domingo, 19 de dezembro de 2010

MARIA, NOSSA MÃE E MESTRA NO ADVENTO

No quarto Domingo do Advento, a Igreja volta seus olhos para Nossa Senhora, como mãe e mestra daquilo que ela mesma e cada um de nós é chamado a ser.
O Bem-Aventurado Isaac de Stella assim dizia dessa relação de Nossa Senhora com a Igreja e cada alma fiel: “Um só, portanto, é o Cristo total, cabeça e corpo: Filho único do único Deus nos céus e de uma única mãe na terra. Muitos filhos, e um só Filho. Pois assim como a cabeça e os membros são um só Filho, assim também Maria e a Igreja são uma só Mãe e muitas mães; uma só Virgem e muitas virgens.
Ambas são mães e ambas são virgens; ambas concebem virginalmente do mesmo Espírito; ambas, sem pecado, dão à luz uma descendência para Deus Pai. Maria, imune de todo pecado, deu à luz a Cabeça do corpo; a Igreja, para a remissão de todos os pecados, deu à luz o corpo da Cabeça. Ambas são mães do Cristo, mas nenhuma delas pode, sem a outra, dar à luz o Cristo total.
Por isso, nas Escrituras divinamente inspiradas, o que se atribui de modo geral à Igreja, virgem e mãe, aplica-se particularmente a Maria. E o que se atribui especialmente a Maria, virgem e mãe, pode-se com razão aplicar de modo geral à Igreja, virgem e mãe; e quando o texto se refere a uma delas, pode ser aplicado indistinta e indiferentemente a uma e à outra.
Além disso, cada alma fiel é igualmente, a seu modo, esposa do Verbo de Deus, mãe de Cristo, filha e irmã, virgem e mãe fecunda. É a própria Sabedoria de Deus, o Verbo do Pai, que designa ao mesmo tempo a Igreja em sentido universal, Maria num sentido especial e cada alma fiel em particular.
Eis o que diz a Escritura: E habitarei na herança do Senhor (cf. Eclo 24,7.13). A herança do Senhor é, na sua totalidade, a Igreja, muito especialmente é Maria, e de modo particular, a alma de cada fiel. No tabernáculo do seio de Maria, o Cristo habitou durante nove meses; no tabernáculo da fé da Igreja, habitará até o fim do mundo; e no amor da alma fiel, habitará pelos séculos dos séculos.”
Nossa Senhora é a Mulher que é toda escuta da Palavra de Deus. Ela sabe o que diz o Salmo: “…a tua fidelidade é eterna como o céu.” (Sl 88); por isso esperava o cumprimento das promessas feitas pelo Senhor ao seu antepassado David. Ao ouvir, crer e ver estas antigas promessas cumpridas através dela, Maria Santíssima não pode senão exultar no Senhor. Isabel, respondendo à saudação de Nossa Senhora declarou: “Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.” (Lc 1,45). Nossa Senhora é mais feliz por ter acreditado e ser discípula do seu Filho do que por ser sua Mãe. Assim, ela é nosso modelo a seguir. Foi Jesus quem o declarou: “Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!» Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.» (Lc 11,27)  Sobre isso o nosso Papa Bento, no contexto do Sínodo sobre a Palavra afirmou: «Alimentar-se da Palavra de Deus é para a Igreja a primeira e fundamental tarefa.”»  Assim também nós, como Nossa Senhora, teremos a alegria de gerar Jesus para este nosso tempo. João Paulo II declarou ,certa vez, que o nosso “Amém” quando recebemos a Eucaristia na Santa Missa, se assemelha ao “Amém” de fé que Nossa Senhora pronunciou ao anúncio do anjo.
Digamos com Nossa Senhora: Virgem Mãe, em cada Santa Missa quando direi o meu “Amém” antes de receber teu Divino Filho presente na Eucaristia, uni aquele meu pequeno “Amém” ao teu grande “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” que respondestes ao arcanjo Gabriel. Vós sois Mãe da fé. Fazei com que a escuta da Palavra de Deus aumente também a minha fé. Que também na minha vida, escutando eu creia, e que crendo eu veja a realização da promessa de Deus. Obrigado Mãe. Amém
Peçamos a Nossa Senhora que também o nosso coração seja um presépio aconchegante onde o Deus Menino estabeleça o seu reinado de amor e de paz.

Para as células de Evangelização:
Nossa Senhora concebeu Jesus por obra do Espírito Santo. Que lugar tem o Espírito Santo na minha vida? Invoco-O? Ele ainda é um “ilustre desconhecido” para mim?
Pe. Marcelo

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