No dia de Pentecostes a Igreja celebra a festa da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. No mesmo dia em vários lugares é celebrada a Festa do Divino Espírito Santo. Um dos lugares onde a tradição da celebração da Festa do Divino é forte é em nossa paróquia em Novo Airão. Já na quinta-feira antes do dia de Pentecostes começa o festejo. À tarde perto do lugar onde é preparada a sala com trono do Divino Espírito Santo são levantados os mastros. Altos picos de madeira com a bandeira do Divino Espírito e com frutas no topo do mastro.
A noite sai a solene procissão para a igreja onde Pe. Artur Karbowy SAC preside a missa festiva. Na frente da procissão vai o tamborete que coloca o ritmo dos canções. Em seguida os homens carregam bandeiras vermelhas e brancas com pombinhas, simbolizando o Espírito Santo. Depois anda corte imperial com a coroa, o ceptro e o orbe — são os símbolos mais importantes do Império do Divino Espírito Santo, assumindo o lugar central em todo o culto.
A coroa é decorada com um laço de fita vermelha e branca, o mesmo acontecendo com o ceptro. Por vezes os braços da coroa são decorados com pequenos botões de flor de laranjeira em tecido branco. Simboliza o império do Divino Espírito Santo e o seu poder universal. Durante quatro dias é realizada a procissão e celebração da Santa Missa. No sabado sai mais uma procissão, essa aconteçe durante o dia. Andando de casa em casa recolhe se alimentos que depois serão distribuidos para pessoas carentes. Durante o festejo do Divino Espírito Santo os devotos querem mais uma vez mostrar que estão colocando toda a sua esperança no Espírito Santo e querem que Ele reine em suas casas e em sua vida.
A Festa do Divino Espírito Santo chegou ao Brasil junto com os Portugueses. A Festa tem sua origem no tempo de Rainha Santa Isabel. Em 1282, a Infanta Isabel de Aragão foi dada em casamento ao jovem D. Dinis, Rei de Portugal. Isabel, mulher de uma fé inabalável e coração terno, resistiu às investidas iradas do seu esposo, pois este considerava impróprio que a Rainha se mesclasse com os pobres e despojados do seu reino, entre os quais os Judeus Sefarditas, freqüentemente perseguidos na Península Ibérica.
Mas Isabel, devido às suas fortes convicções cristãs, ignorava as repreensões do esposo, saindo freqüentemente pelas portas traseiras do palácio, disfarçada de mulher do povo para levar esmolas aos seus sujeitos mais carentes. Utilizou toda a sua influência real para proteger os Judeus, os quais mais tarde a proclamaram a Rainha Santa pela proteção e benevolência que lhes dedicou. Reza a história que certo dia enquanto a Rainha passava pelos jardins, dirigindo-se as portas do palácio, com pão para os pobres em seu avental, esta cruzou-se com o seu esposo. O rei a interpelou: "Senhora, que levais em seu regaço?". "Nada, Senhor. Rosas apenas". "Vejamos, então". A rainha abriu o seu avental e caíram rosas ao chão. Sua origem remonta às celebrações realizadas em Portugal, nass quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes e distribuição de esmolas aos pobres. Desde seus primórdios, os festejos do Divino são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.
Pe. Artur
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