sexta-feira, 13 de maio de 2011

Belém - Abril de 2011, nº 60

BELÉM: uma década. E agora?

Vicente Pallotti, além de ser um grande comunicador e divulgador da boa imprensa, confiava na comunicação. Ele a considerava um meio necessário e eficaz para aumentar a cooperação e a comunhão. Por isso, convencido de que a comunicação abre para a comunhão mais profunda, os membros do Secretariado Geral para a Formação decidiram criar um instrumento de comunicação com todo o mundo palotino, através de um informativo denominado BELÉM.
No Editorial do primeiro número do Boletim Belém, encontramos estas palavras. “Escolhemos este nome porque Pallotti comparava as nossas comunidades de acolhida como a casa de Belém, isto é, Casa do Pão, abundante em alimento espiritual e dos meios necessários para alcançar a mais alta perfeição, para assim cooperar com a Maior Glória de Deus e a salvação das almas” (cfr. OOCC II, p. 15-16).

Após dez anos do primeiro número, os membros do Secretariado Geral para a Formação continuam convencidos de que, este Boletim eletrônico seja o modo mais moderno de se fazer chegar as informações sobre a formação, à comunhão palotina. De fato, muitos leitores de Belém revelam a sua importância para nos mantermos unidos, pois sua finalidade é informar, educar e nos deixar atentos à formação palotina integral.

Neste décimo aniversário de nascimento de Belém, podemos nos questionar: se Pallotti vivesse, seria também ele um colaborador deste Informativo?
Acredito que sim! Pois, Pallotti era um homem criativo, dialógico e profundamente radicado na concretude da vida. Portanto, reavivar a fé e reacender a caridade, não é possível de se realizar, hoje, sem utilizar as novas tecnologias e novas linguagens, que dão origem a uma nova cultura, a chamada digital, que influencia a nossa maneira de viver. Somente aquele palotino que está conectado com o outro poderá compreender o que quer dizer estar em comunhão, e também poderá compreender melhor o que seja a União do Apostolado Católico, e compreenderá o que significa estar em comunhão com toda a complexa realidade da nossa Fundação.

Em nosso tempo, fala-se mais em “inculturalidade” do que em “multiculturalidade”. Por quê? Talvez, porque em muitos países, os vários modelos de “multiculturalismo” colocavam as diversas culturas em um mesmo nível, procurando formas mais ou menos prováveis de tolerância e reconhecimento recíproco. Na realidade, as culturas, ou seja, as pessoas se comunicam, se entrelaçam ou se contaminam. A interculturalidade é um caminho que procura formas, às vezes difíceis, de encontros e de enriquecimento recíproco.
Hoje, mais do que nunca, devemos imaginar a nossa Sociedade e toda a União do Apostolado Católico como uma interculturalidade estrutural da rede; um espaço onde se cruzam imagens, símbolos, experiências diversificadas, e onde interagem todas as pessoas que se unem em comunidade pertencente à União e como membros das diversas Unidades, tradições culturais e nacionalidades. Sem dúvida, chegou o tempo de ocuparmos, também, deste espaço digital, sem desprezar os outros meios e formas de comunicação que, nas mesmas redes digitais, encontram difusões e valorizações.
Pe. Stanislaw Stawicki, SAC
Roma, Via Giuseppe Ferrari
 

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