Senhor, no Evangelho de hoje dás-nos o mandamento novo: “Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros;”… Mas como sabíeis que éramos “muito humanos”, e que por isso deveríamos aprender por ver, tocar e sentir, dissestes-nos: “que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.” (Jo13,34) Quando estáveis entre nós visivelmente, éreis o modelo vivo para os seus. Quando partistes, do alto da Cruz, olhastes com Misericórdia para nós, e vendo que ainda éramos “muito humanos”, quisestes deixar-nos ainda um modelo visível de amor. Dissestes a vossa mãe: “«Mulher, eis o teu filho!» Depois, dissestes ao discípulo: “«Eis a tua mãe!»” (Cf. Jo 19, 26-27) Era como se dissésseis a João e nele a cada um de nós: “Olha pra Ela e espera por mim….” (W. Al.)
Quando, acabada a Vossa Missão subistes ao Pai na ascensão, sabias que ainda éramos “muito humanos”, e por isso confiastes mais uma vez a Vossa Igreja nascente aos cuidados Daquela que vos gerou neste mundo segundo a carne. Sim Aquela que Vos gerou para esta vida, deveria também ajudar a gerar o Vosso Corpo que é a Igreja com o seu exemplo, a sua presença e a sua oração. Assim Nossa Senhora tornou-se a Rainha dos Apóstolos. O Sol da Justiça tinha-se posto, mas deixastes, na nossa noite, uma lua na pessoa de Maria a reflectir poderosamente a Vossa luz. Sempre que os Apóstolos contemplavam Nossa Senhora, viam a Vossa imagem. Era inclusive a Vossa Carne e o Vosso Sangue, pois Dela o recebestes. Mas um dia também Nossa Senhora subiu para o Pai. Imaginemos os sentimentos dos Apóstolos: Aquela que era imagem viva do Amor Infinito também os deixava. Não nos admiremos que logo os artistas começassem a pintar as imagens Vossa e de Vossa Mãe. Perdão Senhor. Somos “muito humanos”. Precisamos ver, tocar… Mas conheceis-nos, pois assim nos fizestes.
Mas ainda bem que dissestes: “«Não vos deixarei órfãos; Eu voltarei a vós!... «Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.” (Jo14,18.23) E ainda: “«Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos, e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós, e está em vós.»” (Jo 14,15-17)
Sem o consolo da Vossa Presença visível, sem o consolo da Presença visível da Vossa Mãe, quereis dar-nos o Consolador por excelência, O Espírito Santo. Obrigado Senhor.
Porém, Senhor, já ia me esquecendo de algo tão importante… Como sabias que éramos “muito humanos” quisestes dar a cada um de nós também uma consoladora, que podíamos ver, tocar, sentir…. Deixastes a cada um de nós o primeiro canal concreto do Vosso Amor infinito e da Vossa ternura na pessoa de nossas mães daqui da terra. Lembramos hoje delas, uns com gratidão pela presença, outros com saudades pela distância física ou pela morte corporal. Nós vos louvamos pelas Vossas invenções, dentre elas a última da lista da criação, e por isso mesmo, talvez a mais aperfeiçoada na Vossa semelhança que é Amor: a mulher. Por vós provida de uma grande capacidade de amor e de acolhimento. Neste mês de Maio, queremos honrar as nossas mães. As nossas mães da terra e a Nossa Mãe do Céu, Nossa Senhora. A Ti, Senhora, que tanto se preocupa connosco e com a nossa salvação, confiamos as nossas crianças, os nossos jovens, os nossos adultos, as nossas famílias, os nossos idosos, os nossos sacerdotes, e hoje, de modo especial, Nossa Mãe, confiamos o Vosso filho predilecto, o Papa Bento XVI. Que a sua visita para confirmar mais uma vez a Tua aparição na Cova da Iria seja coroada de graças e de bênçãos para ele e para todo o povo português e porque não dizer, para o todo o mundo.
A Sua Bênção Mãe.
Para as Células de Evangelização.
1- Que importância teve em sua vida, na transmissão dos valores humanos e cristãos, a presença e a palavra da vossa mãe?
Pe. Marcelo
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