sexta-feira, 23 de abril de 2010

Internoviciado Palotino-Schönstatt, em Butare – Ruanda

Aconteceu entre os dias 17 a 22 de janeiro de 2010, em Butare – Ruanda, um encontro entre os noviciados palotinos das Irmãs Missionárias do Apostolado Católico (duas de Ruanda), dos Padres de Schoenstatt (três da República Democrática do Congo e quatro de Burindi) e dos Palotinos (seis de Camarões, cinco de Ruanda, dois do Congo, dois da Nigéria e um da Costa do Marfim). Este período de formação em conjunto foi motivado pelo princípio da colaboração mútua entre os filhos e filhas de São Vicente Pallotti, Fundador da União do Apostolado Católico, e do Pe. José Kentenich, Fundador do Movimento de Schönstatt.

Este encontro foi preparado pelos seguintes formadores: Pe. Felicien Nimbona (Mestre de Noviços dos Padres de Schöntatt, em Bujumbura – Burundi), Ir. Ana Kot (Mestra de Noviças Palotinas Missionárias, em Ruhango, Ruanda), e pelos padres Jean Baptiste Mvukiehe e Romualdo Uzabumwana (formadores do noviciado palotino, em Butare – Ruanda).


Os temas tratados foram: “A vida de São Vicente Pallotti e do Pe. José Kentenich; as espiritualidades palotina e schönstatiana; a história das fundações palotina e schönstatiana, e, por fim, tratou-se sobre a questão da pertinência do carisma palotino e schönstatiano, para o mundo de hoje. Cada tema teve a duração de um dia e foram apresentados pelos mestres de noviços, com a participação dos mesmos.

Como na família de Nazaré, as atividades diárias eram alternadas com momentos de oração (Orações Palotinas; meditação; Eucaristia; três conferências por dia e discussões; esporte: {futebol, vôlei e basquete}; adoração e meditação com pensamentos de Pallotti; noite cultural, conforme as culturas).

O encontro foi concluído com a festa de São Vicente Pallotti, juntamente com palotinos e palotinas, membros do Conselho Local da União (Zona Sul) e alguns vizinhos formadores com quem temos uma estreita colaboração no âmbito formativo em Butare.

A Eucaristia foi presidida pelo Pe. François Harelimana (Reitor Regional da Região Sagrada Família) que, na sua homilia, explicou o sentido do convite feito pelo Pe. Kentenich: “Escavar na profundidade”. No final da missa, o Pe. Felicien Nimbona (Mestre de Noviços de Schönstatt) deu um emocionante testemunho e presenteou o Regional com uma cruz da unidade (cruz de Schönstatt), pedindo que esta experiência continue e que traga muitos frutos, no futuro.

Após a confraternização, os jovens palotinos e schönstatianos alegraram os convidados com seus diversos talentos (cantos, danças, poemas, partidas de vôlei entre os jovens e os mais velhos). Sem dúvida, esta experiência de estarmos juntos foi muito rica. A alegria estava estampada do rosto de cada pessoa e no testemunho de três representantes dos noviços:

a)      Como sempre diz nosso formador, não se pode falar de Pe. José Kentenich sem falar de São Vicente Pallotti. Agora conheço aquilo que motivou Pallotti na sua obra do Apostolado Católico, isto é, o desejo de reavivar a fé, reacender a caridade dos cristãos e conduzir todos à unidade em Cristo [...]. Isto me faz pensar no carisma de nosso Movimento de Schönstatt, de formar o homem novo na comunidade nova, vivendo a aliança do amor, em união com Maria Três Vezes Admirável em Schönstatt. Tudo isto mostra, suficientemente, que Pe. Kentenich entendeu muito bem a mensagem de Pallotti (Rafael, em nome dos noviços de Schönstatt).

b)      Como noviça, já tinha uma noção e conhecimento a respeito da vida do nosso pai Vicente Pallotti, mas quanto ao Pe. Kentenich, não conhecia nada e não me interessava pela história de Schönstatt, mas, neste encontro, aprendi que sua obra é a fecundidade da obra de São Vicente Pallotti, como tinha confessado Pe. José Kentenich, em 22 de maio de 1916: “Tive uma visão semelhante àquela de São Vicente Pallotti”. Com as conferências, compreendi o que queria dizer São Vicente Pallotti, quando dizia que o apostolado diz respeito hoje aos aspectos da vida, e isto foi realizado pelo Pe. José Kentenich por meio dos diversos grupos que compõem o Movimento Apostólico de Schönstatt [...]. Não posso concluir sem sublinhar os momentos de partilha com os meus colegas noviços, a propósito das suas motivações para servir a Cristo, por causa do amor de Cristo que os impele e pelo testemunho dos coirmãos e coirmãs maiores (Adeline, em nome das noviças palotinas).

c)      Antes de tudo, gostaria de agradecer a Deus por nos ter criado e colocado nos corações de São Vicente Pallotti e do Pe. José Kentenich seu destino de amor e de unidade. Iluminados pelo Espírito do Senhor, eles puderam superar as dificuldades sociopolíticas e também familiares do seu tempo. Viveram em seu tempo sem se deixar influenciar pelas ideologias da época. Gostaria também de agradecer a equipe dos formadores. A teoria sem a prática é vazia, e a prática sem a teoria é cega, dizia Kwame Nkrumah [...]. As palavras “unidade”, “colaboração” e “contribuição” não são para mim expressões vãs. Não basta fazer especulações, mas é preciso dar testemunho. Enfim, o meu último agradecimento é para meus colegas noviços. Hoje, tenho orgulho de dizer: nossa união atesta que, de certo modo, começamos a conhecer a Deus. Vocês são para mim presentes, são para mim a Igreja. Como dizia Pe. Kentenich: “Um sacerdote que não ama Maria é um sacerdote perigoso. Eu sempre digo a mim mesmo: “Jerônimo, esteja atento, se não ama Maria pode também se tornar um noviço perigoso. A Ti, Maria, Mãe Três Vezes Admirável e Rainha dos Apóstolos, não tenho nada para dizer-lhe. Permita-me, simplesmente, colocar em seu seio materno a minha pequena cabeça cheia de idéias insanas. E você saberá o que fazer” (Jérôme Styve Djagueu, em nome dos noviços palotinos).

Pe. Romualdo Uzabumwana, SAC

                                                                                       Butare – Ruanda

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