sábado, 19 de junho de 2010

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS E NOSSA

Cristo tem uma identidade pessoal que salva e revela; e uma missão à cumprir. Para revelar sua identidade e cumprir sua missão, para salvar  a verdade de sua vida, está Ele disposto a tudo, até perder sua vida. A condição “incondicional” e absoluta de ser Ele mesmo é cumprir a sua missão “ a qualquer custo” é o acto supremo de fidelidade a Deus.

Perder a própria vida é “sinal”, o teste, a “prova” absoluta da fidelidade à própria identidade e a missão recebida do Pai; é, portanto, o ato pela qual a vida é salva.

Ora qual a identidade de Cristo? Ele é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Jesus nos salva por aquilo que Ele “é”. É a” reconciliação” entre o homem e Deus, a comunhão perfeita do homem com Deus. Mas é preciso acrescentar imediatamente: Jesus nos salva com aquilo que “faz”. Porque o que “faz” (sua vida) é a revelação do Pai para nós e o Pai é amor. Jesus homem-Amor revela para nós a essência salvadora de Deus Pai.  Jesus portanto, só tem o caminho do Amor absoluto e imensurável a seguir.

Jesus incita os Apóstolos a dizer o que pensam dele, de sua identidade e missão. Pedro responde: Tu és o Cristo de Deus! Os Apóstolos que reflectem  a mentalidade corrente, entendem o Messias de modo diferente, pensam no messias com poder. Mas o Messias é essencialmente amor. Deus é amor é comunhão; portanto, o caminho de Jesus é o caminho do amor é não do poder.

Jesus jamais poderá aceitar ser o que seus compatriotas querem que ele seja. Será o que o Pai quer, a verdadeira imagem de Deus e verdadeira imagem do homem, a verdadeira face de Deus e a verdadeira face do homem.

Jesus sabe que a fidelidade a essa decisão de realizar o plano do Pai, num mundo dominado pelo pecado, lhe causará muito sofrimento, a recusa da parte do poder (anciões, sumos sacerdotes e escribas) e, enfim, a morte violenta o espera…

A morte violenta do Cristo tem duas faces; por um lado, revela a força do pecado, e por outro, a força do amor mais forte que a morte. Paradoxalmente, a morte violenta de Cristo, enquanto ato de amor absoluto, é também a revelação de Deus ao homem e do homem a si mesmo.

O homem criado à imagem e semelhança de Deus tem também uma única opção a seguir para ser feliz e coerente consigo mesmo: tem que seguir o caminho do amor e da ternura, deixando de lado qualquer objectivo de poder. O homem deve também fazer de sua vida uma construção de amor em contraposição ao pecado que o circunda, mesmo que esta atitude lhe cause sofrimento causado pelos que se contrapõe ao bem. Essa é a vocação genuína de cada homem e mulher: ser ternura e amor de Deus num mundo cheio de pecados e dor.

É o caminho mais difícil, mas é o único que nos dará, paradoxalmente, às lutas e sofrimentos, a felicidade, vida plena e a salvação.

Para as Células de Evangelização

Qual o Jesus que no fundo do meu coração eu busco e quero seguir? O Jesus do poder ou o Jesus do Amor absoluto.

Temos como comunidade sido sinal de ternura e amor neste mundo cheio de dilacerações produzidas pelo pecado?

Temos sido sinais vivos do amor salvador na comunidade?

Pe. Luiz Maurício

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