terça-feira, 10 de abril de 2012

Noticiário UAC – Março 2012


Queridos irmãos e irmãs da União
Temos a  alegria de apresentar neste boletim uma síntese da vida de Giacomo Salvati, de acordo com o Livro de S. Vicente Pallotti, “Profeta da Espiritualidade de Comunhão” sob a orientação do Pe. Franco Todisco SAC, juntamente com  outras notícias provindas da UAC.

  1. Primeiros colaboradores de S. Vicente Pallotti:
Giacomo Salvati (1779-1858), um dos primeiros membros leigos da União do Apostolado Católico, tornou-se o símbolo da vocação leiga palotina do Apostolado Católico. Nasceu no dia 10 de Janeiro de 1779 em Rocca di Papa (RM), diocese de Frascati. Agricultor, “carbonaio” (vendedor de carvão) e carroceiro, tornou-se transportador e comerciante de diversas mercadorias, que a cavalo ou com um pequeno “carreto”  leve transportava a mercadoria para os Castelos romanos. Era dezesseis anos mais que Vicente Pallotti; quando jovem tinha estado duas vezes na prisão. No ano de 1809 casou-se com Madalena Menichini (1790-1861). Do casal nasceram oito filhos entre meninos e meninas, seis dos quais morreram prematuramente. Vindo morar em Roma em busca de trabalho, desde  1828 tinha casa e um pequeno armazém (secos e molhados) na Via “Salita del Grillo” e ali morava com a esposa e as duas filhas – Camilla e Maria Constante; esta última, depois tornou-se religiosa no convento “Divino Amoré”.  A  esposa de Giacomo, com a ajuda  de algum operário fabricava também sabão e vendia no pequeno armazém. O casal teria acumulado uma discreta fortuna pois no Processo Ordinário de Beatificação de Pallotti, Giacomo  declarou “possuir bens e viver com suas próprias rendas”.
No ano de 1832, a filha Camila, encontrava-se muito doente. Certo dia Pe. Vicente se apresentou no seu armazém onde então encontrava-se somente a esposa que não o conhecia e Pallotti lhe comunicou  que a filha Camila, agonizante, estava melhor e, sem outras palavras, se retirou. A senhora pensou que fosse uma brincadeira e, apenas tornado seu marido, contou-lhe o acontecido. Mas nem ele tinha chamado aquele sacerdote desconhecido. Giacomo foi então imediatamente ver a filha que já há três dias não comia. Camila pediu comida e pouco depois disse estar melhor. No dia seguinte o médico a encontrou curada confirmando  o desaparecimento de qualquer sintoma de doença e disse: “Este é um milagre”!
Giacomo encontrou a residência do Pe. Vicente e se colocou à sua disposição; a glória de Deus levou assim ao nosso Fundador um colaborador humilde e constante, incansável em sustentar as suas obras apostólicas.
Neste período algum outro colaborador leigo, talvez Tommaso Alkusci, haveria traduzido em árabe as “Máximas Eternas “ di Santo Alfonso de Ligório. PE.  Vicente e  outros companheiros da União do Apostolado Católico queriam imprimir nada menos que dez mil cópias das “Máximas Eternas” para serem distribuídas à todos os cristãos orientais que viviam em Roma e também para poder serem enviadas para ao Oriente Médio. O valor desta impressão era de Quatrocentos “Escudos” e o Pe. Pallotti não dispunha deste valor. Pensou então de encarregar Giacomo Salvati... a quem Deus – dizia  Pe. Vicente – havia curado a filha e pediu-lhe, então, de providenciar a tal soma pedindo em “esmola” a colaboração de outros, a fim de imprimir os folhetos.
De uma coisa o senhor Salvati se preocupou: Quem acreditaria? Teria ele talvez acabado pela terceira vez na prisão  visto que em Roma, como em alguns outros lugares, não faltavam “embrulhões” que pediam dinheiro para fins de obras pias? Pediu então ao Pe. Pallotti uma carta de apresentação. Pe. Pallotti “encurtou a conversa” … tomou um crucifixo do peito e lhe disse: “Vá em nome do crucifixo e encontrarás o que necessitas”. Giacomo fez o sinal da cruz e partiu. Ninguém o deixou sair de mãos vazias. Em pouco tempo completou a considerável soma para a impressão dos folhetos, aliás obteve cinqüenta “Escudos” a mais. Retornando à casa, contou à esposa  o acontecido e também ela fez o sinal da cruz. Daquele momento em diante, Giacomo e Madalena permaneceram sempre a disposição do Pe. Vicente fornecendo-lhe ajuda material, mas sobretudo o seu trabalho e o seu bom senso de agricultores. Ligada ao zelo de Giacomo Salvati está também a Fundação e a abertura, em 1838  da “Pia Casa di Carità”, da qual ele foi o primeiro Procurador. O senhor Ermano Conti no seu livro “La Pia Casa di Caritá no bairro Sant’Agata, desde a sua fundação até hoje (Roma, 1939, Pe. 33) não exitou em escrever  que “...confortado pelas palavras do Pe. Vicente Pallotti, o senhor Salvati colaborou e se fez iniciador de uma obra Santa”.
O Pe. Vicente permaneceu sempre muito amigo da família Salvati. Na vigília de uma noite de Natal, Salvati  e sua esposa estavam para acompanhar o Pe. Pallotti à Missa de meia noite, quando o Pe. Vicente  pediu à senhora Madalena de permanecer em casa. A boa senhora sentiu-se um tanto mortificada mas aceitou e ficou em casa com a empregada. Naquela noite vieram os ladrões convictos de que a família estivesse toda na Igreja e encontrando com surpresa, gente em casa, fugiram correndo. No ano de 1843, o Pe. Vicente celebrou o Matrimônio da filha Camila com o Conde  Luigi Latini Macioti, batizou os filhos e de alguns, foi  padrinho.
Na sua Declaração  para o processo Ordinário de Beatificação de Vicente Pallotti, na data de 17 de Fevereiro de 1853, o senhor Salvati disse: “Eu sinto em mim um afeto, uma devoção e uma veneração ao Servo de Deus... eu que o conheci, constatei que me parece dotado de todas as virtudes”. Embora  em algum momento dissesse  que sua memória não era mais tão fiel pelos seus setenta e três anos, respondia então: “Não recordo” . De duas coisas recordou muito bem e com muita clareza: a cura da filha Camila e a coleta prodigiosa para a imprimir os folhetos.  Morreu no ano de 1858, oito anos depois de Vicente Pallotti e foi sepultado com seus familiares na Igreja do SS. Nome de Maria no “Foro Troiano”, em uma Capela à esquerda.

 

2.  Novos Membros da UAC:
Italia:       Riposto, Sicilia: durante a celebração Eucarística na Igreja de S. Maria das Dores, sábado, 14 de Janeiro de 2012, presidida pelo Bispo  da Diocese de Aciriale, D. Antonino Raspanti, na presença do Presidente do Conselho Nacional Italiano (CCN UAC), Corrado Montaldo, um grupo de 08 jovens leigos emitiram o seu Ato de Empenho Apostólico.  Estavam presentes Irmã Beniamina Tropiano CSAC e outros membros da Congregação das Irmãs Palotinas, o Provincial, Pe. Antonio Lotti SAC, o Conselheiro Geral, Pe. Martim Manus SAC e outros sacerdotes como também outros membros da UAC e muitas pessoas da redondeza.

Ostia Lido, Roma: 25 de Março, na solenidade da Anunciação do Senhor, durante a celebração Eucarística na Igreja “Regina Pacis” de Ostia Lido, presidida pelo Pe. Antonio Lotti, Reitor Provincial da SAC, cinco Pessoas emitiram o Ato de Empenho Apostólico. Os cantos deste dia  foram à cargo do  coral da UAC que abrilhantou a celebração.

 Nigéria: Durante e Celebração Eucarística, sábado 13 de Fevereiro de 2012, na Paróquia de S. Thomas, Uke, Nigéria, na presença  do Reitor Geral e Assistente Eclesiástico da UAC, Pe. Jacob Nampudakam SAC, 11 pessoas emitiram o ato de Empenho Apostólico. Esses são os primeiros membros da União na Nigéria. Estavam também presentes o Reitor Regional, Pe. Bruno Ateba SAC, os quatro Sacerdotes palotinos nigerianos, o mestre de postulantes, Pe. Sostene Abolo, o pároco Pe. Peter Hillen SAC, alguns sacerdotes em visita e aproximadamente 200 pessoas em formação pertencentes aos 17 grupos UAC dos arredores já em caminho de fé com a Paróquia.

3. A Jornada Católica – Alemanha: Foi concedida à UAC na Alemanha uma maravilhosa oportunidade de apresentar o nosso Carisma à Igreja de forma mais ampla.
Tendo sido oferecido um lugar para a UAC  na jornada Católica (Katholikentag) deste ano,  um tipo de festival nacional importante nos arredores dos arrabaldes da Alemanha, organizado pelos leigos católicos que se realizará em maio deste  ano em Mannheim. A liderança da UAC propôs uma “mesa redonda” como um meio para dar um testemunho criativo e vivo do nosso modo palotino de ser Igreja: pessoas de diversas vocações e estados de vida partilhando a sua visão do Carisma  palotino como um testemunho visível de igualdade fundamental e a colaboração ativa da qual somos chamados como povo de Deus. Um tal testemunho tem a potencialidade de oferecer uma mensagem muito positiva a tantas situações nas Dioceses e nas Paróquias alemãs onde as estruturas estão mudando nestes tempos e as pessoas estão em busca de novos modelos de comunidades cristãs. A partilha será sobre o tema:  “Não nos lamentemos – temos um plano. Como a Igreja do amanhã poderia apresentar-se”. A  este evento da Mesa redonda tomará parte ativa Lissy Eichert UAC que trabalha com os “sem teto” de Berlin, Alois Wittmann UAC, um médico casado e membro da UAC Hofstetten Apostolatskreis, Irmã Simone Hachen SAC,  Irmã Missionária Palotina que trabalha com os jovens;  Pe.  Edward Fröhling SAC, Sacerdote palotino e Professor  de Teologia em Vallendar e Matthias Terhorst, um noviço palotino.  Rezemos pelo bom êxito desta iniciativa para que possa ser uma verdadeira inspiração e  bênção para todos os que  participarão e que possa inspirar iniciativas análogas, criativas e corajosas em outras partes do mundo palotino nestes tempos, nos quais, somos fortemente encorajados em assumir novos “riscos” apostólicos a fim de fazermos a nossa parte a pleno título na Nova Evangelização como família palotina.

Nenhum comentário: