terça-feira, 15 de junho de 2010

Missionário por escolha e ou por envio


“O Apostolado Católico, isto é universal, como pode ser comum a cada classe de pessoas, é fazer quanto cada um pode e deve fazer para a maior glória de Deus e para a salvação eterna própria e também do outro” S. Vicente Pallotti (OOCC III, 143)


1. Neste ano de 2009 aqui no Brasil, a província São Paulo Apóstolo refletiu e tentou colocar em prática o ser missionário palotino. Os agentes palotinos, padres, irmãos, irmãs e leigos palotinos optaram por agir solidariamente com irmãos sofridos da enchente no nordeste brasileiro. Nos meses de abril e maio do corrente ano aconteceu um fenômeno novo das chuvas intermitentes nessas regiões não preparadas para tanto. O povo sofreu muito. O rio Itapecuru que corta a cidade de Codó, interior do Estado do Maranhão, por exemplo, subiu aproximadamente de 12 a 15 metros. As famílias moradoras às margens do rio com suas casas de barro foram a pique.

2. O que chamou a atenção foi o significado da ação em conjunto dos cristãos nas suas organizações eclesial, civil e do Estado que administra a vida pública. As testemunhas de fé e de prontidão no enfrentamento dos problemas fizeram a diferença e deram a marca do ser missionário palotino. Uma dessas marcas apontou o espírito de colaboração entre todas as pessoas diante do problema comum a todos. A fé expressa em Deus refletiu no dia a dia das cidades atingidas pela enchente.

3. Outra característica do ser missionário palotino foi à comunicação com setores da sociedade não atingidos pelo problema, mas se fizeram sentir coresponsáveis no amparo e solução na reconstrução das casas, da saúde e do alimento necessário a todo povo. A sensibilidade fraterna atingiu o sul do Brasil onde, por exemplo, colégios, igrejas e pessoas individuais colaboraram em forma de mutirão e de visitas para reconstrução da vida dos irmãos e irmãs sofridos.

4. A ação missionária foi marcada pelo debate, sobretudo, buscando pensar projetos na região para aumentar a qualidade de vida e prevenção de problemas.

5. As casas palotinas e as suas igrejas se tornaram a casa dos pobres, acolhendo as famílias até que o problema fosse resolvido. Esta atitude não foi um ato isolado, mas uma prática permanente do ser igreja inspirado no carisma palotino: amor a Deus no próximo, no aqui e agora. Existem muitos exemplos animadores no meio do povo. No meio de todo sofrimento e pobreza se percebe um saber missionário revelado nos seguintes comportamentos: Os cristãos com a inspiração no carisma palotino, descobrem a sua vocação missionária. Um espírito de agradecimento a Deus pelo dom da vida e o dom da vivencia comunitária. Um espírito de gratuidade e liberdade cristã. E uma atitude de perseverança cotidiana no enfrentamento do problema grave dessa enchente e de todos os outros problemas que atingem o povo.

6. Além desse mutirão missionário que envolveu muitas comunidades palotinas num trabalho de colaboração tivemos neste semestre uma reflexão na formação permanente em Londrina-PR do que segue:

A) Aprofundar cada vez mais a nossa formação comunitária missionária que envia missionários.

B) Discernir com a comunidade que recebe missionários.

C) Prever os recursos humanos e financeiros na execução missionária.

D) Refletimos e queremos dar uma resposta ao pedido de colaboração missionária em Angola/África.

E) Aprofundamos a temática do ser missionário mais do que termos missão.

E por fim debateremos na assembléia provincial palotina de janeiro de 2010 a seguinte questão: Como fazermos das nossas paróquias comunidades missionárias, tanto nos grandes centros urbanos como na zona rural?

Pe. Antonio Naves S.A.C,

Província brasileira «S. Paolo Apostolo»

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