segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DOMINGO MISSIONÁRIO PALOTINO 3 DE OUTUBRO 2010

APRESENTAÇÃO DA REGIÃO MISSIONÁRIA DA SAGRADA FAMÍLIA
DA RUANDA E DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

A. A FAMÍLIA PALOTINA NA RUANDA
Os palotinos chegaram na Ruanda em 08 de junho de 1973 a convite de dom Jean Baptiste Gahamanyi, então bispo da diocese de Butare. Desde a chegada dos palotinos, os bispos lhes confiaram algumas paróquias. Eles também construíram a casa regional em Gikondo, em um dos bairros de Kigali, capital da Ruanda. Neste bairro temos a paróquia dedicada a São Vicente Pallotti, um Centro de Saúde e a tipografia «Pallotti Presse».
            Os Palotinos foram muito diligentes, no sentido de entender que não poderiam radicar-se na Ruanda sem promover as vocações junto à população nativa. Por esta razão, em 1978 abrimos, em Kigali, o primeiro noviciado que, mais tarde, em 1985, foi transferido para a Casa de Formação de Butare. Atualmente, este noviciado acolhe noviços de vários países africanos, quais sejam: Camarões, Congo, Costa do Marfim, Nigéria e Ruanda.
Já as Irmãs Palotinas chegaram na Ruanda em 1977 e iniciaram seus trabalhos apostólicos nos centros de saúde, de nutrição, na escolinha de costura e nos orfanatos. Em 1981 iniciaram o trabalho de acolhimento do povo Ruandês na cidade de Masaka e, a partir de 1986, em Ruhango, onde atualmente funciona também o noviciado. Em 1993 fizeram os primeiros votos perpétuos três palotinas nativas.

B. A FAMÍLIA PALOTINA NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO (RDC)
            No Natal de 1981 chegaram ao Congo os Palotinos provenientes da Ruanda. Os Padres Henri Kazaniecki e Jean Kedziora foram os primeiros Palotinos que chegaram à diocese de Goma. O bispo local dom Faustin Ngabu, lhes confiou a paróquia de Rutshuru. Os Palotinos substituíram os Padres Brancos que ali estavam desde 1957, ano da fundação da paróquia. Em 1994 chegaram ao Congo às primeiras Irmãs Palotinas.  Quatro anos mais tarde os Palotinos abriram em Goma uma casa chamada «Génésareth», que funciona como Centro de Formação apostólico e espiritual.
C. OS MEMBROS, AS COMUNIDADES E AS OBRAS
a)         Os membros são o bem primário da Região. Atualmente a região conta com 52 membros que já fizeram a consagração perpétua, destes 2 são irmãos, 2 diáconos, 47 padres e 1 bispo. Destes 38 estão na Ruanda e no Congo e os outros estão no exterior em outras missões.
b)         As comunidades: temos 7 comunidades na Ruanda, 2 na República Democrática do Congo e 1 na Bélgica. Na formação temos 10 na teologia, 11 na filosofia e 7 no noviciado.
C)        Nossos empenhos apostólicos: há alguns anos começamos a dar ênfase ao apostolado especializado. Vimos que este responde melhor às expectativas do povo de Deus na Ruanda e na República Democrática do Congo.            Assim sendo, nos lançamos no apostolado da Divina Misericórdia em Ruhango e Kabuga. Ao mesmo tempo queremos desenvolver o apostolado da peregrinação e a devoção mariana para reforçar a nossa presença no Santuário mariano de Kibeho.
1. O Centro da Reconciliação «Jesus Misericordioso» em Ruhango:
A comunidade palotina de Ruhango se ocupa do apostolado paroquial e do Centro Jesus Misericordioso. Este centro visa a dois vastos campos de apostolado: 1) o da animação spiritual da divina Misericórdia (adoração perpétua do Santíssimo Sacramento; ministério da cura, da reconciliação e da paz); 2) a formação dos leigos – damos formação aos leigos que mais diretamente colaboraram com os padres, no espírito da nova evangelização. Este centro tem um papel importante, pois este povo viveu em 1994 o drama da guerra e do genocídio.
2. O Santuário de Nossa Senhora de Kibeho
A comunidade palotina de Kibeho dedica-se ao apostolado do santuário de Kibeho. A Virgem Maria apareceu a três meninas que ainda frequentavam a escola secundária. A primeira vez foi em 28 de novembro de 1981, quando a Virgem disse ser a Mãe do Verbo. Em 29 de junho de 2001, as aparições foram imediatamente reconhecidas pela Igreja em uma declaração pública feita pelo bispo da diocese de Gikongoro. Hoje é meta de muitas peregrinações. Este santuário nos foi confiado pelo bispo.

3. O centro Génésareth e as Casas de formação em Keshero
A comunidade palotina de Keshero (Diocese de Goma, RDC) é responsável pela pastoral do Centro, pela formação dos Postulantes e dos seminaristas que estudam filosofia.
O centro Palotino de Formação “Génézareth” constitui-se como um lugar para a expressão da espiritualidade da UAC, um lugar de recolhimento, de oração e renovação, um lugar de formação de novos “evangelizadores”.
4. O Santuário da divina Misericórdia de Kabuga
A nossa comunidade palotina de Kabuga, da arquidiocese de Kigali na Ruanda, é responsável pela paróquia de Kabuga e pelo santuário da divina Misericórdia. Este santuário é:
a)      um lugar de evangelização a serviço da comunidade paroquial de Kabuga e da arquidiocese de Kigali;
b)      um lugar de animação espiritual sobre a divina Misericórdia e a reconciliação;
Neste ano os bispos nos confiaram a organização do Congresso Nacional da Misericórdia que acontecerá no santuário entre os dias 17 e 25 de outubro de 2010. Os preparativos para o congresso vão bem, mas precisamos das orações dos nossos irmãos e irmãs para que o mesmo tenha êxito. 

5. Pallotti-Presse
A comunidade de S. Maximiliano Kolbe de Kigali na Ruanda administra a «Pallotti-Presse» que é uma tipografia e uma editora. É uma boa maneira de evangelizar através da imprensa católica.
6. Pastoral da beneficência
O nosso Conselho Regional fez um grande esforço para organizar uma ajuda aos pobres através da pastoral da beneficência. Esta ajuda está focada sobretudo na escolarização. Tudo foi possível graças à ajuda de amigos e benfeitores. Depois da guerra e do genocídio de 1994 houve várias iniciativas dirigidas aos órfãos, das quais participou também a Província Cristo Rei através do Secretariado das Missões de Ząbki, facilitando o projeto “Adoção de Coração”. Sempre tivemos em mente uma pastoral da beneficência como forma de realização do espírito da UAC.

7. Pastoral paroquial
Os Palotinos iniciaram este serviço para dar um reforço ao clero diocesano. Temos ainda algumas paróquias, mas a maioria é ligada a outras atividades específicas.
8. A presença palotina na Bélgica

Depois de três anos de negociação, chegou-se a um acordo entre os Palotinos e o Vicariato de Bruxelas. Os nossos confrades dão sua contribuição para a pastoral global, estando a serviço de algumas paróquias na diocese de Mechelen-Bruxelas.


9. Fundação da UAC
Os decretos das nossas últimas três Assembléias enfatizam que todos os nossos esforços devem realizar-se no espírito da UAC. É uma visão profética, um ideal a realizar. Neste sentido, já damos alguns passos importantes. Desde o princípio nesta região dos Grandes Lagos,os Palotinos e Palotinas colaboram para a realização do carisma palotino. Também os leigos passaram a fazer parte recentemente da Família Palotina e outros fazem pedidos para o empenho apostólico; o Conselho Nacional de Coordenação e os Conselhos Locais de Coordenação são atuantes.

10. A formação dos jovens confrades e a formação permanente
Este apostolado é há muito tempo uma prioridade para a Região e o será também no futuro. Na Região da Sagrada Família tem três casas de formação: o Postulantado em Keshero, o Período introdutório em Butare e a filosofia em Keshero. Esta formação é precedida pela pastoral vocacional, que possui um grande número de jovens que fazem o discernimento vocacional. Realizadas estas  etapas, os jovens vivem um tempo de aprofundamento da identidade palotina que os prepara para a Formação Permanente (ou especializada).

D. O NOSSO AMBIENTE, A IGREJA LOCAL
            A Igreja local onde vivemos e trabalhamos (Na Ruanda e República Democrática do Congo) é uma igreja jovem, porque tem apenas 100 anos. É uma Igreja dinâmica, ainda que sua história tenha sofrido uma reviravolta. Aqui penso na crise da maturidade! Na Ruanda a Igreja se reconhece como força moral, uma Igreja que se confronta com o desafio da unidade e da reconciliação do povo, de um lado, e  em reforçar a própria credibilidade e de suas estruturas de funcionamento, de outro. Os trágicos eventos de 1994 (guerra e genocídio) não pouparam a Igreja, dado que muitos fiéis (padres e leigos) foram vítimas ou autores. Atualmente temos um grande número de fiéis entusiastas pela evangelização, sejam aqueles ligados a novas comunidades (como a comunidade do Emanuel), sejam aqueles ligados aos centros de Formação e de animação espiritual. Esperamos que a organização e a realização do Congresso nacional da Divina Misericórdia em Kabuga contribua para despertar novos talentos e dar um novo impulso eclesial.
            O tema deste Congresso evoca muitas expectativas que também são nossas: «A divina Misericórdia como antídoto ao mal que corrói a nossa sociedade».
            No Congo a Igreja já tinha passado e superado duras provas antes dos irmãos da Igreja da Ruanda. Para superar os momentos difíceis das ideologias políticas e sociais lutou muito para manter a unidade, aprofundar a fé e participar na evangelização.
            A nossa população é pobre, mas ainda aberta aos valores. Eles precisam de líderes iluminados não somente por boa formação acadêmica, mas, sobretudo, pela luz da palavra de Deus para transformar as notícias ruins em Boa Notícia e fazer com que as nossas misérias sejam penetradas pelos raios da divina Misericórdia.

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