Deus, co-herdeiro de Cristo.”
(São V. Pallotti, OOCC X, p. 490)
Assim como uma criança ao nascer transforma totalmente a vida e os costumes de um casal, assim seja para nós este Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, dando a cada um, sentir uma profunda experiência religiosa que transforma a nossa vida apostólica. Que a Chegada do Menino Deus seja para nós um novo alento para reavivar a fé e reacender a caridade no meio das pessoas que encontramos.

Feliz e Santo Natal!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal do Reitor Geral

Caros coirmãos, irmãos e irmãs da União do Apostolado Católico,
benfeitores e amigos,
"Devemos recordar o Homem-Deus que se fez nosso exemplo, modelo e regra prática de toda a nossa vida"
(S. Vicente Pallotti, OOCC III, 36)
 Desejo a todos um Santo Natal.
Que a graça de viver
o milagre da Encarnação
se derrame durante todo o ano de 2011.
Em nome do Regime General
e da Comunidade da Casa Geral
Pe. Jacob Nampudakam SAC
  Reitore Geral

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Catequizando com a arte sacra presepista

Com alegria, a Paróquia São Benedito de Itaperuna/RJ, mais uma vez, presenteia seus paroquianos e habitantes da cidade e região com a V Exposição Palotina de Presépios. A mesma teve sua abertura no dia 18 com a Santa Missa às 19h30min e, logo após, uma bonita apresentação do coral com 46 crianças da catequese e do Bairro dando as boas vindas, entoando mensagens que o Menino Jesus traz no Natal para todos, relembrando o verdadeiro sentido do Natal.


O idealizador Pe. Estevão (Zbigniew) Lewandowski SAC, com sua equipe e as organizadoras, Mercedes Barboza e Elizabeth Demétrio, se empenharam para que a magia e aquela luz contagiante dos Presépios “lembre e indique a todos que Deus habita o coração do homem”.
Em seguida, foi aspergida água benta sobre os Presépios expostos e todos os presentes puderam observar e contemplar as 59 representações do Nascimento do Menino Deus. E também se confraternizarem na Praça de Alimentação com comidas típicas e música ao vivo. 





A Exposição está sendo realizada até dia 26 de dezembro, nas dependências do novo Centro Pastoral, que se encontra ainda em construção, ocupando um espaço de 278,20 m².
Os Presépios foram confeccionados em vários materiais, entre eles: material da natureza, argila vermelha, argila branca, esculpido em madeira, massinha de modelar, material de lixo reciclável, cera de abelha, resina, acrílico, vidro, cristal, papel, decoupage em tecido, resina, grafite, pintura em tela, pintura em tecido, pintura em azulejo, pedra sabão, areia, papel laminado de bombom, em gesso, prata em folha e zircônio, latão, metal, garrafa pet entre outros.
A seguir podemos conferir algumas das amostras presepistas.





Entre os Presépios nacionais de confecção artesanal manual e industrial, encontramos os confeccionados manualmente, provenientes do México, da Argentina, do Peru, da Polônia, do Uruguai, da Armênia, da Espanha (Santiago de Compostela), da Eslovênia e da Alemanha,
Destacamos a amostra esculpida minuciosa e detalhadamente em madeira milenar de oliva, proveniente de Jerusalém/Belém, adquirida em Santiago de Compostela.   



Ao observar os detalhes de cada amostra presepista, os visitantes, além de aguçarem e enriquecerem o gosto pela arte sacra, meditam sobre a Sagrada Família entrelaçada pelo Divino, contemplando o mistério contido na manjedoura. 


A arte no seu charmoso e nobre silêncio, não nos deixa esquecer o belo.
Imbuídos do carisma palotino e comprometidos em homenagear o Aniversariante lembrando a todos o verdadeiro sentido natalino, que nossa comunidade, juntamente com o nosso pároco palotino Pe. Estevão Lewandowski SAC, desejamos a todos um Santo Natal e 2011 cheio de Luz!
Maria Mercedes Barboza

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal do Secretariado Geral da União do Apostolado Católico

“Obras do Senhor bendizei o Senhor,
Louvai-O e exaltai-O pelos séculos sem fim! (Dn 3,57)
O nascimento pobre e humilde de Jesus Cristo fez de mim um filho de Deus, amigo de Deus,
herdeiro de Deus,
co-herdeiro de Cristo (Rm 8,17)
e encheu-me de todo o bem!”
Do ‘Benedicite’ de São Vicente Pallotti.

Que a celebração do nascimento de Jesus nos encha de graças neste Natal.

Saudações do Secretariado Geral da UAC.

domingo, 19 de dezembro de 2010

MARIA, NOSSA MÃE E MESTRA NO ADVENTO

No quarto Domingo do Advento, a Igreja volta seus olhos para Nossa Senhora, como mãe e mestra daquilo que ela mesma e cada um de nós é chamado a ser.
O Bem-Aventurado Isaac de Stella assim dizia dessa relação de Nossa Senhora com a Igreja e cada alma fiel: “Um só, portanto, é o Cristo total, cabeça e corpo: Filho único do único Deus nos céus e de uma única mãe na terra. Muitos filhos, e um só Filho. Pois assim como a cabeça e os membros são um só Filho, assim também Maria e a Igreja são uma só Mãe e muitas mães; uma só Virgem e muitas virgens.
Ambas são mães e ambas são virgens; ambas concebem virginalmente do mesmo Espírito; ambas, sem pecado, dão à luz uma descendência para Deus Pai. Maria, imune de todo pecado, deu à luz a Cabeça do corpo; a Igreja, para a remissão de todos os pecados, deu à luz o corpo da Cabeça. Ambas são mães do Cristo, mas nenhuma delas pode, sem a outra, dar à luz o Cristo total.
Por isso, nas Escrituras divinamente inspiradas, o que se atribui de modo geral à Igreja, virgem e mãe, aplica-se particularmente a Maria. E o que se atribui especialmente a Maria, virgem e mãe, pode-se com razão aplicar de modo geral à Igreja, virgem e mãe; e quando o texto se refere a uma delas, pode ser aplicado indistinta e indiferentemente a uma e à outra.
Além disso, cada alma fiel é igualmente, a seu modo, esposa do Verbo de Deus, mãe de Cristo, filha e irmã, virgem e mãe fecunda. É a própria Sabedoria de Deus, o Verbo do Pai, que designa ao mesmo tempo a Igreja em sentido universal, Maria num sentido especial e cada alma fiel em particular.
Eis o que diz a Escritura: E habitarei na herança do Senhor (cf. Eclo 24,7.13). A herança do Senhor é, na sua totalidade, a Igreja, muito especialmente é Maria, e de modo particular, a alma de cada fiel. No tabernáculo do seio de Maria, o Cristo habitou durante nove meses; no tabernáculo da fé da Igreja, habitará até o fim do mundo; e no amor da alma fiel, habitará pelos séculos dos séculos.”
Nossa Senhora é a Mulher que é toda escuta da Palavra de Deus. Ela sabe o que diz o Salmo: “…a tua fidelidade é eterna como o céu.” (Sl 88); por isso esperava o cumprimento das promessas feitas pelo Senhor ao seu antepassado David. Ao ouvir, crer e ver estas antigas promessas cumpridas através dela, Maria Santíssima não pode senão exultar no Senhor. Isabel, respondendo à saudação de Nossa Senhora declarou: “Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.” (Lc 1,45). Nossa Senhora é mais feliz por ter acreditado e ser discípula do seu Filho do que por ser sua Mãe. Assim, ela é nosso modelo a seguir. Foi Jesus quem o declarou: “Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!» Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.» (Lc 11,27)  Sobre isso o nosso Papa Bento, no contexto do Sínodo sobre a Palavra afirmou: «Alimentar-se da Palavra de Deus é para a Igreja a primeira e fundamental tarefa.”»  Assim também nós, como Nossa Senhora, teremos a alegria de gerar Jesus para este nosso tempo. João Paulo II declarou ,certa vez, que o nosso “Amém” quando recebemos a Eucaristia na Santa Missa, se assemelha ao “Amém” de fé que Nossa Senhora pronunciou ao anúncio do anjo.
Digamos com Nossa Senhora: Virgem Mãe, em cada Santa Missa quando direi o meu “Amém” antes de receber teu Divino Filho presente na Eucaristia, uni aquele meu pequeno “Amém” ao teu grande “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” que respondestes ao arcanjo Gabriel. Vós sois Mãe da fé. Fazei com que a escuta da Palavra de Deus aumente também a minha fé. Que também na minha vida, escutando eu creia, e que crendo eu veja a realização da promessa de Deus. Obrigado Mãe. Amém
Peçamos a Nossa Senhora que também o nosso coração seja um presépio aconchegante onde o Deus Menino estabeleça o seu reinado de amor e de paz.

Para as células de Evangelização:
Nossa Senhora concebeu Jesus por obra do Espírito Santo. Que lugar tem o Espírito Santo na minha vida? Invoco-O? Ele ainda é um “ilustre desconhecido” para mim?
Pe. Marcelo

sábado, 18 de dezembro de 2010

OS PROBLEMAS SOCIAIS EM PALLOTTI

1. Ideal
A inspiração inicial de Pallotti (09/01/1835) compreendia três campos:
1. Reavivar a fé e a caridade entre os cristãos, ou, por outras, renovar a Igreja nos países onde existia;
2. Propagar a fé, com todos os seus tesouros, entre os povos afastados dela e entre os povos cuja fé não era autêntica;
3. Promover uma instituição universal em prol da prática das obras de misericórdia corporal e espiritual.
Entre os palotinos estão bem vivos os dois primeiros objetivos, mas o terceiro parece não ter merecido o devido destaque. Não estará reservada esta tarefa aos palotinos do terceiro mundo?!
Obras de misericórdia – para nos entendermos, vamos repetir quais as obras de misericórdia ensinadas pelos antigos catecismos:
Corporais: (Mt 25, 31-46)
1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Visitar os enfermos e encarcerados.
6. Libertar os prisioneiros.
7. Enterrar os mortos.
Espirituais:
1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Repreender os que erram.
4. Consolar os aflitos.
5. Perdoar as injúrias.
6. Sofrer com paciência as fraquezas do próximo.
7. Rogar a Deus pelos vivos e defuntos.
2. Realizações de Pallotti
Havemos todos de lembrar os rasgos de generosidade de Pallotti, desde sua juventude; qualquer biografia salienta a vida de pobreza do santo e por isso não falamos aqui.
Algumas palavras sobre certas atividades do Fundador:
Pobres – São Vicente Pallotti viveu na Roma pobre e rodeado de pobres. Tanto assim que, cada vez que saía às ruas, levava no bolso uns trocos para repartir com os mendigos. Dava também somas importantes, após se haver informado da real necessidade do suplicante.
Muitas de suas cartas se destinaram a pedir ajuda em favor dos pobres; vários amigos colaboravam assiduamente; já que Pallotti procurava atender a todos, precisava de um bom grupo de pessoas que se empenhassem em socorrer as necessidades do próximo: eram os amigos do Apostolado Católico. Muitos pobres, que pediam socorro importante, recebiam de Pallotti um bilhete; com ele na mão se endereçavam à pessoa indicada e retornavam com o auxílio desejado.
Até o Papa Pio VIII recebeu um bilhete do P. Vicente, iniciado com as palavras da Escritura: “Serás o auxílio dos órfãos”; dizia que o Papa devia ser pobre com os pobres e órfão com os órfãos. Por isto seis meninos órfãos se ajoelhavam diante dele: a mais velha, uma jovem de 15 anos, a mais nova lá pelos cinco; em 12 ou 15 dias perderam pai e mãe; logo o patrão despejou a todos da casa; nenhum parente para os ajudar, a Paróquia São João dos Florentinos também sem condições: Sua Santidade poderia encaminhá-los a algum orfanato.
Convém observar que Pallotti criara certa organização para atender os pobres: seus grandes colaboradores eram associados do Apostolado Católico: membros do clero, entre eles cardeais, da nobreza e do povo em geral. Cardeais havia que celebravam missas nas intenções de Pallotti, deixando o estipêndio  em benefício dos pobres. Aos amigos enviava Pallotti bilhetes de loteria para serem vendidos: os ocasionais ganhadores destinavam o prêmio às obras caritativas do Apostolado Católico.
Outro sinal de organização: na porta da sacristia, em Spirito Santo dei Napoletani e em São Salvatore in Onda, afixara uma caixinha: os necessitados depositavam lá seus pedidos; Pallotti e seus colaboradores lhes davam andamento.
Combinaram com os negociantes dos arredores meio rápido de socorro: o Apostolado Católico imprimira vales para carne, pão e roupas; o pobre apresentava o vale na casa conveniada e oportunamente o Apostolado Católico realizava o pagamento. Sua casa se transformara em autêntico posto de Cáritas...
Talvez alguém observe que isto não passava de assistencialismo; pode-se responder: também ele é necessário; a fome não espera. Por outro lado, no juízo final, Cristo acolhe os que deram de comer...
Além disso, Pallotti realizou verdadeira promoção humana, como veremos.
3. Promoção Humana
Várias iniciativas de Pallotti mostram que ele visava obras que resolvessem em definitivo a situação dos pobres:
Muitas de suas cartas pedem emprego para os pobres; procurou acolhimento nos internatos para jovens sem família; a outros encaminhou a pintores e demais profissionais para que lá trabalhassem, aprendessem o ofício e assim conseguissem uma profissão para sua vida; sugeriu se conseguissem trabalhos que os pobres pudessem executar em casa. Entre as tarefas da “Procura São Matias”, dedicada a enfrentar os problemas da pobreza, inclui a de encontrar advogados que defendam as causas das viúvas e dos órfãos.
Pensou se organizasse uma “Pubblica Lavorazione” onde os pobres realizassem seus trabalhos: eis aí um primeiro lampejo das lavouras e hortas comunitárias; ainda hoje quanta gente poderia ganhar sua vida em semelhante organização de trabalho...
No seu plano de organização do Apostolado Católico, Pallotti destinou nada menos que quatro “Procuras” à causa social:
– a de São Matias, em auxílio aos pobres;
– a de São Mateus, em favor dos doentes;
– a de São Bartolomeu, destinada às obras de misericórdia em prol dos presos e condenados à morte;
– a de São João Evangelista, para as obras sociais.
Diz ele que é próprio de nosso Instituto promover de todos os modos possíveis o mais ativo exercício das obras de caridade e misericórdia; essas obras são as  mais aptas para exercitar a fé; nelas de certo modo se vê Deus.
Além disto, a caridade é industriosa: o “Procurador” seja criativo na descoberta dos meios que a promovem: quanto campo para nossa iniciativa...
As obras de caridade não podem cessar jamais; temos que garantir sua continuação.
4. Agricultores
A planície de Roma até o Mediterrâneo, margeando o Tibre, conhecida pelo nome de “Campagna Romana”, começou a ser povoada nos tempos de Pallotti, se bem que livre da malária apenas na administração de Mussolini. Aqueles agricultores pobres vinham freqüentemente a Roma: acharam em Pallotti um amigo. Também para eles o santo teve tempo. Numa carta ao P. Melia, em Londres (10/4/1845), relatou que os PP. Francisco Vaccari, Inácio Auconi, Faà di Bruno e Bravi pregaram uma santa missa em Tor-Tre-Ponti por ocasião do Natal; com tanto sucesso, que o Papa solicitou a Pallotti que enviasse mensalmente um padre para cuidar daquele povo. “Penso que um de nós pode a cada mês fazer uma visita; algumas vezes poderiam ir mais padres. Também alguns dos padres que se preparam para ir às missões estrangeiras, poderiam colaborar. Ser-lhes-ia proveitoso noviciado”.
Este movimento de agricultores se prolongou e cresceu: em junho de 1846 Pallotti pediu autorização para distribuir a comunhão na igreja de São Salvador, até uma hora depois do meio-dia “porque fiéis e agricultores em grande número vêm de longe, muitas vezes já passou o meio-dia quando acabaram de confessar”.
Em favor dos agricultores, sugeriu Pallotti um grande número de iniciativas, entre as quais o ensino do catecismo. Expressamente recomenda que também leigos participem da campanha de evangelização.
Em relação aos agricultores encontramos uma observação muito sutil e arguta: os de idade poderão oferecer resistência às mudanças e ao aprendizado da religião; então trabalhemos com os jovens e, assim, renovaremos a sociedade...
Na região de Termini funcionava uma escola de artes e ofícios: lá conseguiu Pallotti matricular bom número de filhos de agricultores: aprenderiam a profissão de pastores e de agricultores. Por 30 anos ele pessoalmente se dedicou à formação religiosa dos jovens: catequese, palestras, confissões... Queria que se tornassem bons agricultores e “apóstolos da religião e dos bons costumes entre os companheiros”.
Na Via Salária antiga o nobre Paulo Campagna abriu uma escola agrícola: aí também conseguiu Pallotti fazer estudar filhos de agricultores e cooperou na formação religiosa.
Ainda em favor da juventude, planejou Pallotti, sem conseguir realizar, uma escola de latim para jovens e adultos: lá estudariam e se encaminhariam na vida.
5. Escolas Noturnas
Boa demonstração do empenho de Pallotti pelo futuro da juventude dão as escolas noturnas; a primeira foi fundada pelo advogado Miguel Gigli e por Pallotti em São Nicolau degli Incoronati; novas escolas surgiram por iniciativa desse amigo do santo. A primeira escola se transformou em hospital, na peste da cólera, em 1837, na qual sucumbiu o Sr. Gigli.
Passada a epidemia, sobraram muitos jovens privados de seus pais; aí sentiu Pallotti maior urgência em continuar e ampliar as escolas noturnas. Com auxílio dos amigos, em pouco tempo voltaram a funcionar as escolas na rua Máscara de Ouro e a do Borgo; outras duas nasceram: na Via dell’Arancio e no quarteirão ai Monti; seus amigos abriram outras no Transtevere e na rua do Povão.
Nesta obra de educação da juventude, salientaram-se vários membros do Apostolado Católico, clérigos e leigos. Auxiliaram com trabalho pessoal e com recursos financeiros; até o Tesouro do Estado (pontifício) apoiou a obra. Pallotti realizou muito trabalho de evangelização: catequese, palestras, missas, pregação, confissões, etc., além da inspiração e coordenação geral do empreendimento.
Em 1839, quando de sua doença e descanso em Camaldoli, Pallotti encarregou o P. Morichini do cuidado da obra, ao qual escreveu que as escolas noturnas não lhe causavam preocupação, mas lhe davam alegria. Contavam por esta época 500 alunos.
Continuaram a crescer, no início da década de 1840 chegaram a mil alunos. A ampliação da obra fez com que o Governo assumisse o empreendimento; Pallotti continuou por algum tempo a se interessar por ele, até que aos poucos a organização se tornou completamente independente.
Pallotti conseguiu ainda convencer seu amigo, o Cardeal Ostini, Bispo de Albano, a fundar uma escola em sua diocese.
6. Corporações
No sistema da época, os trabalhadores estavam organizados em “corporações” – distintas segundo os ofícios. A Via dei Pettinari, por exemplo, tomou seu nome da corporação correspondente – a dos produtores de pentes. As corporações visavam promover os interesses da classe e também da religião; em geral, cada uma possuía sua igreja, onde os sócios participavam das celebrações litúrgicas.
Seguindo o exemplo de outros países, Pio VII as aboliu no começo do século 19. Ao se darem conta da formação religiosa e da vivência cristã que tais associações promoviam, os Papas começaram a ver o problema sob outro prisma. Gregório XVI permitiu o restabelecimento das que o desejassem e Pio IX, em 1852, restaurou as corporações, sob forma adaptada ao tempo.
Desde os primeiros anos de seu sacerdócio, Pallotti trabalhou na associação de jovens da Casa Muccioli: aí entrou em contato com os trabalhadores; sempre manteve relações com a classe trabalhadora. Muito se empenhou pelo restabelecimento das corporações, havendo exercido influência no ato de restauração de Pio IX.
Valendo-se da permissão de Gregório XVI, fez voltar à vida três corporações:
– A dos sapateiros, nas proximidades de Ponte Rotto; a eles reunia inclusive para oito dias de retiro na Igreja do Espírito Santo. O Vice-gerente da Diocese, D. Vespignani, mais vezes participou dos encontros dos sapateiros e elogiou generosamente os esforços de Pallotti e sua abençoada atuação entre esses trabalhadores.
A segunda associação restaurada: a dos cocheiros. Para eles, Pallotti elaborou estatutos próprios, onde previa um retiro a cada dois anos.
A terceira a merecer seu empenho foi a dos padeiros italianos, proprietários da bela Igreja de Santa Maria de Loreto, no Forum Trajano; dizia-se dos padeiros italianos, para distingui-la da associação dos padeiros alemães. Para eles Pallotti pregava retiro anualmente, além de outras formas de atendimento religioso.
A moderna organização dos trabalhadores é a dos sindicatos: que campo imenso se abre para nossas atividades, se fosse seguir o exemplo do Fundador...
E Pallotti queria que seu espírito continuasse a frutificar no apostolado dos filhos. Para isto, em seu plano das “Procuras”, previu a “Procura São João Evangelista”, a cujo encargo confiou todos os oratórios e congregações diurnas e noturnas, as pias uniões, as associações e “Ascrizioni per opere di caritá”.
7. Pia Casa de Caridade
Conhecemos a história da Pia Casa de Caridade e por isto nos contentamos com alusões.
Nasceu para abrigar órfãs que perderam os pais na peste da cólera.
Pallotti soube angariar a ajuda de Jacó Salvati, benemérito colaborador desde o início e mais tarde ecônomo da instituição. Teve também a ajuda de piedosas senhoras, que aos poucos se transformaram na Congregação das Irmãs Palotinas.
Aparecem aí dois elementos importantes: a promoção da juventude e a colaboração de uma equipe de pessoas.
Pallotti visitava semanalmente ou mais a casa: missa, confissões, pregações, reuniões com a equipe a fim de garantir o bom funcionamento da obra.
8. Hoje?
Intenção deste breve estudo foi mostrar quanto Pallotti tomou a peito a realização do terceiro aspecto de sua vocação: a missão social do Apostolado Católico.
Por meio de Maria ela ainda hoje nos exorta: “Tu és sacerdote para o povo (Hb 5,1). Eu te recomendo em especial a parte do rebanho que facilmente é negligenciada: os pobres, os doentes, os moribundos e os pecadores empedernidos” (Mês de maio para os clérigos, 24ª meditação).
O carisma do Fundador interessa toda a sua obra: é a continuadora!
Creio que de modo particular o aspecto social do Apostolado Católico fala aos homens do terceiro mundo: a pobreza se faz violenta, torna-se, por isto, urgente o empenho em prol de uma instituição de caridade universal... Assim como Pallotti a recebeu de Deus! E tentou colocá-la em prática:
Assistencial e promocional.
Com empenho pessoal e comunitário.
Trabalhando em união com todas as forças da Igreja.
Em equipe, na animação de todos os membros da família de Deus.
“Entre o anúncio evangélico e a promoção do homem, entre a caridade e a promoção humana, há uma estreita e profunda conexão, como mostra o ensino social da Igreja”. 
Temeroso das ameaças de Acab, o profeta Elias foi buscar força e inspiração no Horeb, o monte onde se revelou o Senhor. Fatigado, deitou à sombra de um junípero. Acordado por um anjo, ouviu a ordem: “Levanta-te e come, senão a caminhada será longa demais para ti” (1Rs 19,7). Talvez conviesse aplicar a nós a inspiração de Elias: volta às origens...
Pe. Genésio Bonfada SAC

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Enchente na Colômbia

No último dia 5 de dezembro um temporal causou um grande desastre na cidade de Bello (grande Medelin) na Colômbia, lugar este onde encontra-se a nossa paróquia palotina. Uma enchente e vários deslizamentos soterraram casas e pessoas. Desde o dia 5 700 bombeiros estão procurando por pessoas que estão soterradas pela lama. Durante estes dois dias já foram encontrados 31 corpos de vítimas deste desastre. Quase metade das vítimas são crianças. As pessoas já estão perdendo a esperança de encontrar sobreviventes, que até agora somam apenas 8 pessoas.


No domingo, no bairro de “La Gabriela” 50000m³ de terra, lama e lixo acumulado desceu e soterrou o bairro. “Água, lama, pedras desceram e soterraram casas, não temos mais esperanças de encontrar sobreviventes” explica o Pe. Adam Gasior SAC, que trabalha na paróquia em Bello. Neste dia houve a festa por ocasião da Primeira Comunhão das crianças e todos ainda não sabem quantas destas crianças são vítimas deste desastre. A enchente de domingo foi só o inicio da tragédia. Cerca de 23mil pessoas devem deixar suas casas por causa do risco de novos deslizamentos de terra. Se as chuvas não cessarem, os acessos desta cidade para o resto do país serão bloqueados, porque estradas importantes que ligam Bello à Bogota e ao aeroporto estão em zonas de risco.
Em todas as paróquias estão sendo organizados centros de ajuda para os desabrigados, salas de catequese estão servindo de abrigo, e são servido alimentos, água potável e roupas, cobertores para as vítimas deste desastre.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Festa da Imaculada Conceição em Cachoeiras de Macacu

A Festividade da padroeira da paróquia e município de Cachoeiras de Macacu começou bem cedo. Depois de nove dias de preparação que foram dirigidas pelos padres Jorge Chmielecki SAC e Jurandir do Nascimento SAC, no dia 8 de dezembro cerca de 350 pessoas chegaram às 06:30h da manhã para uma alvorada em honra de Nossa Senhora. 
Em seguida um delicioso café da manhã mineiro com a presença da banda de instrumentos de sopro, fez todos sentirem um gosto de grande festa. Às 10 horas começou a primeira Missa que foi celebrada pelo reitor do Seminário Maior Palotino no Rio de Janeiro Pe. Francisco Marques SAC. A Missa com a presença dos seminaristas palotinos foi uma boa ocasião para lembrar sobre a totalidade do “SIM” que foi dado a Deus pela Virgem Maria. Maria beneficiou-se antecipadamente da morte redentora de seu Filho e, desde a sua concepção, foi preservada de toda a culpa. Por esta razão, com o seu coração imaculado, Ela nos diz: "Confiai em Jesus, Ele vos salva".
Às 18 horas começou a grande procissão com a imagem da Imaculada Conceição que percorreu as ruas da cidade. Muitos devotos de Nossa Senhora saíram nas ruas para agradecer a Mãe de Deus por todo bem que receberam através Dela. Logo depois começou a santa Missa. Pe. Jorge lembrou que a Mãe de Deus olha para nós como Deus olhou para Ela, humilde menina de Nazaré, insignificante aos olhos do mundo, mas escolhida e preciosa para Deus. Reconhece, em cada um, a imagem de seu Filho Jesus, embora sejamos tão diferentes! Esta é a mensagem que recebemos aqui, aos pés de Maria Imaculada. É uma mensagem de confiança para cada pessoa desta paróquia. Uma mensagem de esperança que não é feita de palavras, mas da sua própria história: Ela, uma mulher da nossa estirpe, que deu à luz o Filho de Deus e compartilhou toda a sua existência com Ele! E hoje nos diz: "Este é também o teu destino, o vosso, o destino de todos: ser santos como nosso Pai, ser imaculados como nosso irmão Jesus Cristo, ser filhos amados, adotados todos para formar uma grande família, sem limites de nacionalidade, cor, língua, porque um só é Deus, o Pai de cada pessoa". No fim da Missa, todos assistiram a uma peça de teatro sobre a vida de Nossa Senhora, preparada pelos paroquianos.
A noite um show com música católica e barracas com comida típica fizeram que muitas pessoas alegraram-se com festa da Imaculada Conceição.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Novo cardeal Lourent Monsengwo… entrou para os Palotinos

O Papa Bento XVI nomeou o arcebispo Laurent Monsengwo Pasinye para ser cardeal. Novos cardeais receberam no dia 20 de novembro o chapéu cardinalício e no dia 21 de novembro durante a Eucaristia celebrada na basílica de São Pedro o anel de cardeal. Dom Laurent Monsengwo Pasinya tem 71 anos e é arcebispo de Kinshas.

É o terceiro cardeal na República Democrática do Congo (os dois outros são: Joseph-Albert Malula e Frédéric Etsou). No dia 2 de novembro o arcebispo de Kinshasa disse em uma entrevista: “O título, nem o fato de que vou me chamar de eminência não são importantes, o mais importante é que o título representa. É um chamado ao compromisso. [...] Não vou ter medo de anunciar o Evangelho. Eu não temerei mostrar culpados. Embora educada, mas claramente e o suficiente”. Perguntado sobre o que dividiu o Presidente Mobutu e cardeal Malula, o cardeal Monsengwo, que no período turbulento dos anos 70 foi secretário geral da Conferência Episcopal do Zaire, diz sem rodeios: "Mobutu queria ter autoridade soberana sobre todos, e que todos estão se curvando para suas exigências. Conduzido ao fato de que todos não sejam oposição a ele. Faltava-lhe a oposição da Igreja Católica. Mobutu acreditava que o Cardeal Malula condenado ao exílio, ele podia fazer isso com cada bispo. Ele queria que todos fossem seus seguidores. E isso cardeal Malula não aceitou". Segundo antiga tradição, o Papa concedeu a cada novo cardeal uma igreja em Roma (título ou diáconos), como sinal de participação na missão pastoral do Papa. O Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya recebeu a Basílica de Santa Maria, Regina Pacis (Maria Rainha da Paz), em Roma-Ostia, uma igreja onde deste de 1926 trabalham os palotinos da Província italiana da Rainha dos Apóstolos. Eminência, bem-vindo aos palotinos!

A construção desta igreja foi feita em 1918 pelos os padres agostinianos, mas porque os problemas econômicos da construção foram grandes o cardeal Vannutelli, o então bispo de Óstia, voltou-se para a Província Italiana dos palotinos, que concluíram a construção e aí permaneceram durante 84 anos. É a maior igreja construída pelos palotinos na Itália, ela tem de 56 metros de comprimento e 21 metros de largura. A cúpula octogonal é de 12 metros de diâmetro e 42 metros de altura. A fachada da Basílica é de frente para o mar, indicando que a Rainha da Paz quer levar a bênção do mundo inteiro. Este é outro aspecto da missão de Palotina, que agora se conecta ao Cardeal Monsengwo.
Pe. Stanislaw Stawicki SAC

sábado, 11 de dezembro de 2010

O DESERTO FECUNDO

A primeira leitura de hoje nos diz que o deserto florirá. Essa Profecia se cumpriu de mais de um modo. O primeiro modo nós o vemos no Evangelho desse Domingo. Dois frutos esplêndidos da experiência do deserto:  Um é São João Baptista, outro Nosso Senhor Jesus Cristo. Ambos foram ao deserto buscar forças para o seu ministério. O deserto é o lugar do encontro com Deus, onde, no silencio interior e na ausência de apoios humanos, o ser humano pode se abrir à Palavra criadora do Senhor. O deserto nos prepara para a missão. Os grandes homens da Bíblia, todos eles tiveram essa experiência com o deserto. Abraão, Moisés, o rei David na Juventude a pastorear as ovelhas,  O profeta Elias, João Batista e o próprio N.S. Jesus Cristo.
Deus conduz os seus servos ao deserto, para que lá, ele possa desapegá-los das coisas inúteis e educá-los no essencial e ficarem ainda mais cheios do Espírito Santo. Por isso, o próprio Senhor Jesus disse a respeito de São João Baptista: “ O que fostes ver no deserto? Uma vara agitada pelo vento? (símbolo da inconstância e da frouxidão) Ou um homem vestido com vestes finas? (Símbolo do culto da aparência e das vaidades): Nada disso: Foram ver um homem firme em suas convicções, na fé e um homem que vivia do essencial. A isso o levou a experiência com Deus no deserto.
Em Nosso Senhor Jesus Cristo, porém, a experiência do deserto e de vencer  ali as tentações do diabo, o fez ficar ainda mais consciente de estar cheio do Espírito Santo. Ele mesmo  logo a seguir disse na sinagoga de Nazaré: “«O Espírito do Senhor está sobre mim,porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» (Lc 4,18-19)
Os factos relatados no Evangelho de hoje atestam essa declaração de Jesus: “«Ide contar a João o que vedes e ouvis:  Os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa-Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontra em mim ocasião de escândalo.» (Mt 11,4-6)
Um outro facto que atesta essa fecundidade do deserto, é a situação actual do deserto da Judeia: Quem hoje em dia passa por Israel e mais especificamente perto do deserto que circunda o curso do rio Jordão, verá um grande contraste: “De um lado a terra árida e sem vida; de outro, a terra cultivada e irrigada com água do rio Jordão onde crescem verduras e frutas da melhor qualidade. O deserto trabalhado produz. Entre os missionários, conta-se a seguinte história do diálogo de um padre e uma pessoa nativa de um lugar que tinha problema da fome: “Mas aqui não dá milho? Não senhor. Não dá arroz, não senhor? Não dá abóbora? Não senhor. E se plantar? Ah, se plantar, dá…” Parece engraçado, mas isto pode ilustrar bem  nossa vida cristã. Conheço lugares onde este “deserto” diário é fortemente recomendado e quase que normativo para o cristão que realmente quer crescer na vida com Deus.  No meu tempo de militar o deserto era a casa de banho depois do dia de estudo, onde levava a Bíblia para a ler. Sem esse deserto, nosso coração permanece uma terra inculta onde nascem os espinhos, e a boca falará o que o coração está cheio. Por isso, na segunda leitura São Paulo nos exorta a ter a paciência dos agricultores, para que de nós saiam os bons frutos do Espírito: Alegria, paz, caridade, longanimidade, auto-domínio, temperança, etc… No fundo o Grande agricultor é o Nosso Pai do Céu. (Cf. Jo 15) Do contrário , como ele diz, da nossa boca sairá o espinho da crítica. Cada um deve encontrar o seu deserto, uns maiores, outros menores, para que ali, no encontro pessoal diário com o Senhor, a sua vida cristã possa florescer e sejamos uma comunidade verdadeiramente cheia do Espírito Santo, cheia da caridade de Cristo. Experimente cultivar o seu deserto. Certamente ele florirá pois Deus é fiel.

Para as células de Evangelização.
Nosso deserto com Cristo (oração) tem florido na caridade? Se algum dos membros fez o COR, foi uma experiência válida de deserto?
Pe. Marcelo