sexta-feira, 7 de agosto de 2009

JESUS, FORÇA PARA O CAMINHO

Ao mesmo tempo que vemos os mais estupendos avanços da técnica nos nossos dias, vemos também, em contrapartida, tantos que no teor de suas vidas vão se tornando fracos, recorrendo a uma falsa força nas drogas, no álcool, ou em outras fugas que não dão condições à pessoa de cumprir a missão que Deus destinou para ela. Desde o Antigo Testamento, vemos Deus Nosso Senhor mostrando ao seu povo que Ele é a sua força, e que aqueles que Nele confiam chegam ao bom termo da sua peregrinação nesta terra.

No deserto, o povo judeu experimentou o maná, pão material que Deus providenciou para que cada dia fossem sustentados na sua caminhada para a terra prometida. Porém, esse cuidado de Deus não foi correspondido com a fé e a confiança, como diz São Paulo: “Todos comeram do mesmo alimento espiritual e todos beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam de um rochedo espiritual que os seguia, e esse rochedo era Cristo. Apesar disso, a maior parte deles não agradou a Deus, pois foram exterminados no deserto. Ora isto aconteceu para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos coisas más, como eles cobiçaram. “ (1 Cor 10,3-6)
Na primeira leitura de hoje, vemos o profeta Elias que mesmo estando a cumprir a missão que o Senhor lhe havia confiado esmoreceu no cansaço, desejando inclusive a morte. Mas assim como o ao povo de Israel no deserto, o Senhor não o desampara e prepara para ele um alimento que o fortaleceu: “«Levanta-te e come, pois tens ainda um longo caminho a percorrer.» Elias levantou-se, comeu e bebeu; reconfortado com aquela comida, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus.” (1 Reis 19,7-8) No caso de Elias o alimento não foi em vão, pois ele ansiava por escutar a voz do Senhor e observar os seus mandamentos. Prova disso foi que ele caminhou em direcção ao Horeb, monte santo, onde Deus deu a Moisés dez mandamentos. Lá ele recebeu instruções sobre quem continuaria o seu trabalho: Deus mandou que ungisse reis e Eliseu como profeta em seu lugar. A sua obra não acabou com a sua partida deste mundo porque realizava a vontade de Deus. Ele experimentou o que disse o profeta Isaías: “Até os adolescentes se cansam e se fatigam e os jovens tropeçam e vacilam. Mas aqueles que confiam no Senhor renovam as suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer.” (Is 40, 31-32)

Todas estas realidades eram prefigurações daquilo que Jesus nos diz hoje no Evangelho: “Eu sou o pão da vida.” Jesus na Eucaristia é o alimento que nos fortalece para cumprirmos bem a nossa missão neste mundo e consequentemente nos leva à vida eterna.

Dizia São Vicente Pallotti: “ Com esse incompreensível excesso de seu Amor Infinito e da Sua Infinita Misericórdia, Jesus Cristo não só quis ser sacerdote e vítima, comida e nutrimento de vida eterna para nossas almas, mas também quis permanecer sempre connosco, nos santos altares, em trono de Graça e Misericórdia, para dar-nos tudo e sempre com Amor Infinito em todas as necessidades da nossa vida presente.” (OO CC XIII, 168)

Jesus é “pão da Vida” que nos dá força para optarmos pelo “homem novo” do qual fala São Paulo na Segunda leitura: “Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Ef 4,30-31) Quem nos dá força para isso é Aquele que disse: “…o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.» (Jo6,51).

Desejamos às células de evangelização e a todos os que podem gozar das férias um tempo de graça e de sadio convívio na companhia dos seus.

Pe. Marcelo

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