quarta-feira, 30 de junho de 2010

Apóstolos Hoje

Reflexão e oração - Julho de 2010

São Vicente Pallotti – “Deus Amor Infinito”

Criados à imagem e semelhança de Deus, temos que imitar a Deus, que trabalha sempre. Em virtude de nossa natureza e criação, somos obrigados a trabalhar sempre e bem e não admitir nunca a ociosidade.

Oração inicial

Salmo  24(23)

Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém,

o universo e todos os que nela habitam,

pois ele mesmo a assentou sobre as águas do mar

e sobre as águas dos rios a consolidou.

(Eclesiástico 17, 1-11)

“Da terra o Senhor Deus criou o homem,

e para ela o faz voltar novamente.

Concedeu aos homens dias contados e tempo medido,

e deu-lhes poder sobre todas as coisas que esiste na terra.

Revestiu-os com a sua própria força

e os criou à sua imagem.

Infundiu em todos os seres vivos o temor para com os homens, para que estes dominasse mas feras e pássaros.

Deu-lhes discernimento, língua,

olhos, ouvidos e mente para pensar.

Encheu-os de ciência e inteligência,

e também mostrou-lhes o bem e o mal

Infundiu o seu temor na consciência deles,

para mostrar-lhes a grandeza de suas obras.

Eles louvarão o seu nome santo,

cantando a grandeza de suas obras. 

Concedeu aos homens a ciência

e lhes entregou como herança a lei da vida.

Fez com eles uma aliança eterna

e deu-lhes a conhecer suas sentenças.

Os olhos dos homens contemplaram a grandeza da obra de glória de Deus, e seus ouvidos ouviram a majestade  de sua voz.”

A Palavra do Eclesiástico serve de base para a bela meditação e contemplação que Vicente nos oferece através de seu emergir-se contínuo no amor gratuito e infinito de Deus para com suas criaturas.

Introdução: “Deus tomou o homem e o colocou no jardim de Édem, para que o cultivasse e guardasse” (Gen 2, 15). Trabalhar bem e sempre não admite ociosidade. À luz da santa fé, devo lembrar que Deus desde toda eternidade operou e, por toda eternidade, não deixa de operar. Ele, com amor infinito, quer que nós, segundo os objetivos de sua infinita misericórdia, em todos os momentos da vida, em sua infinita misericórdia se digne conceder-nos o dom do livre arbítrio, para enriquecer-nos de inumeráveis obras merecedoras de vida eterna. Ele quer que essa sua ação contínua seja, na alma, por natureza da criação, como impulso para agir sempre e bem, sem que se admita ociosidade. Foi por isso que Ele se dignou criar-nos semelhantes a Si. Ele sempre trabalha! Nós, portanto, ajudados pela sua graça, devemos aproveitar do sublimíssimo dom da criação para agir sempre bem e com mérito. Agir diversamente seria degradar a nossa alma e um trabalhar contra o fim último da Criação. Foi, por isso, que nosso primeiro pai Adão, apenas criado, e introduzido no paraíso terrestre, apesar de ser inocente e de o cansaço não ser castigo de pecado, contudo Deus ali o colocou para que trabalhasse. (Cf. “Deus Amor Infinito”, med. X).

Reflexão

S. Vicente Pallotti ao contemplar a criação como obra infinita do Criador, convida-nos a acolher seja a imensidade e a extraordinária beleza da criação, seja a grande responsabilidade para a qual Deus chama cada um de nós para trabalhar bem e sempre no lugar onde Deus nos colocou desde toda a eternidade.

Pallotti nos indica a verdadeira posição que a criatura deve ter para com o seu Criador e a criação, encoraja-nos a adquirir uma clara consciência de quem somos e de quem somos chamados a ser enquanto filhos de um Deus que sempre amou o homem de todos os tempos. Nesta atmosfera de contemplação extasiada que Vicente vive, mergulhando e respirando profundamente o amor infinito e gratuito de Deus, nos obriga a rever o nosso estar no mundo e sobre o nosso sentido de vida nele.

Exorta-nos a olhar com olhos novos o nosso viver na terra, despertando-nos ao estupor diante das maravilhas da criação e nos coloca diante da nossa responsabilidade de cuidar da entrega que Deus tem feito pessoalmente e comunitariamente, confiando-nos o mundo! O pensamento de Vicente se torna fortemente explícito para nos ajudar a compreender que ser a imagem de um amor infinito, não permite que permaneçamos para sempre em atitudes que não deixam sinais significativos de vida, como por exemplo:

- viver ocioso ou vagando sem rumo;
- ser um mero espectador;
  - um “patrão” absoluto dos dons recebidos na gratuidade…
 

Pallotti insistiu fortemente que o homem é chamado para cuidar, cultivar, “proteger” a terra de Deus (Lv 25,23); e ser um guardião fiel e entusiasta da vida que palpita em todo universo. 

À luz destas reflexões sobre o ser criatura que opera junto ao Criador podemos nos perguntar:

·         Tenho consciência da gratuidade que Deus tem para comigo? 

·         Tenho refletido sobre a responsabilidade a qual Deus me chama para cuidar do mundo? 

·         Como posso (podemos) proceder para tornar melhor o pequeno pedaço de mundo (família, grupo de amigos,…) no qual vivo (vivemos)?

NÓS, GENTE DA ESTRADA

“Nós, o povo da estrada, acreditamos com todas as nossas forças que este caminho, este mundo onde Deus nos colocou é para nós o lugar da nossa santificação. Acreditamos que nada de necessário nos falta, porque se este necessário nos faltasse, Deus no-lo teria dado. Na estrada, apertados pela multidão, dispomos nossas almas, como cavidades de silêncio onde a Palavra de Deus pode repousar e encontrar ressonância. Para nós, povo da estrada, parece que a solidão não é ausência do mundo, mas a presença de Deus. O mundo inteiro é como um face a face com Ele de quem não podemos fugir. Nós não podemos permanecer de pé se não para marchar, se não para jogar-nos em um salto de caridade. Vivemos nossas vidas, não como um jogo em pedaços onde tudo é calculado, nem como um teorema de quebra-cabeça, mas como uma festa sem fim, onde o encontro com o Senhor se renova, como uma festa, como uma dança, entre os braços da Sua graça, na música universal do amor”. (Madeleine Delbrel)

Rezemos com São Vicente Pallotti

“Oh, meu Deus, amor infinito, amor inefável, misericórdia infinita!

Vós ainda me tolerais sobre essa terra, embora, eu seja um monstro de ingratidão…, mas pela vossa constante misericórdia infinita me ajudais para que eu vos reze assim: meu Criador infinitamente amoroso, misericórdia infinita, sempre favorável para comigo, Vós por tantos anos me haveis suportado sobre esta terra, embora eu não tenha aproveitado como devia, do amor infinito e da infinita misericórdia, com a qual me haveis criado semelhante a Vós que sempre operais.

Tenho firme confiança que me concedeis a perfeita contrição de meus pecados e a graça para reparar todas as perdas do passado, começando a operar agora e até à morte, sempre e bem; aproveitar em todos os momentos da vida que Vós misericordiosamente me concedereis, Amen”.

(cf. “Deus, Amor Infinito, med X).

terça-feira, 29 de junho de 2010

Dia de São Pedro

Quem vive no Amazonas sabe que a vida é ligada com o rio. Cheia e vazante marcam o ciclo anual da vida dos caboclos.

Muita gente tira do rio o sustendo de cada dia. Famílias dos ribeirinhos, pessoas que vivem do turismo, transporte sabem dos perigos e dificuldades que o trabalho no rio esta dando. Cada dia precisam da ajuda de Deus para com vitória enfrentar os perigos.

Durante ano temos um dia muito especial no qual as pessoas que vivem na beira do rio e mar agradecem a Deus pela proteção. Dia 29 de junho, quando a igreja celebra a festa de são Pedro, pescadores e pessoas ligadas com o trabalho no mar e rios juntam suas orações para agradecer ao Santo Pescador pela interseção e proteção.

Entre muitos lugares onde neste dia a procissão com imagem de São Pedro marca a devoção das pessoas encontra-se em Novo Airão.

À tarde da igreja matriz de Santo Ângelo saiu a procissão com a imagem de São Pedro em direção ao porto da cidade. Muitos devotos do santo percorriam as ruas da cidade com cantos e oração puxada pela Irmã Joanina.

Chegando ao porto muitos ribeirinhos, pessoas com lanchas que normalmente andam com turistas pelo Arquipélago dos Anivalhanas  e barcas da linha Novo Airão – Manaus,  esperavam para juntos começar a procissão flutuante pelo Rio Negro.

A imagem de São Pedro foi colocada na barca da linha e Pe. Artur Karbowy SAC começou a oração pedindo a São Pedro interseção em nome de todas as pessoas que trabalham ou descansam no Rio Negro. Terminando a oração todas as barcas, canoas, lanchas foram abençoadas e aspergidas com água benta.

Para fazer a aspersão, quando começou procissão flutuante, Pe. Artur em uma lancha andava no meio das canoas, barcas, lanchas aspergindo todos os presentes.

Na barca da paróquia “Santa Maria do Rio Negro” ao redor das muitas crianças estava Pe. José Maslanka SAC, que muitas vezes durante o ano com esta barca navega pelas comunidades ribeirinhas da nossa paróquia.

Com um lindo pôr do sol e muitas barcas, canoas e lanchas, cantado e rezando terminamos a procissão flutuante e do porto fomos para a igreja Matriz para celebrar a Santa Missa.



Durante a homilia Pe. Artur lembrou a importância de pedir a ajuda de São Pedro em cada dia, não só para aqueles que trabalham no Rio Negro, mas de todas as pessoas para ter uma fé firme e clara como teve São Pedro.


Um Arraial em torno de fogueira e com comidas típicas concluiu as festividades do padroeiro dos pescadores.

Pe. Artur

domingo, 27 de junho de 2010

Benção da Capelinha com a Imagem de São Pedro

No último sábado dia 26/06, na colônia de pescadores da praia de Itaipu, Niterói, a comunidade da paróquia de São Sebastião de Itaipu se reuniu com os pescadores para a benção da nova capela onde se encontra a imagem de São Pedro.

Todos foram acolhidos no local com cantos que falavam do santo padroeiro dos pescadores enquanto aguardavam a benção da capela.

Pe. João Pedro começou saudando todos os presentes  com a leitura do santo evangelho. Após a leitura, benzeu a nova capelinha e todos que lá estavam. 

Terminada a benção, os e toda comunidade e os pescadores saíram em procissão com a imagem de São Pedro pela colônia dos pescadores, passando pelas areias da praia até chegar a uma pedra na praia onde foi lido mais um trecho do santo evangelho.

Continuando a procissão, chegaram até onde ficam os barcos e ali o Pe. João Pedro  leu mais um trecho do evangelho e benzeu todos os barcos.

Cantando a procissão seguiu pela praia e  ruas até o encontro com a capelinha onde fica a imagem de São Sebastião, ali paramos para um momento de orações e logo dirigimo-nos para a Igreja em procissão.



Chegando à Igreja iniciou-se a Santa Missa, que teve neste dia o batismo de crianças, filhos dos pescadores.


Camille Santos

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quadro dos projetos e atividades sociais na Região da Sagrada Família

1. Em 2003, de comum acordo com o Bispo de Gikongoro e o Reitor Regional da Região Palotina da “Sagrada Família” na Ruanda e no Congo, iniciou-se, mesmo em condições difíceis, a missão em Kibeho, lugar onde se deu as aparições da Virgem Maria.  

Finalmente, depois de muitos anos de êxodo, em 15 de outubro de 2009, a Comunidade Palotina de “Notre Dame de Kibeho” instalou-se na sua casa própria. Esta construção oferece condições de acolher, além dos confrades, também os peregrinos. Isto só foi possível realizar graças à ajuda de algumas associações e dos nossos benfeitores. Agradecemos particularmente a Província austro-alemã do “Coração de Jesus” e ao Secretário para as missões da Província Polaca “Cristo Rei”.


2. Desde o início da fundação do “Santuário da Misericórdia” em Kabuga temos a convicção que: neste lugar santo deveria ter espaço também para o alívio do sofrimento e das doenças do ser humano. Em 15 de outubro, por ocasião das comemorações do 25° aniversário da presença das Irmãs dos Anjos na Ruanda, foi inaugurada a clínica odontológica “São José”, financiada pelo Sr. Walter Zoth, amigo e benfeitor dos Palotinos na Ruanda.

Esperamos que no futuro, aqui em Kabuga, se realizem outros ‘projetos da misericórdia’, por exemplo, um asilo que faça curas paliativas para aqueles que possuem doenças incuráveis. Este, por enquanto é um sonho, mas estamos convictos que este projeto é muito bom e poderá se tornar realidade.


3. Em Kabuga, ao lado do santuário da Misericórdia Divina e da paróquia, tem um complexo de escolas, que é freqüentado por mais de 2.400 alunos, mas a infra-estrutura é insuficiente. Faltam salas de aulas e banheiros.

Há sete anos estamos esperando para fazer o mapa cadastral, que demarca o terreno e para obter a autorização para a construção. Aproveitamos as férias escolares para fazer uma grande limpeza na escola e para começarmos as obras de construção das latrinas. Agradecemos particularmente a paróquia “Santo Espírito” da cidade de Amburgo, Alemanha e a Fundação Salvatti de Zabki e outros amigos pela ajuda.

4. Há anos a família Palotina de Ruhango sofre com a falta de água. Graças ao Secretariado para as Missões SAC da Eslováquia, foi perfurado, em Ruhango, um poço com profundidade de 80m. Encontrou-se uma grande quantidade de água onde é extraída 15m3 por hora. Esse poço fornece água para as obras dos palotinos e também para a população local. Esta obra custou mais de $. 40.000,00. Obrigado a todos aqueles que participaram da realização deste projeto.

5. República Democrática do Congo (RDC)

A nossa missão nos países dos Grandes Lagos vive em um contexto crítico de instabilidade sócio-político, onde muitas vezes, pela falta de segurança, sofremos ameaças. Isso se dá frequentemente na República Democrática do Congo. Os nossos confrades são alvos de roubos e de ataques por parte dos beligerantes.

No mês de março de 2009, atacaram o Padre Kantor Wieslaw, missionário na paróquia da cidade de Rutshuru, felizmente ele conseguiu fugir das balas dos assaltantes. Apesar da instabilidade na parte oriental do país, não nos desencorajamos.

Os trabalhos de ampliação do Centro Palotino de formação, “Centro Genezaré”, estão na fase final. Já os nossos seminaristas palotinos da Região da “Sagrada Família”, desde 2002 encontram muitas dificuldades burocráticas, ou seja, falta de passaporte ou vistos para continuar a formação filosófica em Camarões. Os seminaristas estão, temporariamente, alojados nas dependências do “Centro Genezaré” em Keshero e seguem a formação no Seminário do D. Busimba, na cidade de Buhimba-Goma. Ali tem outros seminaristas vindos da Ruanda, do Congo e da Costa do Marfim.

Graças à ajuda de algumas organizações e da família palotina, em 28 de outubro de 2009 iniciamos em Keshero a construção da casa dos seminaristas Palotinos. Agradecemos particularmente aos confrades da Província “Imaculada Conceição”, Estados Unidos e “S. Nicola di Flüe”, Suíça. Na República Democrática do Congo, mais precisamente na região norte em Kivu, existe o grave problema dos refugiados de guerra, que são milhares.

Em novembro de 2008, quando começaram novamente os combates entre os beligerantes e o exército congolês, a situação piorou bastante. Os refugiados de guerra nas regiões de Goma e di Rutshuru são mais de 500.000. As nossas Comunidades ajudam muito esta população em contínuo movimento e que perderam os poucos bens que possuíam. Ajudamos com $. 83.980 esta população que se encontra em estado de emergência, entre os quais estão as famílias dos nossos confrades.

Graças à solidariedade das organizações da AED missões, da Caritas da Polônia, do Secretariado para as Missões SAC da Província “Cristo Rei” e aos nossos amigos é que conseguimos ajudá-los.